1. Spirit Fanfics >
  2. The Icy Eyes Dragon >
  3. Capítulo: 00

História The Icy Eyes Dragon - Capítulo: 00


Escrita por: KazuHime e Suzu_Hika

Notas do Autor


Hello! Faz tempo que não posto aqui XD

Hoje é meu aniversário, alias. Eu deixo aqui meu presente para vocês...

Nós combinamos de escrever as notas quando a gente escreveu o capitulo. Então aguentem XS

13/04
Depois de uma longa discussão sobre temas, finalmente conseguimos um. Resolvemos usar os meus livros como base. Então usando um em particular que eu escrevi no ano passado. Eu achei que seria legal esse tema. Híbrido dragão, mas como sempre, minha parceira do crime decidiu incrementar mais.

Depois de uma longa discussão novamente, resolvemos colocar elfos, anões, e fazer uma lobo faunus Ruby. A gente fez uma lista grande de coisas que queríamos colocar na história. Ia ser um pouco maduro, então a classificação seria alta, mas pela violência do que qualquer outra coisa.

Outra coisa, foi que resolvemos usar o estilo de escrita dela. Omg! Eu não sei escrever desse jeito.

Então sem mais suspense esse foi escrito por mim, Kazu. Em um estilo diferente do que eu trago.

Boa leitura

Capítulo 1 - Capítulo: 00


Azul. Tão azul como o céu que via pela janela de sua torre.

Frio. Frio como o gelo que rodeava as montanhas e que caia durante meio ano.

Bonito. Podendo ser comparados com a beleza da natureza em dias de primavera.

Triste. Como uma criança que acabara de perder um brinquedo precioso.

Desesperados. Como um náufrago vendo sua única tabua de sustentação começar a afundar.

Solitário. Como somente ela poderia ser.

Presa na torre mais alta do castelo. Sua única companhia era sua própria sombra. De lá ela não poderia ver nem mesmo as pessoas andando nas redondezas do castelo. As pessoas da cidade ao redor do castelo talvez nem conheçam a sua existência.

O espelho em seu quarto refletia uma imagem bonita. Traços delicados, olhos azuis limpos e claros, mas tão sem vida quanto a de um coelho pendurado na mandíbula de uma raposa. Cabelos brancos como neve. Compridos e sedosos. Pele leitosa, macia e quente. Quantas pessoas não implorariam para tocá-los?

Sua liberdade fora tomada na tenra idade. Logo após seu nascimento. Ela não deveria ter nascido como nasceu. Duas grandes asas brancas. Não como as de anjos, e sim com as de um demônio. Forradas por uma pele dura e acetinada vermelha no interior e uma grossa camada de escamas brancas no exterior.

Suas mãos não humanas, com garras em branco, quase marfim. Escamas que cobriam parcialmente as costas de suas mãos. Espinhos que saiam de seus cotovelos e ombros. Tão afiados como facas...

Seu pai dizia que até mesmo um filho faunus era melhor. Que ela era a vergonha da família. Que ela não prestava para nada. Ele nem lhe dera um nome. Um nome significava uma existência. Negar um nome significava negar sua existência.

O que ela era?

O que deveria ser?

O que ela não deveria ser?

Ela era uma princesa em um reino de neve. A realeza. Uma herdeira do trono de Atlas.

Ela deveria ser apenas uma humana. Uma bela mulher. Destinada a grandeza. Destinada a fazer todos os príncipes virarem a cabeça quando ela passasse. Ser a mulher mais bela a pisar na terra. Invejada por todas as outras pessoas e até deuses.

No entanto... No entanto ela não era nada disso. De fato era uma princesa, herdeira do trono de Atlas. Isso se sua existência tivesse sido anunciada. Aquela bela mulher dentro daquela torre era um hibrido dragão.

Apenas esse fato apagava qualquer outra coisa positiva sobre ela.

Esqueça a beleza estonteante. Os olhos bonitos e cristalinos. Os cabelos brancos e sedosos. A pele leitosa, macia e quente. Tudo isso não era nada. As escamas e as asas falavam mais alto.

Um dragão era sinônimo, não de realeza e poder, mas de destruição e morte.

Ela era um monstro.

Aos olhos das pessoas ela não era nada mais que um monstro bonito.

Alguém a se temer.

Uma alma inocente julgada por sua aparência. Uma alma sem pecados cercada de solidão. As palavras que conheciam eram as que os criados usavam. As musicas que cantava, eram as que construía com sua mente.

A voz mais bonita que muitos dos criados tiveram o prazer de ouvir.

Até mesmo aquela voz bonita. Aquele canto gracioso era visto como um feitiço amaldiçoado. Eles diziam que se você o ouvisse, então estaria enfeitiçado.

Quantas pessoas não foram mortas por causa dessa crença sem sentido? Eles tentaram ajuda-la. Tirá-la daquele confinamento injusto. Apenas para serem mortos e acusados de estarem amaldiçoados. Enfeitiçados pelo dragão.

Em livros aprendeu quem seus familiares eram e o porquê de serem temidos. Um dos gentis criados havia a ensinado a ler, mas não lhe dera um nome.

Os antigos dragões. Ambiciosos e cruéis. Destruindo vilas com seu poder de fogo. Matando sem piedade cada pessoa que cruzasse seu caminho. Carbonizando corpo até que não sobrasse nada além de pó.

Do pó viemos, e ao pó retornaremos.

Ela, no entanto não tinha fogo. Pelo contrario. Ela tinha gelo. Ela aprendera a manipular seus poderes sem querer. Criando gelo e neve. Nos livros não havia nenhum dado sobre dragões de gelo. Talvez fossem raros. Ela talvez não fosse perigosa então.

Equivoco.

Ela estava tão equivocada. Ela congelara uma das criadas. Uma grande estatua de gelo que quando tocado se quebrou em vários pedaços.

Medo. Pânico. Aversão.

Ela se fechou para o mundo. Eles tinham razão em mantê-la ali trancada. A solidão era um preço pequeno se comparado as vidas que ela poderia ter tomado.

Quando chegou a adolescência. Seu pai gostava de mantê-la em suas reuniões. Uma prova de poder. De destruição. A prova que ele poderia dizimar cada reino que fosse contra ele. Cada nobre que se virasse contra ele. Cada cidadão que desaprovasse suas leis.

Ela se tornou uma arma.

Uma arma temida.

Uma arma de terror.

Ela inspirava nada mais que medo. Pânico. Terror. Horror... Ódio...

As pessoas a odiavam. Odiavam pelo que ela representava. Odiavam pelo que ela era. E que culpa ela tinha? Ela não sabia. Ela tinha medo de descobrir que a culpa era realmente dela.

Por que ela tivera que nascer assim?

Haveria algum lugar para ela lá fora? Além das colinas nevadas e do oceano? Havia alguma felicidade no mundo ou ela era apenas uma alma nascida para conhecer apenas a escuridão?

Ela olhou para o espelho. Sua imagem bonita refletida. Talvez alguns fossem abençoados com a beleza como ela, mas amaldiçoados com a solidão... O que não daria para poder estar longe dali. Sua realeza. Sua beleza. Tudo que possuía e que as pessoas invejavam.

Ele, seu pai. Podia a manter longe do mundo. Esconder sua existência. Usá-la como uma arma. Então por que ela não podia se esconder de si mesma? Deixar seus sentimentos congelados? Ser apenas um dragão a ser temido?

Haveria algo para ela no final? Ou eram apenas sonhos ridículos que teimava manter?

Alguns criados ainda tentavam animá-la. Mostrar para ela que o mundo era muito maior que sua torre e Atlas. Um dos mordomos até dizia que havia um lugar para ela. Ela só precisava escapar daquela gaiola. Que ela iria encontrar alguém a visse como uma pessoa e não como uma besta sanguinária e perigosa.

Esperança...

Algo que há muito havia perdido ao se render a solidão daquele quarto frio na torre. A esperança de ser um dia amada por alguém. De ser querida. Até mesmo admirada como aqueles heróis dos contos de fadas que ela lia quando criança.

Ela tinha um carinho tão grande por aquele mordomo. Foi o único que estendeu sua mão mesmo com o risco de ser congelado. O único que continuou ao seu lado. Sempre com um sorriso gentil e palavras doces. Talvez era isso que eles chamavam de amor.

Não aquele amor de um conto de fadas bonito. Um amor paternal.

Ele era seu herói. Não o rei que ela chama de seu pai. O mordomo que não sabia o nome. O mordomo que sempre a puxava para cima quando precisava. Que não a deixava sucumbir e ser a arma que seu pai queria que ela fosse. Que dava a ela uma esperança de algo melhor.

Um coração poderia se transformar em uma pedra?

Podia.

Mas não o seu. O seu coração continuaria sendo um coração enquanto ele estivesse ao seu lado. Seu coração continuaria batendo. Congelado, mais ainda ali.  Ainda que se curvasse diante daquilo que seu pai queria. Ainda que ela se passasse por uma arma de destruição. A ameaça era real. Ela jamais precisaria usar seu poder de destruição.

Se acreditar qualquer coisa podem se realizar.

Um dia, ela sabia que sairia daquela torre. Se ela acreditasse um dia ela seria livre para ser quem ela queria ser. Se ela acreditasse um dia não estaria mais sozinha. Se ela acreditasse o suficiente ela encontraria alguém que a aceitaria. Alguém que veria além de suas asas. Alguém que olharia além de sua beleza. Alguém que visse seu coração.

Alguém que descongelasse o seu coração.

Como a protagonista de uma de seus contos de fadas favorito. Assim com Weiss. A rainha do Gelo que encontrou a felicidade além dos reinos congelados.

Weiss...

Esse era o nome que seu mordomo havia lhe dado. Weiss Schnee. A herdeira de Atlas. O dragão de olhos gelados. E de coração e alma quentes. Ele ainda desejou a ela, que assim como no conto, ela encontrasse a felicidade. Ainda que fosse além das planícies congeladas e do grande extenso oceano.

Ela guardou esse nome em seu coração. Suas palavras também.

Ela passou a desejar e acreditar nelas tanto quanto um humano acreditava em suas divindades. Eram apenas palavras. Desejos não ditos por sua boca, mas pela de outra pessoa.

Ela estava determinada. Assim que a oportunidade aparecesse ela voaria para longe e não voltaria. Assim que a oportunidade aparecesse ela deixaria o castelo. Deixaria de ser uma arma nas mãos de seu pai. Deixaria de um monstro temido. Deixaria de ser quem era ela e se tornaria aquilo que ela estava predestinada a ser.

Mesmo que ela não soubesse o que era. Ela tinha uma vaga ideia do que queria ser. Ela queria trazer a paz. Ela queria salvar e não destruir. Ela queria ser apenas uma pessoa. Além de sua herança draconiana.  Ser uma pessoa além de seus status de realeza. E acima de tudo ela queria ser amada. Como nunca fora antes.

Ela queria amar e ser amada. Ter alguém que se importasse e alguém para se importar. Alguém que a protegesse e que ela protegesse de volta. Alguém que ela pudesse confiar, e ser de confiança. Alguém para chamar de amigo. A quem ela daria sua lealdade. A quem ela pudesse dar tudo que tinha sem medo. Alguém que ficasse ao seu lado.

Talvez mostrar o mundo do alto. Talvez mostrar para esse alguém que as nuvens não eram feitas de algodão. Talvez fazer esculturas de gelo. Brincar na neve em um dia quente de verão. Talvez ver a beleza de uma floresta verde. Ouvir os animais. E assim como a heroína daquele conto. Talvez encontrar a felicidade.

A felicidade...

Era algo que todos deveriam possuir. E era algo por qual ela estava disposta a lutar. Afinal, nada poderia ser pior do que aquela solidão.

Um dia ela sairia dali. Ela sairia e deixaria essa casca fria para trás. Ela deixaria de ser apenas um dragão. Ela sairia e seria ela mesma. Weiss.

Weiss Schnee...


Notas Finais


Então né... A capa não é minha, na verdade é tipo de uma capa de improviso? Porque a Suzu não gostou das capas que eu desenhei... Vou ter que desenhar outra e argh... Eu não tenho tempo para pintar no pc...

https://www.pixiv.net/member_illust.php?mode=medium&illust_id=43139136

Sim, o tema da fanfic foi escolhido de um dos meus livros, e sinceramente, mudamos muitos dos conceitos que aparecem no meu livro. Principalmente sobre o híbridos dragões lol.

Então, era para ser um prólogo, mas virou capitulo 00 porque eu não achei que ficou com cara de prólogo.

E depois vamso conversar mais sobre a história. Que vai ser um pouco estranha e parecer OC, e então o jeito de escrita vai ficar diferente... Okay, vocês verão.

Kissus
Se cuidem


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...