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História The Judge - The Best Night


Escrita por: RGBSfics

Notas do Autor


N/AS: Essa é a hora em que vocês param tudo o que estão fazendo e vem ler TJ, nenão 🌝 Sem querer ser Felipe Neto, mas OLÁÁaAaaÁaaaaaAaaáAAÁAáa!!!!! PAKAPAKSPWKAPAKAP Capitulo novoooo haha Boa leitura ^^ Amamos vcs, filhas (os) 🌝🌝🌝😂😂😂😂😂😂😂😂😂


PS: CHUPAAAAAAAA LAUCYZINHAAAAAAAAS HEUHEUEBEUHKHEKEEKJB ALLY TARDA MAS NÃO FALHA AHAHAHA ai dsclpa, n tenho maturidade p menos

Capítulo 23 - The Best Night


Fanfic / Fanfiction The Judge - The Best Night

CAMILA'S POV 

Tudo aquilo parecia um sonho. Eu, conseguindo conversar na paz com Lauren, em Londres, no The late late Show ao vivo e na primeira fileira da platéia. Eu estava me sentindo uma puta sortuda por tais acontecimentos. 

Ao final do programa, Aaron e eu seguimos para os bastidores onde a mulher estaria nos esperando para então voltarmos ao hotel juntos. Durante todo esse intervalo de tempo em que demoramos para entrar no carro, nossos olhares se cruzaram umas 59718273001836 de vezes e eu tremia em todas as vezes que isso acontecia. Pode parecer muitíssimo clichê, coisa de filme, de novela, de livros, de fanfics, mas é serio, nossos olhares se cruzaram tantas vezes que eu já estava ficando vesga. 

— Aaron dirige. — Lauren ordenou com as mãos nos quadris e o homem arqueou uma das sobrancelhas. 

— Por que eu? 

— Porque eu estou cansada. Simples assim. — A mulher abriu a porta do motorista pra que ele entrasse, mas não o fez. 

— Por que Camila não dirige? 

— Fui reprovada no teste de direção. — Respondi a pergunta do homem e Lauren gargalhou. 

Aaron revirou os olhos e entrou no carro pelo banco do motorista, o que fez com que Jauregui comemorasse e fechasse a porta. Demos a volta no carro e a observei abrir a porta do passageiro, como pra mim era ela quem iria na frente, dei de ombros e abri a do banco de trás. 

— Eu abro a porta para você e fico no vácuo, é isso mesmo? — Ela me perguntou e eu elevei meu olhar a ela que me encarava com uma expressão de incredulidade. 

— Pode ir no banco da frente, eu não me importo de ir atrás. — Sorri brevemente e ela balançou a cabeça negativamente, discordando com a minha escolha. 

— Eu não vou no da frente, então você quer fazer o favor de entrar por aqui?

— Ou vocês entram ou fechem essa porta porque eu quero ir embora logo. — O assessor ordenou e Lauren revirou os olhos. 

— Camila?! 

— Não adianta, Jauregui — Sentei-me no banco de trás mesmo e voltei a encará-lá — Eu não vou no da frente! 

— Ok, então... — Fechou a porta do carona e deu a volta no carro, sentando-se do meu lado — Nós duas vamos no banco de trás. 

Eu nada disse. Também, iria dizer o que? Tudo o que eu deveria ter feito era ter sentado na frente e evitado aquilo de uma vez por todas. 

Aaron deu uma breve olhada para nós pelo retrovisor e eu poderia sentir o meu rosto queimar de vergonha. Agradecia aos céus por estar escuro ou eles veriam o quão vermelha eu estava diante daquela situação constrangedora. 

Seguimos o caminho para o hotel em uma conversa até que divertida. O assessor aumentara o som das músicas que tocava em uma estação qualquer no carro, fazendo com que cantássemos de vez em quando e rissemos bastante uns das caretas dos outros. 

Quando Dope começou, Lauren revirou os olhos e se arrastou do banco para o chão em uma demonstração de tédio total com a própria música e eu, é claro, me rasguei de rir com aquilo. Cantei, por incrível que fosse, a música inteira com o desprazer dela estar acompanhando pessimamente a própria música junto. 

É serio. Ela estava de birra com o próprio single e começou a cantar feito um troll rouco, bem diferente da voz maravilhosa que saia do rádio. 

— Cala a boca Laur, chegamos! Ainda bem, Deus é mais. — Falei exausta, me levantando e saindo do carro. 

— Acredite. A pior coisa, pra você que quer ser famosa... — Começou, fazendo o mesmo que eu e batendo a porta traseira do carro. — é você ouvir sua própria música sendo tocada. Tanto em rádios, como em CDs... Arght. 

— Eu não acho. Acho que vou ficar feliz por estarem tocando a minha música, porque afinal ela é minha  sou eu quem estou cantando ali... 

— Óbvio né. — Lauren fez uma cara óbvia e Aaron gargalhou. 

— Ah, cala essa boca. — Ordenei e o assessor seguiu o seu caminho até o elevador do estacionamento do hotel. — Aaron, onde você vai? 

— Dormir, oras. Amanhã temos um voo pela manhã, esqueceu? — Apontou para o relógio de pulso e eu dei de ombros. 

Eu sabia que também tinha que ir, mas não queria que aquela noite acabasse assim. Tinha sido o melhor dia de todos desde que havíamos chegado e eu queria prolongá-lo ao máximo. 

— Então... boa noite. — Ela desejou e eu concordei. 

— Boa noite. — Sussurrei com um sorrisinho simpático e segui até o mesmo elevador em que Aaron havia se enfiado segundos atrás. 

— Hey, senhorita quase legal?! 

Meus pés pararam no momento em que eu havia ouvido sua voz e giraram nos calcanhares, sem que eu os permitisse. 

— Então, é... — A mulher coçou a nuca e eu arqueei uma das sobrancelhas, me perguntando por que diabos ela estava agindo daquela forma tão... diferente. — Quer dar um volta? Sei lá, Londres é bonita demais para se ficar dentro de um quarto de hotel. 

— Ta chamando a namorada do seu melhor amigo pra sair, sua safada? — Perguntei com as mãos nos quadris e ela continuou me encarando, como se não acreditasse que eu estava mesmo perguntando aquilo. 

— Ham? Que? — Seus olhos, agora em um tom de azuis esverdeados, se arregalaram e eu ri do seu desespero. — Não... É que... Ah! 

— Tudo bem, é brincadeira. — Relaxei os ombros e voltei até onde estava antes. 

Seguimos novamente para fora do prédio, para mais um tour pela cidade, e eu agradeci a tudo que era mais sagrado por ter me dado mais uma chance de fechar o meu ultimo dia na Inglaterra com chave de ouro. 

Quer dizer, Deus queira que fosse desse jeito. 


LAUREN'S POV 

— ... Mas é serio, eu estava nervosa por você. Acho que teria morrido só de ter entrado naquele palco e visto o James Corden tão... 

— Viado...? 

— James Corden. — A garota finalizou e eu gargalhei alto, agradecendo por só ter a gente naquela rua enorme. — Você foi incrível, estava linda, segura, simplesmente arrasadora. 

— Poxa, obrigada. — Ri sem humor, sem saber como lidar com todos aqueles elogios repentinos da menina. 

Só de termos andado uns quinze minutos sem rumo, foi o suficiente para Cabello ter dado toda a sua opinião sobre o programa. Eu não estava muito afim, não queria saber de programa, nem das perguntas que me fizeram e tampouco se James Corden era cheiroso e fofinho. Quando eu estava lá, eu só queria ir embora e agora que eu já estava aqui, queria aproveitar mais a ultima noite que nos restava, mas parecia que ela não estava entendendo... 

Enfim, esses quinze minutos se resumiram nela falando pelos cotovelos e eu apenas concordando com tudo, como se estivesse mega interessada naquilo. 

— Olha, um Pub com música ao vivo! — A garota exclamou, dando alguns pulinhos de alegria e eu estreitei ainda mais o meu olhar para o lugar. — Vamos? 

Dei de ombros, passando uma visão de 360 graus pelo lugar, e só depois de me certificar de que não havia nenhum fã e/ou paparazzis por perto, atravessamos a rua seguimos nossos passos até lá. 

— MEU DEUS EU AMO ESSA MÚSICA!!! — Camila gritou, me assustando um pouco, e eu cruzei os braços sem acreditar que ela estava dançando no meio de todo mundo ali. — ...If I could fall into the sky, do you think time would pass me by? 'Cause you know I'd walk a thousand miles, If I could just see you... — Apontou uma das mãos para mim, em formato de "microfone" e terminou — Tonight! 

A garota deu um sorriso maior do que o que os seus lábios eram capazes de mostrar e eu sorri junto. Cara, aquilo estava estranho pra caralho. Em dois dias eu jamais me imaginaria em uma situação daquela com ela. Riria da pessoa que previsse isso e diria que ela estava completamente maluca. 

Os seus cabelos dançavam ao vento, conforme ela se movia e o seu olhar era o mais puro de todos ali. Era o que mais brilhava, era o que mais dava gosto de observar e eu poderia passar séculos e séculos a vendo feliz daquela forma. Eu gostava de ver as pessoas felizes, mesmo que eu tivesse infeliz. 

— Ei, o casalzinho tímido ai! — Me despertei dos meus pensamentos e encarei o homem que falava ao microfone. — Dancem também. 

(N/AS: coloquem "La Vie En Rose"  para tocar, se preferirem. =] ) 

Observei todo o local e todas as pessoas mantinham os seus olhares fixos em mim e em Camila. A garota uniu as mãos na frente do corpo, envergonhada, e eu não sabia o que fazer e nem onde enfiava a minha cara. 

— Por que todo mundo insiste que somos um casal? — Sussurrei para a garota e a puxei pela cintura, começando uma dança lenta conforme a música era tocada e deslizando as mãos, sem querer, para a sua bunda. 

— Deve ser porque você não dá um minuto de paz para a minha bunda. — Abri a boca incrédula e senti suas mãos colocarem as minhas de volta em sua cintura. 

— O que? Mas eu nem... 

— Cale a boca, Lauren. Sinta a música. — A latina me interrompeu e apoiou o queixo em um dos meus ombros. 

Hold me close and hold me fast 
( Abrace-me forte e abrace-me rápido ) 

The magic spell you cast 
( O feitiço mágico que você lança ) 

This is La vie en rose 
( Essa é a vida em cor-de-rosa ) 

— Aaaah, tá de brincadeira mesmo?! —  Bufei revirando os olhos e desistindo daquilo. — Que música escrota. 

— Não sabe conduzir uma dama, Jauregui? — A garota provocou me encarando e eu a puxei para mais perto, dessa vez, voltando aos mesmos movimentos de antes. 

Apertei as mãos entre as curvas dos seus quadris e senti as suas envolverem o meu pescoço, fazendo com que ficássemos com os corpos colados. 

Era possível sentir o cheiro do seu perfume com ainda mais intensidade daquela forma. A fragrância adocicada penetrava em minha alma e se misturava com o cheiro gostoso dos seus cabelos. 

A abracei ainda mais forte e fechei os olhos aproveitando o vento gelado que batia em nossa pele. 

And when you speak...angels sing from above 
( E quando você fala... Anjos cantam de cima ) 

Everyday words seems...to turn into love songs 
( As palavras banais parecem... Transformar-se em canções de amor ) 

Com malicia, escorreguei novamente uma das minhas mãos até a sua bunda e sorri ao que a garota levantou-a novamente até sua cintura. 

— Se empolga não, Lauren. 

— O que foi que eu fiz agora? — Perguntei cínica, mas ela ignorou totalmente. 

Give your heart and soul to me 
( Dê seu coração e alma para mim ) 

And life will always be 
( E a vida sempre será ) 

La vie en rose 
( A vida em cor-de-rosa ) 

— Entrega tu corazón y el alma para mí y la vida será siempre la vida en color rosa. 

— O quê? — A garota perguntou com o cenho franzido, se afastando totalmente de mim e eu joguei a cabeça para trás, gargalhando alto. 

— É a música em espanhol, garota! — Cocei a nuca um pouco sem graça pela brincadeira. Brincadeira essa que me arrependi de ter feito. 

Quando me virei para trás, a maioria das pessoas ali presente estavam nos aplaudindo de pé e fazendo a maior algazarra por um motivo desconhecido, pelo menos para mim. 

Ou não, já que eu era a Lauren Jaure... 

— O melhor casal que vocês respeitam! — O homem que havia acabado de cantar disse ao microfone e começou a bater palmas junto às pessoas. 

— Mas que droga, não somos um casal... 

— Laur, vamos embora. — Camila me interrompeu extremamente vermelha e me puxou pelo braço, para longe dali. — Quem te vê assim até pensa que ficou "boladona".

— Mas eu fiquei. Não posso mais dançar com a namorada do meu amigo? Você é praticamente minha cunhada. — revirei os olhos e Cabello gargalhou, sem acreditar na minha ceninha falsa. 

— Sei... — A garota me soltou e voltou a andar normalmente ao que fazíamos o caminho de volta. 

— É serio! 

— Tá bom. — Deu de ombros e eu diminui os passos com as mãos nos bolsos, observando cada movimento que a garota fazia na parte traseira de seu corpo. 

Realmente, o corpo da menina era de se invejar. De todas as mulheres do mundo em que eu já fiquei, nenhuma tinha um corpo tão gostoso como aquele. Shawn tinha uma sorte da porra e eu odiava ter que admitir aquilo vinte e quatro horas do meu dia... 

— Sabe, até que você é legal quando não está tentando me comer ou me beijar. — A garota olhou para trás com um sorriso esperto e eu a acompanhei. 

— Você gosta. 

Paramos repentinamente no escuro da mesma rua em que fizemos o trajeto de ida e nos encaramos. Não sei por que, mas na hora me bateu uma vontade de rir do que eu tinha acabado de dizer e logo o fiz ao ouvir a gargalhada escandalosa da latina tomar todo aquele silencio do lugar. 

— Eu não devia fazer Isso, mas, Lauren... 

— Eu estou com uma vontade filha da puta de beijar você agora. — A frase escapou dentre os meus lábios e a garota afastou carinhosamente uma mecha de cabelo que caia sobre os meus olhos. 

Fechei os olhos involuntariamente e senti os seus lábios tocarem os meus de forma serena, mas com bastante habilidade. Seus toques suaves me arrepiavam levemente, conforme entrava em contato com a minha pele e por mais que eu soubesse que aquilo estava realmente acontecendo, ainda não acreditava cem por cento naquilo. 

Suas mãos se espalmaram uma de cada lado do meu rosto e eu a segurei pela cintura, guiando-a alguns passos para trás até que encostasse suas costas na parede. 

Suguei o seu lábio inferior com força, puxando-o em seguida e sorri com aquele ato, aceitando novamente que sua língua explorasse a minha boca com volúpia. 

Puxei ainda mais o seu corpo contra o meu em um ato possessivo e ouvi a garota arfar, voltando a me beijar com mais urgência. Suguei sua língua com maestria e senti seu corpo se enrijecer entre o meu e a parede, conforme arranhava o meu pescoço com suas unhas enormes. 

Era a primeira vez, desde que nos conhecíamos, que nos beijávamos daquela forma. De todos os momentos em que eu ansiei beijar aquela boca, nunca imaginei que esse dia chegaria e muito menos que isso seria prazeroso para ela. Eu tinha certeza que de todas as outras vezes que fizemos isso ela havia gostado, mas agora era diferente. Era oficial e era o nosso primeiro beijo de verdade. 

Eu poderia soltar fogos de artifício pela boca por ter conseguido atingir a minha tão esperada primeira meta de pegar Camila. 

Sim, eu tinha uma lista de metas ao que envolvia a ela. 

— Nossa... nada mal, Jauregui. — Cabello pronunciou, ajeitando a roupa amassada e eu abri a boca incrédula. 

— Nada mal, Cabello? 

— Até que você não beija mal. 

— Eu achei que já soubesse disso. — Arqueei uma das sobrancelhas e ela voltou a andar, agora no meio do asfalto sem carros em movimento. 

— E eu achei que só soubesse beijar as pessoas a força. — Disse ainda mantendo o foco a sua frente e eu gargalhei baixo, ainda sem dizer nada. Joguei um dos meus braços por cima dos seus ombros e apertamos o passo ao que já avistávamos o hotel em que estávamos hospedadas. — Depois de tantas famosas, ainda tem vontade de beijar pessoas normais? 

— O quê? 

— Sei lá... lembro dos boatos de você com pelo menos... — Pensou por alguns minutos — Zara, Demi e Cara. 

— Te garanto que a Dua foi a melhor quem peguei. 

— O QUÊ? Os boatos são verdadeiros então? 

— Depende de quais. — Disfarcei mexendo em meu nariz com a mão livre e rodando o piercing como eu sempre fazia. 

— Me conta isso ai! 

— Um dia eu te conto sobre cada uma delas. 

— Foram várias? — A garota franziu o cenho e eu concordei, sorrindo com esperteza. — Quem? 

— Um dia, Camz. Agora pretendo pegar uma só e você sabe quem. 

— Não estou entendendo! — Parou de repente e me encarou com uma falsa expressão de ódio. — Isso aqui foi apenas um ato de caridade. Não vai acontecer outra vez. 

— Já é a milésima vez que você me fala isso, mas sempre mostra que quer o contrário. 

— Vá se foder, Jauregui. 

— Eu vou, mas com você um dia, eu pretendo. — Voltei a colocar as mãos no bolso novamente e continuei. — Só estou esperando você ficar famosa para completar minha lista. 

— E você tem uma lista? 

E — frisei a palavra — você está nela. 

Atravessamos a rua e adentramos o prédio vazio e silencioso. Chamei o elevador e o mesmo abriu as portas imediatamente, me fazendo comemorar por estar a menos de um minuto para me estirar em cima da cama do meu quarto. 

— Então quer dizer que você tem uma lista e coloca todas as pessoas sobre quem você é perdidamente apaixonada, nela? — Camila perguntou apertando os botões de nosso respectivo andar e eu estalei a língua. 
— Claro q não! — Me apressei em dizer e a garota me olhou confusa. — Digo, tenho uma lista sim, mas eu não me apaixono. 

— Como assim? Todo mundo se apaixona, pelo menos uma vez na vida. — A latina revirou os olhos.

— Eu não. 

— Por quê? 

— Sou Jesus Cristo em corpo de uma mulher. — Falei galanteadora, fazendo-a rir por alguns segundos e então parou. 

— Hum... deixa eu pensar... — Mordi meu lábio inferior e esperei para ver o que ela iria dizer, dessa vez. — Já foi magoada? 

— Ham... No! 

— Então... 

— Não acha que já está querendo saber demais por hoje não? — Perguntei a interrompendo e depositei um beijo na ponta do seu nariz. — Boa noite, Camz. 

Dizendo isso, marchei vagarosamente até a porta do meu quarto e a abri, dando uma ultima olhada na mulher que continuava a me observar enquanto tentava abrir sua porta, com dificuldade. 


CAMILA'S POV 

— Jane, eu a beijei! Quer dizer, nós nos beijamos e eu não achei aquilo ruim, muito pelo contrário... — Me joguei na cama apenas de roupão, após sair do banho, e mudei o celular de ouvido. — Foi bom! 

— É ASSIM QUE SE FALA CARALHO, ASSUME QUE GOSTA DA COISA! BEM VINDA AO VALE DOS HOMOSSEXUAIS, ORGULHO DEFINE... 

— China, mas eu tenho um namo... 

— SE VOCÊ FALAR DE SHAWN AGORA EU JURO, MAS EU JURO PELA MINHA MÃE MORTINHA DEBAIXO DO TREM QUE EU DOU TRÊS TAPAS NESSA SUA FUÇA SONSA PELO CELULAR MESMO. 

— Credo Dinah! Tem como deixar a sua mãe fora dessa? — Falei gargalhando e a mulher riu do outro lado da linha. 

— Mas ela já morreu mesmo, Chancho, não tem problema. Ou você quer que eu jure pela sua? 

A minha mãe! 

Faltavam apenas dois dias para a minha familia ser despejada de casa e eu estava aonde? Aproveitando uma puta de uma viajem cara com Lauren, em outro continente, como se nada estivesse acontecendo. 

Aquele tinha sido o melhor dia de todos os que eu passei aqui em Londres, mas também seria a pior noite por estar me sentindo completamente culpada por não me preocupar o suficiente com o bem estar deles. 

— Alô? Recém-sapatão? Câmbio? 

— Dinah... Amanhã a gente conversa, ok? — Apertei os olhos numa luta imensa para não desabar ali mesmo, e desliguei a ligação. 

Joguei o celular de lado e puxei as cobertas para que cobrissem as minhas pernas, olhei para o lado de fora da janela e observei a noite maravilhosa que aquela cidade me proporcionava.  

Dois dias e eu não sabia o que fazer. 

Dois dias que mais pareciam dois longos minutos e eu não fazia a minima ideia do que iria fazer. 



No outro dia de manhã, nas exatas sete horas, desci as escadarias do hotel e caminhei a pé até uma Starbucks próxima que ficava a uma quadra de onde eu estava instalada. Não comprei nada além de alguns simples muffins e voltei, só o fato de passar aproximadamente uns dez minutos na rua já me tinha sido mais do que suficiente para espairecer a mente. 

Às dez era o voo de volta para New York, sairiamos às nove e meia, às nove eu me arrumaria... significava que eu tinha um pouco mais de uma hora para ensaiar a música da próxima audição. 

Respirei fundo e coloquei a caneta e o papel com a letra escrita no chão, sentando em seguida com as pernas cruzadas. 

— Anytime you need a friend, I will be here. — Comecei pelo refrão, que estava sendo a parte mais difícil até o momento, e peguei a folha do chão. — ...Even if you're miles away, I'm by your side. So don't you ever be lonely... — Respirei fundo e li a frase que eu entraria com o agudo, antes de tentar cantar. — Love will make it alright... Droga! 

Tentei a última frase novamente e nada. Tentei pela terceira vez e a vontade que eu tinha era de me atirar daquela janela, tentar o agudo gritando com a queda quando eu me espatifasse lá em baixo. 

Amassei o papel em minhas mãos e o joguei longe. Respirei fundo novamente, fechei os olhos e contei até dez silenciosamente. Olhei para a porta entreaberta do quarto e me certifiquei de que não havia ninguém observando a minha derrota antes dela ser oficializada no palco do programa. 

Caminhei de costas às cegas até a cama e me sentei ali, olhando a cidade pela janela e tomando coragem para tentar aquela maldita frase novamente. 

— So don't you ever be lonely, love will make it alright... Arght, horrível, Camila!!! — Respondi a mim mesma e mordi o meu lábio inferior com força, pensando em um jeito de recomeçar aquilo de uma melhor forma. — Love will make it alright... 

— Você precisa relaxar, Camila. — Me assustei com a voz de Lauren atrás de mim e me virei imediatamente para trás, me perguntando mentalmente o que diabos ela estava fazendo no meu quarto. — Desculpa, ía descer para tomar café, mas sua dificuldade me chamou atenção. 

— Não dá pra relaxar, Lauren. Simplesmente... não dá! — Bufei frustrada e a observei cruzar os braços na altura dos seios, me encarando. 

— Mas se você não relaxar, não irá conseguir atingir a nota que você quer. Você está tensa demais, dá pra sentir isso na sua voz. — Ela descruzou os braços e começou a gesticular conforme as palavras saiam da sua boca. — Pra começar, você está fazendo errado ao respirar no meio da frase. 

— Vem cá, não se mete, ok. — Umedeci os lábios e a encarei nos olhos — Eu sei o que eu estou fazendo, não preciso da sua opinião sobre o que eu devo ou não fazer na hora de atingir a minha nota. 

Àquela hora eu estava fumaçando de tão irritada. Não aceitaria MESMO a opinião dela e de quem quer que fosse se meter nos meus assuntos. Não era só porque ela cantava bem que entendia de música o suficiente para me dar lição de moral. 

— Tudo bem — A mulher levantou as mãos em rendição e finalizou — Só queria ajudar. 

Revirei os olhos, ao seguir seus passos com o olhar e me levantei da cama assim que sua imagem desapareceu porta a fora. Apertei os meus cabelos com os olhos fechados e senti a dor aguda tomar conta de toda a minha cabeça, fazendo com que os meus olhos marejassem não de dor, mas de uma preocupação que parecia nunca chegar ao fim. 



Logo após tomar um analgésico para a dor, me despi e entrei debaixo da água fria do chuveiro, deixando que a mesma batesse diretamente em toda a região da cabeça e me causasse uma sensação relaxante. 

..."Eu estou com uma vontade filha da puta de beijar você agora."

Fechei os olhos e passei as mãos no rosto na intenção de afastar aquela frase da minha cabeça, mas tudo o que eu consegui, foi sentir todos os toques dela em várias regiões do meu corpo, como se eu ainda estivesse vivendo aquele momento. 

Eu sentia a necessidade de tocá-lá. Por um segundo, vi o meu corpo ardendo em abstinência por um beijo dela, mas sabia que por mais que ela tentasse várias vezes, não estava disposta a começar aquilo sozinha. 

Precisava tocá-la. 

Minhas mãos formataram o seu rosto com delicadeza, enquanto a mulher me segurava pela cintura e me guiava até uma parede atrás de nós que eu nem sabia que existia. Senti seus lábios puxarem os meus com urgência e não hesitei em pedir passagem novamente com a lingua, para iniciar um novo beijo, mais intenso do que o anterior. 

Senti minhas mãos passearem pelo meu corpo conforme as lembranças invadiam o meu pensamento, mas me mantive com os olhos fechados, permitindo ainda mais que a noite anterior se fizesse presente dentro daquele banheiro. 

Lauren puxou o meu corpo contra o seu, de forma agressiva e eu não pude segurar a lufada de ar que saira involuntariamente dentre os meus labios. Eu voltei a beijar a mulher outra vez e desejava aquilo mais do que qualquer coisa naquele momento. 

Enrijeci o meu corpo no canto do box e abri os olhos com o impacto do meu corpo no chão. Sorri incrédula comigo mesma e me levantei dali, me achando uma completa besta por estar pensando pela milésima vez naquele beijo. 

Terminei o meu banho e me vesti, penteando os meus cabelos de qualquer maneira na penteadeira do quarto e calçando o meu tênis surrado que eu já nem ligava mais se estava apresentável ou não. Guardei tudo o que estava fora da mala e a carreguei para fora dali, agradecendo mentalmente por estar voltando à minha rotina normal em NY, onde eu mataria a saudade das minhas melhores amigas e arrumaria um jeito do Shawn me ajudar com a história da minha familia. 

Eu não precisaria ficar preocupada, pelo menos por enquanto. 

Me encontrei com Lauren e Aaron no hall do prédio, e de lá, pegamos um táxi que nos levaria até o mesmo aeroporto do qual viemos. 

Em momento algum a garota trocou uma palavra se quer comigo, e eu também não tinha coragem para tal ato. Seria muita bipolaridade da minha parte chegar nela e engatar um assunto como se nada tivesse acontecido? 

— Eles vão levar nossas malas até o devido lugar. Aqui estão as passagens de vocês... — O acessor disse, nos entregando os papéis e eu concordei. — São poltronas vizinhas. Não tive como pedir um avião restrito, portanto, quando comprei, só tinham essas no meio e mais uma no fundo. Caso queiram trocar comigo... 

— Não, Aaron. Não há necessidade. — Disse Lauren checando os documentos nas mãos.  

Agradeci aos céus por só haver pessoas de meia idade e mães com crianças de colo junto aos seus maridos para embarcar. Nenhum adolescente maluco, nenhuma criança Jaureguy... tudo certo. Não haveríamos problemas durante a viajem. 

Ensaiei algumas palavras para me desculpar, mas nenhuma me parecia boa o suficiente para aquilo. Encarei a mulher e me aproximei dela na intenção de começar aquilo o mais rápido possível para terminar o mais rápido também. 

— Laur... Me desculpa por hoje mais cedo. Eu estava com a cabeça cheia e irritada. Não queria agir daquela forma contigo. — Pedi meio sem graça e senti o peso do seu olhar sobre mim no mesmo instante. 

— Tudo bem. — A mulher sorriu simpática e deu de ombros, selando os seus lábios nos meus de uma maneira rápida. Deu o seu melhor meio riso, e seguiu para a fila, onde varias pessoas aguardavam para entrar. 

Ham? Por mais que eu tenha gostado daquela iniciativa repentina, estava difícil processar aquele beijo. Era um selinho, ok. Mas ainda era um beijo e a ficha ainda não havia caido. 

Subimos na aeronave, com mais da metade dos passageiros sentados em seus lugares, e nos despedimos de Aaron, que seguiu a procura da sua respectiva numeração. Lauren se acomodou em sua poltrona e eu fiz o mesmo, pondo o meu casaco em minhas pernas, pois sabia que sentiria frio ao longo da viagem. 

Não sei por quanto tempo eu passei ali, olhando para o nada, enquanto ela observava a visão maravilhosa que a janela nos proporcionava, mas repousei minha cabeça em seu ombro e deixei que o sono me vencesse aos poucos, conforme decolávamos. 

Senti a mulher colocar um casaco sobre os meus braços tempos depois, para me proteger do frio e, em seguida, um outro sobre os dela. Abri os olhos e vi que ela também estava prestes a cair no sono e não estava afim de atrapalhar aquilo. Voltei a repousar a cabeça sobre ela e não demorei a dormir ali novamente. 


Notas Finais


Eee aiiii ??? Como estamoos????

:D

~RGBS


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