— Yoongi — suspirou a mais velha com um enorme sorriso no rosto, correndo em nossa direção. — Meu filho.
Sorri involuntariamente ao presenciar o lindo momento em que o garoto pálido correu em direção à sua mãe e a abraçou, soluçando no ombro da maior.
— O-o que a senhora faz aqui? — indagou afundando o rosto na curva do pescoço de sua mãe.
— Um vizinho passava por aqui e me avisou que o viu entrando nessa escola — afagou o cabelo do mais novo. — Não hesitei em vim para cá.
— Senti tanto a sua falta — soluçava forte, apertando fortemente a cintura da maior, como se temesse que ela fosse desaparecer.
— Eu também meu amor — o afastou para que pudesse observá-lo. — Como está crescido e bonito — sorriu orgulhosa.
Ele sorriu de canto enquanto enxugava as teimosas lágrimas que insistiam em sair.
— Quem é essa moça linda? Sua namorada? — sorriu me olhando de cima a baixo, parecia satisfeita.
— Sim, essa é Kwon Sook — segurou minha mão.
— É um prazer conhecê-la, Senhora Min — sorri me curvando.
— Não precisa dessas formalidades se tratando da futura esposa do meu filho — sorriu amigável.
Senti minhas bochechas ruborizarem.
— Omma — repreendeu Yoongi, totalmente envergonhado.
— O que foi? Se estão namorando é por quê pensam em se casar algum dia, não?
— Não exatamente — respondeu.
— Como assim, Yoongi! Filho, espero que não esteja a enrolando, ela realmente parece uma boa pessoa — sorriu para mim.
— Obrigada — curvei minha cabeça.
— O que é isso, já disse que pode falar mais descontraidamente comigo — gesticulou. — Mas estou curiosa em saber o que os trás aqui em Daegu. Veio me ver, Yoongi?
— Também — coçou a cabeça. — Na verdade eu tentaria apresentar a Senhora e a cidade onde eu nasci para Sook.
— Como tentar? — ergueu a sobrancelha.
— Tentaria aparecer quando ele não estivesse — se referia ocultamente ao seu pai.
— Filho, ele mudou — seu semblante assumiu uma expressão séria. — Acredite ou não, ele se arrepende do que fez com você e sente muito a sua falta.
— Claro — gargalhou incredulamente.
— Mas é verdade, Yoongi — franziu o cenho.
— Mãe, eu realmente não quero falar sobre ele — mordeu o lábio.
— Tudo bem — suspirou. — Então o que acha de darmos uma volta pela vizinhança apenas para dar uma relaxada.
— Ah, pode ser — deu de ombros olhando para mim.
— Vamos — sorri amigável.
Saímos do local sem dificuldades e começamos nossa pequena caminhada pela ruas do bairro.
— Trabalha com o que Sook? — indagou a mãe de Yoongi.
— Eu sou diarista do dormitório do Bangtan e estudo fotografia — sorri. — Estou perto de me formar.
— Que legal, espero ser convidada para a sua formatura.
— Com certeza — olhei para Yoongi que sorria.
— Começaram a namorar quando?
— Ah… Faz algumas semanas — respondeu Yoongi sorrindo amarelo.
Imagino a reação da senhora Min ao saber de toda a nossa relação, sobre o contrato e tudo mais, tenho certeza que ela reprovaria.
— Hmmm… Que tal tomarmos um sorvete — sugeriu.
— Ótima ideia — sorriu o mais alto.
Fomos até uma soveteria próxima dali e enfrezamos outra conversa assim que o sorvete chegou.
A senhora Min me contava sobre como Yoongi era quando mais novo, sobre seu amor pelo rap desde de criança e coisas do tipo, estava realmente me divertindo, mas para nossa infelicidade, o celular de Yoongi tocou.
— Alô — hesitou.
Olhei preocupada para ele, que estava mais sério que o normal.
— O QUÊ?! — me fez arregalar os olhos sobressaltada. — Ai merda.
— Será que é algo muito sério? — indagou a mais velha preocupada.
— Não sei, mas estou com medo — mordi o lábio.
— Droga, estamos indo pra aí — esperou um pouco. — Não vamos conseguir pegar um avião agora… Vamos de táxi, eu deixei meu carro no aeroporto de Seul... Ok — suspirou. — Estamos indo.
Assim que ele desligou, logo disse:
— Teremos que voltar para Seul agora.
— Por quê? — indaguei temerosa.
— O manager já sabe do acontecimento de hoje, até o CEO — suspirou. — Mas isso não é o pior, o garoto que foi agredido pelo TaeHyung apareceu, mas ele não é qualquer garoto, ele é filho dos donos da YG Entertainment e agora eles querem processar a Big Hit.
— Me diz que é brincadeira — arregalei os olhos.
— Pior que não, e você sabe que a YG é uma das maiores empresas de entretenimento da Ásia e eles tem muitas outras empresas grandes como aliadas, ou seja, estamos ferrados.
— Ai TaeHyung, por quê você foi bater logo no filho dos donos da YG — caçooei esse azar.
— Temos que voltar agora.
— Mas já? — indagou a Senhora Min.
— Infelizmente sim, omma.
— Então podem ir, eu acerto aqui na sorveteria — sorriu.
Yoongi entregou-lhe o dinheiro e nos despedimos rapidamente.
— Foi um prazer te conhecer querida — sorriu.
— O prazer foi meu — acenei.
Acenamos e pegamos um táxi que passava por ali.
— Ainda não acredito em quem esse garoto é — suspirou.
— O TaeHyung é realmente bem azarado.
— Mas se fosse com você eu bateria até no meu CEO — me roubou um selinho.
— Que exagero — sorri.
O taxista parou em frente do hotel, onde pegamos nossas malas e continuamos a viagem.
— Estou realmente preocupada — o olhei.
— Eu também — me puxou para deitar em seu peito.
Meu celular começou a vibrar no bolso da calça e eu logo o tirei.
— Quem é? — perguntou Yoongi.
— Meu irmão — respondi e o maior fechou a cara. — Alô?
— Sook?
— Eu mesma.
— Preciso de você.
— Para quê? — revirei os olhos.
— Adivinha? Eu fui agredido por um amigo do seu namoradinho, mas não se preocupe, já falei com o meu padrasto e com minha mãe e eles vão cuidar de tudo — começou me fazendo arregalar os olhos. — Eu preciso de você aqui, já que você é a herdeira legítima do nosso pai e da sua mãe.
— Do que você está falando Kwon Chang? — hesitei.
— É algo meio complicado, mas que só foi descoberto agora — fez suspense. — Nosso pai era empresário, lembra-se?
— Sim, ele tentou construir uma empresa de entretenimento que no final não deu certo.
— Pois, isso é mentira, a empresa deu super certo, e hoje é uma das maiores da Ásia — meu coração batia forte. — A YG.
— O QUÊ?!
Yoongi me olhou assustado mas nem me importei.
— Por quê não me disse que sua mãe era dona? — suspirei. — Achei que passasse dificuldades... Pera ai, meu pai deixou tudo para aquela vaca?
— Sook, segundo minha mãe nosso pai havia deixado toda empresa para ela, mas eu achei o verdadeiro testamento e nele diz que 30% das ações são minhas e 70% suas, mas minha mãe se apossou de tudo.
— Isso quer dizer que… — não conseguia falar.
— Você é dona de maior parte das ações da YG, a verdadeira dona da empresa.
— Eu sou dona da YG Enterteinment — afirmei ainda em choque.
Yoongi me olhou com os olhos arregalados e com a boca aberta.
— Preciso que me ajude a provar isso para a lei — pediu. — Mesmo que minha mãe seja presa, ela estava errada por ter nos escondido isso… Por isso que ela não queria que eu te procurasse.
— Vou te ajudar, já que ela não tem direito nenhum sobre a YG, ela nem o seu padrasto.
— Vamos colocar os dois na cadeia se necessário.
— Mas eu quero sua ajuda também.
— O que foi?
— A Big Hit está sendo processada por causa de ontem e…
— Deixa eu ver se eu entendi, minha mãe processou a Big Hit inteira em nome da YG sem me consultar? — perguntou incrédulo.
— Você não sabia?
— Não… Hmmm, que tal aproveitarmos isso e fazermos um show.
— Como assim?
— Quando será o julgamento da indenização?
— Julgamento? — olhei para Yoongi que balbuciou um "semana que vem".
— Sim, quando?
— Daqui uma semana.
— Nossa, minha mãe está realmente desesperada para tomar conta das ações da Big Hit.
— O quê?
— Ela aproveitou essa polêmica apenas como uma distração e uma pequena desculpa, com isso ela vai se apossar de tudo que pertence a Big Hit, desde dinheiro até os artistas.
— Podemos impedir?
— Claro, só que temos que ir juntos, e levar o testamento até o tribunal.
— Tudo bem, onde posso te pegar para você me mostrar o testamento e explicar tudo direito?
— Na minha casa, te passo o endereço por mensagem.
— Ok, muito obrigada mesmo.
— Passe aqui no dia do julgamento às nove.
— Ok, depois te passo o horário da sessão, assim no programamos.
— Tudo bem, tchau.
Desliguei o telefone e olhei para Yoongi que
se encontrava mais pálido que o normal.
— Pode me explicar tudo o que disse?
— Yoongi, só te digo uma coisa, a sorte está do nosso lado — sorri. — Avise o CEO para não se preocupar com o processo, tenho algumas cartas na mangas.
Sorri maligna e me virei para a janela, agradecendo mentalmente por tudo que estava acontecendo, esperando ansiosamente para chegar a Seul.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.