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História The Joker - Game Over


Escrita por: lxQuinn

Notas do Autor


Coletes e lenços umedecidos são indicados para esse capítulo. Apesar dos pesares ele é o meu favorito! As coisas mudaram. O jogo acabou.

Nos vemos lá embaixo.

Capítulo 12 - Game Over


Fanfic / Fanfiction The Joker - Game Over

Senti meus olhos marejarem e minha garganta secar. Eu estava fodida. 

-Perdeu a voz, querida? –Kaleah perguntou cínica. A primeira lagrima caiu. 

-E-eu... Eu posso explicar! –Gesticulei com as mãos tentando explicar. –Essa foto ela... –Encarei o celular novamente.

-Montagem? –Ela riu. –Pequena Harleen, eu mesma tirei essa foto! –Ela tomou o celular da minha mão e eu solucei baixo. Estava tudo acabado.

-Eu sinto muito! –Levei minhas mãos até minha cabeça . Eu estava sendo verdadeira. Era como se agora a ficha realmente tivesse caído. Eu finalmente percebi como eu agi com falta de profissionalismo. 

-Eu sei que sente. –Ela disse compreensiva. –Você foi extremamente antiética, Harleen! –Ela alterou a voz e eu me encolhi na cadeira. –Tem noção de como colocou a vida de todos no Arkham em perigo? –Ela disse irritada.

-NÃO FALE COMO SE IMPORTASSE COM A INTEGRIDADE DE SEUS FUNCIONARIOS! –Me levantei apontando o dedo em sua direção. O segurança correu até mim me forçando a sentar novamente.

-DESDE QUE A MINHA VIDA TAMBÉM ESTEJA EM RISCO EU ME IMPORTO! –Ela gritou e eu senti sua voz ecoar. Senti meu rosto esquentar e as vozes apareceram. –Como pode, Quinzel? –Ela me olhou com desdém. –Eu via tanto potencial em você! –Ela apontou seu dedo na minha direção. –VOCÊ TINHA TUDO PARA SER A MELHOR! Mas você estragou tudo... –Ela abaixou o tom de voz. –Você estragou tudo. –Ela disse claramente decepcionada. –Você se deixou levar....-Ela disse.

-Não... –Sussurrei baixo. A confusão de vozes na minha mente não me deixava raciocinar direito. 

-Você foi fraca. –Ela disse por fim.

-CALA A MERDA DA BOCA. –Eu gritei exaltada. –O QUE VAI FAZER? –Ela me encarou assustada. –Vai me demitir? Hum? –Disse atordoada. –Vai ligar para policia? –Perguntei debochada. –E vai dizer o que? Que eu beijei o paciente mais gostoso do ASILO DE MERDA DA SUA FAMILIA? –Gritei. Minha cabeça zunia. –Você não vai fazer nada disso! –Gargalhei nervosa. Minha cabeça fervia. Era como se estivesse sido batida repetidas vezes contra uma parede.

-Tem razão! –Ela disse calma. E eu a olhei confusa. –Eu não vou fazer nada disso. –Sorri vitoriosa. Eu sabia! –Seguranças! –Ela chamou, e os dois homens vinheram até mim me pegando pelo braço. A encarei apavorada. –Levem-na para um dos quartos vazios no SV! –Ela me encarou debochada.

-NÃO! –Gritei  desesperada. Eles me ergueram da cadeira. –VOCÊ NÃO PODE FAZER ISSO! –O choro preso na minha garganta saiu. Me deixando igual a uma criança.

-Tem razão! Eu não posso. –Ela disse tranquila. –Mas a Senhorita não esta psicologicamente saudável para me dizer o que devo ou não fazer! –Ela se aconchegou em sua poltrona e eu gritei me debatendo. Os seguranças me viram bruscamente e me arrastaram até a saída. –Harleen! –Ela me chamou e mais uma vez eu fui virada. Eu me sentia uma marionete. –Mas tarde eu vou até seu quarto! Vamos preencher seu relatório psíquico. –Ela gargalhou e eles me tiraram da sala. 

Eu frustradamente me debatia nos braços daqueles brutamontes. Eu não podia ser internada. Eu precisava agir. 

A porta do elevador se abriu e eles me empurraram para dentro do mesmo. Como se não bastasse toda aquela desgraça ainda havia a claustrofobia. Senti meus músculos perderem as forças. Ameacei despencar sobre o braço dos seguranças que me encararam confusos.

-E-eu sou claustrofóbica... –Disse com dificuldade e eles hesitaram. Afrouxando as mãos sobre os meus braços. Minhas pernas fraquejaram, em um reflexo antes que eu “caísse” no chão um deles me pegou. Retirei a caneta do meu próprio bolso. Assim que o segurança me colocou de pé novamente eu o ataquei com a caneta. Afundei o objeto na cavidade do seu pescoço, o sangue jorrou de seu corpo sujando meu rosto. Ele caiu. O outro segurança agarrou-me por trás. Seu braço passou pelo meu pescoço me dando um “mata leão”. Sem ar eu me vi obrigada a encontrar uma saída. Minha visão começava a ficar turva e eu sentia o sangue ficar preso na minha cabeça. 

Encarei a parede do elevador. Peguei impulso e “escalei” a mesma com os pés. Dei um giro de 180° e soltei meu peso sobre ele. Conseguindo me soltar. O segurança se virou rapidamente contra mim desferindo um soco em minha direção. Desviei por pouco e empurrei seu peito com as duas mãos. Seu corpo bateu com força contra a lataria do elevador. Aproveitei o momento de hesitação para erguer meu pé acertando seu rosto com força. Ele caiu desacordado. 

Abaixei-me pegando meus óculos que haviam caído. Coloquei-os de volta no rosto. Assim que o elevador se abriu eu sai correndo do mesmo. Corri pela recepção, alcançando a saída do prédio. Assim que coloquei os pés para fora fui atingida com uma rajada de tiros vindos dos seguranças que ficavam nas torres de vigilância. Os tiros me pegaram de surpresa e meus saltos derraparam no cascalho do chão e eu corri de volta para o prédio, adentrei o local e corri procurando uma das saídas de emergência. Empurrei as portas brancas do primeiro andar correndo até a saída de emergência. 

Uma das portas foi aberta bruscamente e uma frota de cerca de 5 seguranças saiu pela mesma. Apoiei-me na parede e girei meus calcanhares correndo por onde eu havia vindo. Segui na outra direção do corredor e mais seguranças vinheram na minha direção. Não tive outra escolha além de voltar para a entrada do prédio.

Corri novamente até a recepção e tirei meus saltos. Eu teria que ir para o subsolo usando as escadas. Enquanto corria pelo prédio eu olhei para trás vendo a quantidade absurda de homens armados que corriam atrás de mim. Passei correndo na frente da sala de descanso dos funcionários e um grito me fez diminuir a velocidade. 

-HARLEEN PARA! –A voz de Lindsay preencheu meus ouvidos e eu parei observando a morena que me olhava assustada e com lagrimas nos olhos. Neguei fraco e sai do transe. Ia voltar a correr. Mas era tarde demais. 

Um disparo na minha direção e o dispositivo eletrocutado atingiu minhas costas me fazendo gritar de dor. A corrente elétrica percorreu todo o meu corpo e travou meus músculos. Me fazendo atingir o chão com um grande impacto. Eu tentava me debater e aquilo só ficava mais doloroso. Senti meus sentidos falharem. E a ultima coisa que eu vi antes de desmaiar foi os olhos pretos de Lindsay banhados por lagrimas.

-Me desculpa... –Ela sussurrou e eu apaguei...

...

Acordei assustada e me levantei do chão onde estava. Rodei meus olhos pelo local observando que eu estava em um dos quartos do Arkham. Meus olhos marejaram e eu sentia dor por todo o meu corpo. Levei as mãos até minha cabeça permitindo-me chorar. Encostei-me na parede branca e macia e escorreguei até o chão. Eu havia destruído minha vida. E arruinado toda a minha carreira por culpa dele! E agora eu estou aqui! Eu nunca mais vou conseguir ser alguém na vida.

O barulho na porta me fez limpar minha lagrimas bruscamente. 

-Como vai a cinderela? –Kaleah adentrou o quarto com alguns papeis na mão. Ela me olhou com nojo. –Eu já te vi em dias melhores garota. –Ela disse com desdém e eu revirei os olhos. 

-Vá se foder! –Praguejei e ela riu fraco.

-Mais tarde! –Ela piscou para mim e eu senti uma ânsia de vomito. –Espero que se acostume com sua nova moradia. –Ela riu observando o quarto. –A psicóloga que ficou louca! Olha só que contraditório! –Ela disse debochada e abriu a pasta que estava em suas mãos. –Preciso preencher sua nova ficha! –Fingiu analisar os papeis. – O que acha se eu cantar uma daquelas musiquinhas infantis para escolher suas doenças? –Ela disse divertida. A olhei confusa. –É! Tipo minha mãe mandou, sabe? –Ela riu e eu cerrei os pulsos. –Minha mãe mandou, eu escolher esse daqui! –Ela brincava com o bico da caneta sobre a grade de transtornos. E então ela parou sobre um nome. –Humm! –Sorriu satisfeita e marcou um “X” sobre o papel. –Esquizofrenia! O que acha? –Perguntou e eu avancei sobre ela. –Mais um passo e eu atiro. –Ela tirou o 38 de baixo dos papeis e apontou para mim. Meu corpo travou. 

-Vagabunda! –Balbuciei e ela deu os ombros.

-Sabe, Harleen! Acabei perdendo a paciência. –Ela bufou frustrada. –Vou diagnostica-la com todos os transtornos presentes nessa folha! –Ela começou a riscar todas as alternativas. Voltei meu corpo para a parede desferindo socos contra mesma. Mas eu não sentia nada. Que parede estupida. Bati a cabeça contra a mesma e deixei minha testa encostada no tecido fofo.  

Eu preciso arrumar um jeito de sair daqui. Apesar de Kaleah estar ali, o silencio naquele cômodo era tão absurdo que eu conseguia ouvir as vozes sussurrando coisas quase inaudíveis.

Como entrar em transe eu me lembrei do que Justin havia dito mais cedo. 

-Eu vou sair daqui em breve! -Ele sorriu e eu concordei rindo. -Você quer ir embora comigo, amor? 

Era isso! Ele vai vir me buscar! Não vai? Questionei a mim mesma em pensamentos. Mas é claro que vai! Ele me ama! 

Ele me ama.

-O coringa vai pegar você! –Abri um sorriso enorme e me virei para Kaleah.

-O que disse? –Perguntou assustada. 

-O coringa vai pegar você! –Gargalhei alto e ela me encarou assustada.

-Você esta mais louca do que eu pensei. –Ela se arrumou lentamente da sua cadeira. –Felizmente o novo médico chegará amanhã, vamos ver se ele é tão bom quanto os relatórios dizem! –Ela disse autoritária e eu dei os ombros.

-Ele vai pegar você! –Alertei-a novamente.

-Garota deixe disso! –Ela disse ríspida. –O seu amado nunca vai sair daquele quarto. –Ela disse e eu gargalhei. Assim que ela fechou a boca o som de tiros abafados ecoou pelo prédio. Arregalei os olhos para ela fingindo estar espantada. Ela se ergueu da cadeira assustada. –O QUE É ISSO? –Ela gritou desesperada. Me encostei na parede enquanto ria.

-Ele veio te pegar! –Sorri vitoriosa. Os barulhos de tiro aumentaram. Ela correu até a porta e abriu a mesma no momento em que os seguranças chegaram. 

-Senhora, precisa sair daqui agora! –O segurança a alertou. Enquanto os outros cobriam a área. –Estão atacando o Arkham, o senhor Bieber esta participando! –Assim que o segurança disse isso eu gargalhei. Ela me olhou assustada e eu dei com os ombros me sentando na cadeira que ela ocupava.

-Corre, corre, corre! –Disse debochada e a porta do quarto foi batida com força. Deixando-me sozinha. 

Ouvia o barulho dos tiros enquanto arrumava meu cabelo. Depois que arrumei os fios loiros era só esperar. Ele ia vir me tirar daqui!

Depois de alguns minutos que pareciam horas, os tiros finalmente cessaram. Eu conseguia até ouvir o barulho de helicópteros sobrevoando o prédio. Eu até conseguia imaginar o estragado que haviam feito no Arkham. Ouvi passos do outro lado da porta e sorri. O pequeno “bip” denunciava que a porta foi aberta. A grande placa de metal foi puxada para trás. Ele apareceu. O sorriso que se formou em meu rosto fora enorme. Ele estava ali. Uma metralhadora presa em seu corpo pela alça, ele estava sem camisa e descalço. Escorria um pouco de sangue do canto da sua boca. Ele estava lindo.

-Justin! –Corri até ele jogando meu corpo contra o seu. –Você veio! –Sorri e o apertei contra os meus braços. Bruscamente ele me puxou pelo braço afastando-me de si. O encarei confusa e no instante seguinte ele desferiu um tapa certeiro contra o meu rosto. O impacto foi tão grande que me fez cair no chão. Levei a mão até a bochecha, aquilo ardia. –O QUE DEU EM VOCÊ? –Gritei completamente perdida com suas ações.

-O que deu em mim? –Ele gargalhou frio. –O que deu em você, isso sim! –O encarei confusa.

-Você não veio me buscar? –A decepção era evidente na minha voz. Eu ainda tinha um pingo de esperança de aquilo fosse mentira. Eu sempre tinha esperança.

-Pera ai...-Ele riu debochado. –Você realmente achou que eu gostava de você? –Aquilo me atingiu com um efeito mil vezes pior do que o tapa que ele havia me dado. Foi como acordar com um banho de agua fria. –Por Deus, Harley Quinn! –Ele disse descrente. –Você é mais burra do que eu imaginava! –A primeira lagrima quente escorreu pela minha bochecha. E eu senti o ardor aumentar por conta do tapa. 

-VOCÊ É HORRIVEL! –Gritei desnorteada e parti em sua direção desferindo tapas em seu peito. Ele parecia não sentir nada. 

-Eu sei meu amor! –Ele sorriu falso e me imobilizou com apenas uma de suas mãos. Rapidamente ele ergueu meu corpo colocando-o sobre o seu ombro. De forma com que eu ficasse de cabeça para baixo e nas suas costas. Tranquilamente ele se pois para fora do quarto me levando consigo. Durante todo o percurso até sei lá aonde. Eu observava os corpos dos funcionários e seguranças do Arkham caídos e completamente sem vida pelo chão do Hospital. Que agora mais parecia o matadouro. Destroços e sangue estavam por todos os lados. Não havia ninguém “vivo” além de nós. Enquanto eu via todas aquelas pessoas conhecidas cobertas de sangue e hematomas, eu parava para notar o quão estupida eu havia sido em relação a ele. Era OBVIO que ele estava me usando! E eu estava completamente iludida! Céus como em fui otária.

Não havia palavras para descrever como eu me sentia. Eu me sentia fraca, e estúpida! Por um momento eu cheguei a pensar, que por um segundo fosse tudo verdade! Onde eu estava com a cabeça? Anos de experiência estudo e dedicação, levados a zero por causa de uma única pessoa.

E depois de tudo isso o que eu teria? Uma boa morte? Faça-me o favor!

Assim que notei para onde ele estava me levando comecei a me debater sobre o seu ombro. Aquilo não podia ficar pior. Quando chegamos a onde ele queria ele largou minhas pernas. Me fazendo despencar. Minhas costas bateram contra o chão frio e eu gemi de dor. Ele se abaixou e me puxou pelos braços me jogando de qualquer jeito sobre a maca de ferro. Eu me debatia e tentava acerta-lo com meus pés, mas nada o atingia. Ele pareceu perder a paciência e me agarrou pelo pescoço me asfixiando.

-SERA QUE DA PRA PARAR CARALHO? –Ele gritou nervoso e eu solucei parando de me mexer. O oxigênio ficou pouco e minha visão ficou turva. Ele me soltou. –Sabe eu já tive muitas Arlequinas. -Ele foi até o pequeno painel ao lado da maca apertando alguns botões.

Nós estávamos na Intensiva.

-Mas de todas, você é a mais estupida! –As lagrimas escorriam pelo meu rosto enquanto eu o fitava com raiva. –Eu esperava mais de você! –Ele riu seco. –BURRA! –Ele gritou e acertou outro tapa do meu rosto. Gritei de dor.  –Eu só te usei para sair daqui, Harley! –Ele sorriu e fez carinho do outro lado do meu rosto. –É isso que eu faço de melhor. Eu uso pessoas, manipulo-as para conseguir as coisas. Eu brinco com as pessoas. Igual eu brinquei com você! –Ele apertou minhas bochechas com força. –É por isso que eu vim parar aqui! –Ele deu aquela gargalha grotesca, e abriu os braços. Como se venerasse a sua própria historia.

-Eu achei que você gostava de mim. –Me rendi em meio aos soluços que escapavam da minha boca. Ele gargalhou. 

-Harley, eu não gosto de ninguém. –Ele disse simples e pegou os dois desfibriladores de ferro.

-O que vai fazer? –Me exaltei. –Vai me matar, coringa? –Cuspi as palavras contra ele. Que me olhou irritado.

-Não! Eu não vou te matar! –Ele arrumou a lâmpada que havia sobre a minha cabeça. Direcionando a luz para o meu rosto. –Eu só vou te machucar... –Ele ligou o desfibrilador. –Muito, muito mesmo! –Ele abriu um sorriso doentio e eu senti os calafrios percorrerem o meu corpo.

-Você acha? –As vozes finalmente me ajudaram a me controlar. –Eu aguento! –Disse fria e ele gargalhou. 

Ele esticou o braço até a mesa ao seu lado e pegou uma cinta de couro. Esticando-a e colocando-a na minha boca para que eu mordesse-a. Era possível ouvir a eletricidade fluindo pelos condutores elétricos. Ele aproximou as peças de mim e eu mordi a faixa de couro. Fechei os olhos. Minha ultima lagrima escorreu. 

E então ele colocou os condutores. Um de cada lado da minha cabeça. 

Uma pressão gigantesca explodiu dentro da minha cabeça. A eletricidade correu por todo o meu corpo travando os meus músculos, e eu consegui sentir o momento exato em que ela acertou meu coração. Vozes e cenas já vividas passavam rapidamente diante dos meus olhos enquanto a eletricidade queimava cada neurônio do meu cérebro. Eu sentia uma dor sobrenatural. As lágrimas escorriam pesadas e eu sentia o gosto de sangue na minha boca. Todo essas sensação corriam junto a eletricidade. Eu queria gritar, mas eu mal conseguia me mexer. Minha cabeça ardia. Enquanto minha pele formigava, o barulho ensurdecedor era a coisa menos dolorosa que eu sentia, era como se elas sofressem comigo. Durante todos aqueles segundos mortais ele me olhava. Seus olhos castanhos brilhavam em felicidade e excitação. Ele mantinha o sorriso sádico em seus lábios.  

Aquela dor sobrenatural preenchia cada parte de mim. Sem movimentos e sem forças, por mais que eu tentasse. Eu sabia que não ia aguentar. 

 

Point Of View –Justin Bieber.

 

Finalmente toda aquela patifaria de sanatório e doutorazinha Harley Quinn, havia acabado. Eu estava exausto de tudo aquilo. Eu só queria voltar para casa.

Observei suas costas arqueadas sobre a mesa enquanto os 2.000 watts de energia passavam por seu corpo. Aquela carga era insana. Retirei os condutores de sua cabeça e observei seu corpo rígido bater sobre a maca. Completamente em transe. Seus olhos brilhantes me encaravam. Completamente paralisada eu observei os primeiros feixes de sangue escorrerem pelos seus ouvidos e nariz. Sorri.

Não vou dizer que foi fácil resistir a ela. Harley Quinn era uma mulher extraordinária. E extremamente bonita, seu senso de humor acido e diferente me faziam querer desejar sua companhia. Mas ela era burra. Ingênua. E aquilo foi o pior erro dela. Ela foi imbecil ao ponto de acreditar que eu sentia algo por ela. O único sentimento que me remetia naquele momento era desgosto. Desgosto por ela ser tão burra! Uma mulher tão linda, pronta para ser o que quisesse... Mas não, ela tinha que envolver os sentimentos. Ela tinha que me fazer ir atrás de outra Arlequina. 

Ela me parecia tão forte e determinada...

Ainda insatisfeito eu aumentei a carga de energia para o dobro. Aquilo era muito mais do que mortal. 

Era aquilo que eu queria. Eu a queria morta. Eu queria fazer com que ela desejasse nunca ter nascido! Eu queria mais dor. Queria ver seu corpo implorar por piedade e misericórdia.  

Mais uma vez encostei o aparelho em sua cabeça. Uma forte faísca subiu assim que a energia acertou-a novamente. Gargalhei. 

O corpo da pobre garota loira entrou em uma convulsão violenta. Sua boca espumava e o sangue escorria cada vez mais de suas orelhas. 

O sorriso sádico permanecia em meu rosto, junto ao cheiro de carne queimada que saia de seu corpo.

Desliguei a maquina.

Seu corpo em alta convulsão foi parando aos poucos. Suas costas bateram contra o a maca de ferro causando um alto ruído. Sua cabeça tombou para o lado direito. Sua boca entre aberta deixou que a faixa de couro caísse no chão. Eu observava o sangue se esvair do seu corpo, enquanto seus olhos brilhantes me olhavam. Mas dessa vez eles estavam completamente sem vida.

Sorri satisfeito. E chutei a maca com força. A peça de metal foi para o chão, causando um estrondo absurdo. Levando seu corpo sem vida junto. 

O corpo da minha Arlequina atingiu o chão como um grande pedaço de merda! Que era o que ela realmente ela. Ela girou duas vezes no chão. E parou, com os braços abertos e sangue por toda sua face. 

Entrei em transe observando suas feições. E pela primeira vez em toda a minha vida. As vozes não gritaram. A paz que se formou na minha cabeça me assustou completamente. A muito tempo aquilo não acontecia. Nunca existia silêncio na minha mente. Como tudo que é bom dura pouco, uma delas se manifestou.

Você estragou tudo, moleque!

...

-CORRE IMBECIL! –Lil Za gritava de dentro helicóptero. Movi meus pés rapidamente correndo pelo telhado daquele lixo de sanatório em direção a aeronave.

Enquanto corria. Observei a segunda aeronave fazendo nossa proteção. Precisávamos ser rápidos, logo menos os tiras chegariam aqui! E eu pretendia estar bem longe disso tudo. 

Agarrei o ferro de segurança da porta do helicóptero e adentrei a mesma. Me sentei no lugar vago enquanto Chaz com um fuzil em mãos fazia minha cobertura. Observei meus parceiros, Chaz, Christian, Ryan e Lil Za, eles me encaravam felizes. Nós gargalhamos.

-Bem-vindo de volta, cuzão! –Christian deu um tapinha nas minhas costas e eu ri fraco.

-Vamos para casa! –A voz de Khalil soou pelos autos falantes e eu notei que ele estava pilotando aeronave. 

Decolamos. 

Enquanto o helicóptero ficava cada vez mais distante do Arkham eu não conseguia desprender meus olhos daquele prédio antigo. Era como se algo me prendesse ali. Eu deveria estar feliz, não deveria? 

Pela primeira vez em anos eu me sentia como se tivesse dado inicio a algo que vai escapar completamente do meu controle!

Ignorei esses pensamentos assim que Ryan me estendeu uma cerveja.


Notas Finais


...

Comentem o que acharam, volto daqui a 110 favoritos!

O desejo virou rendição, e a rendição virou poder!


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