Lauren POV.
Andava pela vizinhança para conhecer melhor, era noite e Camila ainda estava atarefada no hospital; parece que ser diretora era mais trabalhoso do que pensei.
A noite estava calma, pessoas corriam para chegar à suas casas, e tinham aqueles observavam de longe, como eu.
Havia uma mulher andando despreocupada, um homem falando alto ao telefone… Nova York parecia tão entediante e agitada. Mas como dizem, a cidade nunca dorme, andando mais um pouco cheguei ao centro e meus olhos doeram ao ser atingida por tanta luz. Tempo depois meus pés me levaram a uma parte mais escura e menos glamourosa da cidade. É toda cidade tem seu lado podre.
Drogas e prostituição nos becos escuros, e não me dei conta de como cheguei até aqui mas ao caminhar pelo beco entendi o porque.
Uma stripper, caída no chão coberta de sangue; as coisas nem sempre são glamourosas por aqui, pelo visto ela foi arrastada até aqui.
Farejei um pouco, me abaixei para ver se ainda tinha alguma pista de quem fez. Infelizmente a mulher foi espancada até a morte.
Minha raiva só aumentou quando percebi que ela também foi estuprada. Liguei para a policia local e me afastei dali, mordi minha boca para conter a sede que sentia. Fora de cogitação violar um corpo já sem vida.
— Ei você. — ouvi uma voz grossa atrás de mim, tudo que eu queria era voltar para casa. Precisava de uma bolsa do estoque de Camila. — Ei vadia!
Virei meu corpo para o homem, cheirava a cigarro e bebidas.
— Me chamou de que? — seus olhos se arregalaram e percebi que minhas presas estavam à mostra. — Droga.
Ele ficou parado como um idiota.
— O que é isso? Noite de halloween já passou querida. — ele deu alguns passos na minha direção, as outras pessoas passavam por nós despreocupadas. A cada passo eu podia ouvir sua pulsação. — Achei você gostosa, vamos ali e eu te mostro meu sabre de luz.
Sorri para mim mesma, nojento e depravado, eu faria um favor para a sociedade.
— Tem certeza que dá conta? — ele riu e segurou firme em meu braço. — Na verdade, estou com sede podemos; sei lá, beber algo na sua casa?
— Nunca te vi nesse ponto, é nova gracinha? Vou te mostrar um lugar melhor que minha casa, vamos, venha conhecer meu amigos.
Era nojento mas me deixei ser levada. Dez minutos andando e entramos numa boate subterrânea, o cheiro no ar era forte. E eu nem quero saber do que seja.
Era escuro e apenas algumas luzes coloridas faziam o trabalho de iluminação; se não fosse minha super visão não daria para identificar as pessoas.
Depois de um tempo bebendo, ele tombou a cabeça para o lado. Mas não parecia tão preocupado. Era praticamente um sonâmbulo inebriado de whisky.
— Que sorte a minha encontrar uma gostosa como você. Estou sonhando? — ofegou ele.
Dei um passo na direção dele. Passei o dedo em seu rosto, encostei meus lábios em seu ouvido.
— Sou mais como um pesadelo.
Antes que o homem pudesse soltar algum grito, cravei os dentes na sua jugular, suspirando quando o sangue atingiu minha boca. Ao contrário do que sua imagem sugeria, o sangue não era tão doce quanto eu imaginara. Tinha gosto de fumaça e era amargo, mesmo assim, bebi intensamente, drenando-o todo. Deixei seu corpo cair no chão do lugar não me demorei a partir para outro lanchinho.
Eu ainda estava com fome, muita fome.
O mais importante, eu não estava fora de controle. Estava consciente quando escolhi minha próxima vítima, uma garota loira que não parava de me olhar. Ela pareceu gostar quando a mordi, sorvi o líquido com calma, saboreando. Soltando os dentes de seu pescoço, lambi os lábios, deixando minha língua saborear o ponto de sangue fresco no canto da boca.
Camila POV.
Joguei as chaves do carro na bancada e tirei meus saltos, folguei a gravata de cetin e fui para a cozinha, peguei uma água e me sentei na mesa de jantar onde Hayley estava com Lorenzo.
— Boa noite Hay, o que estão fazendo? — perguntei
— Dever de casa mama. — Lorenzo pegou outro lápis e começou a pintar, estava concentrado e mordia o canto da boca como se estivesse pensando.
— Dia cansativo? — Hayley perguntou.
— Um pouco… Dinah ligou? Ela disse que ligaria assim que chegasse.
— Normani deixou recado elas estão procurando casas por perto.
— E Lauren?
— Foi andar por ai. — chequei meu telefone, nenhuma mensagem dela ou ligação. Mandei uma mensagem rápida e fui ajudar Lorenzo.
Não demorou para que ela chegasse, vi ela passar pela entrada e ir direto o andar de cima. O cheiro de sangue que exalou não passou despercebido, olhei para Hayley e ela sentiu o mesmo.
— Acha que ela? — Hayley sussurrou. Continuei a ajudar calmamente Enzo.
— Eu cuido disso. Pode brincar um pouco filho, mas não durma tarde ok?
— Sim, mama.
Deixei ele na sala vendo desenho e subi para o andar de cima. Caminhei até o quarto desabotoando a camisa, ouvi o chuveiro se fechando quando sentei na cama.
— Onde esteve? — perguntei assim que ela saiu, com o corpo ainda molhado.
— Por ai.
— De quem era o sangue que senti quando chegou?
— Não era meu, e não é da sua conta Camila.
Tão rápido quando um piscar de olhos eu a empurrei contra a parede.
— Camila! Está louca?
— AH! Eu estou? Quantos Lauren, eu quero um número! — pressionei minhas unhas em seu pescoço.
— 20, talvez 50! Estava com fome, eram todos caras maus. Fiz um favor pra sociedade. — a soltei e dei um passo para trás antes de lhe dar um tapa.
— Nunca mais me responda daquela forma outra vez. — ela sorriu com a mão no rosto. — Você perdeu o juízo? Atacar muitos de uma vez.
— Relaxa, tudo sob controle! Você fica muito sexy com essa pose. Me bate de novo. — então ela se aproximou e me beijou.
— Preciso de um banho… Lauren…
— Gostei dessa blusa, mas vamos tir…
— Mama? — Lorenzo entrou no quarto com um livro na mão.
— Ei amigão, mama e eu estamos ocupadas. — Lauren disse e bati em seu braço. — Quer dizer, não está na hora de ir pra cama?
— Ele só dorme depois de ouvir a história da Llama Red Pajama… cantada. — dei um beijo rápido em Lauren e corri para o banho. — Boa sorte mamãe.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.