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História The Icy Eyes Dragon - Capítulo 22: Preocupação.


Escrita por: KazuHime e Suzu_Hika

Notas do Autor


Kazu me deixou com o Oc mais difícil que ela tem. Deus...

Então eu encontrei com a Kazu no domingo caçando pokemon. Passei os capítulos que faltavam e tudo mais. Agora estamos ajeitando nossa agenda. Eu não jogo Pokemon Go. Ela me perguntou qual era meu pokemon favorito. Obviamente eu adoro o Blastoise e o Meganium. Eis que aparece uma amigo da Kazu que diz que adora as Eevolutions e perguntou qual era o pokemon favorito dela. Que é o Cyndaquil e Bulbasauro. E então o cara diz que são os favoritos deles também. Obviamente era um flerte.

Kazu é claro disse um legal e voltou a sua caçada. O dito cujo foi atrás da gente. Ele tava falando coisa de cards pokemon. Se tem uma coisa que eu sei, Kazu adora cards. Para colecionar. Não para jogar. Dizer que foi engraçado ver o cara rastejar atrás dela tentando assuntos e mais assuntos seria mentira. Sinceramente. Eu tenho dó desse cara. Tipo... Ele realmente tava perdendo o tempo dele.

Quando perguntei quem era o dito cujo. Kazu respondeu que era um cara que não entende um nçao... E eu achando que já tinha visto de tudo nessa vida. Sinceramente. Não sei se dou risada ou se tenho pena dele...

Boa leitura

Capítulo 24 - Capítulo 22: Preocupação.


Capítulo 22: Preocupação.

 

Ruby correu pelas ruas atrás do dragão que levara Weiss. E se fosse algum capanga de Cinder? Ela se condenaria a morte se algo de ruim acontecesse com a princesa. Ela tinha falhado. Ela prometera que a protegeria. Tudo por culpa de um cachorro quente.

Ela correu. Usando seu semblance. Esgotando a sua aura. Ela correu. Ela precisava encontrar a princesa de Atlas. Ela estava constantemente olhando para o céu. Alguma pista. Algum vislumbre. Ela bateu em algo. Em alguém.

- Pelo amor de Dust! Olhe por onde você corre idiota. – Era uma garota. Cabelos alaranjados. Olhos ambares. Pele bronzeada. E alta. Alta como Pyrrha.

- Me desculpe, me desculpe. Alguém sequestrou a minha amiga enquanto eu comprava um cachorro quente e saiu voando. – A loba desatou a falar. Ela estava preocupada. Ela estava preocupada com Weiss.

- Sequestrou sua amiga e saiu voando? – Perguntou incrédula.

- Sim. – Ruby disse. – Eu tenho que acha-la. Me desculpe novamente. – Ela ia sair correndo novamente, mas não pode. A mulher a agarrara pelo capuz da capa.

- Espera ai, lobinha. Me diga como era essa pessoa que sequestrou a sua amiga. – Pediu pacientemente.

- Era morena. Tipo com um cabelo suuuuper cumprido. Ela usava roupas brancas e negras. Com um pouco de vermelho. Design de Mistral. Suas asas de dragão eram negras. Com desenhos engraçados na parte de trás. – Começou.

- Olhos vermelhos. Pele branca. Baixa como um toco de amarrar cavalo. E parecia ser muito jovem. – A mulher completou.

- Isso. Você a conhece? – Ruby perguntou com medo.

- Seu nome é Azuya Igami. Ela é uma Caçadora e também uma híbrido dragão que estava procurando uma outra híbrido dragão que Ozpin nos contou. E saiu voando sem se preocupar com nada quando soube que Beacon estava fechada para manutenção e ninguém estava lá. – A mulher disse com os ombros caídos.

- Uma Caçadora? – Ruby disse maravilhada.

- Exatamente. E eu devo supor que esse híbrido dragão é seu amigo. Honestamente. Eu não sei porque eu ainda a suporto. – Ruby riu. Essa mulher falava como Weiss.

- Isso quer dizer que Weiss não foi sequestrada por Cinder. – Essa realização fez Ruby colapsar no chão. Agora que o alivio tomava conta e suas pernas cederam.

- Hey pirralha, você está bem? – Sati perguntou preocupada.

- Eu estou correndo há horas a toda velocidade atrás da Weiss. Eu apenas... Agora que eu sei que ela está bem perdi as forças. – Ela respondeu aliviada.

- Vamos, pelos problemas que a Azuya colocou você, vou comprar o tal cachorro quente e alguma bebida quente para você. – Ofereceu gentilmente. Ainda que suas feições fossem as mesmas. Parecendo irritada.

- Hm... Eu não quero incomodar. – Ruby disse se levantando.

- Não é incomodo. É o mínimo que posso fazer. Sinceramente. Às vezes ela parece uma criança de tão imatura que é. – Retrucou ajudando a loba faunus.

- Obrigada. Eu me chamo Ruby. Ruby Rose. – Ela se apresentou.

- Sati Kaffaljidhm – A mulher respondeu. – Agora vamos. Quando encontrarmos elas eu juro que vou arrancar a cabeça daquela desmiolada.

Elas andaram pelas ruas de Vale até uma lanchonete que vendia café e também tinha cachorro quente. Sati encomendou dois cafés, um cachorro quente e alguns biscoitos antes de se sentarem. Por algum motivo resolveu comprar biscoitos. Talvez fosse porque os olhos prateados da loba faunus brilharam quando viu o doce.

Ruby se sentou na poltrona vermelha enquanto esperava. O silencio um pouco incomodo, mas o que ela podia fazer? A mulher a sua frente parecia tão seria. E tinha algo no olhar dela. Era frio como gelo. Duro como aço. Como o de alguém que viu tudo de mal do mundo e sobreviveu para contar a história.

O nome dela não era estranho. Sati Kalfitahm? Não... Como era mesmo? Kaffaldijhm? Não Kaffaljidhm. Isso. Era esse o sobrenome dela. E era o sobrenome famoso. Ruby só não se lembrava de onde tinha ouvido.

- De onde você é? – Resolveu quebrar o silencio.

- Vacuo.

Era isso. Kaffaljidhm era uma família real Vacuonesa. Se Ruby não estava errada o império dessa família tinha caído há uns quatro anos? Sua mãe tinha contado, mas não lembrava a história. Era algo sobre o governo Vocuones ter tomado o reino para si.

O curioso era saber que o reino já não existia mais. Assim que o governo tomou posse, ele caiu.

- Foram sete anos. – Sati disse como se lesse a mente da menina. – Eu tinha dezoito quando sofremos o golpe do estado. – Ela disse calmamente. – Estava em Beacon na época.

A comida chegou logo em seguida. Ruby logo começou a devorar seu sanduiche. Ela estava feliz com a comida. O silencio ainda a incomodava um pouco. Essa mulher parecia tão fechada. Mesmo que fosse gentil da parte dela oferecer a comida.

- Como você conheceu essa híbrido dragão? – Sati perguntou.

- Ela é minha parceira em Beacon. – Ruby respondeu de boca cheia.

- Por favor, engula antes de falar. É grosseiro. – Ela retrucou fazendo a loba faunus engolir o bocado de sanduiche em sua boca.

- Me desculpe. – Pediu timidamente. – Weiss sempre me repreende.

- E você ainda não aprendeu? – Sati ergueu uma sobrancelha. – De qualquer forma. Você não é muito nova para estar em Beacon? – A pergunta soou tão familiar em seus ouvidos.

- Um pouco, mas eu fui aprovada pelo diretor Ozpin. – Ruby respondeu rapidamente.

- Isso é bom, eu acho. – A mulher respondeu.

- E bem, você ainda está com sua equipe? – Ruby perguntou timidamente.

- Desculpe? – Sati perguntou sem entender.

- Você ainda caça com a sua equipe de Beacon? – A loba faunus repetiu sua pergunta.

- De vez em quando. – Sati respondeu dando de ombros. – Eu ainda mantenho contato com eles, mas cada um está em um lugar de Remnant no momento. E eu estou presa com a Azuya e ela quer ajudar a sua amiga híbrido dragão. – Ela respondeu.

- Você e essa tal de Azuya são um casal? – Ruby perguntou timidamente.

Ela sabia que a pergunta era muito intima para alguém que acabou de conhecer. Ela não podia esconder sua curiosidade. A forma com que Sati falava de Azuya. Como seus olhos refletiam a luz. Era mais que simples amizade.

- Sim. Ela é minha namorada. – Respondeu. – É por isso que eu preciso ficar com ela onde quer que ela vá. Se deixar ela solta... Bem, você viu o que ela fez. – A mulher suspirou cansada.

- Você gosta muito dela, não é? – Ruby murmurou.

- Naturalmente. Ela é minha namorada. E você gosta muito dessa sua amiga. – Observou.

- Eu amo a Weiss. – Foi fácil admitir para aquela mulher. – Eu a amo muito.

- Eu vejo que sim. Namorar um híbrido dragão não é fácil. Você tem que mantê-lo por perto e supervisioná-lo. Principalmente se for alguém como a Azuya. Hiperativa. E com tendências a sair voando por qualquer motivo. – Ela riu.

 - Weiss também sai voando o tempo todo. Principalmente quando está com medo ou chateada. – Ruby lembrou.

- Você vai ter que ser paciente. – Sati aconselhou. - Talvez você já sabia, mas ela vai se tornar o seu mundo, e vai esconder coisas de você. E mesmo que implore ela não vai dizer nada a respeito. – Murmurou.

A forma com que Sati disse a ultima frase intrigou. Era como se algo maior do que amor estivesse ligado a isso. Além de esconder? Ela sabia que por mais que odiasse, existiria algo do passado de Weiss que ela não contaria. Algo que ela esconderia por medo ou vergonha.

- Acho que todos temos uma ou duas coisas que queremos esconder. – Ruby riu.

- Eu digo, muito mais que uma ou duas coisas, Ruby. Azuya esconde muito de mim. Ela sai voando sem motivo. Volta e não me diz onde foi, ou com quem esteve. É suspeito, mas eu sei que ela não está fazendo nada de errado. – A mulher suspirou.

- Como agora? – Ruby perguntou curiosa.

- Como agora. – Sati respondeu com um riso fácil.

Ruby observou a mulher por um tempo antes de voltar a devorar seu cachorro quente. Sati estava apenas tomando seu café pacientemente. Olhando para o lado de fora do vidro.

Ela terminou o sanduiche e começou a comer seus biscoitos. O café de Sati já tinha acabado, mas ela continuou ali sentada. Observando pela vitrine. Como se esperasse algo ou alguém. Talvez Azuya aparecer?

Ruby tinha deixado de se preocupar no momento em que soube que era uma Caçadora que havia levado Weiss. E quando ouviu sobre Ozpin. Elas provavelmente estavam ali para ajudar Weiss. E sempre ouviu que eles conheciam outro dragão.

- Sua namorada é de que tipo? – Ela perguntou curiosa.

- Catalogada como fogo. – Sati respondeu distraída com o movimento da rua.

- Weiss é de gelo. – Respondeu.

- Foi o que imaginei quando disseram Schnee. – Sati deu um sorriso de canto. – Na história do meu reino. Eles sempre mencionaram dragões em Atlas e sempre ligados a família real.

- Como você sabia que ela era uma Schnee? Não lembro de ter dito seu nome completo. – A loba murmurou desconfiada.

- Ozpin. – A mulher respondeu lançando um olhar de canto para a jovem.

Ruby se remexeu em seu assento. Ela enfiou mais um cookie na boca. Uma tentativa falha de acalmar os nervos. Ela estava na presença de uma Caçadora de verdade. E ela queria tanto pedir um autografo. Talvez uma selfie.

- Então, se você está em Beacon quer dizer que sabe alguns truques. Me diga, que arma você usa. – Sati perguntou apoiando o queixo na mão.

- Uma foice. Minha Crescent Rose é tão bonita! Eu mesma a fiz, e tem um Rifle Sniper! E ela é super demais. – Ruby respondeu com entusiasmos. – E você? Qual é a sua arma? – A loba faunus estava animada.

- Essas. – A Caçadora tirou duas espadas de sua lombar. Pequenas e curvas. A lamina grossa e cada uma com uma cor diferente. Uma dourada e outra prateada. Ruby tocou nas armas. Diferente de todos os metais que ela já usou.

- Que metal é esse? – Ela estava curiosa.

- Platina. – Sati respondeu dando de ombros.

Ambas as espadas eram pistolas automáticas. Ruby podia ver que a potencia da arma era maior do que as que já vira antes. E ela estava realmente curiosa para ver essas espadas em uso. A mulher sentada a sua frente parecia ser muito proficiente em batalha.

– Você parece entender muito de armas. – Sati comentou vendo a mais nova examinar suas armas com cuidado.

- Eu gosto de armas. E as suas são diferentes. Como se... – Ruby ponderou por um tempo.

- Como se a arma de fogo fosse colocada depois? Você está certa nisso. Isso garota, são espadas de guerra. Uma herança familiar. Não foram usadas apenas na grande guerra. Elas foram usadas por muito tempo depois. Quando eu entrei para Beacon eu as modifiquei e coloquei a arma de fogo. – Explicou.

- Você modificou uma relíquia de família? – Ruby perguntou surpresa.

- Quando não existe mais família a pertencer. – Sati respondeu como se fosse o de menos.

- Sinto muito. – Ruby murmurou.

- Não seja. A maioria das pessoas de Remnant acham que foi bom. Primrōs era um reino de guerra, eles nos viam como feras, bestas, e até mesmo demônios. – Sati deu de ombros.

- Ainda assim. Eu sinto muito por sua família. – Ruby murmurou.

- Não se desculpe. Foi uma decisão governamental. E no final eu ainda estou viva. Quando todos diziam que eu deveria estar morta por fazer parte da família real. – Disse sombriamente.

- Por que você se tornou uma Caçadora? – Ruby perguntou devolvendo as espadas.

- Meu reino era um reino violento. Eu estava na posição mais alta do exercito. Eu era a melhor. Então um dia eu encontrei uma mulher que disse que eu deveria usar minhas habilidades para proteger as pessoas dos grimms. Matar grimms era meu oficio também, mas algo nela me convenceu. E ela me levou para Beacon. – Contou desinteressadamente.

- Qual era o nome dessa mulher? – Ruby estava curiosa.

- Glynda. Glynda Goodwitch. Ela ainda deve dar aulas em Beacon não é? Acho que eu a vi outro dia quando fui pegar uma missão nova. – Sati ponderou.

- Sim. E ela é rigorosa. – Ruby se encolheu.

Sati apenas soltou uma alta gargalhada. A loba faunus olhou intimidada. Por que ela estava rindo? Tinha dito algo de engraçado? Por que se tinha algo que Glynda Goodwitch não era, era engraçada. Ela mataria quem risse dela.

- Não. Você não pensaria assim se tivesse crescido em Primrōs. Onde cada cidadão era obrigado a saber usar uma arma. E os treinamentos eram rigorosos. A ponto de colocarem um Goliath para correr atrás dos recrutas. – Ela disse calmamente

- Um Goliath? Você está falando serio? – Ruby perguntou surpresa.

- Estou. Era assim que treinávamos nossos soldados. Fazendo um Goliath correr atrás deles. Assim eles teriam que correr por suas vidas. E os que não conseguissem, apenas morriam. – Ela disse simplista. Ruby podia sentir seu estomago revirar.

- Isso parece cruel. – Ela comentou se encolhendo.

- E era. Mas mais uma vez, era necessário. Aqueles que não podiam suportar cedo ou tarde virariam um peso morto para os outros. E mesmo o que podiam, acabavam por ser. – A mulher explicou calmamente. Era como se ela não sentisse nada por essas pessoas.

Como essa mulher podia ser uma Caçadora? Não era supostos Caçadores serem símbolos de nobreza e heroísmos? No entanto essa mulher... Ruby não sabia se ela era cruel ou se ela não dava a mínima para as outras pessoas.

Sua mãe disse para nunca julgar os outros, mas agora. O que sua mãe falaria dessa mulher sentada a sua frente. Ela parecia ser fria. Não fria como Weiss. Era como se o frio da indiferença e da morte estivessem com ela. Como se eles fossem parte dela.

Ela se perguntava se todas as pessoas que moravam em Primrōs eram assim. E se perguntava se ela faria algo de ruim com aquela dragão morena. Não. Se ela planejasse algo ruim ela já teria feito. Ela parecia forte. Forte para fazer um grande estrago.

Se Yang estivesse com ela, o que sua irmã falaria? Provavelmente ela já estaria em chamas.

Ela olhou para o prato de cookies a sua frente. Ela ainda foi gentil para comprar comida como pedido de desculpas pela dragão. E isso tudo era tão confuso. Ela não sabia o que pensar mais. Porque essa mulher era diferente de todas as pessoas que conhecia.

 Mais um longo silencio se arrastou. Ruby continuou a comer seus cookies. Ela estava no seu ultimo quando Sati se levantou abruptamente.

- Lá estão elas. Eu preciso que você saia e distraia a Azuya. – Sati pediu.

- Hm? O que você vai fazer? – A loba faunus perguntou desconfiada.

- Nada de mais. Apenas ensinar uma lição para aquela cabeça de vento. – Sati respondeu com um sorriso travesso. E por um momento Ruby se perguntou quem era aquela mulher a sua frente e o que tinha feito com a outra.

Sem querer discutir e perder Weiss de vista. Ruby correu para fora das portas. Assim que saiu ela percebeu a dupla olhando para ela. Ela correu em direção de sua companheira. Todo tempo verificando se algo estava diferente.

- Weiss! – Ela jogou seus braços pelo pescoço da princesa. Puxando a para um abraço caloroso e aliviado. Ela estava realmente bem.

- Me desculpe por ter roubado a sua amiga desse jeito. – Azuya pediu calmamente. – Eu espero não ter te desesperado muito.  

- Oh, sim, você me assustou muito, mas tudo bem. Weiss está aqui agora. E bem. – Ruby respondeu esfregando sua bochecha contra a bochecha da princesa.

- Me desculpe.

- Apenas não faça mais isso. Existem pessoas que querem capturar a Weiss para usá-la. E eu realmente fiquei com medo que você fosse uma dessas pessoas. – Explicou.

- Oh, me perdoe mais uma vez. Me chamo Azuya Igami, e sou uma Caçadora. – Ela se apresentou estendo a mão para um cumprimento.

- Eu sou Ruby Rose. – Ruby respondeu segurando a mão da outra.

- Rose? Como Summer Rose? – Azuya perguntou surpresa.

- Sim, ela era minha mãe. – Ruby respondeu com um sorriso orgulhoso.

- E o que... – A frase da dragão foi cortada quando um gêiser de lava a jogou para os céu. Ela gritou. Se perguntando o que estava acontecendo.

O que foi isso? Ruby olhou para os lados. Sati caminhou até a dupla e parou onde Azuya estava. Ela preparou os braços e as pernas. Logo a morena caia perfeitamente em seus braços. Como um conto de fadas. Ou uma cena clichê de um filme romântico de ação.

- Sati? Que diabos! – A morena retrucou.

- Bem vinda de volta, meu amor. – A mulher mais velha respondeu beijando brevemente os lábios da dragão. Azuya riu acariciando a bochecha da outra.

- Como eu estava perguntado. Como sua mãe tem passado? – A dragão perguntou ainda nos braços da outra Caçadora.

- Minha mãe morreu há dois anos. – Ruby respondeu.

Ela viu o corpo de Azuya se tencionar. Sua respiração parar por alguns segundos antes de voltar. A expressão em seu rosto era de surpresa. Uma surpresa muito desagradável. Como se alguém tivesse matada a mãe da garota. Ela pulou dos braços da namorada

- Você... Summer Rose morreu? Como? Caçando? Não. Ela era excepcional demais para morrer caçando grimms. Doente? Me diga, o que foi que a matou?  - Segurando firmemente os ombros de Ruby. Era dolorido, mas a loba faunus aguentou.

- Cinder Fall. – Ruby respondeu entre os dentes.

O aperto se foi. A outra apenas olhou para baixo. Seu lábio preso entre seus dentes. Ruby viu algo familiar. Ela viu a raiva brilhar nos orbes vermelhos. Uma raiva latente. Como se a dragão fosse destruir tudo em seu caminho.

- Azuya? – Sati colocou a mão no ombro da dragão de fogo.

- Eu vou ao banheiro. – Com isso a dragão de fogo se afastou do trio.

- Ela conhecia minha mãe? – Ruby perguntou olhando para Sati.

- Eu nunca entendi bem a história. Aparentemente a Azuya foi uma escrava em alguma parte de Atlas e sua mãe a salvou. – Explicou calmamente.

- Escrava? Como uma arma? – Ruby estava curiosa.

- Ela nunca me disse. A única coisa que eu sei sobre o assunto dos híbridos dragões, é que há muitas pessoas que os querem por motivos errados. Há algum tempo recebemos a notificação de um homem que tinha uma híbrido dragão como barriga de aluguel. – Contou estoica.

- Barriga de aluguel? – Ruby estava assustada.

- Muitos nobres querem um híbrido dragão. Então esse homem cobrava para que eles engravidassem a menina. Devido aos genes da mãe, havia uma pequena chance de seu filho nascer como a herança draconiana. Aos vintes anos ela já tinha engravidado quatro vezes. Nunca um híbrido. – Explicou sem emoção.

- Isso é horrível. – Ruby disse agarrando a mão de Weiss na sua.

Então não era só Cinder Fall. Existiam outras pessoas que queriam tal poder. E isso era assustador. Era assustador a hipótese de algo assim ter acontecido com Weiss. Que algo assim pudesse acontecer com a sua princesa. Isso era horrível.

- Espera! – Ruby pediu assustada. – Eles não viram dragões grimms quando são violentados?

- Lobinha, lobinha. A ciência permite uma gravidez sem sexo nos dias de hoje. – A resposta saiu divertida. O que fez Ruby corar como sua capa.

- E o que aconteceu com essa híbrido dragão? – Weiss perguntou querendo saber o fim da história. Até onde ela sabia apenas ela e Azuya eram conhecidas por Beacon.

- Ele a matou. – A resposta foi dura e crua. Não havia nenhum pesar nas feições da mulher.

A resposta checou a dupla. E a forma com que Sati disse tornava ainda pior. Era como se ela não tivesse quaisquer preocupações. Quaisquer sentimentos.

- Hm... – Sati pegou seu scroll e verificou as mensagens. Ela soltou um longo e cansado suspiro antes de olhar para a dupla. – Você podem ir fazer o que estavam fazendo antes dela sequestrar você. Ela não vai voltar. – Respondeu cruzando os braços.

- Como você sabe? – Ruby perguntou curiosa.

Ela então virou o Scroll para a dupla. Era uma imagem. Azuya estava voando por Vale?

- Ela fugiu. Ou algo assim. Eu vou procura-la. Não se preocupem com ela. Ela é muito mais forte do que se deixa mostrar. – Com isso a mulher começou a andar. Sem se despedir. Sem dizer qualquer outra coisa.

- Então Weiss. – Ruby se virou com um grande sorriso para a dragão. – Vamos continuar nossas compras? – Ela não ia perguntar. Weiss falaria se achasse conveniente.

- Podemos. – A princesa respondeu dando um leve aperto na mão da loba faunus.

- Hm... Weiss. – Ruby chamou incapaz de conter a sua curiosidade. – Que livro é esse? – Ela perguntou sobre o objeto estranho.

- Oh! Azuya me emprestou, uma história sobre uma híbrido dragão. – Explicou com cuidado. – O que acha de lermos juntas quando voltarmos para casa? – Perguntou.

E a foram que Weiss se referiu sua casa como dela. Como se aquela construção que sua mãe tinha deixado para ela fosse de ambas. Aquilo inchou o coração de Ruby. Quente. Feliz. Ela não entendi porque. Apenas sentia se feliz. E querida.

- Podemos sentar perto da lareira e tomar chocolate quente enquanto lemos. O que você acha? – A loba faunus perguntou animada.

- Maravilhoso. – Weiss respondeu com um leve sorriso.

Ela voltaram a suas compras. Não sabiam ao certo o que levar para Jaune. Então a dupla comprou uma camiseta. Weiss comprou. Ruby tinha pego um par de luvas.

Para Nora Weiss comprou uma pelúcia no formato de martelo. Ela achou que combinava com a garota. Ainda mais que ela vivia ameaçando bater nos outros com sua arma. Agora ela teria algo seguro para bater em alguém.

- Nós podemos cozinhar alguma coisa para levar. Talvez biscoitos de gengibre com açúcar polvilhado. Não sei se vou ter formas de cortar... – Murmurou enquanto batia com o indicador nos lábio inferior.

- Talvez alguns bonecos ou arvores? – Weiss perguntou olhando pelas vitrines.

- Sim. Seria ótimo. Podemos usar umas coberturas coloridas para deixa-los mais bonito e divertido. Acho que as irmãs de Jaune vão gostar. Eu gostava muito quando criança. – A loba faunus deixou sua cauda balançar de um lado para o outro.

- Isso seria ótimo. – Weiss apenas concordou.

- Aaaah! – Ruby gritou repentinamente. – Eu esqueci de comprar uma arvore para a nossa casa! – Ela exclamou horrorizada. – Não se pode ter um Natal sem uma arvore. Vamos Weiss! Temos que ir comprar uma. – E então ela passou a arrastar a mais velha pelas ruas de Vale.

Elas compraram um pinheiro pequeno. Não que precisassem de algo grande. Não entraria na casa de qualquer jeito. O entregador levaria na manhã do dia seguinte. Agora elas precisariam comprar enfeites.

Pero da loja de pinheiros havia uma loja de enfeites. Uma loja apenas de enfeites para feriados. Elas compraram bolas vermelhas e brancas. Fitas azuis e pratas. Festão de Natal em suas cores. Guirlandas coloridas. Bonecos de neves. Ursos fofos com touca vermelha. Luzes. E é claro uma estrela para o topo.

Ruby estava ciente que pegaram mais coisas do que era preciso, mas elas sempre podiam enfeitar o redor da casa também. Não tinha uma lei que dizia que os enfeites eram estritamente para a arvore de Natal.

Elas compraram seus enfeites. Suas formas de biscoito e voltaram para casa. As mãos cheias de sacolas. Um sorriso satisfeito no rosto. Braços entrelaçados, já que suas mãos estavam ocupadas com suas compras.

Ruby abriu a porta e elas entraram. Deixando as sacolas no balcão. Weiss foi para sala acender a lareira e preparar os cobertores para a noite em companhia da mais nova. Ruby indo para cozinha fazer o chocolate quente que sua mãe havia lhe ensinado.

Elas se sentaram perto do fogo. No chão da sala. Sobre um tapete negro. Os corpos grudados. O livro no meio para lerem sobre os híbridos dragões.  Ela estava feliz. Weiss estava sendo aberta com ela. Não estava escondendo nada como Sati havia dito.

Ela apoiou sua cabeça no ombro da mais velha. O espinho cutucando um pouco, mas não se importava. Ela amava a sensação de ter Weiss tão perto. Ao seu lado. Suas mãos entrelaçadas sob o cobertor. Tão perto. Tão confortável. Tão quente.

- Eu te amo, Weiss. – Ela murmurou se aconchegando mais perto.

- Eu sei, Ruby. – Weiss respondeu deixando um pequeno beijo na têmpora da loba faunus.

Ruby sorriu levemente. Ela não precisava de uma resposta. Apenas o fato de estar perto era o suficiente. Pelo menos por enquanto. Ela tinha tudo o que ela desejou.


 


Notas Finais


Ai está a nossa Sati. Ex comandante do exercito. Uma pessoa de pouca idade que já viu praticamente quase tudo de ruim no mundo. Mias tarde vocês vão entender a frieza dessa mulher.

Por causa das férias fiquei um mês sem correr todas as manhãs... Eu meio que sinto que minha resistência física diminuiu um pouco... Argh. Estou perdendo as minhas gominhas na barriga também... Misericórdia.

Até a próxima.


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