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História The Icy Eyes Dragon - Capítulo 21: Contos e conceitos


Escrita por: KazuHime e Suzu_Hika

Notas do Autor


A PARTIR DAQUI COMEÇAM A SER INCLUÍDOS OS MEUS OCS. ESTEJAM AVISADOS. NESSE CAPÍTULO ELES TERÃO UM FOCO GRANDE

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Então demorei um pouco né. Eu tenho meus porquês

Meu amado CPU ainda não voltou. E essa semana foi o a semana da ficção do club de escritores, é como aqueles concursos que temos nas escolas, onde escrevemos alguém escolhe o melhor e ganha um premio. Esse ano eu consegui o meu, a temática por incrível que pareça era dinâmica alfa, beta e ômega ou furry.

Eu nunca li tantos contos eróticos em um único dia, sei lá as pessoas tendem a pensar que essa dinâmica a/b/o obrigatoriamente tem que ter um envolvimento sexual. E bem, eu acho que depois de ler tantas cenas sexuais, o críticos acabaram escolhendo o meu furry com dinâmica a/b/o porque não tinha nada sexual na história lol

Okay. Deu uma confusão desgraçada no resultado. As pessoas não gostaram de terem dado o premio para mim, mas que culpa eu tenho? No ano passado eu não participei, então a Bella ganhou, e eu acho que ela estava esperando ganhar nesse ano também. Então eu tenho que fazer uma história homoafetiva que envolve dragões e pessoas com características animalescas para competir contra a Bella. Olha a coincidência.

Estou publicando mais tarde hoje porque eu estava caçando pokemon hoje. Como eu disse uma vez, eu tenho uma vida!!!

Boa leitura

Capítulo 23 - Capítulo 21: Contos e conceitos


Capítulo 21: Lendas e conhecimentos

 

A casa de Ruby não era grande. Era uma casa de tamanho mediano e de dois andares. Uma sala de estar. Uma cozinha de tamanho médio e um banheiro no primeiro andar. No segundo havia dois quartos e mais um banheiro com uma banheira.

A decoração era simples. Tão impessoal. Um sofá-cama retrátil negro. Uma pequena mesa de café mogno. Uma televisão. E uma lareira na sala. As paredes de cores pasteis. A cozinha era tão simples quanto poderia ser. Apenas um fogão. Um micro-ondas. Uma geladeira prateada. E alguns armários de madeira.

E o que podia se dizer dos quartos? Ambos tinham camas de casal, mas a mobília era simples e estéril. As cores ainda variando entre cores pasteis, vermelho, preto e branco. Totalmente impessoal. Ela tinha certeza que deveria haver mais cores em uma casa. Ainda que não entendesse. Uma vez que o White Castle era totalmente branco.

- Weiss, você está pronta para irmos às compras? – Ruby perguntou do andar de baixo.

Elas tinha chegado à Vale quase de noite ontem. Não queriam sair para comprar nada. Os suplementos foram comprados no caminho do aeroporto até a casa perto do centro. Por isso elas iram naquela manhã.

- Sim. – Ela terminou rapidamente de amarrar seu cabelo antes de descer.

- Vamos. – Ruby agarrou sua mão e a puxou para a porta. Ela estava animada e Weiss poderia dizer isso com clareza.

O dia estava bonito. Frio. Entretanto bonito. O sol brilhava sobre suas cabeças. A neve estava parcialmente derretida, mas ainda tingia a cidade de branco. Pessoas transitavam com roupas grossas para enfrentarem o frio.

Ruby se encolheu. Weiss sabia que apesar de gostar de neve, a loba faunus não gostava de frio.

Weiss segurou a mão da mais nova enquanto andavam atrás de presentes para a equipe JNPR. Ela não sabia o que pegar para eles. Para Ren ela ia comprar uma frigideira nova. Ele tinha dito que a ultima ele amassou batendo em um Grimm. Ela não sabia como aconteceu. A única coisa que fora clara era o formato de uma mascara grimm no fundo da panela.

Os outros integrantes do JNPR era um mistério. O que Nora iria gostar? Talvez uma pelúcia? A anã gostava de pelúcias. Para Pyrrha ela poderia comprar chá élfico. Havia uma loja da última vez que esteve em Vale.

E agora Jaune? Ela não conhecia bem o garoto. Deixaria Ruby escolher o presente dele. E pelo que ela disse ele tinha sete irmãs. Ela deveria comprar algo para as crianças? E os pais do loiro que eram hospitaleiros o suficiente para recebe-las?

Ruby repentinamente soltou sua mão. Weiss observou a loba faunus correr para um trailer de cachorro quente. Ela franziu o cenho. Eles tinham acabado de tomar café da manhã. E aquela comida não parecia muito saudável.

Ela viu Ruby se virar e sorriu. A loba faunus acenou. Weiss ergueu a mão para acenar de volta. Foi quando alguém a agarrou pelo pulso. Ela não teve tempo nem de gritar quando uma mão a pegou pelo joelho. Carregando em estilo noiva antes de correr.

Ela viu Ruby abrir a boca assustada e correr enquanto ficava cada vez mais abaixo. Foi quando percebeu. Ela não estava correndo, e sim voando. Ela olhou para seu captor. Tinha os olhos vermelhos e um sorriso fácil nos lábios. Os cabelos negros voando contra o vento.

- Não se preocupe, vou devolvê-la em instantes. – A voz feminina disse. Ela apenas sorriu novamente.

- O que... – Ela se calou quando viu algo muito peculiar. Eram asas. Asas de dragão. Essa garota era um híbrido dragão também.

 - Vamos, eu não vou fazer mal algum à uma irmã de raça. – Ela sorriu novamente. Pousando sobre um dos telhados dos prédios altos. – Agora, Sati vai me matar, mas isso não é da conta dela. – A garota então colocou Weiss em seus pés.

A herdeira então reparou. A garota de olhos vermelhos era incrivelmente baixa. Mais baixa que Nora. E Nora era filha de um anão e um humano. Ela também tinha longos cabelos negros. Tão longos que chegavam aos seus joelhos como uma cortina negra lisa.

- Vamos nos apresentar então, eu me chamo Azuya Igami. Sou de Mistral e trabalho como caçadora de vez em quando. – Ela disse com um sorriso fácil.

- Weiss Schnee. – Weiss respondeu.

- Schnee? Como a realeza de Atlas? – A reação da garota era cômica. Ela tinha seus olhos vermelhos arregalados. A mandíbula solta.

- Exato. – Weiss respondeu e a garota começou a rir. – Espera, você disse que era caçadora? Quantos anos você tem? – Perguntou curiosa.

- Lá vamos nós com essa conversa. – Azuya retrucou. – Atualmente eu estou nos meus vinte e dois anos. – Respondeu com pesar.

- Não parece. Eu poderia jurar que você tinha mesma idade que a Ruby. – Ela apontou.

- Aquela loba faunus? – Azuya perguntou e Weiss assentiu. – Ela tem o que? Treze anos?

- Dezesseis. – Weiss a corrigiu.

- Isso é uma boa idade e... – Azuya se calou enquanto observava ao longe. Ela podia ver um gêiser de lava surgir. Uma silhueta familiar voando em sua direção. – Merda, agora não. Vamos ter que correr mais um pouco Weiss. – Ela disse antes de agarrar a mais nova em seus braços e voar.

- AZUUUYA! – Weiss pode ouvir, mas não ver. A velocidade da mais velha era ainda superior a sua. Tudo se tornando um borrão enquanto ela cortava entre os prédios de Vale. Uma precisão cirúrgica deixando um forte vento para trás.

- Quem era aquela? – Weiss perguntou preocupada.

- Minha mestre, Sati Kaffaljidhm. – Respondeu rindo de nada em particular. – Ela é filha de um reino que já foi destruído.. – Explicou.

- Mestre? Como assim mestre? – Weiss perguntou sem entender.

- Pelo visto é como Ozpin disse, você realmente não sabe de nada sobre nós e sua raça. – Azuya então pousou no meio da rua. As pessoas observando a dupla. – Venha, eu vou te contar tudo que eu sei a respeito disso.

- Espere! E quanto a Ruby? – Perguntou preocupada.

 - Escute Weiss, há coisas sobre nós que apenas os da nossa raça devem saber. Coisas que não podemos espalhar para os outros ou comprometeremos a nossa segurança. – Explicou.

- Mas eu confio nela. – Weiss cruzou os braços na frente do peito.

- Olha, eu não conheço a loba faunus, e prefiro dizer apenas para você. Agora se depois de saber tudo sobre nós você quiser contar para ela, é por sua conta e risco. – Ela puxou a dragão pelo pulso. – E eu garanto que talvez você não vai querer dizer a ela o que eu vou te contar. – Sua expressão era sombria.

Weiss deixou se ser guiada por aquela mulher. Elas entraram em uma grande biblioteca. Ela acenou para a bibliotecária de cabelos loiros antes de subir as escadas. No quarto andar ela abriu uma porta negra. A asa de um dragão cravada nela.

- Então você a achou? – Havia uma garota de cabelos negros e olhos violetas sentada em um sofá negro. E ao lado dela uma garota loira de olhos ambares. Perto da janela havia mais uma garota. Seus cabelos eram róseos assim como seus olhos.

- Nunca duvide da grande Azuya!  – Ela exclamou batendo no peito para se gabar. – Essa é Weiss Schnee. – Apresentou a adolescente.

- Você deveria parar de andar com a Jasmin. – A garota de olhos violetas disse. Ela deixou seu livro de lado e olhou para a herdeira. – Eu me chamo Cana. – Ela fez uma reverencia cordial.

- Sonya. E essa é Jasmin, irmã da minha mestre. – A garota rosada disse.

- Ozpin nos disse que você é um híbrido dragão que estava preso durante os últimos dezessete anos. – Só então Weiss notou mais uma presença na sala. Uma garota de cabelos vermelhos. Um de seus olhos era verde esmeralda e o outro era uma sombra de roxo escuro, quase negro.

- Hina! – Azuya exclamou irritada. – Se apresente pelo menos. Até mesmo a Cana se apresentou! – Ela estava indignada.

- Hey! – Cana disse irritada.

- Me chamo Hina Igami. Sou irmã gêmea Azuya. – Respondeu antes de se sentar.

E de fato a garota era parecida com a morena. Não. Elas eram idênticas. Se não fosse o cabelo e os olhos. Elas seriam a copia uma da outra.

- O que é esse lugar? – Weiss perguntou curiosa.

- Uma biblioteca. – Cana respondeu dando de ombros.

- Disso eu sei. – Weiss cruzou os braços na frente do peito. – Eu quero saber o que é esse lugar.

- Uma biblioteca. – Havia um sorriso sarcástico nos lábios de Cana.

- Você pode parar com isso? – A loira reclamou. – Essa é a base dos híbridos dragão. Você nunca deve falar sobre esse lugar com alguém que não seja um híbrido dragão. É totalmente proibido. – Jasmin afirmou.

- Lili é a única humana que sabe sobre esse lugar porque essa idiota aqui contou. – Cana bateu na testa de Jasmin com a palma da mão.

- Porque é tão secreto assim? Não faz sentido. – Ela murmurou enquanto olhava para a sala.

- Porque... – Azuya tomou uma grande respiração. – Híbridos dragões já foram caçados. Em muitos lugares eles ainda são. Nossas vidas estão em constante perigo Weiss. Ainda mais híbridos como você, sem um mestre. – Ela respondeu.

- O que quer dizer com sem um mestre? – Ela estava indignada.

- Por favor, sente se – Sonya pediu indicando o sofá desocupado. – Vai ser uma longa história.

- Tudo bem. – A híbrido dragão se sentou . Sua postura tão rígida quanto uma pedra. Cana ergueu uma sobrancelha, mas não comentou.

- Um pouco de chá de Assam. – Hina colocou uma xicara branca com desenhos florais em rosa a sua frente na mesa de café. – Biscoitos amanteigados? – Ofereceu.

- Obrigada. – Weiss assentiu.

- Por onde começamos? Daria as honra Azuya? Você é a anciã aqui. – Cana olhou com um sorriso zombeteiro.

- Você é insuportável às vezes, Cana. – Azuya retrucou. – Então. – Ela olhou para Weiss. – Você tem que me prometer que não vai contar isso para nenhum faunus ou humano. – Pediu.

- Por que? – Ela precisava ter um bom motivo.

- Weiss. Isso que vamos te dizer é vital para nós, se alguém souber pode custar a vida de tantos outros híbridos dragões no mundo. Talvez não você, mas as futuras gerações. – Hina respondeu calmamente.

- Mas Ruby é de confiança. – Ela murmurou.

- Agora, mas e depois? – Cana disse seria. – Eu não quero que as futuras gerações sofram porque você confiou em alguém que tinha alguém em quem confiava, mas acabou destruindo nos. – A garota de olhos violetas disse friamente.

- Você não...

- Weiss. – Azuya a chamou. – Me dê a sua palavra. Eu te prometo que você não vai se arrepender de me prometer isso. Você vai temer tanto quanto nós tememos que dos de fora saibam.  – A mais velha garantiu.

- Tudo bem. Eu prometo. – Ela disse contra gosto.

- Você já ouviu falar dos antigos dragões? – Ela perguntou e Weiss franziu o cenho. – Dizem que ele protegia uma princesa em um castelo.

Havia um conto. Weiss se lembrava. Onde uma princesa estava presa em uma torre. Um dragão guardando a porta. No fim o dragão foi morto por um cavaleiro. Ele resgatou a princesa e então eles viveram felizes para sempre. Ela se lembrava.

- Sim, eu e lembro desse conto. – Weiss se apressou a dizer.

- É totalmente falso. – Cana interveio.

- Não cale a boca Cana! Você não me mandou contar. – Azuya disse irritada com a morena. – Sim, metade dele é falso. A princesa não estava presa, o dragão não era mal. O dragão amava a princesa e deu seu coração para ela. O cavaleiro o matou, a princesa chorou. E não houve felizes para sempre.

- O cavaleiro abusou dela. – Cana disse mais uma vez interrompendo a mais velha da sala.

- Cana! – Jasmin e Hina disseram ao mesmo tempo.

- Abusou? – Weiss perguntou sem entender.

- Violentou. Abusou. Estuprou. Sexo sem consentimento. – Cana disse de uma vez.

- Pelo amor de Dust Cana! Apenas cala a boca! – Hina pediu educadamente.

- Enfim, essa princesa teve gêmeos Híbridos dragões. Uma menina e um menino. Quando eu disse que o dragão deu seu coração a ela, ele realmente deu uma parte do seu coração a ela. Juntando os em seu peito. O menino dizimou dezenas de reinos e vilas. – Azuya continuou contando.

- É dai que vem a reputação ruim dos híbridos dragões? Não dos antigos dragões? – Weiss perguntou curiosa.

- Certamente. E também a parte mais complicada. – Hina respondeu. – Me permite, irmã? – Ela olhou para os olhos vermelhos.

- Claro, Hina, explique. – Azuya sorriu.

- Havia uma bruxa. Ela jogou uma maldição no híbrido dragão. Ele jamais poderia usar sua magia novamente, não em totalidade. Era um lacre para sua magia. Apenas quando ele aprendesse o valor da vida e a respeitasse ele teria seus poderes de volta. – Hina continuou calmamente.

- Isso é confuso... – Weiss mordeu o lábios.

- Eu sei, mas confie em mim, é verdade. – Hina suspirou. – Ele tentou de vários jeitos desbloquear seu poder. E então algo ruim aconteceu com ele. Não dizem o que foi ao certo, mas ele perdeu sua mente. Ele atacou a todos. Seus poderes estavam de volta, mas ele não era mais um ser consciente. Ele era uma besta. – Cana continuou.

- Uma besta? Como um dragão grimm? – Ela perguntou assustada.

- Exato. – Sonya respondeu.

- Então os híbridos dragões não deveriam mais nascer. Sua fonte estava acabada. – Weiss apontou.

- Errado. Lembre se eram gêmeos. A menina ainda vivia. Sob a maldição da bruxa, mas vivia. Ela teve filhos, e sua linhagem sobreviveu. Por isso nós existimos. Somos filhos dessa linhagem antiga. – Hina explicou.

- Você quer dizer que nossos poderes não estão em integra por causa de uma maldição ridícula? – Weiss perguntou. – E que possamos tê-los em integra temos que aprender a respeitar a vida? – Parecia ridículo.

- Não tão simples, Weiss. – Cana finalmente abriu a boca novamente. – Você mataria pessoas agora? Provavelmente não. Se alguém roubasse e matasse aquele que você mais ama? O que você faria? Vingança? – Perguntou seria.

 Se alguém matasse a Ruby? Ela ficaria louca. Ela buscaria vingança. Ela mataria quem tentasse impedi-la. Ela...

- Mas... Me disseram que para despertar meu poderes eu tinha que me sentir amada, segura, e ter relações sexuais com a pessoa que me fizesse sentir assim. – Sua voz ficou baixa na ultima parte. A sala rompendo em risos.

- Meus poderes estão todos despertos, e posso garantir que não tive relações sexuais com a Sati. – Azuya riu.

- Ainda. – A sala inteira disse.

- Você não teve relações sexuais com ninguém. Está se guardando para quando sua mestre te tomar para ela. – Cana disse aquilo sem um pingo de vergonha.

- Espera, eu não entendo, se era só isso porque você disse que não podia dizer a ninguém? – Weiss decidiu q               eu era sabia ignorar as outras.

- Não contamos tudo ainda, Weiss. – Jasmin respondeu.

- O que desperta os poderes não é nada disso. É um mestre. Cada dragão tem um mestre perdido por ai. Apenas uma pessoa pode despertar o poder total de um híbrido dragão. Apenas uma pessoa pode controlar esse poder. Apenas uma pessoa pode domar nossa besta interior. É por isso que chamam de mestre. – Azuya explicou.

- Um mestre? – Weiss perguntou.

- Weiss, não é um conto de fada onde o amor vence tudo e faz milagres. A verdade é que os híbridos dragões são feras. Bestas. Somos realmente perigosos Weiss. Não é lenda. Não é uma mentira. Podemos destruir tudo. – Azuya explicou.

- Espera, espera! – Weiss estava em choque.

- Um mestre de um híbrido dragão é honrado. É puro. Ele não vai nos usar para provocar catástrofes. O mestre é aquele que vai segurar a nossas mãos. Que vai nos parar. Que vai afugentar toda a destruição que quisermos provocar. Ele vai nos comandar. – Hina murmurou.

- Espera! – Weiss se levantou. – Eu não entendo nada disso. Um mestre? Uma única pessoa que vai poder controlar meus poderes. Quer dizer, nem eu poderei controlar meus poderes? – A herdeira estava com medo agora.

- Mais ou menos. Ele apenas vai impedir que você cometa loucuras. – Azuya respondeu.

- Eu serei uma arma? – Aquela pergunta saiu em um fio de voz.

- Como eu disse, o mestre é alguém bom. Puro. Independente de sua aparência. É alguém que respeita o próximo. Alguém que ama as pessoas. Alguém que vai fazer o que tiver que fazer para o bem maior. Você não vai ser uma arma nas mãos dele. – Azuya assegurou.

- Agora Weiss. – Sonya começou devagar. – O porquê de você não poder falar sobre essa biblioteca para mais ninguém. – A rosada mordeu o lábio inferior e apreensão.

- Há pessoas lá fora que querem híbridos dragões para destruir tudo. Eles não vão se importar em transformar nos em dragões grimm. Eles apenas querem a destruição. E também há pessoas que querem um híbrido dragão para usá-los como armas e ameaçar as pessoas. Mesmo com seus poderes selados um híbrido dragão é forte. Você sabe disso. – Jasmin murmurou. Ela esfregou os pulsos.

Weiss então percebeu. Não apenas a loira, mas todas da sala tinham cicatrizes em seus pulsos. Exceto. Cana. Ela tinha uma cicatriz no pescoço.

- Nós não somos os únicos híbridos nessa biblioteca. Existem dezenas deles aqui dentro. Que vem aprender a se camuflar na multidão. Os que não atingiram a maturidade para despertar seus poderes e são indefesos. Se alguém com más intenções os capturar... – A loira mordeu o lábio inferior. Lágrimas presas em seus olhos.

- Nós todas nos conhecemos em um terreno escravista. Todas sofremos em mãos erradas. Até que alguém nos salvou dos experimentos daquele homem cruel. – A morena olhou para o chão. – Schnee...

- O que tem meu nome? – Weiss estava confusa.

- Você sabia que o Rei Schnee contratou pessoas para roubarem híbridos dragões na última década? E que ele planejou fazer alterações de DNA para transformar um humano em um híbrido dragão? Foi o que ele fez com a Cana. – Hina contou.

- É por isso que ninguém pode saber. Queremos proteger o maior numero de híbridos possíveis. – Azuya murmurou.

- Então como você voou pela cidade comigo sem medo? As pessoas não suspeitariam? Elas viram que você é um híbrido dragão! – Weiss exclamou.

- Azuya é uma Caçadora. – Hina respondeu. – Ela decidiu matar grimms como a pessoa que nos salvou. Ela é a única híbrido dragão catalogada como tal na sociedade. – Explicou.

- Nós não somos tão raros assim como todos acreditam. Apenas nos escondemos. Para a nossa própria segurança. – Azuya disse calmamente. – Eu decidi ser uma Caçadora. A mais forte que o mundo já viu para proteger a nossa raça. Para que um dia possamos nos revelar sem medo de sermos sequestrados. Escravizados. Para mostrar que não somos uma ameaça. – Contou.

- Mas somos. Na cabeça de muitos somos. Inclusive na nossa própria. – Cana suspirou tristemente. – Nós somos descendentes de uma besta, tão poderosos quanto ela.

- Você pode pedir para a Azuya te mostrar. Ela é uma Caçadora, e você está em Beacon. Não vai ter problema se uma híbrido dragão mostrar seus poderes para outra. – Hina sugeriu.

- Vocês têm um mestre? – Weiss perguntou genuína.

- Sonya, Azuya, Jasmin e Cana. – Hina respondeu.

- Como se sente? Como vocês souberam quem era seu mestre? – Ela perguntou curiosa.

- Aqui. – Azuya tirou sua luva. O desenho de um sol estava nas costas. - Quando vocês se encontrarem e seus sentimentos se encontrarem ele vai te marcar. – Explicou.

- Sentimentos? – Weiss murmurou.

- Sim. – Azuya sorriu calmamente. – Você também vai deixar uma marca nele.

- Então, temos um problema para te ajudar com. – Hina disse se levantando. – Suas asas e espinhos. – A ruiva se levantou.

- Ozpin está me ajudando com isso. – Weiss disse orgulhosa.

- Puff. – Cana riu soprado. – Acha mesmo que aquele homem vai te ensinar a se camuflar quando ele não tem nada para esconder?  Vamos lá, princesa. Híbridos dragões não são como faunus. – Cana estendeu a mão para a herdeira.

- Espera. Não posso agora. – Ela disse rapidamente.

- Por que? – Hina perguntou curiosa.

- Ruby deve estar preocupada comigo. Vamos dizer que Azuya simplesmente me sequestrou enquanto ela estava comprando um cachorro quente. – Respondeu.

- Azuya! – Todas gritaram ao mesmo tempo.

- Bem, eu estava atrás dessa menina por dias! Ozpin nem me deixou chegar perto dela na academia. Eu tive que dar meu jeito. – Explicou.

- Por que Ozpin não te deixou chegar perto de mim? – Perguntou sem entender.

- Para resumir uma longa história, eu meio que roubei um dragão dele. Seu nome é Safira. Ela tinha entrado em Beacon para aprender a lidar com sua herança e eu a trouxe para cá. Depois disso ela nunca mais voltou. E ele colocou a culpa em mim, mesmo sem ter provas. – Explicou.

- Ele teve razão em culpar você. – Cana deu de ombros.

- A culpa não é minha. Ela está aqui porque quer. E lá eles meio que queriam fazer dela uma espécie de experimento? Não algo ruim assim. Mas queriam colher dados. E ela se sentia incomodada. Por isso ela saiu de Beacon. Não foi minha culpa. – Se defendeu.

- Já que você não vai poder ficar hoje, e eu não sei quando você vai voltar. – Cana se levantou e pegou um livro da estante. Ela voltou. A capa negra com letras em dourado.

- O dia depois de ontem? – Weiss leu o titulo. Que espécie de livro era aquele com um titulo tão... Estranho.

- É um dos poucos livros que conta a história de alguém como nós. Vai falar sobre seus problemas e como ele superou tudo. E o mais importante é uma história verídica. – Esclareceu.

- Obrigada. – Weiss se levantou.

- Sempre que precisar. – As garotas responderam.

- Eu vou te levar de volta. Assim ela pode ficar tranquila sobre mim. – Azuya disse indo até a porta. – Não quero preocupar a sua amiga demais.

Elas desceram as escadas. A bibliotecária loira sorriu quando elas foram embora. Acenando calorosamente para a dupla.

- Espero te ver mais vezes. – Ela disse com um sorriso.

A dupla saiu do prédio e começou a andar pelas ruas de Vale. Weiss não conhecia aquela parte da cidade. Era distinta. A placa da biblioteca estava escrito “Magnólia”. Ela tinha que saber para voltar lá. Ela estava determinada a aprender mais sobre si. A controlar seus poderes. A se superar e não ser a fera que ela era.

- Posso te fazer uma pergunta? – Weiss começou devagar. – O que você sentiu quando encontrou seu mestre pela primeira vez?

- Ódio. – A resposta veio rápida.

- Por que? – Weiss perguntou surpresa com a resposta.

- Você acha que vamos gostar de alguém que será como nosso dono e nos controlar? É o instinto odiar. E bem, não durou nem vinte quatro horas. – Azuya riu divertida.

- Como assim? – Ela não entedia.

- Seu mestre vai saber o que fazer para te fazer feliz. Ele vai saber ser até mesmo uma pessoa diferente se isso te fizer feliz. Ele vai se negligenciar por você. Vai ser amável com você. E principalmente vai te valorizar acima de tudo. Você não pode odiar uma pessoa assim. - A morena riu nostálgica. – Ele vai ser a melhor pessoa do mundo aos seus olhos.

- Ele vai ser a melhor pessoa do mundo? – Sua mente foi preenchida por imagens de Ruby.

- Ele sabe que você é mais forte, mas quer te proteger mesmo assim. Ele vai respeitar seus limites. Vai tentar se empurrar para frente. Ele não vai te deixar cair jamais. E é por isso que você vai se apaixonar por ele. Pelo menos foi assim comigo. – Azuya riu.

- Você ama seu mestre? – A pergunta foi genuína.

- Eu daria minha vida por ela. – A resposta foi sincera. – Sati é incrível. Tem um temperamento explosivo e quente. E pode ser cruel às vezes. Eu te contei que ela é uma comandante? Ela já matou mais pessoas que qualquer dragão na história. E ainda assim é pura.

- Como? – Weiss estava curiosa.

- Ela respeita a vida. O fato de ela ter tido que matar a fez respeitar a vida do outro. O fato dela ter perdido tudo a fez valorizar a vida de quem ela ama – Contou.

- E como seus poderes despertaram? – A pergunta foi inocente.

- Weiss... O que é que quebra qualquer maldição nos contos de fadas? – Azuya perguntou.

- Um beijo de amor verdadeiro. – Weiss respondeu.

- Bem, você tem a sua resposta. – A morena respondeu com um sorriso cheio. – Um beijo de amor verdadeiro é o que fará seus poderes despertarem.

- O que? Então o que aconteceu com “apenas quando ele aprendesse o valor da vida e a respeitasse ele teria seus poderes de volta” da lenda? – Ela perguntou abismada.

- É uma lenda. Nem tudo sobre ela está certo. – Azuya riu da expressão da mais nova. – Você não precisa se preocupar. Seu mestre vai fazer isso automaticamente por você. – A morena riu.

- Isso é ridículo! – Weiss exclamou.

- Oh! Ali está a sua amiga. – Ela apontou uma Ruby preocupada. – Vamos lá. Depois de esclarecer a ela e pedir desculpas eu vou ter quer ir atrás da Sati. – Azuya disse puxando a herdeira.

Weiss apenas observou Ruby de longe. A preocupação. Ela teria que se desculpar. Inventar uma desculpa. Ela prometera não contar. E pelo bem dos outros dragões, ela teria que se sacrificar. Pelo menos até todas as coisas mudarem.


Notas Finais


Para quem já leu minhas outras fanfics, e as fanfics da Suzu, sim Azuya e Azumi são a mesma pessoa. Na verdade a Azumi é uma versão de um outro personagem meu, chamado Asumi. Ela virou Azumi quando eu resolvi postar uma spin off, que ainda não terminei, aqui no site.

Sati foi apenas citada, mas ela foi baseada na Sachi, que também é a versão de um outro personagem meu chamada Sachiko, que que da mesma história que a Asumi, mas seria uma das vilãs da história. (Uma das minhas personagens favoritas) Leia o Spin Off que vou voltar a postar em setembro se quiserem entender melhor as coisas sobre a Sati.

No meu livro O Legado do Dragão a explicação do porque haver híbridos dragões é totalmente diferente. É muito mais escura e sem noção que essa versão para essa história.

Para quem não percebeu, eu deixei umas palavras em negrito. Azuya tem a estranha mania de falar ao contrario quando está brava ou irritada "Não cale a boca Cana! Você não me mandou contar. " Tire o não e tudo estará okay. Mais para frentes a fala da Azuya vai ficar mais complicadas. "Eu espero que você tenha uma vida longa" que seria "Eu espero que você morra."

Alguma duvida é só falar

Kissus
Se cuidem
Obrigada pro ler e comentar


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