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História The journalist and Researcher! - Capítulo 1.


Escrita por: Jey-chan16

Notas do Autor


Gente, estou com outros projetos em andamento, então postarei os capítulos desta Fic mensalmente, espero que entendam.
Como devem saber, ela é um presente para minha irmã e espero que agrade a vocês.
Beijos.

Capítulo 1 - Capítulo 1.


Fanfic / Fanfiction The journalist and Researcher! - Capítulo 1.


        Quatro

– Há vestígios de que foi realmente enforcada e depois a penduraram pela corda – Tori informa enquanto entramos no centro de investigação restrito da Audácia. 

– Quando tiver certeza me avisa, pago uns drinks se conseguir achar alguma impressão digital. 

– Pode deixar, vou começar a autópsia agora mesmo – dizendo isso, ela vai em outra direção.

Estamos com um novo caso em mãos, encontramos uma bailarina morta no teatro essa manhã, o corpo estava pendurado pelo pescoço com uma corda amarrada no teto como se ela mesmo tivesse se enforcado, o cadáver foi encontrado por outra adolescente.

Entro na sala de interrogação e encontro Erick observando a pessoa que será interrogada, a adolescente de dezesseis anos que encontrou a vítima. 

– E aí, você ou eu? – perguntou. 

– Ela é toda sua – digo sério. 

Ao ouvir minha resposta o mesmo entra na sala e senta em frente á garota na pequena mesa, a sala de interrogação é pequena e pouco iluminada, uma das paredes tem parte de si formada por um vidro resistente, feito estrategicamente para que quem estivesse fora da sala visse o que acontecia detalhadamente, enquanto o interrogado não poderia ver nada e nem ninguém, a não ser o interrogador. 

Erick fez várias perguntas que foram respondidas de forma dolorosa pela garota. 

– Então Grazielle, o que estava fazendo quando encontrou o corpo de Estela White? – Erick pergunta. 

Grazielle é uma garota magra com longos cabelos loiros e ondulados, seus olhos são castanhos e pelo que ouvi de alguns familiares, é muito vaidosa. 

– Cheguei mais cedo pra ensaiar e enquanto eu dançava via várias penas caindo no palco, quando olhei pra cima o corpo de Estela estava pendurado pelo pescoço e as penas que caiam eram de seu figurino -- ela responde nervosa, seus olhos estão inchados, provavelmente pelo choro recente. 

– Sabe me dizer por que a vítima estava sozinha no teatro até tarde? – seu tom de voz era autoritário e a garota tremia de medo. 

– Bom, Estela ia participar de uma apresentação bem importante hoje  e ficou pra ensaiar um pouco mais –responde colocando as mãos no rosto. 

– Tem mais alguma coisa que não contou ao Edward? -- perguntou com uma sobrancelha arqueada. 

– Não, não lembro de mais nada. Ela era minha amiga, nunca fez mal a ninguém, sempre foi gentil e atenciosa. Prendam o monstro que fez isso com ela por favor – implora, enquanto começa a chorar novamente. 

– Faremos o nosso trabalho senhorita, está liberada – Erick sai da sala por uma porta que só abre com as digitais da nossa equipe, uma cortesia de Rebekah, nosso gênio particular. 

Ele veio em minha direção e saímos juntos do local, caminhamos por alguns corredores sendo cumprimentados por alguns funcionários. 

– Não acho que ela seja a assassina. – disse se referindo a Grazielle. 

– Não podemos eliminar suspeitos Erick – digo ao chegarmos em frente a porta da sala de reuniões. – Esqueceu do garoto de treze anos que matou a própria mãe e colocou a culpa no vizinho? Achamos que o moleque era inocente e tivemos problemas com isso. 

– Tem razão, senhor – diz com ironia. 

Apesar de trabalharmos juntos não somos tão amigos assim, fomos concorrentes pouco tempo atrás, o objetivo era o meu cargo atual e acabei vencendo. Mesmo com algumas diferenças, sabemos ser profissionais e não misturamos  desavenças com o trabalho. 

Ao entrar na sala, vejo que todos estão conversando e sento em meu lugar. 

– Terminei a autópsia e sinto em informar que não há nenhuma impressão no corpo. Não estamos lidando com um amador. – diz Tori indignada. 

Tori trabalha há mais tempo que eu nesse ramo, tem mais experiência e eu a respeito por isso, sei que está sendo frustante estar na estaca zero novamente. 

– O nome da vítima, como vocês sabem, é Estela White, tinha dezoito anos, era bailarina desde pequena e visitava a psicóloga  Natalie Prior, ao que descobri, a menina ficou traumatizada com a separação dos pais. – Edward explica. 

Edward é um detetive ótimo em nossa equipe, é loiro e tem os olhos claros. 

– Sabem se ela tinha inimigos ou conflitos com alguém? – pergunto. 

– Não tinha, era uma garota bem tranquila. – responde Edward. 

Isso está mais difícil do que pensei, não temos suspeitos nenhum no momento. 

Estela White... as lembranças da cena do crime vêem em minha mente de uma vez. 

– Estela teve um círculo desenhado na palma da mão direita com uma faca. Sabem o que pode significar? – pergunto. 

– Talvez o assassino goste de geometria – Peter diz em tom de brincadeira e todos o repreendem com o olhar – Que foi? Só quis descontrair um pouco, vocês só vivem com a cara amarrada – Ninguém deu atenção pro comentário inoportuno e Peter se calou frustado. 

– Semana passada vi um caso parecido, a vítima tinha a mesma marca na mão. – Rebekah levanta e começa a digitar freneticamente no teclado digital que estava mais a frente. 

Rebekah é uma mulher alta de cabelos cacheados, muito bonita, trabalha pra gente no campo de tecnologias avançadas, ela é ótima no que faz, já salvou minha pele várias vezes, inclusive, quando uma jornalista tentou me hackear. 

– O nome dele era Mário Green, tinha trinta e dois anos e era gerente de uma loja no centro. De acordo com a autópsia, ele foi esfaqueado até a morte e o mais estranho foi que o assassino deixou a arma do crime próximo ao corpo, como se quisesse mostrar que foi usado um facão – Rebekah informa – O símbolo estava presente na palma da mão dele, ou seja, Mário e a bailarina foram assassinados pela mesma pessoa – acrescenta e após digitar alguma coisa no computador digital, um telão cheio de imagens das cenas do crime aparecem em nosso campo de visão – Parece que temos um novo Serial killer no pedaço. 

– Você é um gênio! – Edward a elogia e eu concordo com o loiro. 

– Tirando o sinal na mão, eles têm mais alguma coisa em comum? – pergunto. 

– Ambos frequentam o consultório da psicóloga Natalie Prior – Peter responde – Já marquei uma reunião com ela, pra daqui a duas horas. 

– Ótimo. 

– O que será que ele pretende fazer? – pergunta Tori referindo-se ao assassino. 

– Não sei, mas vou descobrir. 

Tris 

– Você entra em dez segundos! – Al avisa enquanto arruma a câmera na posição correta. 

Corro pra frente da câmera e preparo meu melhor sorriso. 

1..4..7..10! 

– Bom dia, Chicago! Sou Beatrice Prior com a previsão do tempo! – vou até o slide com a imagem do mapa de nosso país e começo a apontar para as regiões da qual estou falando – Em New York, o tempo permanecerá frio com leves pancadas de chuva no fim da tarde – aponto para o local – Em boa parte da capital o tempo estará quente, perfeito pra quem gostaria de ir á praia nesse fim de semana. As temperaturas na Flórida podem variar de 30°C para 32°C...– falo sobre o clima da maioria das regiões, até que vejo que meu tempo está acabando – Obrigada pela atenção, tenham um ótimo fim de semana. 

– Corta! – escuto Al ordenar. 

Al é meu colega de trabalho, na verdade, um dos únicos amigos que conquistei aqui, ele é diretor desse sete de filmagem, mas acho que o mesmo tem potencial pra dirigir algo melhor. 

Saio do local de onde estava e aceno para o casal que apresenta o jornal das sete ao lado, os dois dão um sorriso e voltam a ler o script. 

– Vou lanchar – sussurro para Al. 

– Te encontro lá garota do tempo – diz com um sorriso e eu faço uma careta com o apelido. 

Ando pelos corredores da enorme emissora e paro ao escutar passos em minha direção.

– Senhoria Beatrice, posso falar com você por um segundo? – Jeanine pergunta ao me alcançar. 

Você já falou comigo por um segundo! 

– Claro – dei o sorriso mais falso que possuía. 

– Gostaria que limpasse minha sala, está uma bagunça e vou receber alguns advogados daqui a pouco – ordena sem sequer olhar pra mim direito. 

– Há faxineiras para isso senhora, sou apenas a garota do tempo e estou em meu horário de almoço – respondo normalmente. 

– É claro que há alguém para isso, mas prefiro que seja você  – contrapôs. 

– Nunca fui faxineira e não pretendo ser agora, me desculpe. Com licença – saio de perto dela e entro no elevador. 

Viram o que eu tenho que suportar? 

Sou conhecida apenas por ser “a garota do tempo ” e isso é repugnante, me formei em jornalismo há quatro anos e não consegui um cargo sério! 

Jeanine me odeia, nunca me deu um trabalho de acordo com minha capacidade declarando que sou apenas uma menina inexperiente e um rostinho bonito, para piorar ainda pede favores do gênero. No entanto, não sou boba e sei de todos os meus direitos, ela não pode pedir esses absurdos a uma funcionária de outra área. 

Ela é o braço direito do dono da emissora, o senhor David. A cobra prefere trabalhar no setor jornalístico e garanto que a mesma não facilita a vida de ninguém. 

A porta do elevador se abre e eu saio em direção ao refeitório, o local está cheio de atores e apresentadores, a única mesa desocupada era uma próxima ao banheiro. Sem opção, acabei sentando lá, após alguns minutos pedi um suco de laranja com um sanduíche a garçonete, sem esquecer do super lanche do Al. 

Pego meu tablet e começo a pesquisar algo interessante no banco de dados restrito da Erudition, consegui a senha do banco de dados privado da empresa hackeando todas as contas da Jeannine, sou ótima nisso. Descobri que a conta bancária dela é bem gorda e que a loira dorme com o dono da emissora. 

– Não há nada de interessante aqui – digo ao olhar pro tablet. 

Nesse pequeno período, Al apareceu no refeitório e sentou-se comigo. 

– Já fez o pedido? – perguntou. 

– Já. 

– Jeanine está mais rabugenta que o normal, passei por ela no corredor e fiquei com vontade de sair correndo, está soltando fogo pelas narinas. 

– Isso foi culpa minha, me recusei a limpar a sala dela, não sou mais a estagiária bobona que limpava tudo o que ela queria -- digo e ele dá um sorriso orgulhoso. 

Assim que entrei pra Erudition, Jeanine me usou como capacho e empregada por certo tempo. Nunca descobri o porquê de ela me odiar tanto. 

– Fez bem, olha minha nova imitação dela – comecei a prestar atenção – “Esses funcionários de hoje em dia não nos respeitam, pedi pra Prior fazer uma simples limpeza e a garota negou, quanta incompetência!” – diz com uma voz fina, fazendo gestos estranhos. 

– Essa foi a melhor – elogio entre risos. 

Vejo a garçonete se aproximar e colocar os lanches em cima da mesa. 

– Obrigado, Sara – agradece Al. 

– De nada, bom apetite – diz antes de se retirar. 

– Acho que a Sara gosta de você – sussurro com um sorriso malicioso. 

– Impressão sua – diz indiferente. 

Comemos tranquilamente, tenho a tarde de folga e nem sei o que fazer. Meu smartphone começa a tocar. 

– Com licença – digo e Al assentiu – Alô? 

– Oi filha, como você está? – minha mãe pergunta toda animada. 

– Bem, e você? 

– Estou ótima, vem aqui no consultório conversar comigo. Desde que comprou seu apartamento, nem me visita mais. 

–Tudo bem mãe, chego aí daqui a pouco. 

–Ta bom, tchau meu anjo. 

– Tchau – coloco o smartphone na bolsa. 

– Tenho que voltar ao trabalho, tenha uma boa tarde de folga – diz ao terminar de comer. 

– Obrigada.

••• 

– Como vai no trabalho? – minha mãe pergunta. 

– Vai bem, na medida do possível – respondo – E o seu deve estar ótimo – digo sorrindo. 

Natalie Prior é uma das melhores psicólogas de Chicago e não digo isso apenas por ser minha mãe. Além disso, é uma mulher maravilhosa e muito bonita pra sua idade, há quem diga que a mesma parece minha irmã mais velha. Estamos em seu consultório agora, pelo visto, ela não tem pacientes hoje. 

– Sim, amo o meu trabalho. 

O telefone toca e minha mãe atende: 

– Oi...Ah,claro que sim...Tinha esquecido... Mande-os entrar Emily... Tá, tchau. 

Escuto a porta se abrir, mas não vejo quem entrou por estar de costas para a mesma. 

– Com licença, gostaríamos de fazer umas perguntas pra senhora Natalie Prior – uma voz grave informa. 

– Claro, sentem-se por favor – diz minha mãe e eles a obedecem, sentando-se no outro sofá branco. 

Ao me virar na direção dos homens, os reconheço imediatamente, Edward, Erick e Peter. Tobias Eaton deve estar resolvendo outros assuntos, referentes a Audácia. 

– Beatrice? – Erick me olha surpreso. 

– Olá, o que querem com a minha mãe? – pergunto. 

Isso é estranho, já sou maior de idade e tenho certeza que não roubei nada de ninguém dessa vez. 

– Nada que você deva saber, poderia nos dar licença – ele diz sério. 

– Vá filha, depois conversamos – minha mãe ordena e eu saio da sala bufando, deixando-a sozinha com os policiais. 

Conheço o Tobias há algum tempo, digamos que tentei hackear informações dele e da Audácia, mas não deu muito certo. Nunca gostei dele, vive interferindo no meu trabalho, o que tem de errado em deixar uma jornalista te hackear e expôr o seu trabalho no jornal? Nada! 

Eu só queria uma matéria digna de primeira página, esse é o único jeito de Jeanine me dar um cargo decente. 

Tobias já me deu muito prejuízo, uma vez minha câmera fotográfica foi jogada numa piscina por ele. E os homens que trabalham pro Eaton são da mesma laia que a dele! 

– Está tudo bem senhorita Prior? – a secretária pergunta aflita e eu percebo que estou encostada na parede com os braços cruzados, visivelmente brava – Quer um copo com água? 

– Não é nada Emily, só estava pensando, mas aceito o copo com água. 

Emily tem dezessete anos ainda, é alta e morena, tem os cabelos curtos e cacheados. Minha mãe simpatizou com a garota e resolveu dar o emprego a ela. 

– Vou buscar. 

Assim que ela saiu, joguei um minúsculo gravador por baixo da porta e me sentei em um dos bancos de madeira da recepção, colocando meus fones de ouvido. 

– ...É uma pena, Estela era uma boa menina – reconheço a voz da minha mãe. 

– Dois de seus pacientes foram mortos, não têm algo a declarar sobre isso? – pergunta Erick. 

– Não tenho ideia de quem tenha feito essas barbaridades. – responde. 

– Precisaremos interroga-la novamente, não saia da cidade senhora Prior – informa Peter. 

– Sim,estarei a disposição. – diz minha mãe. 

– Poderia me dar a lista de todos os seus pacientes? – pede Edward. 

– Claro, pode pegar com a secretária! 

–Tenho uma importante pergunta senhora Prior... – o som sumiu como se alguém tivesse desligado o gravador. 

– Aqui está sua água – Emily me entrega o copo e eu tomo tudo de uma vez, lhe entregando o objeto em seguida. 

– Obrigada – agradeço e a morena assente. 

O que será que está acontecendo? Espero que minha mãe não esteja correndo perigo! 

Depois de meia hora, eles saem pela porta e minha mãe pede algo para Emily, que  entrega um envelope a Edward em seguida.

– Filha, acompanhe os senhores até a saída – pede com a voz embargada. 

– Mãe, está tudo bem? – pergunto preocupada. 

– Está sim, vá logo Beatrice! 

Concordei e os acompanhei até o elevador, entrando no dito cujo. 

– Devia ser mais esperta garota do tempo – diz Peter com um sorriso sacana. 

– Não sei do que está falando. 

– Se quer colocar um micro gravador em algum lugar sem que ninguém perceba, evite coloca-lo em locais muito brancos com policiais por perto – explica Erick e senti que o babaca se controlava pra não usar o sarcasmo. 

Então foi esse idiota que quebrou meu gravador? Um desses é caro! 

– Continuo sem entender senhores – apesar de tudo, ele ainda é um policial e não quero ser presa por desacato a autoridade e muito menos por espionagem. 

Chegamos ao térreo e saímos do elevador. 

– Tenha um bom dia e seja menos intrometida garota do tempo – diz Peter 

Foda-se! 

– Digo o mesmo – respondo e os outros dão pequenas risadas antes de deixarem o prédio. 

Seja o que for que estiver acontecendo, é algo grave,nunca vi minha mãe chorando dessa forma...



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