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História The Ideal Photo (BTS) - Arremesso Errado


Escrita por: Exoeternoxygen

Notas do Autor


Me perdoem pela demora, sério, me perdoem de verdade.
Para compensar essa demora, esse é o maior capítulo que já escrevi.
Antes de lerem, quero que saibam que nesse capítulo vão ter muitas novidades, e quem sabe um "pré-lemon".
Espero que gostem.

Capítulo 15 - Arremesso Errado


Fanfic / Fanfiction The Ideal Photo (BTS) - Arremesso Errado

Assim que sai da minha sala, vi o carro de Yoongi estacionado em frente do local.


Alguns alunos saíam junto comigo, mas nem me importei, fui até Yoongi, que havia saído do carro e vinha em minha direção.


— Onde estão os meninos? — indaguei olhando ao redor.


— Aconteceram algumas coisas — coçou a cabeça. — Eu te explico no carro.


— Ok — assenti.


— Vamos logo — pediu olhando para as pessoas que saíam do estabelecimento e começavam a notar sua presença. 


Entramos apressadamente no carro e quando o mesmo já estava a determinada distância do local do curso, já fui exigindo:


— Agora me explica o que aconteceu.


— O TaeHyung bateu em um garoto na boate, porque ele tentou agarrar a YangMi.


— Você está brincando, não está? — olhei com os olhos arregalados.


— Não.


— O que aqueles dois tem na cabeça? Por quê não esperaram os outros? — indaguei um pouco nervosa.


— Também quero entender isso — suspirou.


— E agora? O TaeHyung vai ser preso? Vai deixar de ser cantor? Isso vai implicar no dorama que ele fez? — perguntei preocupada. 


— Eu e os meninos não sabemos quais serão as consequências, mas a mídia já sabe de tudo que aconteceu.


— Estou preocupada agora — bufou. — Culpa daqueles dois cabeças duras.


— Vamos esquecer isso — pediu. — Hoje quero te levar a um lugar muito especial.


— Vamos aonde? — indaguei curiosa.


— Não posso falar, mas vamos passar na sua casa para pegar roupas, porque vamos para fora da cidade.


— O quê? Fora da cidade? Para onde? 


— Surpresa — disse me fazendo bufar.


Assim que estacionou no meu prédio, corri para o meu apartamento e arrumei rapidamente uma pequena mala, pois voltariamos amanhã de noite. 


Desci com pressa e coloquei minha mala no porta malas, junto com a de Yoongi. Ao lado da mala, vi uma bola de basquete.


Talvez agora eu tenha uma ideia de onde nós iremos.


Entrei e me sentei ao seu lado, o olhando com uma cara desconfiada.


— O que foi? — indagou dando a partida no carro.


— Vamos jogar basquete? — ergui a sobrancelha.


— Por quê? — me olhou desentendido. 


— Eu vi a bola de basquete.


— Aigoo — reclamou. — Estragou a surpresa.


— Nós vamos? 


— Sim, vamos — suspirou ainda decepcionado por eu ter acabado com a brincadeira. 


— Temos um problema — mordi o lábio. 


— O que é? — me olhou de relance.


— Eu não sei jogar basquete.


— Eu vou te ensinar, não saber jogar não será problema — sorriu fraco. 


— Ok, mas ainda não entendi por quê precisamos sair da cidade para jogar basquete.


— Essa parte agora vai ser surpresa — fez bico.


Bufei frustrada.


— O Manager sabe que estamos indo? — indaguei.


— Sim, ele que nos cedeu a viagem, nós iríamos depois da boate, mas como aconteceu tudo aquilo, vamos jantar e depois vamos ao aeroporto.


— Ok, mas que horas é o vôo?


— Eu liguei para lá e pedi para trocarem de horário, então iremos onze e meia.


— Mas agora já são dez e quarenta — olhei um pouco preocupada.


— Vai dar tempo — tranquilizou.


Dei de ombros e comecei a fitar a estrada que estava menos movimentada em comparação ao que eu estava acostumada.


— Chegamos — avisou estacionando em frente à um restaurante.


Continuei sentada, enquanto o mais velho rodeava o carro e abria a minha porta.


— Que folgada — sorriu.


— Não sou folgada, apenas espero por seus atos cavalheiros.


O maior me estendeu a mão e revirou os olhos.


                                             ***


Saímos do restaurante super atrasados, o que já estava previsto por mim.


— Eu te avisei que chegaríamos atrasados — gargalhei.


— Mas eu não previa que o restaurante ia estar cheio e a comida demoraria tanto — bufou ligando o carro. — Pelo menos ninguém me reconheceu — apontou para a máscara no seu rosto.


— Mas essa máscara atrapalhou na hora de comer — segurei o riso lembrando da cena. 


— Aigoo, para de rir de mim — fez bico.


— O neném ficou bravinho? — provoquei.


— Aish! 


— Calma Yoongizinho, quando chegarmos eu te dou mamadeira — provoquei mais ainda. 


Ele deixou o carro no estacionamento do aeroporto assim que chegamos, me pegou de dentro do carro e me prensou no carro.


— Quem te deu o direito de me provocar daquele jeito? — retirou a máscara mordendo o lábio. 


— Yoongi, vamos perder o vôo — avisei.


— Só um beijinho — fez bico. — Por favor.


Me aproximei e lhe dei um selinho rápido. 


— Ah, sua sem graça, não era assim que eu queria — cruzou os braços. 


— Você pediu um beijinho — sorri de canto.


— Argh! — me puxou pela cintura e juntou nossos labios em um beijo feroz.


Ele pediu passagem com a língua e eu logo cedi, sentindo choques subirem por todo meu corpo quando nossas línguas se encontravam. Minhas mãos subiram para seus cabelos puxando os seus fios, e as suas se estabilizaram na minha cintura.


— Yoongi — sussurei ofegante, quando ele passou a distribuir beijos pelo meu pescoço.


— Hmm? — disse sem cessar os beijos.


— Estamos atrasados — avisei preocupada.


— Droga — se separou apressadamente. — Vamos.


Pegamos as coisas de dentro do porta malas e corremos para dentro do local.


Fizemos o Check-in, despachamos as malas e nos sentamos em algumas cadeiras, esperando a chamada do vôo.


— Yoongi, cadê a sua máscara? — indaguei.


Ele rapidamente levou as mãos até os bolsos do seu sobretudo, revirando-os e me olhando frustrado.


— Devo ter deixado cair — bufou.


Segurei o riso e apertei sua bochecha.


— Primeira chamada do vôo 654, com destino à Daegu, por favor se dirijam ao portão C de embarque — ouvimos as instruções e nos dirigimos rapidamente até o portão de embarque.


Entregamos nossas passagens, entramos no avião e ainda foi possível ouvir a segunda chamada do vôo. 


Fomos até a última fileira de poltronas do avião e  Yoongi se sentou na janela, enquanto eu sentei na poltrona do meio, deixando a outra vazia.


— Espero que a pessoa que for se sentar ai — apontou para o lugar vazio. — Não me reconheça. 


— Sim… — um sorriso se formou em meu lábio. — Então quer dizer que vamos para Daegu?


— Vamos — bufou. — Era para ser surpresa.


— Yoongi, não daria para me esconder algo como isso — sorri de canto. — Vou conhecer seus pais?


Vi sua expressão mudar imediatamente, deixando previsível que ele estava se sentindo incomodado. 


— Não precisa me responder, fiz uma pergunta idiota — abaixei a cabeça.


Ele levantou meu rosto e disse meio pertubado:


— Quando eu falei sobre os meus pais, as informações foram meio vagas, então o que acha se eu te contasse os detalhes que eu lembro?


— Não precisa se não quiser.


— Quero te contar — sorriu fraco. — Quando te contei sobre minha carreira não ser apoiada, generalizei as informações. Meu pai não apoiava minha carreira, dizia que eu deveria estudar mais e ser como ele, um executivo que passava o dia todo no escritório e não tinha tempo para sua própria família — vi seus olhos marejarem. — Minha mãe sempre me apoiou, desde que eu lhe disse sobre esse meu sonho, mas não pode evitar a minha expulsão, pois por minha culpa… — começou a soluçar. — Meu pai bateu nela na minha frente.


— Yoongi — mordi o lábio e lhe abracei. — Se acalma, tenho certeza que sua mãe tem muito orgulho de você e não se arrepende de ter te apoiado.


— Eu te trouxe para Daegu por vários motivos, um deles foi a esperança de encontrar a minha mãe e dizer o quão eu sou grato — coloquei meu rosto na curva do seu pescoço e funguei seu perfume maravilhoso.


— Senhores passageiros, queiram apertar seus cintos de segurança para a decolagem — ouvimos o aviso da aeromoça e logo nos separamos, levando nosso olhar para a poltrona que ainda estava desocupada. 


— Nossa — suspirei. — Cheguei a pensar que já tinha alguém aqui.


— Também — levou a mão ao rosto, secando as lágrimas que insistiam em cair.


— Não chora, tá? — pedi o olhando. — Você fica mais bonito sorrindo — deitei meu rosto no seu ombro, corada.


Vi uma garota correr em direção a onde estávamos. Yoongi afundou o rosto no meu cabelo, no exato momento que a garota se sentou ofegante ao meu lado.


— Olá — sorriu. — Quase perdi o vôo — segurou o riso.


— Olá — sorri envergonhada.


O avião começou a decolar e eu logo conferi meu cinto de segurança, com Yoongi escondido no meio do meu cabelo.


— Conheço você — me olhou. — Só não lembro de onde.


Mordi o lábio. 


— Seu namorado? — apontou para Yoongi. 


Assenti.


— Qual o problema dele? — indagou curiosa.


— É que… — comecei.


— Perai! — arregalou os olhos. — Você é a namorada do Yoongi, então esse só pode ser o… YOONGI?! — gritou chamando a atenção de todos para nós.


Coloquei meu indicador na boca e ela tapou a boca.


— Me desculpa… Mas esse é o Yoongi mesmo? — apontou para o maior ainda escondido em meu pescoço. 


— Sim, sou eu — olhou para ela meio receoso. — Poderia fazer silêncio?


— É que… Meu Deus, não acredito que estou falando com um dos meus ídolos — sorriu. — Poderia me dar um autógrafo e tirar uma foto comigo?


— Claro — sorriu assustado. 


Ela entregou a ele uma caneta permanente e seu Iphone.


— Poderia assinar na parte de trás? — virou o celular.


— Claro — destampou a caneta.


 (N.A: Eu também pediria para assinar meu celular)


Depois disso e da foto que ela me obrigou a aparecer, ela agradeceu sorridente, se virou e adormeceu.


— Que bom que ela não é uma fã barulhenta — suspirou aliviado.


— Sim — sorri deitando minha cabeça no seu ombro.


O tremor que o avião fazia colaborou para que eu dormisse rapidamente durante toda a viagem.


    ***


— Sook — ouvi Yoongi chamar, mas estava submersa no meu sono, e parecia estar sendo difícil me entregar. — Vamos, o avião já pousou.


— Aigoo, me deixa dormir — resmuguei.


— Acorda vai, vamos à um hotel, deixa para dormir lá — pediu.


— Ai, tá bom — me entreguei e abri o olhos derrotada. 


Ele sorriu vitorioso e me ajudou a levantar.


Percebi que o avião estava vazio, então andamos até a saída, em direção ao ponto de táxi. 


— Mais alguém te reconheceu? — perguntei.


— Nem vi — sorriu. — Estava dormindo.


Entramos em um táxi estacionado e Yoongi passou o endereço de um hotel onde tinha feito nossa reserva.


Fiquei com a cabeça encostada no ombro de Yoongi durante todo o percurso, fazendo o possível para não adormecer.


***


Depois de poucos minutos, finalmente chegamos no hotel, onde pegamos nossas malas e entramos, depois de Yoongi já ter pago o taxista. 

 

— Agora vamos poder descansar — comemorei colocando minha mala no chão e entrando no quarto. — Perai, só tem uma cama.


Olhei o mais alto que colocava suas coisas ao lado de uma escrivaninha e me olhava sem expressão. 


— Sim, algum problema? — se aproximou.


— Não — sorri fraco.


Assim que parou em minha frente, me olhou de cima a baixo e sorriu fazendo meu coração palpitar.


— O que acha de terminarmos o que começamos em Seul? — indagou. 


— Como assim? — o olhei confusa. 


Suas mãos rapidamente pararam em minha cintura enquanto em seu rosto tinha um sorriso maroto. Quando seus lábios foram de encontro aos meus, senti o cansaso de poucos segundos atrás, abandonar o meu corpo. Ele pediu passagem com a língua e eu logo cedi, aproveitando cada segundo daquilo. 


Ele separou nossos lábios, mas antes deu uma mordida no meu lábio inferior. Sua mão apalpou minha bunda, me fazendo arfar em seu ouvido e puxar involuntariamente seu cabelo. Passou a distribuir beijos por todo meu pescoço me deixando cada vez mais arrepiada.


Suas mãos foram até a barra da minha blusa e a senti ser arrancada de mim.


Yoongi juntou nossos corpos e puxou de leve meu cabelo, enquanto beijava a curva do meu pescoço.


— Yoongi — arfei puxando seu cabelo.


Ele me empurrou violentamente para cima da cama e se pôs a poucos centímetros de mim, evitando me machucar. Voltou a juntar nossas bocas, explorando cada canto da minha com a língua. O gosto doce da sua boca era viciante, e eu sabia que seria difícil resistir a tentação.


Arranquei sua camisa sem que aquele ato atrapalhasse o beijo e comecei a arranhar suas costas, o fazendo arrepiar gradualmente.


— Sa… Saranghae — ouvi o mais alto dizer ofegante.


— Yoongi? — separei nossos corpos e o fiz me encarar.


— O que foi? Fiz algo errado? — ergueu uma sobrancelha.


— Não, é que… O que você disse? — o olhei.


— Eu disse algo? — corou.


Levei minha mão a sua bochecha e a acariciei de leve.


— O que você disse? — sorri terna o encorajando, enquanto sentia meu coração bater cada vez mais forte.


— Eu… disse que… Te amo — sorriu envergonhado.


— De verdade? — indaguei sentindo uma lágrima teimar em escorrer. 


— Você está chorando? — me olhou preocupado. 


— Me responde… O que você disse é de verdade? 


— Sim — respondeu sorrindo. — Eu te amo.


— Também acho que te amo.


— Acha ou tem certeza? — indagou.


— Acho — respondi sincera.


— E se eu mudasse isso agora? — sorriu malicioso.


— Como? — entrei na brincadeira.


Novamente nossas bocas foram unidas, dessa vez em um beijo coberto de paixão.


Me virei e me sentei em seu peito, o olhando sorridente.


Sua mão foi até o cós da minha calça, retirando-a e me deixando coberta apenas pela minha fina lingerie de cor azul.


Yoongi me puxou pela cintura para que pudéssemos estar cada vez mais próximos. 


— Sua opinião mudou ou será que devo pegar pesado? — mordeu o lóbulo da minha orelha.



Flashback on…


— Me larga, por favor — me debatia, na tentativa de escapar das mãos daquele estranho, que me prensava sem dó naquela parede fria e suja.


— Sua opinião mudou ou será que devo pegar pesado? Não adianta fugir da minha pergunta, ou vai por bem ou vai por mal — apertou minha cintura e ameaçou arrancar minha blusa.


— Não, por favor — implorava chorando.


Apenas senti meu rosto queimar e meu corpo ser arremessado contra aquele chão imundo daquele beco.


— Some daqui sua imunda — vociferou, me fazendo se encolher.


A última coisa que vi antes de desmaiar em meio ao lixo, foi os seus olhos castanhos escuros e seu sorriso psicopata. 


Flashback off…



— P-Para p-por favor — pedi soluçando.


— O que foi? — me olhou preocupado.


— Promete não fazer nada contra a minha vontade? — mordi o lábio tentando parar de chorar.


— Prometo, mas o que foi pequena? — me deitou ao seu lado e apertou minha cintura.


Contei em meio aos soluços o que havia acontecido no dia em que meus pais se foram e eu saí desesperada pela a rua, até que por acidente acabei parando  um beco desconhecido. 


— Não chora — pediu. — Prometo não deixar nada de ruim te acontecer e não te fazer mal — me olhou terno.


— O-obrigada — o abracei. — Muito obrigada.


Sem que deixasse de me abraçar, o maior nos enrolou e estalou um beijo em minha cabeça, me reconfortando para finalmente adormecer. 

  


  ***


Quando abri os olhos, olhei em direção a janela e constatei que já era de manhã, já que uma luz dourada emanava da grande janela de vidro ainda fechada e coberta por uma cortina cor de pérola.


Yoongi não estava mais ao meu lado, fazendo certa preocupação surgir em meu peito.


Está tudo bem, certo? Ele deve ter descido para tomar café — uma parte do meu consciente tentava me acalmar.


Balancei minha cabeça e estiquei meus braços a cima da cabeça, tentando me despertar. 


Levantei torpecente da cama e fui até a janela, a abrindo e permitindo que o sol preenchesse o quarto.


— Já acordou? — me virei e vi Yoongi parado sorrindo enquanto secava seus cabelos molhados.


— Sim — sorri fraco.


— Está melhor? — se aproximou e colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.


— Estou — sorri.  — Obrigada por se preocupar.


— Isso é obrigação de namorados — sorriu.


— Falsos namorados — brinquei.


— Posso admitir uma coisa? 


— Pode — deu de ombros.


— Essa história de contrato e tudo mais, foi uma espécie de jogada para que nós pudéssemos ficar juntos, sem que o Manager discordasse — me olhou nos olhos.


— Como assim? — o encarei.


— Quando nos esbarramos aquele dia, eu tinha acabado de brigar com a Yui e procurava vingança, quando você saiu, pensei que você poderia estar tão desesperada por dinheiro a ponto de me ajudar — coçou a cabeça.  — Então olhei o nome da lanchonete onde você trabalhava no seu uniforme e fui atrás de você. Eu iria me aproximar lentamente, para que chegasse o momento certo e você aceitasse assinar o contrato sem pestanejar. Mas nós fomos nos aproximando e eu comecei a querer estar cada vez mais perto de você, quando me dei conta já estava apaixonado, então pensei que já que a mídia já estava desconfiada, se eu propusesse para o Manager sobre aquele contrato, nós então poderiamos namorar sem nenhum problema, já que nossa aproximação para eles faria parte do contrato.


— Tá, mas onde você quer chegar com isso? — senti meu coração batendo forte. 


— Você acha que tudo que eu te digo é por causa do contrato, mas para mudarmos essa opinião, eu… — começou apertando freneticamente suas mãos. 


— Você… — incentivei.


— Queria saber se você aceitaria ser minha de verdade, sem nenhum contrato — abaixou o olhar.


— Isso é um pedido de namoro? — o olhei.


— Não exatamente — coçou a cabeça. — Na verdade acho que é.


Gargalhei fraco e ele me olhou na expectativa.


— Você é tão fofo quando está nervoso — sorri.


— Aigoo — desviou o olhar, corado. — Qual sua resposta?


— Sim, eu aceito — sorri ao vê-lo sorrir.


— Isso quer dizer que eu consegui mudar sua opinião? — vi seus olhos brilharem. 


— Conseguiu, parabéns — brinquei gargalhando.


Ele me abraçou pela cintura e agradeceu com o rosto na curva do meu pescoço:


— Obrigado, por me dá o direito de amar de novo, achei que não conseguiria sentir nada por ninguém de novo.


Quando nos soltamos ele me olhou sorrindo e falou:


— Coloque uma roupa bem… Hmm… Esportiva — pareceu pensar na palavra adequada para usar.


— Para jogarmos basquete? — indaguei.


— É — piscou. — Se prepare para ver o astro jogando.


— Claro — debochei.


— Aish, anda logo — fez bico.


Fui até minha mala, peguei uma leg preta, uma blusa branca, um casaco jeans e fui até o banheiro.


Tomei um banho rápido, sem parar para pensar no que estava acontecendo, por quê senão demoraria com certeza. Depois vesti minha roupa, amarei o casaco na cintura, passei um batom vermelho, soltei meu cabelo e saí. 


— Uau, essa é sua definição de esportiva? — indagou sentado me olhando.


— Aí seu chato,  me deixa.


Ele gargalhou e foi até a escrivaninha, pegar a chave do carro.


Vestia uma bermuda jeans, uma camiseta azul marinho e usava um tênis Puma.


Peguei de dentro da minha mala, um converse high preto e calcei.


— Vamos logo — reclamei. — Estou com fome.


— Calma majestade — debochou colocando um óculos escuro e uma máscara preta.


— Vai comer de máscara de novo? — o olhei.


— Lá eu tiro  — fez uma careta.


— Se você diz — dei de ombros.


Descemos e fomos até o restaurante do hotel, onde tomamos café rapidamente e fomos para o lado de fora, onde um táxi já nos aguardava.


Entrei junto de Yoongi, que logo me estendeu o telefone e me olhou preocupado. 


Tinha uma foto de TaeHyung segurando o colarinho de um garoto, dizendo:

 "Kim TaeHyung, vocalista do grupo sul coreano, Bangtan Sonyeondan, foi visto em uma boate com uma suposta namorada e a noite acabou mal: De noite amorosa para noite violenta. 


Testemunhas dizem que de repente o membro do grupo apareceu e começou a bater no adolescente que estava próximo de sua namorada, obviamente um ciúme perigoso."

Embaixo tinha uma foto de TaeHyung e YangMi entrando sorridentes, de mãos dadas na boate.

 

— Isso não é nada agradável — olhei para Yoongi que batucava a bola de basquete com os dedos.


— O ruim é que isso já se espalhou, tem sites que tem até vídeo.


— O Manager já deve saber, não é? — indaguei.


— Acho que sim… Tadinho do TaeHyung, vai levar uma bronca — encolheu os ombros. — Depois eu ligo para Jin Hyung e pergunto o que aconteceu.


— Tudo bem — sorri preocupada.


— Vai dar tudo certo, se preocupe apenas em se divertir — segurou minha mão. 


— Certo — sorri ainda preocupada. 


Senti sua mão se repousar em minha perna e um o maior logo me lançou um sorriso, coberto pela máscara, mas perceptível graças as rugas ao lado dos seus olhos.


*** 


O táxi parou em um bairro carente, onde Yoongi pagou o motorista e me ajudou a descer.


— Chegamos? — indaguei olhando em volta.


— Ainda não — retirou uma venda do bolso. — Agora você vai ser vendada.


— O quê? Por quê? — arregalei os olhos.


— Quero só te fazer uma surpresa — retirou a máscara e fez bico.


— Ai tá, anda logo — cruzei os braços. 


Ele sorriu satisfeito, e passou a venda pela minha cabeça, a posicionando nos meus olhos, ofuscando totalmente a minha visão, dando a mim o direito de enxergar somente um paredão preto.


O mais velho me segurou pelo braço e começou a me guiar em várias direções, me deixando cada vez mais confusa e ansiosa.


Depois de um tempo andando, ele parou bruscamente e retirou minha venda, dando a mim, a visão de uma escola abandonada.


O olhei confusa e ele deu de ombros, me puxando para dentro.


Ao mesmo tempo que aquilo era aterrorizante, era revigorante. Estar adentrando uma escola abandonada me aterrorizava, mas estar com Yoongi deixava tudo mais emocionante.


Adentramos aquela escola iluminada somente pelos buracos e frestas do teto e parede. A poeira rodava em círculos quando andávamos e se tornava cada vez mais visível ao entrar em contato com os pontos de luz.


Depois de andarmos um pouco, chegamos a uma quadra de basquete totalmente iluminada pela falta de telhado e com alguns escombros ao canto, tendo apenas uma cesta de basquete e uma parte do salão ainda inteiros.


Yoongi jogou a bola de basquete no centro da quadra e correu até a mesma, começando a controlá-la batendo-a no chão, como se cerrasse uma batalha interna, onde ele competia contra ele mesmo.


Devia admitir que ele jogava bem, tinha um controle que eu podia achar impossível em ter.


Lançou a bola em direção à cesta e sorriu ao ver o objeto redondo adentrar o círculo metálico.


— Vem — chamou pegando a bola e correndo em minha direção.


— Eu não sei jogar — sorri fraco.


— Já falei que te ajudo — fez bico. — Ou não quer minha ajuda.


— Tudo bem — sorri derrotada. 


Fui até o centro da quadra com os braços cruzados o deixando para trás.


— Nem me espera.


Revirei os olhos e pedi impaciente:


— Me ensina logo a jogar esse negócio. 


— Negócio? — ergueu a sobrancelha se aproximando. — Isso é um jogo sério, que merece ser jogado por um astro como eu.


— Me desculpe, senhor jogador da N.B.A — ri soprado.


— Não sou um jogador, mas podia ser — sorriu. — Eles que são burros e não investem e astros como eu.


— Será que você só consegue se referir a você mesmo como astro? — ri soprado.


— Devo me vangloriar nas coisas que eu sou realmente bom — começou a rodar a bola nos dedos.


— Aish, vamos logo.


Me jogou a bola e eu a segurei meio atrapalhada.


— Agora faz uma cesta, senhora apressadinha.


Me dirigi temerosa em direção à cesta, levantei os braços a cima da cabeça e lancei a bola, errando obviamente.


Vi Yoongi segurar o riso ao me ver tentar mais uma vez e errar novamente.


Depois de muito tentar e continuar errando, Yoongi suspirou cansado:


— Admito que estava me divertindo muito, mas não quero que minha namorada se humilhe assim, então vou te ensinar de uma vez.


— Obrigada — sorri sarcasticamente.


Ele se aproximou cautelosamente e quando já estavamos próximos, disse no meu ouvido:


— Já entendi no que está errando — colocou a mão na minha cintura. — Está com a coluna torta e os ombros tensos. Fique reta e tenta relaxar os ombros.


Tentei fazer o que ele havia pedido, mas estava me sentindo uma completa idiota.


 O que eu estou fazendo afinal? Jogando basquete? No que isso vai me ajudar? 


Como se lesse minha mente, Yoongi logo disse:


— Isso vai ajudar na sua musculatura e capacidade de criar estratégias.


— Estratégias? — ri soprado.


— Sim, estratégias — andou para me analisar de frente. — Quando se está em um jogo, seu cérebro cria estratégias de como levar aquela bola até a cesta. Vai por mim, esse esporte tem vários benefícios.


— Aish — revirei os olhos. 


Novamente se aproximou de mim, ergueu os meus braços na altura correta, ajeitou minha postura e falou:


— Tente.


Respirei fundo, fechei os olhos e lancei a bola.


Abri lentamente os olhos na exata hora em que a bola atravessava o arco.


Yoongi apenas sorriu e bateu palmas, orgulhoso.


Um grande sorriso se formou em meus lábios, que contribuiu para me fazer pular involuntariamente, tomada pela alegria e energia do momento.


— Muito bem — foi até onde a bola estava e a pegou. — Vai querer tentar outra vez?


— Acho que já deu — sorri cansada.


Eu parecia uma sedentária, não conseguia fazer nenhum esporte sem que me cansasse.


— Tudo bem — deu de ombros. — Vou fazer muitas cestas em sua homenagem. Começaremos por essa — se preparou.


Me sentei em uma parte da arquibancada que ainda estava inteira e me permiti assistí-lo.


Levantou os braços na altura correta e quando lançou a bola foi surpreendido.


— Yoongi — pronunciou uma voz.


Me virei junto de Yoongi e vi uma senhora pálida com o semblante parecido com o de maior.


— Omma? — disse no exato momento em que a bola lançada por ele, erra a cesta e caí rolando no chão. 


Notas Finais


Espero que tenham gostado.
Beijos!


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