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História The Hybrid - Blood


Escrita por: EstrabaoJwregui

Notas do Autor


Sorry a demora amores! mas estou bolando umas coisas... e saiu o single da Camila e estou surtando... enfim

espero que gostem (:

Capítulo 51 - Blood


Camila POV.

 

Depois de quase não dormir direito pensando em como a Lauren foi meio idiota, eu levantei e ela ainda estava ao meu lado; cabelos espalhados pelo travesseiro, a sobrancelha mexia quando ela estava sonhando e eu achava a coisa mais adorável do mundo.

Mas minha mente não parava de pensar na carta. Sim, a carta que não queria ler, eu poderia tê-la queimado, assim não ficaria tentada a lê-la. E se eu não gostasse do que descobriria? Não daria para voltar atrás.

Respirei fundo pensando nos prós e nos contras, os contras eram maiores, mas, mesmo assim, me levantei e andei até a cômoda; destranquei a gaveta e lá estava a carta, no mesmo lugar onde deixei. Com os dedos trêmulos a peguei e corri para a cama de novo, se eu fosse ter uma revelação chocante eu já estaria sentada. Rompi o lacre de cera que tinha um brasão. Por algum motivo sentei sobre as coxas de Lauren, era um modo de eu me sentir segura; ela estava bem ali caso eu precisasse.

 

O papel tinha um aroma de jasmim, fechei os olhos por um momento me preparando para o que leria.

 

“Cara Karla Estrabao,

Espero que essa carta chegue a você no tempo certo, escrevo de um apartamento sobre a garagem precária de uma senhora que nos abrigou. Ainda que esteja aqui há apenas algumas semanas, sinto falta do esplendor rochoso dos Cárpatos e do modo arrepiante e lindo como os lobos uivam à noite.

Sinto muito por ser desse modo, rezo todos os dias para que cresça e naturalmente descubra quem você é; não se assuste se for mais forte que os outros, ou faz coisas dignas de filmes em Hollywood… perdão, esqueço-me que já deve ser uma mulher adulta agora.

Mas se ainda não se encontrou, você é única e especial. Você tem dons, use-os com sabedoria. Espero não lhe assustar com o próximo termo, mas você é uma vampira; sim eles existem e tenho fé que saiba da existência desse “mundo”. E você não é apenas uma vampira, em suas veias corre o gene de um híbrido, é relativo dizer o que você será quando despertar; há casos que um gene dominante se sobrepõe ao outro, então você pode chegar a ser o que tiver que ser.

Peço desculpas por esconder isso de você, e mandá-la para longe, eu precisava de você a salvo das perseguições que sofremos desde tempos remotos. Você era só um bebê indefeso quando atacaram nosso castelo, mataram os empregados, estupraram e decapitaram as mulheres; seu pai foi um herói ao encarar o inimigo sozinho, mas ele nos deu tempo, para mim e para você.

Enquanto corria pela mata me escondendo, avistei um casal. Eles foram compreensivos demais para meros humanos, mas foi minha única alternativa deixá-la com eles. Talvez você me odeie por te abandonar mas eu não suportaria ver minha menininha morta.

Eu te poupei de viver no meio de brigas entre clãs, dos caçadores – sim existem aqueles que caçam sua própria raça. Mas não se preocupe, garantirei que você nunca os conheça.

Esta carta pode sofrer desvios no seu destino, mas confiei as pessoas certas para garantirem que chegue a você.

Querida filha, espero encarecidamente pelo dia que nos encontremos e que me perdoe. Enquanto isso, continuarei meus esforços para entender como me tornar mais humana. Estou vivendo no interior da Califórnia mas temo ter que me mudar em breve, como sabe, não envelhecemos e isso acaba chamando atenção dos mortais.

Espero que não tenha parado de ler e jogado fora a carta, não me ache louca, tenho esperança que tenha se tornado poderosa e dona do próprio nariz.

Você nasceu para comandar, e não espero menos de uma Estrabao.

Para concluir antes que seu pai quebre a caixa luminosa que denominam de televisão, torço para que aproveite a vida nos pequenos detalhes, amo você querida.

Talvez nos encontremos de novo”.

 

Só então percebi que Lauren me olhava com receio, sua mão acariciava minha perna e minha cintura quando acabei de ler, lágrimas silenciosas surgiram em meus olhos.

 

— Eles estão vivos. — sussurrei em um fio de voz.

— O que? Eles quem? — ela olhou a carta, passando os olhos rapidamente e sua expressão mudou. — Calma, isso não quer dizer nada…

— Como não Lauren? Eu vivi a vida inteira achando que Sinu era minha mãe até descobrir que fui “adotada”. Enquanto meus pais biológicos estão vivos!

— Ei pequena, calma. — ela suavizou a voz. — Foi você que disse que não queria mexer no passado. Olha, eles podem estar vivos, mas o que difere? Você continua sendo minha esposa, e estamos bem assim.

— E se eles vierem atrás de mim?

— Ninguém vai vir atrás de você. Essa carta foi escrita a anos… eles tiveram 24 anos para querer serem paternos de novo. — ela disse me fazendo olhá-la e por um segundo todo o medo pelo desconhecido se foi.

 

Lauren me levou para o trabalho, e tive que repetir diversas vezes que eu ficaria bem; seria um pouco estranho trabalhar enquanto ela me vigiava, mesmo ela tendo me acalmado quem parecia agitada era ela.

Mal sentei em minha mesa e a porta foi aberta bruscamente, Dinah se sentou e me olhou com curiosidade.

 

— Oi Dinah. — falei.

— Você me ligou e eu vim correndo, no meu dia de folga deixando uma linda morena na cama, agora desembucha.

— Ora, ora. Então as coisas entre você e a Normani estão sérias? — eu ri.

— O que posso fazer se sou irresistível… agora me diz. Qual a emergência?

 

Tirei a carta da bolsa, meio receosa a entreguei nas mãos de Dinah. Ela leu fazendo caras e bocas e por sorte não saiu gritando pelo hospital que eu tinha pais vampiros.

 

— Isso é tipo… meu Deus! Como eles sabiam onde entregar? — ela questionou o que passei a manhã pensando.

— Eu não sei, e não sei como me sentir sobre isso. Sinto que… não é algo bom. Você sabe que os clãs têm brigas entre si… e se o clã Jauregui tiver desavenças com eles?

— Se tivessem teriam te chutado quando souberam quem você é. Enfim, você está ansiosa para conhecê-los? — Dinah ergueu as sobrancelhas e juntou as mãos sobre a mesa.

— Não! E nem quero. Não sou uma Estrabao; sou uma Jauregui! E prefiro permanecer assim. — falei um pouco alto fazendo Dinah se encolher.

— Okay… falando nisso, chegou o tipo A; seu favorito. — disse antes de sair da sala.

 

Lauren POV.

 

Prometi a Camila que não tomaria sangue direto de corpos vivos, mas manter a promessa no ambiente onde pessoas iam e vinham não estava dando certo. Eu podia ouvir o pulsar das veias de Verônica até mesmo através da porta. E mesmo quando eu desligava meus sentidos ainda podia ouvi-los na minha cabeça.

Meu corpo sentia falta da rotina de ingerir o líquido dos deuses. Apenas uma semana nessa brincadeira e eu já estava dependente; droga. Da última vez que sai do controle demorou meses para ficar limpa, eu só podia ligar para Hayley agora.

 

— E ai vacilona. — Hayley disse quando atendeu o telefone.

— Qual é Hay, já não basta a Camila… preciso de você hoje a noite.

— Não quero me envolver nas suas caças, e queimar meu filme com Camila. — ouvi-a bufar.

— Em nome dos velhos tempos. Lembra como você me colocou na linha?

— Lembro, eu bati em você até ficar inconsciente e tranquei no porão por um mês até você ficar limpa. Mas…

— Mas…

— Dessa vez você ainda não cruzou a linha, ainda tem jeito. Me encontre na minha casa às 22h.

 

Ela desligou o telefone na minha cara, certamente estava chateada pela minha atitude. Todo mundo sabe que é proibido atacar e se alimentar deliberadamente de humanos, se Richard descobrisse eu estaria morta.

Avisei a Camila que iria me encontrar com Hayley, e que ela não se preocupasse.

Estacionei o carro em frente a casa de Hayley, ela demorou cinco minutos a mais para sair, ela estava vestida toda de preto; realmente ela tem uma beleza que não passava despercebida.

 

— Aonde nós vamos? — ela falou entrando no carro.

— Um lugar onde tenha pessoas. — falei ligando o carro.

— Espera; pensei que pararia… você sabe, de se alimentar. — ela disse confusa.

— Hayley, se você tivesse gene vampiro entenderia; é impossível eu parar completamente. Sei o que disse para Camila, mas, lembra daquele lugar onde é liberado? — desviei meus olhos da estrada e olhei-a.

— Ah não. Ariana? Sério?

— Sério. Não se preocupe eu não vou exagerar, por isso estou te levando. Para me parar se for necessário.

— Por que não leva a Camila também? Ela é vampira também. — ela disse o óbvio.

— Não sei, ela poderia não gostar do ambiente.

— Vocês deviam ir juntas. Vamos buscá-la! — ela pegou o volante e virou na primeira esquina.

— Sua louca, vamos bater! — bufei tomando o controle do carro novamente. — Okay vamos buscá-la.

 

No caminho, Hayley ligou para ela; e assim que abri a porta da frente fui inundada pelo seu perfume. Ela estava com uma calça jeans branca e uma blusa cropped preta com gola em V bem acentuada, por cima uma blusa de manga longa cheia de brilho.

 

— Hayley não disse onde íamos, espero que esteja bom. — disse ao passar por mim para pegar sua bolsa. Suspirei ao olhar sua bunda, ela fica extremamente sexy com roupa branca. — Lauren pare de babar.

Falou me fazendo piscar e olhá-la. Dei-lhe um sorriso e beijei seus lábios.

— Não tenho culpa se você está irresistível.

 

A levei até o carro, abrindo a porta para ela e recebendo um comentário bobo de Hayley.

 

— Espero que esteja com fome, Mila. — ela falou, olhei pelo espelho e fulminei Hayley que deu de ombros.

 

Entramos no estacionamento do bar que parecia bastante movimentado. Camila nunca tinha vindo aqui então ela foi a primeira a sair do carro e olhar em volta.

 

— Que lugar é esse? — perguntou.

— Lembra que eu disse que Ariana tinha um bar? — um sorriso se abriu em seus rosto quando ouviu o nome da mulher.

— Lembro-me vagamente de ouvir sobre… o lugar para onde você fugiu aquela vez. — ela disse segurando em minha mão.

— Vamos esquecer isso, preciso te mostrar o lugar.

 

Entrelacei nossas mãos e entramos no local, havia muitas pessoas bebendo e jogando cinuca, outras disputando a atenção das dançarinas. Além de servirem bebidas alcoólicas havia uma área especifica para os vampiros.

Assim que Hayley entrou alguns olharam para nós, afinal está no sangue deles odiarem os lycans. Mas nada os impede de conviverem em harmonia.

 

— Mila! Que bom vê-la de novo. — um gritinho histérico vindo do andar de cima chamou nossa atenção; Ariana descia as escadas rapidamente com um grande sorriso. Sorriso afiado.

 

Ela pulou, literalmente, no colo de Camila fazendo nossas mãos seres brutalmente soltas.

 

— Senti sua falta wife. — Camila disse com um sorriso. Wife?

— Tá bom, podem se soltar. — falei tentando não mostrar meu desconforto com a palavra usada.

— Oh que fofa, ela é ciumenta. — Ariana disse.

— Cala boca. Vamos querer a mesa especial. — falei e a vi ficar séria. A mesa especial nada mais era que uma mesa em um ambiente mais particular, ficava no segundo andar onde os humanos que frenquentavam o bar não podiam ir.

— Sigam-me.

 

Camila olhava ao redor enquanto a guiava escada a cima; minha mão espalmada na curva da sua cintura.

 

— Wife? — sussurrei em seu ouvido.

— É só um apelido entre amigas. — disse com a língua entre os dentes.

 

Revirei os olhos e finalmente chegamos na mesa, era uma mesa redonda com um sofá em forma de U, um rapaz vestido apenas com uma calça e gravata borboleta serviu-nos um líquido vermelho.

— Lauren, isso é o que acho que é? — Camila falou séria.

— Camz, o que acha que servem num bar onde a dona é uma vampira?

— O que eu disse sobre consumo exagerado? — cruzou os braços sobre o peito.

— Você disse para não atacar ninguém, é o que estou fazendo. Por favor Camz, me ajuda a passar por isso porque minha vontade é de descer e sugar cada gota dos imbecis lá em baixo; eles pensaram coisas sujas com você.

 

Minha pulsação subiu um pouco e ela tocou minha mão, Hayley me olhava atenta a qualquer sinal de ter que me parar. Mas não precisou. O toque quente e macio da mão de Camila me acalmou.

 

— Tudo bem, me desculpe.

— Se fosse pra ficar de vela eu não teria vindo. — Hayley resmungou. Levantei uma sobrancelha, eu sabia que ela veio para ver Ariana.

— Que tal Ari se juntar a nós? — Camila disse. E eu concordei.

 

Minutos depois, Ariana, Hayley e Camila estavam tento uma discussão acalorada sobre tipos de sangue, Camila explicava com toda calma a composição do líquido vermelho que tomávamos; menos Hayley. Ela tomava umas bebidas coloridas.

 

A música no ambiente não era tão alta, Ariana mantinha assim para preservar nossa audição; mas eu não me incomodava com a música, e sim com a pulsação de todos ali. Mesmo tentando isolar parecia que cada vez eu ouvia o pulsar, principalmente de Camila que estava ao meu lado.

 

— Lauren está tudo bem? — ela pergunta, acariciando minha coxa.

— Acho que preciso de ar. — falo tocando sua mão. — Eu já volto.

 

Andei até o lado de fora e suspirei aliviada, minha cabeça parara de latejar e a dor em minha gengiva parou. Se eu ficasse mais um minuto lá dentro eu provavelmente atacaria alguém.

Mas meu momento de paz acabou quando um grupo de homens em motos potentes estacionaram em frente ao bar. Eles cheiravam a encrenca.

— Ei docinho, o que faz sozinha aqui nesse frio? — um de barba falou.

— Apenas respirando. — falei sem o olhar.

— Ei vadia estou falando com você. — senti ele tocar meu ombro mas fui tão rápida que em segundos ele estava no chão, com o braço quebrado.

 

Eu estava faminta, e sem humor nenhum para aturar gracinhas. Estava ciente que não podia fazer uma carnificina ali em frente ao bar de Ariana, além de Camila estar lá dentro tenho que usar o mínimo de controle que ainda tenho.

 

O odor de sangue chamou minha atenção, mesmo com a baixa iluminação eu podia ver o roxo no olho de um dos homens, ele aparentava ter brigado antes de virem para cá.

 

— Sua…

— Eu aconselho não darem um passo ou eu rasgarei o seu pescoço e tomarei seu sangue com um canudinho. — ameacei. — Oh, tive uma ideia melhor. Que tal, fazerem uma fila e me oferecerem seu sangue?

 

Falei olhando para eles, eu era capaz de compelir multidões a fazer o que eu quisesse. Algumas vezes eu posso ser perigosa.

Batia o pé nervosamente no chão, aquelas palavras saiam de minha boca sem filtro algum; eu não devia machucá-los. Mas eu sou uma vampira e estou com fome.

Dei um passo para frente já com água na boca quando a porta do bar se abriu; não foi preciso me virar para saber quem era.

 

— Lauren, o que pensa que está fazendo? — sua voz soou séria. Podia imaginá-la com os braços cruzados e olhar cortante; essa era minha garota.

— Um lanchinho. — fui sincera. Virei-me para lhe oferecer um sorriso mas ela continuou me fuzilando.

— Irá matá-los? — questionou andando em passos largos até mim.

— Não. Estou no controle.

— Aquele cara ali no chão não diria isso. — apontou para o cara caído no chão segurando o braço.

— Se junte a mim Camz; vamos é só um pouquinho. — fiz minha melhor cara de cachorrinho e ela bufou.

— Só um pouco.

 

Sorri e estendi a mão para ela pegar. Hora do lanchinho das Cabello-Jauregui. 


Notas Finais


Genteeeee quero lembra-los que Sinuhe e Alejandro nessa fic não são os pais biológicos da Camila, espero que fique claro.

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