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História The Kids Are Alright - AU Drarry mpreg - New Beginnings


Escrita por: nyymeria

Notas do Autor


HEY LITTLE BERRIES!

Avisinhos:

1 - Essa fic vai ter uma att mais demorada, pois, eu tenho mais outras duas fics e vou dar prioridade a elas. Mas não se preocupem, não vai ser nada anormal de demorado.

2 - Se divirtam tanto quando eu me divirto escrevendo.

All the love 💕

Capítulo 1 - New Beginnings


James sabia que quando seu pai pedia que ele e seus irmãos se reunissem na sala para conversarem, significava duas coisas: Bronca coletiva ou algo muito importante prestes a acontecer.  

Por incrível que pareça, James estava torcendo para que fosse bronca. Mesmo que ele não conseguisse se lembrar de nada que ele, Lily e Albus tenha aprontado na última semana. Talvez, tenha sido Lily e ele, juntamente com o irmão do meio, levaria a bronca por não estarem atentos as travessuras da caçula. Ele realmente torcia para que fosse.  

Seus irmãos já estavam sentados no sofá esperando por Harry. James se sentou ao lado dos mais novos, Lily imediatamente escalando seu colo, deitando a cabeça em seu peito. Ambos ainda estavam de pijamas, coisa rotineira na casa dos Potter nessas últimas semanas.  

Ninguém os perturbava para ir para escola, nem trocar de roupas ou pentear o cabelo. Eles podiam assistir TV o dia inteiro e comer tudo o que desejarem. É o que acontece quando a sua mãe morre de câncer, os deixando órfãos.  

Tudo começou há um ano atrás, quando descobriram que as dores de cabeça de Ginny não era apenas enxaquecas por stress. Era algo muito maior que a consumiu durante todos aqueles longos meses. As crianças viram seus pais darem o melhor de si para parecer que tudo ia ficar bem novamente, mesmo quando ficou óbvio que nada mais seria como antes.  

Nos últimos dois meses, a casa era um corre-corre de pessoas diversas para ficar de babá dos três, juntando com o fato de nunca mais verem seu pai sorrindo como antes. Ele sempre estava suspirando, chorando escondido e com bolsas enormes embaixo dos olhos. Nem os beijos mágicos da fada Lily ajudavam papai ficar mais brilhante como sempre.  

E então havia se tornado rotineiro Harry reunir os três na sala para falar as novidades.  

''Mamãe está doente" 

"Mamãe vai morar no hospital por uns meses." 

"Mamãe não vai poder voltar."  

O Harry de hoje estava com a aparência muito melhor. As bolsas nos olhos diminuídas, parecia muito mais descansado. O brilho em seu rosto indicava que não ia dar nenhuma bronca, o que James deduziu que seria uma novidade. Uma novidade boa, se levar em consideração quando seu pai juntou as mãos fazendo barulho para anunciar que: 

- Nós vamos nos mudar para uma fazenda! - Harry vibrou. 

- O que?! - Albus e James disseram de uma vez. Não entendo a empolgação no rosto do pai. 

- Nós vamos nos mudar para uma fazenda. - Repetiu, se sentando em frente aos filhos que o olhavam com o rosto misturado em indignação e surpresa.  

- Não tem chance alguma de eu me mudar para uma fazenda! - James reclamou, segurando Lily sentada em seu colo.  

- Vai ser legal! Nós vamos cuidar dos animais, viver um pouco longe da cidade e do caos, vai ser bom pra respiração do Albus e um espaço enorme para vocês brincarem. - Explicou, tentando demonstrar o quanto aquela mudança era empolgante.  

- Coelhos? - Perguntou Lily e Harry acenou a cabeça freneticamente. - Então eu quero ir!  

- Yeah! - Gritou, segurando a garotinha que pulou com força do colo do irmão para os braços do pai.  

Albus e James se encolheram no sofá. O mais velho sabia que o pai iria inventar algo do tipo. Ainda mais agora que seus tios, Ron e Hermione se mudaram para Austrália, levando seus primos. Ele não aguentaria ficar no mesmo bairro sem a sua família.  

- Vamos lá, rapazes! Vai ser ótimo! - Harry tentou, sacudindo o joelho de Albus que não havia falado nada até então. O garoto deu um sorriso fraco para o pai.  

- E a nossa escola? - James insistiu. 

- Vocês vão para uma nova. Você mesmo disse que queria mudar, que odiava o seu colégio. - Seu filho fez uma careta.  

- E Teddy? Como ele vai ficar precisando ir até tão longe para nos ver?  

- Eu tenho certeza de que alguns quilômetros não vão impedir Teddy de vir até a nossa casa, James. - Disse, arrumando o rabo de cavalo de Lily.  

- Quem vai cuidar da Lily? A casa do vovô e da vovó é na rua abaixo da nossa! - Os olhos de Albus caíram sobre o irmão. Porque ele tinha que ser tão teimoso?  

- Lily vai junto com vocês para a escola. O jardim-de-infância fica no mesmo prédio. Não é ótimo?  

- Não. - James respondeu irritado. Albus tossiu um pouco, ganhando um olhar atento do pai.  

- Já está decidido, James. Nós vamos. - Harry respondeu, mais firme dessa vez.  

- Bom saber que a nossa família não é uma democracia! - Reclamou.  

- Você não vai precisar mais dividir o quarto com seu irmão. - Sorriu 

- JUSTIÇA! - Albus gritou. 

- Vou começar a empacotar as minhas coisas agora mesmo. - Respondeu James, correndo da sala para escada acima indo para o quarto. O irmão mais novo em seu encalço.  

- Vencemos de novo!  

Lily riu, levantando a mão para aceitar o highfive do pai.  

-x- 

A primeira coisa que as crianças quiseram ver quando colocaram os pés para fora do carro, foram os animais. Até mesmo James que passou a viagem inteira mal-humorado, alheio em seus fones de ouvido, correu até o estábulo para cumprimentar os cavalos. Lily soltava gritos estridentes com os bichos de menor porte, e quando se deram por si, a criança já estava segurando uma galinha nos braços.  

O caseiro cumprimentou Harry animado, dizendo que fazia muito tempo que não via tanta gente no lugar e que estava realmente feliz em ajudá-lo a cuidar dos animais. O rapaz quase chorou ao abraçar o homem, ele estava pensando em como iria cuidar de 3 crianças e dos bichos ao mesmo tempo.  

Era mais um sítio do que realmente uma fazenda, para ser sincero. Dois cavalos, uma cabritinha, uma vaca, algumas galinhas e um casal de coelhos. O e-mail que anunciava a venda estava guardado na caixa de entrada do computador de Harry desde que o médico disse que o estado de Ginny era inoperável. Ele tinha planejado levá-la para ter seus últimos dias em um lugar calmo e silencioso, mas não deu tempo.  

Dias após o funeral, o e-mail estava lá para ser jogado na lixeira ou ser respondido. Foi Ron que convenceu Harry de pegar as crianças e comprar a casa, mudar faria bem a eles. Aquela família já havia sofrido o suficiente e precisavam de algo novo em suas vidas.  

O que já dava para se ver, pelo sorriso dos três descobrindo o quintal, os animais e o restante da casa. James até mesmo ajudou Harry com as caixas, sem reclamar nenhuma vez. Albus tomou conta de Lily enquanto os dois arrumavam a casa que seria o novo lar dos quatro.  

Eles comeram pizza no jantar, porque a pizzaria era a única coisa aberta no pequeno centro da cidade que se dava para comprar comida. A hora do banho e a hora de dormir foi praticamente um milagre, as três crianças estavam tão cansadas que aceitaram o pedido do pai para irem se deitar, sem nenhuma reclamação ou choro.  

Harry suspirou ao tirar os óculos, se deitando em sua cama larga de casal. Era essa hora do dia que ele se lembrava de Ginny e costumava pensar em como ele lidaria com tudo sozinho. Seus filhos eram ótimos, mas a diferença de idade queria cuidados e situações diferentes. James tinha 13, no inicio da sua adolescência, se irritava com tudo e todos, estava sempre pronto para reclamar de algo e se negava a demonstrar a sua doçura escondida por pura rebeldia. Albus, com 10 anos, era o garoto mais doce que Harry conhecia, lembrava um pouco de si mesmo na infância. Tinha suas malcriações mas nada que um pouco de conversa não ajudasse, além da sua condição com a asma que o privava de algumas atividades físicas, as crises de Abus eram um pouco aterrorizantes, fazendo com que Harry estivesse sempre atento. E por último, Lily com 4, a caçula da família, Harry precisava fazer com que ela não sofresse os impactos de tudo que estava acontecendo e isso não afetasse as melhores lembranças da sua infância.  

Como todos esses pensamentos e planos para o futuro, Harry conseguiu dormir rapidamente. Para ser sincero, a primeira vez que realmente conseguia dormir sem ter medo das noticias do dia seguinte.  

-x-  

Primeiros dias são sempre confusos. Ainda mais quando se tem três crianças pedindo coisas diferentes ao mesmo tempo.  

- Pai! A Lily não quer colocar o vestido que você escolheu. - Disse o garoto, arrastando a irmã chorosa pelo braço que usava asas coloridas, um tutu e sapatilhas de ballet.  

- Albus, ela não pode ir vestida de fada pra escola. Ô PAI! - James gritou logo atrás, com a mochila nas costas, para encontrar o pai na cozinha preparando o lanche.  

- Não precisa gritar meu filho, eu estou no mesmo cômodo que você. - Respondeu, pegando Lily no colo para que parasse de chorar. - Shh, tudo bem, pode ir fantasiada hoje. Mas só hoje ok?  

- Eu não como carne. - Albus reclamou olhando para o sanduíche dentro do saco de papel.  

- Desde quando? - Harry perguntou, enquanto prendias os longos fios ruivos de Lily e ajeitava sua fantasia.  

- Desde hoje, ué. Nós temos uma vaca pai, você a mataria para comer? - Aquilo atingiu Harry de certa forma, mas veja bem, eles estavam atrasados, o ônibus iria passar logo. Não tinha tempo para discutir vegetarianismo com seu filho de 10 anos.  

- Não a mataria, mas por favor, você pode voltar a ser vegetariano amanhã? Você precisa ir para aula, agora. - Respondeu, fazendo o garoto bufar.  

Uma buzina alta indicou que o ônibus escolar já estava pronto para levar os três Potter até o colégio. Harry, beijou os três, e explicou pela quinta vez a Lily como seria o jardim-de-infância e em como ela se divertiria com os novos amigos.  

- James, você deixa ela dentro da sala ok? - Pediu para o mais velho.  

- Tá, tá. Você já disse isso umas dez vezes. - Reclamou, pegando na mão da irmã. 

- E vou dizer mais dez, se precisar! Albus-- 

- Sim. Não vou correr, vou descansar se meu peito fazer barulho. Eu já sei, papai. Vai dar tudo certo. - O do meio abraçou o pai, torcendo para que isso o tranquilizasse.  

Harry observou os filhos entrarem no ônibus, as mãos acenando para ele da janela.  

- Espera!  

O garotinho de cabelos quase brancos, corria com a mochila nas costas, maior que ele, pela calçada tentando alcançar o ônibus que estava quase saindo, se não fosse Harry batendo na lataria amarela fazendo o motorista frear o automóvel.  

- Tem mais um. - Ele disse sorrindo. 

- O-Obrigado! - Gaguejou arfando e subindo no ônibus com ajuda de Harry.  

- Tudo bem, tenha uma boa aula. - Sorriu para as bochechas grandes e vermelhas do garotinho.  

Ele deve ter a mesma idade de Albus, pensou com ele mesmo. Era bom saber que eles tinham vizinhos com crianças. Ele olhou até o fim da calçada, tentando enxergar a mãe ou o pai do garotinho, mas não tinha ninguém. Investigaria depois.  

Verificou seu relógio, agora ele quem estava atrasado.  

Tudo bem, primeiros dias são sempre confusos. 

-x- 

- Pai? Pai, a Lily não para de chorar. Eu não consigo deixar ela e ir para minha sala!  

Harry precisou correr para retornar do caminho até a redação para ir até o colégio das crianças, porque sua bebê mais nova entrou em pânico ao perceber que ficaria sozinha o dia todo sem o pai e os irmãos.  

Ele deveria ter adivinhado que isso aconteceria. Lily nunca havia ficado com ninguém além dos tios e avós. Era sua primeira vez com estranhos.  

Ao chegar na pequena sala, Lily estava sendo embalada pela professora loura de cabelos longos com enfeites. Luna, era o seu nome. Ela sorriu docemente e explicou que sua filha estava mais calma, mas ainda chamava por ele pedindo imediatamente se Harry poderia passar o primeiro dia com a criança.  

E foi assim que passaram o dia montando castelos de lego, desenhando arco-íris e aprendendo músicas novas que não sairiam da cabeça de Harry tão cedo. Assim como as tatuagens de canetinha permanente em seu braço.  

No fim do dia, os três não precisaram voltar para escola de ônibus, uma vez que o pai estava no colégio por conta de Lily, que estava muito mais feliz do que no inicio do dia, até mesmo se esquecendo do pai em alguns momentos, fazendo amizade novas com as outras crianças.  

- Como foi o primeiro dia?! - Perguntou animado.  

James murmurou algo que Harry entendeu como um "ok" e Albus tossiu forte, disfarçando o chiado que seu peito fez ao fazer isso. 

- Albus estava correndo no pátio, pouco antes de você chegar. - Dedurou o irmão. 

- JAMES! - Berrou o mais novo. 

- Papai vai descobrir de qualquer jeito, olha só como você está respirando!  

- Ei, ei, chega. Está tudo bem, Albus. Logo estaremos em casa e você toma a sua medicação, não se preocupe e James, para de entregar seu irmão, tá bom? - Harry disse cansado, mantendo o olhar na estrada e em Albus atrás dele.  

Diferente do dia anterior, a hora do banho, jantar e cama não foi fácil. Lily demorou para adormecer e James teimava em querer ver um filme de terror na televisão. Um show de relâmpagos e trovões anunciava que a noite seria de tempestade. Dentro de casa a tempestade já estava caindo com Albus que se recusava a tomar a sua inalação.  

- Albus! Vai te fazer respirar melhor, por favor. - Disse, enquanto puxava o filho pelo braço, que se recusava a sair da cama.  

Harry se sentou ao lado de Albus vencido, o garoto o observava respirando com a boca levemente aberta para facilitar a respiração. Ele balançou a cabeça quando o garoto se sentou em seu colo, momentos depois, a cabeça em seu peito, se encolhendo como sempre.  

- Quer que eu esfregue as suas costas? - Perguntou, a resposta com afirmativa com a cabeça. 

O pai esfregava com a palma larga as costas do filhos de cima a baixo, que continuava respirando com a boca aberta. Com a mão livre, o homem puxou o pequeno aparelho de inalação e finalmente conseguiu colocar a máscara no rosto de Albus, que choramingou um pouco ao sentir a nebulização invadir suas narinas. Sua mão agarrou a camisa do pai em um gesto rotineiro, para que Harry não o deixasse até que a medicação acabasse.  

- Ai está o meu rapazinho cansado, eu sinto muito que tenha que passar por isso, doce. - Sussurrou Harry, transferindo o carinho para os cabelos do filho, que piscava os olhos verdes pesadamente.  

Quando a medicação chegou ao fim, a chuva já estava caindo forte e Albus completamente adormecido. Harry o ajeitou sobre as cobertas fofas, e após conferir se os outros dois estavam dormindo, foi para sua cama, se sentindo exausto apenas para acordar horas depois ao som dos trovões do lado de fora e mais três pequenas pessoas se espremendo no espaço entre ele.  

Eles estavam encaminhando para a mudanças, mas certas coisas, como correr para a cama do pai quando tinha tempestade, felizmente não mudavam nunca.


Notas Finais


Eu quero ler o pensamento de vocês, comenta ali embaixo!

Até a próxima att. ☄️


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