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História The Joke was on Me - Capítulo II


Escrita por: Callme_stegois

Notas do Autor


Ta ai o segundo cap. :}
Espero que quem estiver acompanhando goste bastante *.*

Capítulo 2 - Capítulo II


Ano após ano, Harleen crescia e se tornava uma criança linda tanto for fora como por dentro. Tinha cabelos loiros, olhos claros e calmos como o céu numa tarde de primavera. Gostava de passear pelo jardim aos fundos da casa e brincar com os esquilos e costumavam correr por ali, tinha certeza que um dia ainda encontrava a toca deles.

Apesar de ser uma criança meiga e bondosa com os outros, Harleen sentia a barreira que era viver com seu pai e não entendia o porquê de Harry ser sempre irritado e a tratar de forma ríspida muitas vezes. Estranhamente sentia no seu coração que havia momentos em que seu pai a tratava bem, mas mais estranho ainda era o fato de não se lembrar de nenhuma situação assim.

      Agora com seis anos, Harleen já havia feito amizade com boa parte dos empregados presentes na casa. Empregados que foram contratados especialmente para que não se sentisse sozinha. Afinal, Harleen não saia daquela casa para nada. Seu mundo girava entorno da mansão e sua fronteira final era seu jardim com esquilos.

- Srta. Harleen, não fique correndo! Sabe que seu pai não gosta quando se suja! – Marta, a babá, gritava correndo atrás da pequena menina.

- Tia Marta, me deixe brincar. HAHAHA. É tão divertido!!

- Você correu demais! Depois cai e se machuca e o Sr. Quinzel come meu fígado!

- Tia Marta não fale assim, devia experimentar também. Além disso eu preciso achar a toca do Sr. Jingles. – Falava agachada enquanto seguia um rastro pela vegetação.

- O meu Deus, o que é isso agora criança?

- Sr. Jingles é um pai de família muito ocupado e sabe proteger muito bem sua casa de esquilos! Por isso é difícil encontrar.

- Sr. Jingles é o esquilo?

- Sim, ele é bem marronzinho e gosta de...

- HARLEEN QUINZEL!!! MAS QUE INFERNO!! QUANTAS VEZES EU MANDEI VOCE PARAR DE BRINCAR DESSE JEITO!! É SURDA OU BURRA? – Gritava Harry enquanto caminhava à passos pesados até onde estavam a empregada e a criança.

Ouviu-se apenas o som alto de um tapa dado certeiro no pequeno rosto infantil e agora mantinha uma coloração de um vermelho arroxeado, seguido de um choro estridente e foi calado com uma ameaça:

- Se você não calar essa boca agora, juro por Deus que te deixo presa de novo no porão!

E Harleen odiava o porão.

      Faziam cinco meses que a menina estava presa naquele quarto escuro. De manhã as empregadas vinham trazer seu café e depois traziam o almoço. De tarde voltavam novamente para a banharem e darem o jantar. A luz sé era acessa para que pudesse comer sem fazer sujeira.

Antes, Harleen costumava ter medo de escuro. Dizia que havia um homem no escuro que vinha atrás dela. Agora, o escuro se tornou seu único amigo. Era no escuro que conseguia fugir.

      Cinco meses atrás, agora com treze anos, Harleen encontrou a porta do escritório do pai aberta. Sabia que não podia entrar ali, mas sempre foi muito curiosa e como nunca tinha entrado no cômodo restava apenas imaginar como era onde seu pai atendia seus pacientes “mais íntimos”.

Empurro mais a grande porta de madeira e ouviu-se um rangido, mas por sorte não havia ninguém perto para escutar e impedir a pequena aventureira.

A sala era grande. Haviam várias estantes com livros encostadas nas paredes. Duas poltronas no centro uma de frente para a outra, um divã um pouco mais afastado. Uma mesa com alguns papeis e um notebook. Vários quadros pendurados e esculturas pelos cantos. Era de fato um cômodo muito bonito e confortável.

E, claro, que a curiosa criança precisava adentrar mais ainda a sala para ver do que se tratavam os papéis. Não entendia nada do que estava escrito ali. Parecia ser algum tipo de terapia que seu pai deveria usar com os pacientes. Utilizava luz e ao que parece servia para “colocar e tirar memorias da cabeça das pessoas”, como foi definido por Harleen.

      Passou quase a tarde toda mexendo nas coisas que encontrava pela sala. Não havia mexido no notebook de Harry, tinha medo de acabar estragando e ele descobrir que ela esteve ali. Mas, sua curiosidade falou mais alto novamente e por ironia do destino, não precisava de senha alguma para se ter acesso.

Harry deveria pensar que ninguém nunca mexeria naquilo.

Harleen foi abrindo pasta por pasta que encontrava salva no aparelho. Muitos documentos falavam sobre os pacientes, haviam várias anotações sobre as sessões que Harry realizava. E estranhamente havia uma pasta nomeada com suas inicias.

O conteúdo se parecia muito com o resto que havia visto, o problema era que Harleen não se lembrava de ter sessões com seu pai. Afinal, por quê precisaria de um psiquiatra?

Sua curiosidade estava incontrolável e por um momento desejou nunca ter entrado naquela sala. Desejou nunca ter mexido naquele computador. Desejou nunca ter nascido filha daquele homem.

Havia fotos de Harleen em diversas poses. Pelos tamanhos de seu corpo, Harleen deduziu que aquilo vinha acontecendo por vários anos. Nas fotos, seu rosto sempre estava vermelho, lágrimas eram notadas. Seu pequeno corpo infantil por vezes aparecia com marcas e alguns filetes de sangue.

O vídeo encontrado foi a peça final para que seu choro sem controle saísse de seus olhos. Não podia crer no que estava vendo gravado ali.

Harry a tocava de um jeito tão nojento e doentio, que sentiu uma imensa vontade de vomitar tudo que havia comido. E por mais que a criança filmada pedisse para parar, implorasse não, Harry não parava. Harry continuava a tocando com violência e os gritos aumentavam mais e mais.

Então era para isso que servia a terapia com luzes.

- O QUE RAIOS VOCÊ ESTÁ FAZENDO NO MEU ESCRITORIO?? – Harry estava parado na porta e gritava enquanto tirava sua gravata. Eram notáveis a surpresa em seu olhar e o medo no olhar da pequena.

Harleen não respondeu.

- EU TE FIZ UMA PERGUNTA CRIATURA? Não acredito.... VOCÊ MEXEU NAS MINHAS COISAS?? SUA... – A tapa foi forte e Harleen acabou caindo atordoada no chão.

- Você é um monstro!! Como poder fazer isso com alguém? Como pode fazer isso com sua filha? – Harleen chorava e tentava se levantar para sair daquele lugar, mas seu corpo não respondia como deveria. Estava assustada demais.

- VOCÊ NÃO SABE DE NADA! SUA MÃE ERA UMA PUTA QUE ME TRAIU, COMO VOCÊ SERIA DIFERENTE? NÃO PODIA PERMITIR QUE VOCÊ ME DEIXASSE COMO ELA IA ME DEIXAR!!

- Você é meu pai!! Eu amava você!! Teria feito tudo por você, nunca teria te abandonado! – O choro era descontrolado e mal era possível entender o que pequena falava. – Por quê? Por que você fez isso comigo?

- Eu fiz porque eu quis. Fiz porque você era bonita demais. Fiz porque eu queria me sentir em você. Fiz porque você me lembra a vaca da sua mãe e não iria permitir que me deixasse de novo. Fiz para que você seja sempre minha.

      Harleen não conseguia movimentar um musculo que fosse. Estava atônita. Seu pai era um monstro nojento que grava o que fazia por anos.

Harry se aproximou do pequeno corpo caído no chão. Por um pequeno instante, talvez, um sopro de arrependimento passou por seu olhar. Mas, foi apenas um instante.

No momento seguinte já tinha colocado Harleen deitada em seu divã. A menina não se mexia, estava dura. Se não houvesse a movimentação de sua respiração, poderia jurar que era um cadáver que estava ali. Harry tinha um olhar faminto que de início assustou a pequena, mas esta já havia entendido tudo ali. Não podia escapar. O homem no escuro a havia encontrado.

Em um desespero sem tamanho, Harry rasgou as roupas infantis a sua frente e passou a trilhas beijos e mordidas por todo o pequeno corpo deitado. Não havia reação alguma e ele odiava isso. Gostava quando ela gritava.

Passou a desferir tapas onde podia alcançar, mas assim Harleen não chorava ou gritava. Harleen não pedia para ele parar como das outras vezes.

Retirou seus sapatos e sua calça, deitando sobre o corpo da menina esfregando suas intimidades. Estava ficando louco como sempre ficava com a menor.

- Por que você não grita?

 Não houve resposta. Harry abaixou sua cueca e posicionou seu membro na entrada de Harleen e a penetrou de forma bruta. Sabia que a havia machucado porque sentia o aperto e região que deveria estar úmida, seca.

Mesmo assim Harleen deixava seu pai fazer o que bem entendesse com seu corpo. Quando penetrada sentiu uma dor descomunal. Sabia que já haviam feito aquilo mesmo que não lembrasse. Então se sobreviveu das outras vezes, conseguiria sobreviver a essa.

      Antes de terminar, Harry retirou seu membro do interior da menina acabando por gozar na barriga que antes era branca, mas agora estava cheia de hematomas pela violência do mais velho.

- Dessa vez eu não usar as luzes. Quero que você se lembre do que aconteceu. Quero que saiba que você é minha. Quero que saiba que não foi a primeira vez. Quero que saiba que NUNCA haverá uma última vez.

Harleen não saiu mais de sua casa depois daquela tarde. Não brincou mais no jardim. Não entrou em nenhum outro cômodo proibido.

A única coisa que lhe restava era o escuro daquele porão. Costumava ter medo de escuro, mas agora sabia que estava a esperando nele. E mais do que qualquer outra coisa, sabia como iria fugir.


Notas Finais


Espero que tenham gostado. Qualquer erro me avisem. :}
Divulguem pro seus migos *.*


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