1. Spirit Fanfics >
  2. The Kids Are Alright - AU Drarry mpreg >
  3. I say, you look so fine that I really wanna make you mine

História The Kids Are Alright - AU Drarry mpreg - I say, you look so fine that I really wanna make you mine


Escrita por: nyymeria

Notas do Autor


Boa leitura :)

Capítulo 13 - I say, you look so fine that I really wanna make you mine


Eram raros os momentos em que os três Potter estavam compartilhando do mesmo espaço sem estarem brigando, gritando e trocando ofensas de um para o outro. Geralmente isso acontecia quando estava passando na televisão algo que os prendia muito a atenção, ou se estavam em algum tipo de competição para provar quem era o melhor entre eles.

Hoje era um programa de TV.

- Isso é impossível! – Disse Albus, tampando os olhos de Lily que tentava inutilmente se livrar da mão do irmão para ver o que estava se passando na tela a sua frente.

- É claro que é possível, Albus. Homens também ficam grávidos. Quer dizer... – Disse, voltando algumas paginas do seu caderno. – Pelo menos alguns deles, papai por exemplo não consegue, provável que você não, mas eu posso, ai meu Deus isso é tão complicado!

O garoto suspirou fundo, levemente desesperado. James estava anotando tudo o que conseguia entender do documentário. Ele tinha um enorme trabalho para entregar no final do semestre e o tema era justamente sobre gravidez masculina. Ele nunca agradeceu tanto que houvesse documentários como aquele na tv. Saber que existiam homens que passavam por gestações inteiras sem saber que estavam grávidos era um bom assunto para inserir no trabalho, esperava conseguir um A com facilidade dessa forma.

- Que seja. – Respondeu, revirando os olhos. – O que eu quis dizer é que é impossível você não saber que está grávido, tipo, sua barriga fica do tamanho de uma melancia.

Albus precisou gesticular para falar, deixando o rosto de Lily livre para a garotinha enxergar. Ela soltou um grito agudo com a cena em que o homem na tela chorava com as contrações fortes para dar à luz.

- EI! VOCÊS ESTÃO MATANDO A MAIS NOVA? – Harry berrou do andar de cima.

- NÃO! – James e Albus responderam juntos. O mais velho se virou para Lily com o indicador nos lábios.

- Se quer ficar aqui com a gente tem que ficar de bico calado. – Sussurrou.

Lily pressionou os lábios, e fingiu estar fechando a boca com um zíper. Se sentando novamente no sofá, com os bracinhos cruzados, os olhos vidrados na TV.

A campainha tocou segundos depois, Albus se levantou de má vontade, mas seu irmão parecia tão concentrado no dever que parecia não valer a pena brigar sobre quem atenderia a porta. Os cabelos platinados encheram seu coração de alegria mas não por completo, aquele Malfoy não era O Malfoy que ele esperava estar na porta. Mesmo assim o cumprimentou com um sorriso.

- Oi Draco!

- Olá Albus, como está? Estou vendo que seu rosto está menos roxo. – Disse, bagunçando os cabelos do garoto e adentrado na sala de estar. James esticou o pescoço para cumprimentá-lo com um sorriso amarelo.

- Estou bem. – A mão indo automaticamente para a bochecha, ainda havia um pouco de inchaço e dor, porém muito melhor do que no dia da martelada. - Cadê o Scorp? – Se apressou, fazendo o mais velho rir.

- Eu estou muito bem, também, obrigado por perguntar. – Albus teve seu rosto pintado de vermelho, mas antes que pudesse dizer algo, foi atropelado por Lily que literalmente se jogou em cima de Draco.

- Você não veio mais na nossa casa, você está ‘bavo com a gente? – Perguntou, os habituais olhos Potter brilhando de chateação.

Draco apertou entre os dedos o biquinho que fazia.

- Eu sei que não tenho vindo muito aqui, me desculpe, estive ocupado docinho. – Ele a apertou em seus braços. – Senti saudades.

James da sala, imitava sem fazer som com a boca Draco dizer que sentia falta deles. Ele apenas não podia com o homem. Albus por sua vez, deu mais um dos seus sorrisos envergonhados.

- Mas enfim, porque estão trancados aqui dentro em um dia como esse? Eu deixei Scorpius ir até a cidade tomar sorvete, vim chamar vocês para irem com ele.

James riu, ele não iria conseguir fazer dever nenhum aquela altura. Ele desligou a TV e se juntou ao pequeno grupo no hall de entrada da casa.

- Claro, veio aqui apenas para isso e meu pai não tem nada a ver com isso. – Cruzou os braços.

Draco estava de bom humor, ele havia acabado de terminar o último capítulo do seu novo projeto, Astoria não estava o perturbando por causa de Scorpius. James não ia conseguir estragar seu dia.

- Ah Jamie-Bear, isso é apenas uma consequência dos fatos. – Sorriu.

Albus mordeu o lábio, conseguia sentir o irmão queimar de raiva do lado dele. Pelo olhar que James jogava em Draco, o rapaz claramente iria derreter. Sua mão voou para Lily que ainda estava no colo.

- Acho que está na hora daquele sorvete, vamos Lils.

A garotinha fez bico, ela queria que Draco fosse junto!

- Eu vou estar aqui quando voltar, prometo. – Disse, arrancando um sorriso de dentes pequenos na criança.

- Claro que vai. – James murmurou. Draco o encarou com a sobrancelha levantada.

- Ai a gente precisa de dinheiro! – Albus exclamou de repente.

Draco pensou que o garoto iria atras do pai para conseguir o dinheiro, mas ao invés disso, observou Al seguir até a cozinha, arrastar uma cadeira até o armário mais alto, subir na mesma, pegar um pote colorido esmaltado, o coração do rapaz saltou um pouco pelo medo de que o pequeno caísse. As mãos de Albus remexeram dentro do pote até puxar algumas notas de dentro dele. Ele saltou da cadeira em um pulo só, outro mini-enfarte no coração de Draco. Voltou correndo agitando as notas no ar. O loiro o encarou.

- Meu pai guarda dinheiro ali para caso aconteça alguma coisa e o cartão não funcione. Não conta pra ele que a gente descobriu, tá bom? – Pediu com a inocência fingida em cada parte do rosto.

- Okay...? – Draco não tinha muita reação para o que tinha acabado de acontecer. Lily desceu de seu colo e acompanhou o irmão porta a fora. James fez o mesmo, virando para dizer em tom provocador.

- Meu pai está lá em cima, mas não é como você não soubesse.

- Pede pra colocarem cobertura extra no seu sorvete, James. Você está precisando de açúcar hoje.

O garoto não respondeu, preferindo bater a porta com força ao sair.

Draco estava satisfeito em não ter deixado James acabar com sua paz de espírito, subiu as escadas rapidamente, ele não pode ter muito tempo com Harry aquela semana e se tinha uma coisa que estava doendo era sua saudade.

- Você sabia que seus filhos pegam o dinhei---

A porta do quarto estava entreaberta por isso Draco entrou por ela sem bater, ele paralisou com a cena de Elvis Presley cantando Heartbreak Hotel na vitrola em plenos pulmões enquanto Harry acompanhava. O moreno estava com alguns cabides na mão, ele os soltou no momento em que viu Draco, um sorriso travesso em seus lábios enquanto acompanhava a música.

- Não começa, Potter. – Disse, tentando parecer sério enquanto o outro se aproximava remexendo os quadris lentamente.

- You make me so lonely baby, I get so lonely, I get so lonely I could die.

- Eu não danço!

As mãos de Harry já estavam segurando o seu quadril e o apertando contra ele, se mexendo no ritmo da música. Ele tentou se desprender, mas Harry tinha o aperto mais forte que a sua real vontade de escapar.

- Céus, você me irrita! – Disse, rindo.

- Oh Malfoy, isso não se diz. – Respondeu, segurando o rapaz pelo pulso e o derrubando na cama próxima. A música recomeçou do início e Harry a dublava enquanto prendia Draco de costas para o colchão, seu corpo em cima do dele.

- Viu só? Irritante! Sai de cima de mim! Você é enorme, está me esmagando. – Riu, tentando se soltar. Harry soltou um pouco o peso do seu corpo fazendo Draco fingir um grunhido falso de dor.

- Não fala assim comigo. – Lamentou, os lábios correndo o pescoço de Draco agora. Seus quadris rebolavam conforme a música e o rapaz abaixo dele estava ficando realmente quente agora.

- Você não está sendo justo, doce. – Suspirou. A boca de Harry mordeu levemente seu pescoço, seu corpo todo tremeu. Ele conseguia ver o bastardinho sorrir com a provocação.

- As crianças estão vendo TV lá embaixo? – Perguntou, levantando seu rosto do pescoço de Draco. Esse, acenou a cabeça sorrindo.

- Eles foram tomar sorvete com Scorpius. – Disse em um suspiro porque Harry não parava de mordisca-lo nos lábios e pescoço com aquela boquinha nervosa.

- Hmm, então você planejou tudo para poder ficar sozinho comigo e me atacar! – Fingiu surpresa, as mãos percorrendo por dentro da camiseta de Draco, seus lábios beijando vagarosamente os dele agora. O loiro riu com as cócegas em sua barriga, que foram

substituídas por um longo suspiro quando Harry passou a provocar seus mamilos os deixando rígidos.

A mão de Draco percorria o monte de cabelos de Harry, enquanto se beijavam, puxando os fios levemente, seu quadril rolando para cima feliz por tanto ele quanto Potter estarem vestindo roupas tão confortáveis, ele em suas calças de linho macias e Harry com seus desleixados pijamas que fazia suas ereções roçarem tão deliciosamente uma na outra.

Em pouco tempo não havia mais calça de moletom, nem de linho, o único tecido que os separava eram as cuecas que vestiam. Harry o mordia, apertava e ele tinha certeza que havia mais chupões em seu corpo que ele poderia contar. Cada terminação nervosa vibrava com o toque, era como se o rapaz o quisesse engoli-lo, bom, ele tinha uma ideia de como deixar isso mais prazeroso.

Draco impulsionou seu corpo, fazendo Harry ficar por baixo agora, rebolando lentamente sobre a ereção do outro. Os olhos verdes o olhando tão intensamente, enquanto se movimentava, que era como se estivesse lendo cada segredo guardado. De certa forma esperava que o rapaz realmente tivesse esse poder e pudesse ler o tanto que Potter com toda sua bagunça significava para ele.

Harry segurou a mão de Draco, colocando os dois dedos do rapaz na boca, chupando intensamente. O loiro investia nas reboladas, enquanto observava o outro simular um bosquete com os seus dedos. Se ele estava tão ansiosa assim para chupar algo, lhe daria algo bem melhor que seus dedos para ter na boca.

Afastando sua mão e desmontando de cima do rapaz, ele despiu sua cueca por completo, jogando o tecido no chão. Sua mão masturbou seu pênis duro levemente por um tempo, ele estava tão excitado, precisado de qualquer tipo de toque, conseguia ver Harry salivar e um gemido baixo saiu de sua garganta. Ele montou em cima do rapaz novamente, dessa vez no peito do moreno, deixando seu pênis na altura certa de sua boca.

Harry sorriu e abriu a boca obediente, deixando Draco guiar o membro para dentro de sua boca, o rapaz provocava a si mesmo deixando Harry lamber toda a extensão com a língua, gemendo e mordendo os lábios quando recebeu uma preguiçosa lambida na cabeça, deslizando pela fenda.

As mãos do moreno estavam suas coxas os apoiando, enquanto a sua agora segurava o queixo de Harry, impulsionando seu penis para dentro da boca ansiosa, os lábios gordinhos se fechando ao redor do seu pau, chupando ansioso. Draco sentia seu cabelo que fora perfeitamente penteado hoje cedo desmoronar para frente, sua franja quase tampando a visão de Harry o chupando tão deliciosamente, mas o de olhos verdes nunca quebrava o contato visual.

Sua mão precisou apoiar na parede a sua frente, a feição de Harry era obsceno, para dizer o mínimo, ele tinhas as sobrancelhas juntas, gemendo com o pau de Draco na boca, abrindo de vez em quando para respirar, como se quanto mais ele o chupasse ainda não fosse o suficiente. Enquanto o loiro, tentava não arrancar os lábios fora de tanto morde-los com a visão. Ele segurava o seu pau pela base, roçando a cabeça em seus lábios, a chupando levemente de vez em quando, como se fosse um doce pirulito. Sua pouca estabilidade foi esvaída quando os dedos ágeis de Harry encontraram sua entrada momentos depois, ele provocava sem penetrar, deixando o rapaz tonto.

Seus quadris involuntariamente se remexiam para frente, fodendo a boca de Harry, que a deixava aberta e convidativa para o aperto de sua garganta. Um intenso calor no pé da sua barriga o alertou que se deixasse Harry continuar, gozaria em pouco tempo, porém por mais maravilhoso que fosse esse pensamento, tirou o pau dos lábios do outro, fazendo um som alto de “pop” ecoar pelo quarto.

Puxou o pulso de Harry, chupando deus dedos para que as coisas ficassem mais fáceis, sorriu para o outro quando esse voltou os dedos para sua entrada, penetrando com facilidade um dedo. Suas pernas se esparramaram para melhor acesso quando um segundo dedo foi inserido, ele ainda conseguiu se curvar e beijar Harry, sentindo o próprio gosto na boca, enquanto era fodido com os dedos pelo rapaz.

Harry estava impaciente para foder Draco, seu pau implorando por toque enquanto sentia o rapaz roçar levemente sobre ele.

Resmungou baixo com o vazio momentâneo, quando o moreno retirou os dedos de dentro dele. Harry o puxou pelas pernas, o fazendo rir com a facilidade do movimento e em como seu corpo estava amolecido pela excitação. O deitou de lado, se posicionando atras dele. Um dos braços de Harry passou por de trás de seu pescoço e entrelaçou com a mão de Draco, que levantou uma das pernas, para ser penetrado.

- Oh, simsimsim. – Repetia seguidamente ao sentir a queimação conhecida o invadindo.

Harry consegui alcançar seus lábios, o beijando intensamente até acostumar com toda a extensão do membro dentro dele e conseguir se movimentar, devagar no início.

Os dedos entrelaçados se apertaram quando Draco teve a perna ainda mais levantada pela mão livre de Harry que intensificava as estocadas. Draco gemia alto, sem vergonha alguma, agradecendo por não ter ninguém em casa além deles.

E torcendo que na sorveteria tivesse uma fila de dois metros.

Seus quadris agora tentavam de alguma forma impulsionar contra Harry, querendo mais e com mais força. O rapaz obedecia, já sabendo o que viria depois. Sua mão soltou a coxa de Draco, que manteve suspensa, deixando que o rapaz o masturbasse rapidamente o

levando para um orgasmo intenso, gemendo o nome de Harry como uma prece, quase tendo um segundo quando sentiu o próprio gozo do moreno escorrer para fora e dentro do seu corpo. Sua perna despencou em cima da cama, enquanto ele encontrava forças para respirar e pensar ao mesmo tempo.

Harry o puxou para perto, sua cabeça descansando no ombro do rapaz. Essa era a parte que ele mais gostava, claro que transar era ótimo, mas a sensação de segurança que o outro passava depois de tudo, era sim para ele uma das melhores partes.

Eles ficaram em silêncio, esperando as respirações se acalmarem. Até Harry falar de novo.

- Acho que devemos contar para as crianças o que nós estamos tendo aqui.

- E o que nós estamos tendo aqui, Potter? – Disse sonolento, fazendo círculos na barriga nua do rapaz.

- Ué... Você é meu namorado. – Disse intrigado. – Não é?

Draco riu.

- Eu sou? Então se eu sou o seu namorado, você é o meu?

- É... Acho que é assim que funciona.

- Ah sim, entendi, só diz de novo porque eu acho que não entendi direito.

Harry fez questão de amassar Draco em seus braços, beijando seu rosto com força.

- Você é meu namorado e está na hora do resto do mundo saber disso. – Draco tinha um sorriso maior que o próprio rosto.

- Gosto de ser seu namorado. – Sussurrou, o beijando nos lábios. – Então você conta para suas crianças e eu conto para a minha criança. Embora eu já ache que todos os quatros já devem ter advinhado.

- Sim. – Riu. – Mas é importante que seja oficial.

- James vai fazer uma cena. Ele me odeia. – Disse, seu rosto ficando sério. Harry o soltou, apoiando-se no cotovelo para encara-lo.

- Para com isso, é claro que ele não te odeia.

Draco se sentou na cama.

- Harry, por favor, eu sei que você tem dificuldade para enxergar coisas óbvias, mas é o seu filho e você sabe que ele não faz a mínima questão de se dar bem comigo.

Harry suspirou, caindo de costas para a cama.

- James é difícil, mas eu duvido que ele te odeie. Não vamos sofrer antes do tempo, tudo bem? Eu nem conversei com ele ainda.

Draco deu um sorriso fraco concordando, ele não queria discutir por aquele assunto. Seu corpo se deitou novamente, a cabeça no peito de Harry agora. Ele sentiu o leve carinho do rapaz em seus cabelos, aproveitando os últimos momentos em paz antes das crianças voltarem.

-x-

Scorpius sentia as lágrimas queimarem em seus olhos mas ele não daria a James o gosto de vê-lo chorando.

Ele mal conseguiu colocar a primeira colherada de sorvete na boca antes do garoto começar a provocá-lo com pequenas frases de como era insuportável pensar em que se os seus pais estivessem namorando, ele teria que conviver com Scorpius e suas esquisitices.

E então foi que o inferno começou, porque Albus apenas rebatia as ofensas do irmão com palavras piores e ele realmente odiava tudo aquilo. Seu pai o ensinou a ser doce, gentil e educado, independente do quão ruim a pessoa fosse. Porque para Scorp, James era ruim, ou então estava se esforçando muito para parecer um monstro. Ele só queria correr dali.

Encontrou por pouco tempo um refúgio entre ele e Lily, alguém precisava cuidar da menor que não era supresa estar com mais sorvete na roupa do que no estômago.

- Não liga para o que o James diz, ele só fala besteira 99% do tempo. – Albus tentou consola-lo. O mais novo deu te ombros.

A mudez de Scorpius era porque ele sabia que se abrisse a boca, sua gagueira escaparia e choraria de nervoso. Mais uma vez ele não daria esse prazer a James ver o quanto ele era fraco.

- Eu aposto que seu pai ainda está parasitando meu pai, você poderia ir direto para a sua casa, assim ele ficaria todo neurótico com você quebrar uma unha ou coisa assim e iria embora.

Eles já estavam em frente a casa dos Potter quando Scorpius jogou a bicicleta no chão. Ele estava farto de tudo aquilo. Enquanto James ainda o ofendia ele se aproximou empurrando o rapaz que caiu surpreso na grama. Ele nem teve tempo de se levantar porque o menor estava em cima dele, o socando e o estapeando com toda a força que tinha.

- Scorpius não!

Albus tentava tirar o garoto de cima do irmão, mas os dois estavam tão dispostos a brigar que ele teve medo de acabar levando um tapa também. Lily gritava, então ele fez a única coisa que estava ao seu alcance no momento.

- PAI! PAI CORRE AQUI!

- Seu pirralho ridículo, sai de cima de mim! – James tentava desviar dos tapas e puxões de cabelo, mas Scorpius era rápido demais. O rosto transtornado de raiva do mais velho, as lágrimas descendo como cachoeira pelo seu rosto.

Harry e Draco escutaram os gritos de Albus enquanto ainda estavam na cama. Harry foi o primeiro a se levantar e olhar pela janela para não acreditar no que via.

- Puta merda.

- O que foi? – Disse Draco, se preocupando pela forma como Harry se vestia com tanta pressa. Não demorou muito para ele chegar até a janela e ver o próprio filho se atracando com James.

Os dois adultos chegaram no quintal e Harry precisou dobrar a força para tirar Scorpius de cima de James, e ainda assim foi difícil fazer o garoto se debater.

- Scorp! Scorp, sou eu, Harry, se acalma!

- E-E-E-E-E ‘DEIO ELE! ME S-S-S-SOLTA! EUVOUACABARCOMELE!

Albus nunca havia visto Scorpius tão fora de si. Ele era o surtado, ele quem arrumava confusão com qualquer pessoa que falasse mais alto, era de sangue. Todo mundo na sua casa era nervoso, isso não existia no DNA Malfoy. Ele sempre era o calmo, sempre fazia Albus encontrar o eixo e agora ele não sabia como agir para acalmar o garoto.

- Scorpius, por favor! – Harry pedia.

James se levantou do chão, ignorando a mão de Draco que o tentou ajudar, estava arranhado, vermelho e despenteado, havia lágrimas de raiva marcando seu rosto também. Ele marchou para dentro da casa como se nada aquilo tivesse a ver com ele. Draco pensou em ir atras e acabar com a marra daquele adolescente ali mesmo, mas Harry foi muito mais rápido. Soltando um Scorpius que ao ser livre correu o máximo que pode para a direção oposta aonde ficava sua casa, fazendo seu pai o seguir.

Albus não sabia o que fazer, ele queria seguir Scorpius, mas pelo jeito que seu pai segurou James pela nuca ele sabia que deveria tirar Lily de vista caso seu pai matasse seu irmão.

Era rara as vezes que Harry ficava realmente nervoso a ponto de bater nos filhos, os três podiam contar nos dedos as palmadas que levaram durante toda a vida. O pai gritava bastante, isso era um fato, mas era melhor do que ele levantasse a mão para eles.

Ele jogou James no sofá em um movimento só. O garoto esfregou a nuca aonde o pai havia apertado, mas ele estava com tanta raiva que não sentia dor de fato.

- Al, sobe com a sua irmã e não sai de lá até eu dizer que você pode.

A voz de Harry era trêmula, o garoto pegou Lily que choramingava assustada e subiram para o quarto. Mas ainda assim conseguiam escutar seu pai gritar no andar debaixo.

- Qual é o seu problema, James Sirius? Brigar com uma criança da metade do seu tamanho?

- Ele que caiu em cima de mim, pai! Ele começou! Porque você sempre está do lado do pirralho do vizinho?

- James, eu te conheço, você é meu filho. Eu sei o que significa cada piscada sua e sei que quando você quer tirar alguém do sério, até a pessoa mais calma vira o próprio demônio perto de você! – Ele apontou o dedo no rosto do filho que agora estava assustado com o tom e olhar do pai. Mas ele não se deixava demonstrar.

- Eu estava apenas brincando. Ele não aguentou eu falar do papaizinho dele e surtou!

Harry batia o pé no chão nervosamente, os braços cruzados.

- E o que você falou?

- Nada demais!

- James Sirius—

- Eu não quero que vocês namorem tá bem? E sim, todo mundo já sabe, vocês são péssimo em disfarçar, chega a ser ridículo! – Gritou.

- Abaixa o tom pra falar comigo! – Apontou o dedo mais uma vez.

- É isso pai, eu manifestei toda a minha raiva para o Scorpius e ele não aguentou e eu vou repetir mil vezes se for necessário. EU NÃO VOU DEIXAR MALFOY TOMAR O LUGAR DA MINHA MÃE!

Ele chorava agora, dizendo o que sentia em meio a solução e Harry não conseguia evitar de sentir seu coração se quebrando. Até que ponto sua felicidade valia magoar um de seus filhos?

- James, ninguém aqui vai tomar o lugar da Ginny, mas eu preciso seguir em frente, você precisa me ajudar! Albus e Lily precisam de você.

O rapaz sacudia a cabeça irredutível, Harry esfregou o rosto com as mãos, passando os dedos pelos fios.

- Você fica com ele se quiser, mas eu não vou deixar que isso seja fácil. – Soluçou.

- James, pelo amor de Deus, eu sou o seu pai!

O garoto encarou seu pai e por um momento, talvez pela intensidade que aquele verde sempre trazia, pensou em tentar mais uma vez. Mas não dava, aquela briga o havia esgotado. Ele não ia mesmo deixar que as coisas fossem assim tão fáceis. Harry estava inconformado, mordendo o lábio para não cair no choro de frustração.

- Sobe pro seu quarto. Não quero olhar pra sua cara hoje. – Disse em tom frio.

Harry despencou no sofá, a cabeça latejando entre as mãos. Talvez fosse mais difícil do que ele imaginou, talvez Draco estivesse certo em relação ao ódio. Ele não podia aceitar que James estava se comportando daquela forma.

Albus estava no alto da escada escutando tudo, ele havia conseguido distrair Lily com a TV do seu quarto e agora estava descendo as escadas até o pai que suspirava no sofá. Seus braços curtos o abraçaram porque ele não era bom com palavras de qualquer forma e depois de tudo o que ele havia presenciado, não havia muito o que dizer.

Do outro lado da cerca, Draco ainda tinha dificuldades em acalmar Scorpius que correu para o seu quarto, tirando todas as roupas do guarda roupa em total estado de descontrole.

- Vamos e-e-e-embora pai! Pra longe de novo! Não quero mais ficar a-a-aqui! Por favor, vamos embora.

Draco pegou seu filho pelos ombros, o fazendo olhar para ele.

- Scorpius! Chega! Nós não vamos embora! Solta esse casaco!

O menor largou o casaco azul-marinho no chão, ainda em um choro que fazia todo seu corpo se sacudir, ele estava tão cansado e estressado. James o havia colocado no limite. E ainda havia tanta coisa acontecendo. Seus braços se esticaram para que seu pai o abraçasse.

E assim Draco fez.

- Me conte, petit. O que aconteceu? – Perguntou, a mão subindo e descendo nas costas do garoto. Após algum tempo, mais calmo, Scorpius conseguiu falar sem gagueira.

- James não gosta de você, não quer ver você com Harry. Ele me ofendeu.

Draco fechou os olhos, compreendendo. Sabia assim como o sol nasce e se põe todos os dias, que James faria tudo se transformar em um problema. Ele apertou o garoto em seus braços.

- Não pense mais nisso, oui? Deixe James para lá.

- Eu não quero ver os Potter, papai. Nenhum deles.

O coração de Draco apertou, ele sabia que isso seria passageiro que Scorpius só estava magoado e iria esquecer. Mas mesmo assim doía e preocupava o rapaz.

- Tudo bem, meu filho, você não precisa vê-los. Fica só aqui comigo.

A criança se encolheu concordando.

- Só eu e você, pai.

Draco suspirou, beijando o alto da cabeça do filho.

- Só eu e você.


Notas Finais


Parece que temos um pouco de drama começando, sim?

Vejo vocês em breve! Talvez depois do natal, não tenho certeza. Se sim, eu espero que tenha um Natal com muita muita luz, de coração quentinho!

Ah, eu fiz uma playlist da fic. Está no spotify { https://open.spotify.com/user/kinngadrian/playlist/0VV3X1REEO6LS9c4BmjmaH }

All the love,

Nyme ❤️🐿


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...