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História The Judge - Some things are blue


Escrita por: RGBSfics

Notas do Autor


Tcharammm!!!! Aqui estamos nós de volta \0/ Bom, estamos ansiosas para postar logo todos os cap. já escritos pra vocês (por mim eu postava td hj logooo ), estão muito bons ( na nossa opinião ) aiiii eu to surtando que a minha inspiração voltou (^~^) ME EMPOLGUEI PKAPSKAPAKAOA, enfim, tá ai caraiooo, leiam, vcs são obrigadas a gostar, bjs!!! <3 <3

Capítulo 18 - Some things are blue


Fanfic / Fanfiction The Judge - Some things are blue

CAMILA'S POV 

Lauren era a última pessoa que eu desejava encontrar naquela noite. Quer dizer, antes ela do que um tarado qualquer, mas se comparar ela a um tarado, não faria muita diferença. 

A segunda parte pela qual eu agradecia por ter a encontrado, era pelo fato de que eu não estava encontrando o caminho de volta para casa, então de certa forma, eu não estaria mais perdida. Graças a Deus. 

Mas ainda preferia não ter que olhar para aquela cara de sonsa dela. 

Após eu ter me assustado e tropeçado nos meus próprios pés — por causa daquele maldito farol que ela acendera na minha cara —, ela havia me ajudado a levantar e estava com os olhos completamente estalados em meu corpo. 

— Não vai me dizer que eu pareço atraente?! 

— Atraente? — A mulher riu irônica ao me analisar da cabeça aos pés. — Você está em um estado de calamidade, Camila... Onde estão os seus sapatos e que diabos você faz aqui sozinha? 

A encarei com a visão meio embaçada, mas pude perceber que ela mantinha as duas mãos na cintura e me encarava como se fosse uma mãe prestes a encher o filho de bronca. 

— Não é da sua conta. — Bocejei, exausta. — Não se mete na minha vida. 

— O Shawn sabe que você está andando por ai sozinha? 

— Shawn? O Shawn não é meu pai pra dever satisfações a ele, mas pede para ele me buscar bem aqui que vou estar esperando. — Me arrastei com dificuldade até o degrau da calçada e me sentei ali. 

— Coisa nenhuma, vamos, entre no carro agora! — Ordenou e eu a encarei séria. 

Era sério aquilo? Sério que ela estava me dando ordens e esperava que eu a obedecesse? 

Não mesmo. 

Mas bem que eu poderia aceitar, estava começando a chover e eu não estava nem um pouco a fim de fazer companhia para a chuva, apesar de ela não estar me incomodando tanto. 

— Não vou a lugar nenhum com você. 

— O que? Está começando a chover e você não tem escolhas, garota... Entra no carro que eu vou te levar para casa! 

Gargalhei alto. 

— Você não pode me obrigar só por que você é a Lauren Jauregui. — Falei em meio as gargalhadas sem pensar direito no que estava argumentando. 

Por que eu estava rindo tanto de uma hora para a outra? Não estou me entendendo. 

— Não? — Perguntou sem esperar pela resposta e me pegou nos braços, me carregando até a porta do banco trazeiro e a abrindo. — Você bebeu, Cabello? 

Ela estava cheirosa. Cheirava a... perfume amadeirado. Eu amava aquele cheiro, poderia ficar ali pelo resto de minha vida sem reclamar. 

— Não é da sua conta, me solta Jauregui! — Me debati em seus braços, mas a garota não me deixou descer por mais que eu me movimentasse desesperadamente. — Me deixa em paz. 

— Vai ficar em paz quando chegar em casa. Agora fique quietinha ai! — Me jogou de qualquer jeito no banco e fechou a porta com força, dando a volta e entrando no lado do motorista em seguida. 

— Não me leve para casa. 

— O quê? — O quê? 


— Não me leve para casa. — Repeti. Droga, eu estava deixando claro que queria ir com ela, alguém me joga um balde de água gelada na cara para eu parar de falar merda, por favor? 

— Você está louca? Tenho compromisso amanhã, vou te levar para a sua casa. 

— Não quero que Shawn me veja assim. — Pedi com uma voz arrastada, praticamente implorando. 

— Pensasse antes de beber. 

— Não bebi muito. Juro juradinho. — cruzei os dedos e os beijei, igual Sofia fazia quando queria provar que estava dizendo alguma verdade inacreditável — Por favor. 

— Não! — Exclamou e eu me encolhi no banco, como um cachorrinho molhado no frio, me mantendo quieta e sem coragem de debater com ela. 

Eu não estava mesmo me reconhecendo. 



Conforme eu tentava abrir meus olhos, a sensação de que ele estava sendo arranhado piorava. Depois de, no minimo, dois minutos tentando travar uma batalha intensa de mantê-lo aberto, encarei o quarto desconhecido e franzi o cenho, com uma dor de cabeça dos infernos. Que droga era aquela e onde era que eu estava? 

Virei-me para o lado e encontrei um despertador enorme que marcava seis e meia da manhã. Acredite, por mais que eu estivesse em um puta quarto gigante, numa cama de casal no centro dele — como cena de novela mesmo — e aquilo tudo parecesse mais confortável do que o meu quarto, eu não conseguiria dormir direito. Por mais que eu tentasse e quisesse acordar às dez, era impossível com... aquele cheiro de Lauren. 

A cama, o travesseiro e os lençóis estavam com o maldito perfume daquela mulher e não, não era fruto da minha imaginação. Não podia ser. 

Por que eu não conseguia me lembrar de absolutamente nada da noite anterior? Como eu havia parado ali? Mas que droga eu estava fazendo com um blusão horrível de time de basquete? 

Tirei os lençóis de sobre o meu corpo e procurei pelos chinelos que deveriam estar ali, mas não estavam. Ótimo, eu odiava acordar e ter que andar descalça pela casa. 

Vesti um casaco de seda que estava pendurado na cabeceira da cama, o que era estranho, muito estranho, e abri a porta do quarto em seguida. Aquele corredor me parecia o mesmo da casa da mulher. As mesmas portas, as mesmas paredes e... o banheiro. 

Aquele maldito banheiro. 

Acendi a luz do mesmo e a lembrança da ultima vez em que estive ali me atingiu em cheio, me trazendo uma mistura de sentimentos amargos com os de culpa. Coitado do Shawn, não tinha culpa dos meus erros e era por isso que eu me crucificava nas vinte e quatro horas de todo santo dia. 

Balancei a cabeça com a intenção de afastar aqueles pensamentos ruins voltei, encontrando a enorme escada que dava aceso à parte de baixo. Não sabia explicar muito bem o receio que eu estava sentindo, mas sabia que algo nada agradável me aguardava como naqueles filmes de terror em que... não era um filme de terror, Cabello! 
Esperava que fosse pelo menos a mansão da Jauregui e esperava mais ainda que eu tivesse sonhando e na minha casa, com o meu namorado ao meu lado. 

Se arrependimento matasse eu já estava afogada no atlântico norte ao lado do Titanic. 

Respirei fundo e continuei descendo os degraus, achando aquilo muito estranho. Se não havia nada demais, por que diabos eu estava nervosa? Eu sentia como se fossem me matar e com razão. Lembro da discussão, lembro-me de ter saído apressada, lembro-me de ter vagado pela cidade com um turbilhão de coisas em mente e lembro de ter bebido uma... uma não, duas, três ou no máximo quatro copos de vodka em um pub próximo. 

Próximo de onde se eu nem sabia onde estava? 

Caminhei lentamente em direção à cozinha, de onde saia um barulho parecido ao de uma torneira aberta, e encontrei a mulher de costas para onde eu estava, bebendo água em uma garrafa. Sim, em uma garrafa porque eu tinha certeza que ela havia perdido a educação que eu tinha certeza que sua mãe havia lhe dado. 

— Você pode me dizer o que eu estou fazendo aqui? — Perguntei com os braços cruzados, esperando pela resposta da garota que apenas se engasgou e se virou em direção a mim. 

Por um momento pude ver suas mãos se inclinarem para frente e me derrubar o resto do líquido que ainda havia em sua garrafa, só pela cara que ela fez, mas graças ao bom Deus, foi mais uma das minhas imaginações férteis do dia. 

— Se você me disser o que estava fazendo sozinha àquela hora da noite no meio da rua, talvez eu consiga te explicar. — Voltou a sua atenção para a garrafa e eu tentei me lembrar em que momento do dia de ontem, eu havia a encontrado. Não, porque se eu estivesse completamente sóbria, não teria aparecido sequer em sua frente. 

— Se eu não lhe disse é porque não é de seu interesse. Agora me diz, como eu vim parar na sua casa? 

— E por que seria de seu interesse? — Lauren perguntou, enchendo a garrafa no filtro. Não era possível que ela iria guardar aquela garrafa com a baba de hoje para beber no outro dia. 

— Porque envolve a mim, talvez. 

— Pois é, talvez. E talvez eu não te diga e... Talvez você nunca saiba. — Piscou um de seus olhos, quer dizer, lindos olhos verdes, para mim e antes que eu pudesse protestar, ela continuou. — Ah, quer dizer então que você não se lembra de grande parte do que aconteceu ontem? 

— Ahn... Não. Quer dizer, não até a parte em que eu bebi, eu acho. — Forcei novamente a me lembrar dos ocorridos, mas como eu já sabia, o ato foi totalmente em vão. 

Droga, por que eu tinha que beber e encontrar logo com Lauren? Por que céus eu não encontrei Dinah, Lucy, ou melhor, Ally que cuidaria muito melhor de mim e ainda me ajudaria em uma desculpa convincente para dar ao Shawn. 

Droga, o Shawn! Deve estar rodando a cidade atrás de mim! 

Droga! 

Droga! 

— Isso é bom. — Me assustei com sua voz, me tirando dos meus profundos devaneios. 

— Eu não tenho o tempo todo, Jauregui! Que droga eu estou fazendo com a sua roupa? — Analisei o que eu estava vestindo e desviei o meu olhar para ela, que sorria sacana. — Me fala Lauren, que porra você está ganhando com isso? 

— O prazer de te ver assim. Quer dizer, eu não sou uma pessoa vingativa, mas poderia muito bem te dar o troco por ter me feito sair puta da vida àquele dia da casa de vocês e o pior: na frente do Mendes. — A mulher se aproximou de mim e olhou fundo em meus olhos. — Mas não precisei. Você mesma me fez esse favor. 

Porra, eu odiava aquela mulher com todas as minhas forças. Ela sabia me irritar como ninguém, sabia as palavras certas e como usá-las no momento certo para atiçar minha raiva. 

— Você... é uma grande filha da puta! Se eu pudesse... — Falei estridente, respirando fundo para não perder o resto de controle que ainda me restava. 

— Se pudesse...? — Me estimulou a continuar, e eu poderia socá-la ali mesmo, sem pensar duas vezes. — Não foi de filha da puta que você me chamou ontem, quando estávamos... Bem, você sabe. — Dizendo isso, a mulher completou o caminho que eu havia acabado de fazer e subiu as escadas, me deixando boquiaberta no andar debaixo. 

Não podia ser. Não tinha como. Eu não conseguiria fazer uma coisa dessas com ela, por mais bêbada que eu estivesse. Não conseguia com Shawn que era meu namorado, por que céus seria com ela? Porra, que merda eu fiz que não me lembrava de absolutamente nada? 

Suspirei pesadamente e resolvi segui-la. Eu precisava saber dessa história mais a fundo, tudo estava muito confuso em minha mente e ela iria esclarecer aquilo por bem ou por mal. 

Parei no batente da porta do quarto, criando forças para dialogar apenas o que fosse necessário, mas a vontade de não fazer aquilo estava maior do que a necessidade. 

— O que você quer, Camila? — Parou, com uma das mãos apoiadas na cintura e me encarou. Por um segundo, senti que minha lingua tinha sido engolida. 

— Saber o que realmente aconteceu! 

— Mas eu não já lhe disse, meu amor? — A mulher se aproximou de mim, fazendo com que meu coração saltitasse em meu peito — Você foi maravilhosa. A melhor com quem já fiz amor. 

— Você é louca? Jauregui, eu não transei com você! NÃO TRANSEI! Agora você vai me contar isso direito! — Ordenei e senti uma de suas mãos acariciarem meu rosto. 

— Não se preocupe, eu tenho a certeza de que a nossa primeira vez foi mais do que especial para você. — E dizendo isso, me deu um beijo na testa e pegou em uma de minhas mãos. 

Aquilo não poderia ser verdade. Eu nem lembrava se tinha sido bom e... ERA A MINHA PRIMEIRA VEZ! Eu não acredito que fiz uma coisa dessas comigo e com Shawn. Principalmente com Shawn! 


LAUREN'S POV 

Ela estava assustada, era nítida a preocupação em seu rosto. O mais assustador daquilo tudo, foi sua pele ter tomado uma coloração branca em menos de quinze segundos, suas mãos estavam geladas e ela nem se quer piscava ou se pronunciava. 

Eu era tão ruim de cama assim, mesmo sem nem ter ido parar nela com... ela? 

— A sua cara... — Gargalhei, sem conseguir me segurar por mais tempo — Você precisava ver a sua cara, Camila. 

— O que? Sua imbecil! — A garota avançou sobre mim com uma cara feia e eu tentei me desvencilhar dos seus tapas. Aquela porra doía. — Vai se foder eternamente, Lauren! Sua filha... 

— Olha lá como você fala da minha mãe! — Disse, conseguindo jogar ela para cima da cama e me afastando. 

— Eu quero ir embora! Agor... — disse firme, e parou por um momento. — Onde você enfiou as minhas roupas? 

— Estão lavando. Molhadas. Secando. — Contei nos dedos, me recompondo. — O que mais você quer? 

— Eu preciso ir embora, sua idiota! Não lhe dei permissão nem de tirá-las do meu corpo. 

— Você é tão mal agradecida, que eu deveria ter te deixado com aquela merda encardida pra te encher de bicheira pelo corpo e calar essa sua boca. 

— Eu posso fazer um B.O na delegacia e te denunciar por estupro e sequestro, Lauren! Posso foder com a tua vida. — Apontou o indicador em direção à mim. 

— Vai lá, mas faça um escândalo. — Sentei-me na cama ao seu lado. — Chame a imprensa inteira, vou ter o prazer de ficar aqui esperando alguém bater na minha porta com um mandato judicial nas mãos. 

Forçou seus olhos e fechou suas mãos em punho, acredito que para não avançar na minha cara outra vez. Ela me parecia um tipo de pessoa que só sabia lidar com quem batesse de frente com ela, o que não era o meu caso e nem faria questão de lhe dar esse gostinho. Eu dialogava pouco, serenamente e o suficiente para deixa-la sem argumentos e isso a irritava. Eu sabia que  irritava e fazia questão de provocar ainda mais. 

~

— Lya você não está entrando no tom certo, minha linda  — E ela era linda mesmo, olha aqueles peitos... — É... Recomeça a primeira estrofe da música e, Ashley, quero ouvir o refrão de você em seguida, tudo bem? 

As duas concordaram e logo em seguida, Hello da Adele se fez presente no instrumental. Cruzei minhas pernas e tamborilei alguns dos meus dedos no joelho estudando a voz de cada uma das meninas.  Certamente, pelo andar da carruagem, Lya estava com menos condições de seguir em frente nessa competição que Ashley. Por mais que eu optasse, aconcelhasse e a corrigisse, ela ainda se mantinha insegura e se a garota levasse essa insegurança para o palco do programa ao vivo, a situação dela pioraria. 

Terminei os ensaios mais cedo do que os outros naquele dia e passei pela sala onde Camila deveria estar ensaiando com o time de Jessie. Bem, ela não havia ido, ou estava o tempo todo fugindo de mim. Desde que achara suas roupas secando na área de serviço da minha casa, havia se enfiado em um táxi sem ao menos me avisar e ido para não sei onde,  queira Deus que fosse para a sua casa. 

Falando nisso, e Shawn? Eu me preocupava com ele esquentando cabeça atoa com aquela sem noção que ele chama de namorada. 

Amarrei apressadamente o cadarço do meu tênis e peguei o celular para entrar em contato com ele. 

— Droga! — Bati na minha própria testa ao lembrar que o mesmo ainda estava sem telefone. — Mas que droga. 

— Laur, você precisa de algo? — Aaron surgiu no final do corredor e eu sorri simpática para o produtor. 

— Você sempre aparece quando eu preciso, não é? 

— Depende. — Gargalhou e eu levantei meu olhar para encará-lo. — Antes que você pergunte, vim esclarecer algumas questões com a produção, antes de soltar uma nova nota sua para a imprensa. 

— Sobre o que dessa vez? — Perguntei, guardando o celular no bolso. 

— Sobre o decorrer do programa, oras. Sobre você, como Lauren Juradegui do The Voice! — Disse empolgado, como se fosse a maior piada do século. 

— Essa piada não foi feliz, Aaron. — Comentei séria e o homem engoliu o riso. Em outras situações eu gargalharia. 

— Que carinha é essa de rato pedindo socorro? 

— Ai, sei lá. — Suspirei. — Odeio ter que viajar sozinha, você sabe. 

— Onde estão Harry e Normani? E você não vai sozinha, eu vou estar. — Falou convencido. 

— Harry está fotografando para a Vogue por esses dias, a Mani está cuidando de um projeto no lar com as crianças carentes... A Vero está muito atarefada no hospital onde trabalha... — Falei pensativa. 

Fizemos nosso caminho até o estacionamento, onde estava seu carro, e não me importei em me enfiar nele para pegar uma carona até em casa. É claro que ele não se importaria. 

— E o tal do Shawn? — Falou de repente e eu mudei para uma expressão confusa. — Chame ele, oras. 

— Não seria uma má ideia, mas... E a empresa do pai dele? Ele está meio que administrando... 

— Se atualiza, Lauren. A gente vai ficar o que? Dois dias ou três na Inglaterra para gravar o programa. Ele pode muito bem administrar a distância! 

— Será? 

— Será não, óbvio. Dá para ligar para ele e parar de tirar suas próprias conclusões? — Ouvi o homem, que se mantinha atento ao trânsito e dei de ombros, discando o número residencial do garoto em seguida e combinando tudo de ultima hora. 

— Tudo certo? — Aaron perguntou ao final da ligação.  

— Tudo certo! — Conclui, piscando um dos olhos. 

Tudo certo menos a parte em que eu havia esquecido completamente de Cabello. 

Ok. Eu não tinha MESMO acabado de fazer aquilo sem nem lembrar de sua existência. 

Inferno. 

Eu iria sobreviver àquilo! Tudo numa boa. 


CAMILA'S POV 

— Inglaterra? Para o The Late Late Show? — Shawn arregalou os olhos de repente e se sentou no sofá, com os pés para cima vibrando com a notícia. — É claro que eu te acompanho, sem pensar duas vezes. Amanhã? Mas assim tão rápido? — Perguntou e eu revirei os olhos. — Não, três dias só não tem problema na empresa. Tudo bem, até mais. Também amo você! — Disse por fim, finalizando a chamada, sorridente. 

— O que é dessa vez? — Perguntei mal humorada e o garoto voltou a fechar a cara ao me encarar. 

Ele estava assim o dia todo. Mal trocava uma palavra comigo desde que eu havia chegado em casa e não havia falado nada sobre me levar aos ensaios do programa mais cedo. 

Ele estava tão puto assim? 

Era raro vê-lo daquele jeito e partia o meu coração, ainda mais tendo a certeza de que a culpa daquilo tudo era minha. Ele era uma ótima pessoa, um ótimo namorado e eu estava conseguindo fazer com que sua paciência se esgotasse comigo, cada vez que tínhamos uma briguinha. 

— Laur me chamou para acompanhá-la até a Inglaterra.— Coçou a cabeça e se levantou do sofá ao meu lado. — Eu preciso que você tire uns três dias de folga no café... 

— Você não está pensando em... 

— Já pensei. Você irá comigo, Camila. Sairemos amanhã pela manhã, preciso que você resolva isso logo. 

— Shawn... 

— Sem mais, Mila, por favor. — Suspirou e caminhou até o quarto com uma expressão exausta. 

Suas olheiras eram nítidas debaixo dos olhos e sua voz estava meio... esganiçada. Ele estava mesmo com uma aparência exausta. 

Caminhei até o quarto atrás do garoto com um limão de culpa travado na garganta. Fechei a porta atrás de mim e esperei até que ele se organizasse em seu lado da cama para poder dar inicio às varias desculpas que eu estava lhe devendo. 

— Eu estou me sentindo muito culpada... 

— Hoje não. 

— Me deixa explicar, Shawn. — Pedi, prendendo as lágrimas teimosas que imploravam para sair. Eu odiava vê-lo daquela forma comigo. 

— Você já explicou tudo o que tinha para explicar. Não preciso de mais nada. — Afundou o rosto no travesseiro e cobriu a cabeça com o lençol. 

Sequei as lágrimas e fechei os olhos, aceitando de uma vez sua decisão. Eu não queria continuar com aquilo dentro de mim, eu precisava falar, me abrir, me expressar de alguma forma e aquilo estava acabando comigo. 

Abri a porta do quarto e me sentei de qualquer jeito no corredor, disposta a por para fora todo aquele sentimento em forma de lágrimas e acabei adormecendo ali, naquele chão, sem nada que me protegesse do frio daquela noite.


Notas Finais


Eeee aiiiii?? Como estamoooooos??

( ͡° ͜ʖ ͡°)



~RGBS


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