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História The Hybrid - Operação babá


Escrita por: EstrabaoJwregui

Notas do Autor


olá amores, desculpem a demora estou com bloqueio.... espero que gostem do cap (:

Capítulo 56 - Operação babá


Fanfic / Fanfiction The Hybrid - Operação babá

Lauren POV

 

— Vero, preciso disso o quanto antes. Procure nos hospitais por registros de quem deu a luz recentemente… eu sei, é uma emergência. — digo antes de desligar.

— Algum problema? — Camila pergunta.

— Faz parte do meu trabalho esse tipo de coisa, abandonar uma criança é crime. O centro de adoção está fechado, e não temos outro na cidade. Vero disse que outra alternativa é deixá-lo com as autoridades vizinhas. — falei, mesmo sabendo que seria difícil.

— E o quê? Negligenciarem ele como fizeram com Megan?! Você sabe que o estado é uma droga. E…

 

Camila enumerou os casos de maus tratos e apenas deixei-a terminar de falar. Seu discurso foi eufórico e cheio de paixão, por uma criança que nem era dela. É admirável.

 

— Já sei. Vamos ficar com ele! — Camila disse me deixando de boca aberta.

 

— Oh não Camz!

 

[…]

 

Cinco horas e algumas lojas de artigo de bebê depois, chegamos em casa com a coisinha devidamente aconchegado a sua nova cadeirinha. É loucura, mas desisti de ir contra Camila quando ela disse “Ou fazemos algo ou eu me viro sozinha”. E acabei embarcando nessa tarefa esperando que seja por pouco tempo. Eu sou uma Jauregui líder de um clã e não uma babá.

 

— Graças a Deus vocês chegaram. — Dinah veio até nós nos ajudando com as coisas. — Por que parece que assaltaram a loja de bebês? — ela disse franzindo o cenho.

Revirei os olhos e apontei para Camila.

— Acharam alguém que pode cuidar dele?

— Claro, nós. — Camila disse empolgada. Tirando a criança do bebê conforto.

— Lauren? — Dinah perguntou, provavelmente esperando meu surto.

— É só um bebê Dinah, não o fim do mundo. Vamos ficar bem.

— Tem certeza? Vocês sabem que esse ambiente cheio de vampiros e lycans não é bom para bebês. — ela disse.
 

E eu sabia bem disso. Perigoso e instável até para mim que sou adulta; estavámos longe de encrenca a algum tempo mas todo tempo bom vem antes de uma tempestade.

Os próximos minutos foram gastos com a montagem do berço, com a ajuda de Hayley eu não martelei meus próprios dedos. E com uma agilidade incrível levamos para o andar de cima o resto das coisas.


 

— O que aconteceu com você? — Hayley disse me passando uma almofada.

— Como assim?

— Lauren, você está arrumando o berço do bebê. E está calma.

— Passei por isso com Megan, e ir contra Camila não é uma boa coisa. E olhando pra coisinha percebi como é ser normal. Camila foi tirada disso, uma vida normal, com um marido e crianças. Eu vejo no olhar dela o que ela sente.

— Então você vai adotar a criança? — ela disse incrédula.

— Eu não sei, vamos cuidar enquanto Ally acha uma família pra ele.

— E se não acharem?

— Vão achar.

— Mas e se não acharem Lauren? Nem todo mundo quer adotar. — suspiro.

— Bem, precisamos contratar uma babá.


 

Entrei na cozinha e Camila estava coberta de papinha, o bebê desviava sempre e Dinah ria como uma idiota. Camila estava linda, mesmo com o rosto sujo de comida de neném; seu sorriso a tornava ainda mais linda.

Ela parou e me olhou, pareceu corar e continuou a alimentá-lo.
 

— Ele é quieto, gostei do Lorenzo. — Disse Dinah.

— De quem? — perguntei

— Lorenzo. Não podemos continuar a chamá-lo de bebê, e no seu caso, nada de coisinha.

— Mas por que Lorenzo? — Dessa vez foi Camila.

— Ué, o garoto parece cópia da Lauren quando era bebê. — Hayley se intrometeu. — E além do mais, quando você aparece ele fica te olhando.


 

Ela disse e virei meu olhar para o Lorenzo; mantinha a boca aberta esperando a próxima colherada mas seus olhinhos castanho claros estavam fixos em mim, me movi para esquerda, seu olhos também, me movi para a direita e ele também.

Usei minha velocidade para aparecer atrás dele, como ele não conseguiu acompanhar, começou a chorar.
 

— Lauren! Não faça ele chorar. — Camz disse batendo no meu braço.

— Ouch! Ok, ei coisinha, eu tô aqui. — falei tocando seu cabelo. Um carinho calmo e ele parou de chorar. Vi uma lágrima nos olhos de Camila e ela rapidamente desviou o olhar.


 

[…]


 

Infelizmente Dinah teve que voltar ao hospital para o plantão e não pode ficar. Já era um pouco tarde quando saí do banho e Camila ninava Lorenzo no colo. Ela daria uma excelente mãe, talvez o cuidado com ele venha de um instinto, já que sua mãe biológica a deixou com outras pessoas, e no caso de Lorenzo, ele foi abandonado. Até eu sinto pena do gatinho.

Me aproximei e beijei Camila lentamente, me afastei e ouvi o pequeno suspirar; era estranho mas eu sentia uma imensa paz ao lado deles, como se meu passado sangrento fosse perdoado e os erros que cometi fossem esquecidos.

Eu tenho uma família, meu pai, o clã, tenho Camila. Mas essa coisinha trouxe um sentimento diferente.


 

— Ele dormiu? — sussurrei, Camila sorriu e o colocou no berço próximo a nossa cama.

— Sim, ele estava agitado mas assim que você entrou no quarto e foi banhar ele logo pegou no sono.

— É estranho. — falei a abraçando por trás.

— O que é estranho?

— Você, com um bebê. Parece tão natural como se ele fosse…

— Fosse…

— Não importa, vamos dormir. Dinah disse que ele vai acordar durante a noite então… quero descansar enquanto posso.

 

Camila POV.
 

Dizem que vampiros sentem tudo mais intenso, então no meu caso é duplicado por ser híbrida e não sei descrever direito o que estou sentindo.

Ver Lauren acalmando o bebê depois de tirar sangue, ou os olhos dela clarinhos falando que queria um berço seguro, ou quando me ajudou com ele no banho, sem contar quando eu lhe dava papinha ela fez graça e depois de fazer carinho no cabelo dele fez meu peito arfar, e segurar a emoção.

Parecíamos uma família.

Mesmo sabendo que Lauren não se dá bem com crianças, ela está se esforçando ao máximo.

Rio sem humor, olhando o teto depois de deitarmos. Não sei se consigo pegar no sono com Lorenzo a alguns centímetros de mim e o corpo quente de Lauren colado em minhas costas.


 

— Também não consegue dormir? — sua voz rouca sussurra em meu ouvido, me arrepiando.

— Não. Isso é muito novo pra mim.

— Pra mim também.

— Sabe… queria que Penélope te visse agora. — falei quase sorrindo.

— Penélope? — disse Lauren se apoiando em um braço para olhar para mim.

— Ah… quando conversamos ela meio que disse que você e criança não são uma boa combinação.

Ela riu.

— Lorenzo discorda.

— V-você quer? — minha voz vacila. — Um dia quem sabe… ter filhos.

Ouço seu suspiro e ela se deita, me viro e toco sua mão.

— Eu nunca me permiti ter essas coisas, uma família, alguém que se importa, até você chegar. Eu neguei enquanto pude o que sentia por você e hoje estamos casadas. Amadureci como pessoa, e meu lado humano não pode ignorar isso. — engoli em seco quando ela tocou meu rosto, mesmo com a meia luz do abajur eu podia ver um pequeno sorriso em seus lábios. — Se você quiser eu quero Camz.


 

A abraço tão apertado que ela ofega. Reprimo um choro de felicidade, por ela ser tudo o que eu sempre quis.
 

Por incrível que pareça eu dormi a noite inteira, confortável e sem bebê chorando. Acho que isso é um milagre já que dizem que bebês são terríveis. Abri meus olhos acostumando com a claridade e notei que Lauren não estava do meu lado. Levantei a cabeça e não a vi, meu olhos desfocaram um pouco quando virei para o lado onde o berço estava; e me surpreendi ao ver Lauren sentada no chão, meio deitada de qualquer jeito com um dos braços transpassando as grades do berço, levantei devagar e fui até ela.

A pequena mão de Lorenzo segurava no dedo dela, como se não quisesse a soltar. Uma cena linda porém Lauren irá ficar com dor no pescoço.

 

Toco seu ombro de leve, e tiro uma mexa da sua testa. Ela pisca algumas vezes e olha para mim.


 

— Já amanheceu?

— Sim… você dormiu ai? — perguntei incrédula.

— Ele se sentiu sozinho e eu acabei caindo no sono enquanto ninava ele. — ela se levantou e ouvi ossos estralarem. Lorenzo se mexeu.

— Está se saindo uma ótima babá. — brinquei, ela sorriu.

— Acho que vou tomar um banho, minhas costas estão me matando. — ela entrou no banheiro e fiquei olhando Lorenzo.

 

Não demorou muito para ele acordar e começar a chorar; peguei-o no colo e verifiquei a fralda e estava seca, medi a temperatura e estava normal, balancei ele de um lado para o outro e ele aumentou o choro. Notei que ele olhava para onde vinha o barulho de água, entrei sem bater e Lauren estava relaxando na banheira.


 

— Camz ele está bem? — disse com o semblante preocupado. Aproximei-o da banheira e seu choro foi parando aos poucos, como pensei, ele estava apegado a Lauren.

— Ele sentiu sua falta. Acordou aos prantos. — ela sorriu. Com a ponta dos dedos, ela começou a desabotoar o macacão dele. — O que está fazendo?

— Banho. Se apresse e se junte a nós. — entreguei Lorenzo para ela, e ele logo riu quando entrou na banheira. Tirei minha roupa e entrei logo depois.


 

Com todo cuidado, mostrei a Lauren como banhar Lorenzo, enquanto ela fazia o que eu falava; ele ria e batia as mãozinhas na água, fazendo gotas d’água se espalhar por todo banheiro.
 

Chagamos na cozinha, e Hayley comia uma fruta, nos olhou franzindo o cenho. E depois de trocar olhares com Lauren disse:

 

— Okay, porque estão tão sorridentes. Vocês fizeram aquilo na frente do Enzo? suas ninfas! — Lauren gargalhou.

— Enzo? — perguntei

— Apelido para Lorenzo…

— Soa bom. Afinal, ele vai passar um tempo com a gente. Então, Hayley se não for pedir muito; estou solicitando suas habilidades para ser babá dele. — disse Lauren.


 

Ouvimos uma movimentação na frente de casa, um carro estacionando e logo Elliot apareceu e foi abrir a porta. Fui atrás dele e deixei Lauren dando café da manhã para Lorenzo.

Assim que saí senti a presença dela.

A mulher saiu do carro, usava uma roupa formal, calça jeans, blusa branca com listras e um blazer; esse look deu a Penélope quase a minha idade.


 

— Bom dia querida. — ela disse sorrindo.

— O que faz aqui?

— Calma, vim passar um dia com minha filha e sua esposa… gostaria de me redimir com ela. Acho que fui rude da última vez.

— Acho que não tem nada que fazer aqui. — eu estava nervosa, não queria que ela visse Lorenzo e tirasse conclusões.


 

Mas ela me empurrou gentilmente pelo ombro e entrou na casa.

— Hum, que cheiro bom é esse? — falou andando a passos largos até a cozinha.
 

Assim que ela entrou, Lauren se virou e seu sorriso logo se desfez; notei ela apertar mais Lorenzo em seus braços. Como se pudesse protegê-lo da presença de Penélope.

 

— Oh, quem é está criança? — depois de um silencio ela falou. Engoli em seco e olhei para Lauren, que suspirou e veio até mim. Pousou a mão na base da minha coluna e se endireitou.

— É nosso filho.

Lauren respondeu e todo meu corpo tremeu com sua voz suave porém firme.


Notas Finais


não revisei, erros corrijo depois


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