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História The Ideal Girl - Sentimentos a flor da pele


Escrita por: Reedlips

Notas do Autor


Hey Rainhaaas!!

Peço desculpas novamente pela demora do capítulo. Entendo que não é legal ficar esperando, mais ultimamente as cosias não estão fáceis na minha vida pessoal e isso atrapalho muito. Mais sempre que eu tenho tempo ou não tenho bloqueio eu escrevo, então eu peço que vocês tenham paciência com a rainha aqui, eu não vou abandobat a estória, e como eu já disse em outros capítulos: muita águas irão rolar, então prestem atenção aos detalhes baby's. Novos personagens apareceram, alguns deles serão importantes futuramente hein?!
E como uma forma de agradecimento por sempre me ajudar quando precioso, dedico esse capítulo a minha Beta @HeyDrew, obrigada por tudo rainha! ❤
Me perdoem se tiver erros ortográficos.
Sem mais delongas! Kkkkk
Nos vemos nas notas finais!
Beijinhos de luz! 😘

Capítulo 10 - Sentimentos a flor da pele


Fanfic / Fanfiction The Ideal Girl - Sentimentos a flor da pele

E se eu me apaixonar por você
Você se apaixonaria também?
 - Pensamento de Sophia

 

Sophia Lee-Müller

 

“- Otto fica quieto! - falo enquanto tento prender o peludo em sua coleira. Escuto uma zoada de algo se quebrando, olho para a direção do barulho. Droga!

- Azus! Para de tentar morder os duendes da mamãe! - grito revirando os olhos e solto o Otto e corre pelo quintal.

O dia hoje estava ótimo para um passeio na praia, Otto e Azus adoram quando eu os levo para lá.

Eu amo a praia. Amo o som das ondas se formando e quebrando. Amo como fica repleta de espuma branquinha, amo aquela areia fofinha que molda meus pés. Amo como o vento balança meus cabelos me deixando com a sensação de leveza, amo o cheiro de maresia que adentra nas minhas narinas me fazendo sentir viva e amo mais ainda pelo simples fato de ter o visto ali pela primeira vez. Depois daquele dia eu sabia que minha vida ia mudar… Só não sabia que seria para pior…

Saio dos meus devaneios e sorrio sem vida, eu precisava esquecê-lo, pois no fundo eu sabia que ele nunca seria meu. Mas, como esquecer uma pessoa que passou a fazer parte do seu convívio?
Era difícil! E mais difícil que isso era ver os dois juntos. Isso me quebrava por dentro.
Levanto da grama e ajeito minha jardineira e vou atrás de Azus e Otto, encontro eles na borda da piscina.

- Azus! Otto! Para de beber a água da piscina! - passo a mão no meu rosto e vou até eles. Pego suas coleira e começo ir em direção da porta sendo seguida pelos meus bebês. Amo demais esses cachorros.

No meio do caminho vejo que meu cadarço do tênis direito desamarrou, abaixo e começo tentar amarrar já que os dois apressadinhos ficam puxando a coleira, assim que termino e levando sinto um puxão muito forte do Otto o que me faz perder o equilíbrio e soltar as coleiras e antes que eu vá de encontro ao chão vejo um par de braços rondando a minha cintura e um perfume tão conhecido por eu adentrar nas minhas narinas me anestesiando. Ah Deus! Olho para cima e vejo aquele par de olhos caramelado que eu tanto…”

- Sophia! - Justin grita da porta da cozinha. Balanço a cabeça pra espantar o que eu tinha lembrado. Aquilo era uma lembrança? Ele continua. - A Amélia ligou e pediu para te levar na prova dos vestidos. Já estão todas lá.

Olho para sua direção e o vejo como estava há minutos atrás, suas mãos estavam no bolso do moletom e seus olhos estavam fixados em mim. Abaixo a cabeça por não conseguir encará-lo.

- Ah… certo… claro! - gaguejo e Merda! Porque estou nervosa? - Eu vou me organizar. - digo agora mais firme e me levanto da grama deixando Azus e Otto dormindo esparramados.

Passo por Justin o que faz minhas bochechas corarem ao lembrar o fato ocorrido, escuto seu sorriso e sigo para escadas quase correndo ao subir.

- Cuidado! - seu alerta sai em um tom brincalhão o que me faz revirar os olhos.

Babaca!

Entro no meu quarto e sigo direto pra o banheiro, tiro a roupa molhada e coloco no cesto e entro no box, abro o registro e a água quente cai sobre meu corpo causando um certo choque térmico por conta da minha pele que antes estava fria.
Volto a pensar na tal memória e o fato daquilo ter mexido tanto comigo. As sensações que eu senti os sentimentos confusos... Era como se eu sentisse algo pelo dono dos olhos caramelado e esse algo me machucasse, mas quem é esse?

Pensa um pouco Sophia!

Na minha lembrança eu pensava que seria difícil esquecê-lo por fazer parte do meu convívio e era difícil vê-los juntos. Mais quem são esses? Os únicos que sei que fazem parte de meu convívio são meus pais, agora o Dylan, Amélia e…  Justin...  Arregalo os olhos. Será? Mas isso não faz sentido.  Como assim eu sentia algo pelo Justin? Ele é meu cunhado. Não faz sentindo algum! Ou faz? E o que será?

Merda!

Balanço a cabeça pra espantar esse pensamento absurdo e continuo o que estava fazendo antes. Lavo meu cabelo e ensaboo meu corpo tirando tudo logo de uma vez. Desligo o registro e saio do box enrolando a toalha sobre meu corpo. Saio do banheiro e entro no closet pegando um par de lingeries bege tomara que caia rendado e visto o mesmo, no cabide escolho uma jardineira jeans de cor clara e da prateleira uma cropped tomara que caia branca de renda, visto as peças e coloco a toalha no cesto, pego meu sapato branco e o calço saindo logo em seguida do closet.

Sento na minha penteadeira e penteio os cabelos o deixando secar naturalmente, passo um pouco de pó no rosto, blush, uma camada de rímel e nos lábios um gloss rosado. Coloco algumas pulseiras simples e uma gargantilha dourada com um pingente de uma onda que o Dylan me deu. Sorrio ao lembrar aquele dia. Pego o celular e disco um número agora tão conhecido por mim. No terceiro bip ele atende.

- Hey! - digo assim que ele atende.

- Ah oi. Espera. BRYAN SEU RETARDADO, VOCÊ VAI ACABAR QUEBRAN. - escuto um barulho de algo caindo e um foi mal no fundo seguido de um suspiro alto do Dylan. Rio com isso. - Oi, desculpa! O Bryan sendo retardado de sempre. - Diz com uma voz brincalhona e eu escuto uma voz no fundo.

- Com quem você ta falando cabeção? É a Soso domadora de surfista? OOOI SOSOO! - Bryan grita perto do fone e logo em seguida escuto o estralo de um tapa e um resmungo do Bryan e um fica quieto do Dylan. Gargalho com isso.

- Oi pra você também Bryan! - digo ainda rindo. - atrapalho alguma coisa? - pergunto agora para Dylan.

- Não! Claro que não! Qual a honra da sua ligação mademoiselle? - diz todo formal e eu sorrio. Amo esse jeito dele.

- Eu queria ouvir a sua voz - digo envergonhada. - e dizer que eu to indo para prova de vestidos do casamento da Amélia.

- Se quiser eu posso passar aí e te levar.

- Ah não! Não precisa, o Justin vai me levar e você ta ocupado fazendo sei lá o que com o Bryan, tá tudo bem. - digo o tranquilizando.

- Ah certo, beleza então. Cuidado ta legal? - fala de uma forma protetora e meu sorriso se alargar.

- Terei meu anjo. - digo de forma carinhosa e eu espero que ele tenha gostado. - tenho que desligar tudo bem?

- Sim, claro tudo bem - diz de forma rápida.

- Ah Sophi! Eu também estava com saudades da sua voz. - diz carinhosamente e eu sorrio mais ainda. - espero que goste de hoje à noite. Beijos. - e desliga me deixando confusa.

O que teria hoje à noite?

Pego uma bolsa pequena de cor bege e coloco meu celular, dinheiro e meu documento dentro dela, pego meu chapéu o colocando na cabeça e saio do quarto fechando a porta. Desço as escadas e dou de cara com um ser loiro de calça jeans clara, uma camisa preta da adidas justa em seu corpo e seus cabelos estavam arrumado em um topete perfeitamente alinhado. Confesso que ele chama atenção, mas a sua arrogância derruba qualquer requisito de boniteza nesse ser. Balanço a cabeça e termino de descer as escadas.

- Vamos? - pergunta perto de mim e eu sinto seu perfume amadeirado. Eu já senti esse perfume antes…

- Vamos. - começo a andar em direção ao quintal de casa que estava uma zona por causa dos cães.

Justin passa por mim e vai em direção à garagem e eu o sigo. Vejo a coleira de Azus jogada perto das flores da mamãe e reviro os olhos. Como pode os dois fazer essa bagunça toda? Me abaixo pra pegar a coleira e ao tocar a coleira sinto uma tontura e um borrão começa a se formar na minha mente.

“- Dá para olhar por onde anda Sophia?! - diz o loiro irritado na minha frente. Encolhi os ombros envergonhados.

Ele revira os olhos e me larga de forma bruta me fazendo cambalear um pouco pra trás, meu coração se entristece.

- Des.. Desculpa Jus. Justin - gaguejo pelo meu nervosismo e vejo-o bufar.

- Para de gaguejar! Você não tem problema de fala, só é tapada na maioria das vezes. - fala grosseiramente enquanto se abaixa para pegar sua pasta no chão. Sinto um bolo na garganta e meus olhos encherem de lágrimas. Eu não vou chorar na frente dele.

Uma freada de carro e latidos chama a nossa atenção, olho para o portão e vejo o mesmo aberto. Droga! Corro até o mesmo com o Justin em meu encalço e vejo Azus e Otto correndo pela areia da praia.

- Ótimo! Agora teremos que ficar correndo atrás de dois cachorros por culpa dá sua falta de atenção. - esbravejou passando a mão pelo cabelo e colocou sua pasta novamente no chão. Tirou seu blazer e gravata de modo agressivo e começou a andar em direção a praia.

- Vai ficar mesmo parada aí como uma estátua garota? Anda! Precisamos pegar logo os cachorros! - grita me tirando do transe corro até ele e assim começamos as nossas tentativas.

Eu corria atrás do Otto que insistia em correr pela beira dá praia me molhando toda, cada vez que eu chegava perto de sua coleira ele me driblava e corria na direção oposta que a minha. Suspiro alto e volto a correr atrás daquela bola de pelos pretos. Olho em direção ao Justin e vejo seu semblante de pura raiva ao tentar pegar Azus que tenta passar por ele, uma tentativa falha já que o mesmo consegue pegar a coleira, Otto chega perto de Azus e ameaça correr novamente, mas Justin consegue ser mais rápido pegando sua coleira também. Sorrio ao ver ele se aproximar de mim mais logo meu sorriso se desmancha ao ver seu semblante fechado. Ele se aproxima de mim e empurram às duas abas dá coleira sobre meu esterno me fazendo dar dois passos pra trás.

- Toma, e dá próxima, e eu espero que não tenha uma próxima, você não seja tão desleixada e segura essa porra direito, por que eu não vou mover um dedo pra te ajudar. Você tá me entendo? - falou com seu tom raivoso centímetros do meu rosto.

Eu sentia sua respiração descompensada e suas pupilas dilatadas. Meus olhos lacrimejaram com a dureza de suas palavras diante de mim. Como eu podia gostar dele? Uma lágrima escorre e ele se afasta.

- Engole o choro Sophia, estou sem saco para os teus dramas. - o loiro diz secamente e isso só faz minhas lágrimas escorrerem mais. - garota insuportável. - resmunga se distanciando de mim.

Ouvir aquilo era como se tivesse uma faca atravessando meu coração. Com a mão livre passo a palma sobre minhas bochechas na tentativa de enxugar os resíduos de lágrimas. Viro-me para o mar e vejo aquela imensidão azul com seus detalhes brancos e únicos.

Calma, coração, você vai ficar bem…
“Nós iremos ficar bem”.”

Solto rapidamente a coleira em minhas mãos e olho em direção ao Justin que estava destravando o carro e abrindo o portão dá garagem com o controle. Como alguém pode ser tão arrogante, grosso ao mesmo tempo. Sinto meu rosto esquentar e meu coro cabeludo pinicar. Não sei e também não quero mais saber o que eu sentia por ele. A única certeza que eu tenho é que agora a única coisa que eu sinto por ele é raiva, nada mais que raiva.


Dylan O’brian

 

- Bryan seu retardado vai acabar quebrando a outra luminária! - digo caminhando em sua direção.

Guardo o celular no bolso e pego outra luminária e vou pra sua direção oposta e me agacho na areia.

- Cara eu nem acredito que eu tô fazendo isso por você. - Bryan reclama enquanto tenta colocar a vela dentro da luminária. - isso é muito gay! Até para você. - reviro os olhos.

- Para de reclamar manézão, lembra quando você me fez cortar confete em formato de coração quando você foi fazer aquela surpresa para a Dre? - falo lembrando aquele dia insuportável. - Eu quase perdi meus dedos tentando fazer aquela merda minúscula e ainda por cima tive que espalhar pétalas sobre o teu quarto e levei uma carreira daquele demônio que a Andressa chama de cachorro, então nem reclama. - Digo fazendo uma careta ao lembrar o Pinscher da Andressa correndo atrás de mim.

Coloco a última luminária na praia. Escuto a risada do Bryan próxima a mim e pego duas cervejas na caixa de isopor e entrego uma a ele.

- Aquele dia foi louco e especial ao mesmo tempo. - ele diz e eu sorrio. Eu gostava de ver ele feliz. - Valeu irmão!

- Não precisa agradecer, você sabe. - fizemos um toque com as cervejas e sentamos de frente aquela imensidão azul.

- Eu só quero que tudo isso seja especial sabe. - digo tomando um gole da minha cerveja.

- E vai ser dude. - Bryan afirma. – Sabe... Eu fico muito feliz em ver que você finalmente conseguiu seguir em frente depois da Calliope. Sei que foi um período complicado para você e que não gosta de falar sobre isso, e eu entendo seu lado, mais você merece isso.

O silêncio constrangedor se alastra em volta de nós, bebo mais um gole da minha cerveja. Bryan sabia que o assunto Calliope mexia comigo, mesmo depois de muito tempo. Eu não gostava de falar dela, ela era uma parte do meu passado que eu queria esquecer por completo. Por um bom tempo eu fiquei na defensiva em me relacionar com alguém, tanto Bryan quanto Drê muitas vezes tentaram me arranjar encontros e sempre acabava um desastre. Então eu resolvi parar de tentar, cheguei até pensar que essa coisa de paixão e relacionamento não era pra mim. E foi aí que eu a vi.

Pego meu telefone e ligo o ecrã mostrando a proteção de tela, sorrio ao ver a foto Sophia sorrindo pra mim. Verdade, eu precisava de uma segunda chance, eu precisava dela.

Tomo mais um gole da minha cerveja e jogo o casco no lixo. Olho a hora no relógio, essa hora ela deve estar chegando à prova do vestido, penso.

 - Certo, vamos acabar logo com isso, preciso ir buscar a encomenda ainda. - digo me levantado e sacudindo a areia da minha bermuda. - Já falou com a Drê? - olho pra ele.

- Já sim dude. - Bryan se levantava e sacode a areia também. - Ela tá terminando de organizar o iate junto com a Sasa e vai ancorar perto da praia, vai deixar o barco aqui na beira da praia pra vocês usarem. - aceno com a cabeça e Brian volta pra checar o resto das coisas.

Sabrina, mais conhecida como Sasa, é a irmã da Drê. É a pessoa mais carismática que eu já conheci, acho que o carisma é de família, diz as coisas na lata e não se arrepende e tem um coração enorme mais não a irrite porque como ela diz “uma mulher irritada é pior do que o fogo de mil sóis”. Acho que isso é Shakespeare.

- Beleza. Acho que só falta a encomenda agora. - digo olhando ao redor. Estava tudo como eu queria. Sinto meu celular vibrar. - E falando nela. - mostro o ecrã pra Bryan e ele sorri voltando a limpar a pequena bagunça.

- Sr. O’Brian, boa tarde! Estamos ligando para avisar que a sua encomenda chegou. Deseja que o nosso entregador leve a você? - pergunta a atendente com um sotaque francês. Reviro os olhos com minha tentativa de entender. Sério essa mulher precisa tirar o ovo da boca para falar.

- Não, tudo bem, eu irei aí buscar pessoalmente. Obrigado.

- Estamos no aguardo, messier. - desliga a ligação.

Antes de guardar o celular no bolso o ecrã acende mostrando que chegou uma nova mensagem. Sorrio ao ver o nome “Sophi” na tela. Abro a mensagem.

“Pelo amor de Deus vem me salvar! Não aguento mais provar vestidos. Deveria ser crime uma coisa dessas. XOXO - Sophi”.

Rio com o seu desespero e repondo sua mensagem.

“Chego aí em 20 minutos. XOXO - Dylan”.

Assim que eu mando recebo sua resposta trazendo consigo um sorriso em meus lábios.

“Obrigada meu cavalheiro de armadura brilhante. XOXO - Sophi”.

Repondo sua mensagem.

“De nada minha donzela em perigo. XOXO - Dylan”.

Guardo o celular no bolso da bermuda. Sinto uma leve pancada na minha testa, levo a mão em direção aonde dói. Olho para Bryan e vejo o mesmo segurando o resto da vela que ele jogou na minha testa.

- Aí seu parasita!

- Eu te chamei quatro vezes sua ameba e você tava aí todo gay sorrindo para o celular. Foi o único jeito de chamar sua atenção! - diz revirando os olhos. Mostro meu dedo do meio pra ele.

- Gay é teu pau seu idiota. - digo estressado e ele ri e eu o sigo rindo também. - Fala logo o que você quer, preciso estar no centro em 20 minutos.

- Certo, nós já acabamos por aqui, falta só recolher as coisas e as meninas chegarem com o iate. - ele diz. Olho no relógio e tento calcular se consigo pegar a encomenda e for buscar a Sophi.

- Se quiser eu arrumo as coisas aqui, de todo jeito eu vou ter que esperar as meninas. - Bryan se oferece e eu aceito de bom agrado.

- Valeu dude! - fazemos nosso toque e eu corro pra dentro da minha casa.

Tudo certo, agora só falta eu salvar minha donzela que está em perigo.


NARRADOR

 

Sophia havia permanecido o caminho todo, até a loja de vestidos, em silêncio. Justin tentou se comunicar por várias vezes com ela, mas fora falho, uma vez que ela o cortava sempre que ele falava algo. Ela não conseguia para de pensar no que tinha lembrado minutos atrás. Os sentimentos... As sensações estavam borbulhando dentro dela. As imagens lhe mostravam que sobre o loiro só havia uma coisa que ela precisava manter: distancia. Chegaram à loja e a primeira coisa que Sophi escutou quando entrou foi uma reclamação de Amélia.

- Ai! Isso tá apertado! Você tem certeza que pegou minhas medidas certas?!

- Sim senhora! Tanto a do busto quanto a da cintura, acho que a nossa costureira cometeu um engano. Irei providenciar os ajustes senhorita Lee-Müller. Desculpe o transtorno. - a voz da mulher demonstrava o quanto aquilo tinha sido constrangedor.

Assim que entraram deram de cara com a Llope perdida em meio a tanto véu, outra mulher anotava freneticamente em seu bloco de nota tudo o que a Amélia exigia e lá estava ela com seu vestido de noiva impecável tomara que caia acinturado, corselete com pequenas pedrarias por toda sua extensão, sua saia tinha um caimento elevado com uma espécie de renda fina que fazia umas espécies de ondas deixando seu vestido armado. Em outras palavras: deslumbrante, estilo Amélia.

Ela estava realmente linda!

Aproximaram-se mais dando a visão que haviam chegado a todos da sala. Amélia olhou-os e fez questão de que vissem seu vestido deslumbrante. Sophia estranhou aquilo sendo que as mulheres correm quando vê que seu noivo está tendo a visão do seu vestido, mas Amélia não, ela ficou parada que nem um manequim os olhando.

- Justin meu amor! - sua voz sai fina e eufórica. - o que achou do meu vestido?! - pergunta passando a mão no mesmo.

- Parece uma oca de índio branca. - responde distraído olhando para a calda grande do vestido. O silêncio reina, as órbitas de Amélia irmã saltam do rosto,  llope um pouco do champanhe que bebia, uma risada brota em outro canto da sala fazendo Sophia colocar as mãos na boca para segurar a gargalhada histérica que ameaça sair. Vendo a reação das pessoas Justin vai até Amélia e pega sua mão delicadamente.

- Você será a noiva mais linda que já existiu meu amor. - fala manso e em seguida beija sua mão. Amélia logo tira sua face de assustada e a substitui por um sorriso. - E a propósito, realçou seus seios... E que belos seios. - sussurra de maneira cafajeste em seu ouvido. Sophi revira os olhos. Babaca, pensa.

- Sophi querida, que tal você ir experimentar seu vestido? - Amélia pede com sua voz carregada de falso sentimento.

- Claro, irmãzinha, será a melhor coisa do meu dia! – A mais nova responde com um sorriso sarcástico e ela fecha a cara.

- Por aqui Senhorita. - a atendente chama e Sophia a segue em direção ao provador.

A atendente a deixa em frente ao provador e volta para sala. Ela entra no mesmo e se assusta com o que vê em sua frente. Tira as roupas e viste aquela coisa com dificuldade. Assim que termina olha no espelho e quase se assusto com o que reflete alí. Aquele vestido era horrível! O tomara que caia tinha um laço enorme na frente feito de seda amarelo com uma de suas fitas caída do lado do vestido, a saia tinha um caimento muito elevado indo até um pouco abaixo do joelho, o tecido era o mesmo do vestido da Amélia, a diferença é que tinha mais e alternava entre amarelo e branco. Ela estava horrível!

Sophia bufou, enfurecida, e saiu do provador pisando firme voltando para sala.

- Tem certeza que esse é o vestido certo? - pergunta olhando para o vestido. Sophi nota os olhares sendo direcionados a si e cora no mesmo instante. Amélia ri alto, Justin a repreende. Merda! Grunhiu em pensamento. Sabia que isso era obra da Amélia, constatou.

- Não sabia que você seria o bolo da festa, pequena. - aquela voz tão conhecida por ela preenche aquela sala e Dylan aparece no seu campo de visão, fazendo Justin fechar a cara instantaneamente e Amélia cessar seu riso histérico. O sorriso só faltava rasgar seu rosto.

- O que você tá fazendo aqui, projeto de surfista? - Justin pergunta raivoso e Dylan revira os olhos, Sophi ri baixo de sua atitude.

- Vim salvar minha donzela em perigo, Ken Humano. - diz olhando diretamente nos olhos dela que cora instantaneamente. Seu sorriso invade seu rosto com aquela atitude.

- Dylan querido! Que bom ver você por aqui. – Llope diz calorosamente enquanto se aproxima do Dylan e o abraça logo em seguida.

- O prazer é meu, Senhora Lee-Müller. - Dylan sorri retribuindo o abraço dela.

- Já disse que não é pra me chamar de senhora, rapazinho. - diz e dá um tapa leve na cabeça do Dylan o mesmo passa mão rindo.

- Desculpa llope, é o respeito sabe. - ele sorri Sophia derrete com aquele sorriso.

Acho que tô apaixonada. Será? Questionou-se.

- Tudo bem querido. – Llope volta para o seu lugar e pega um convite em sua bolsa e volta para perto do Dylan. - Escuta, quero você ao lado da minha filha nesse casamento hein?! Amélia se importa? Sabia que não! - Pergunta e nem espera a mesma responder e já entrega o convite para Dylan.

- Eu me importo! Não o quero no nosso casamento. - Justin diz alterado.

- Ninguém te perguntou patetão. - Dylan responde e Justin levanta e os dois começam uma troca de insulto.

Sophia sai da sala e segue para o local onde os vestidos ficavam, olha um por um até que seus olhos param em um. Ele era magnífico! Ele era acima do joelho, sua saia era feita de vários tules de cor branca, a parte de cima era composta por um tecido transparente deixando as pequenas flores prateadas com detalhes de cristais formarem o que seria uma fina alça descendo e formando a parte da frente do vestido com uma fenda fina, mas realçava seus seios e desciam sobre sua barriga, as costas era nua por conta do fino tecido transparente. Simplesmente perfeito! Pega um scarpin glitter prata com uma fita que transpassa seu tornozelo e volta para o provador. Tira o vestido horroroso que Amélia escolheu e veste o outro, coloca o salto e olha para o espelho gostando do resultado. Saia do provador e volta para sala onde todos estavam ainda do mesmo jeito que deixou. Coça a garganta um pouco e recebe os olhares de todos da sala.

- Minha filha… você está…

- Perfeita! - Justin e Dylan dizem ao mesmo tempo olhando para a obra de arte que viam. As bochechas ficam vermelhas, os dois se olham trocando olhares fulminantes e Amélia se levanta irritada.

- Você não pode mudar o vestido Sophia! Eu escolhi aquele e não esse. - Amélia grita alterada fazendo o silêncio reinar na sala e atraindo o olhar de todos se voltarem para as duas. Sophia fecha os olhos e conta de um até dez mentalmente. Se ela pensa que eu vou com aquele vestido ela ta enganada, pensa.

- Aquele vestido é horrível Amélia, eu não vou usá-lo na porcaria do seu casamento. E se estiver achando ruim é bom se acostumar porque eu vou com esse! - diz controlando sua raiva. Amélia a olhava de forma fulminante, ela dá um passo em sua direção, Justin de forma rápida segura sua cintura e Llope toma partido da situação.

- Opa, vamos manter a calma não é verdade?! - tenta amenizar a situação. - Sophi, você irá usar esse e Amélia querida, é o seu casamento, não queremos que nada saia errado. - Amélia bufa. Llope anda para perto da atendente e começar a falar sobre algo. Dylan vai de encontro a Sophia.

- Você será a mais bela de todo o casamento e eu serei o sortudo por estar ao seu lado. - sussurra e sela rapidamente os lábios da morena. Como eu amo sentir seus lábios. Pensou. - Agora vá se trocar que eu tenho uma surpresa para você! - ele diz e se afasta e chama Llope para conversar em particular.

O que será que esse garoto tá aprontando? Sophia perguntou-se.

Volta para o provador e tira o vestido. Coloca a roupa, sai do provador e volta para sala. Dylan e sua mãe ainda conversam. Aproxima-se dos dois.

- Atrapalho? - pergunta e os dois logo encerram a conversa. Estranho.

- Claro que não meu anjo! Dylan só estava pedindo pra te levar, como sempre um cavalheiro. – Llope diz com o sorriso enorme no rosto. Muito estranho.

- Certo então, vou pegar minha bolsa no sofá e a gente vai tudo bem? – Sophi pergunta e Dylan balança a cabeça positivamente.

Vai até o sofá e pega a bolsa em cima do estofado.

- Aonde você vai? - Justin pergunta curioso.

- Em um lugar chamado não te interessa. -Dylan se aproxima com um sorriso sarcástico.

- Não me lembro de ter te perguntado alguma coisa Nemo. - Justin responde Dylan secamente e se vira para o mesmo.

- Você realmente faz jus ao seu cabelo platinado. - Dylan responde e Justin fecha o punho.

- Ela não vai. - Justin diz pausadamente controlado a raiva em sua voz.

Que. Porra. É. Essa?

- Paga pra vê então playboy. - Dylan responde rude e Sophia se coloca no meio dos dois.

- Dá pra parar vocês dois?! - diz afastando os dois com a palma da mão. - Eu vou com ele sim, Justin, e você não tem nada a ver com isso. Sua noiva é outra e não eu. - diz secamente, Justin trava o maxilar e Dylan solta o sorriso provocador.

- Que seja! - Justin se afasta e Dylan pega na mão de Sophi.

- Vamos? - o mesmo me pergunta.

- Vamos! - diz animada e pronta para sair daquele lugar!

- Ah! Antes de ir... Amélia cunhadinha, se eu fosse você pararia de comer um pouquinho só pra conseguir entrar nesse vestido sem arrebatar as costuras. - ele grita alto e sai rapidamente puxando Sophia deixando para trás uma Amélia histérica.

Saíram da loja e foram em direção a sua moto. Ele entrega o capacete e coloca o dele enquanto Sophi coloca o dela, o mesmo sobe na moto e a ajuda a subir. Sophia envolve seus braços em volta da cintura dele enquanto ligava a moto.

-Topa uma aventura? - pergunta com a voz abafada por conta do capacete. Ela sente seu delicioso cheiro na curvatura do seu pescoço e com toda a certeza do mundo responde.

- Com você? Sempre!

Agora ela tinha certeza. Sophia estava completamente apaixonada por Dylan.

 

Como você se sentiria
Se eu te dissesse que te amava?
É apenas algo que eu quero fazer.
Me apaixonando cada vez mais por você
Então me diga que você me ama também.
- Pensamento de Dylan

 


Notas Finais


E então? O que acharam desse capítulo?
Espero que tenham gostado e prestado atenção aos detalhes hein?! kkkk
Até a próxima Rainhas! 😉
Beijinhos de luz!! 😘❤


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