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História The Kids Are Alright - AU Drarry mpreg - I got a river for a soul and baby you're a boat


Escrita por: nyymeria

Notas do Autor


To my girl almighty, who also is my star girl and my person. I love you, Bia. 🌹

Capítulo 18 - I got a river for a soul and baby you're a boat


Parecia idiota porque Teddy nem tinha barba o suficiente para fazer, mas James tinha o cheiro da loção pós-barba gravada cada vez que respirava fundo.  

 

Parecia estupido sentir que estava caindo de 20 andares mesmo estando a horas no banco da frente do carro do seu pai que o olhava preocupado. Será que era possível escutar seu coração se quebrando inúmeras vezes dali?  

 

Parecia sem sentido sentir amor tão novo. Mas amar faz sentido de alguma forma? 

 

- Teddy é um idiota, Jaymie.  

 

Albus tentava amenizar as coisas. Ele sabia. Seu irmão sempre trazia uma forma de mostrar o lado brilhante e positivo da situação, mas dessa vez não ia funcionar.  

 

Foi depois da dançar, antes do bolo, quando Vic tirou as mãos quentes de Teddy das de James para dançar e soltou que ele deveria dar atenção á namorada dele. Claro que James questionou. É claro que Teddy confirmou.  

 

Mais claro ainda quando Teddy fez questão de mostrar a família toda a novidade. Posar para as fotos. Ser o príncipe. Ser o Teddy que James sonhava todos os dias antes de dormir. Ele queria acordar.  

 

Não chorou. Levantou o queixo e foi de sentar de volta com a família. Seu pai preocupado demais com Malfoy e o pequeno bastardo que eles teriam em breve. Céus, as coisas poderiam ser mais fáceis, sim? Ele só precisava de um abraço, ele não queria se sentir daquela forma.  

 

Se Ginny estivesse lá, provavelmente diria para que James chorasse. Desabafasse toda dor. Mas ele não conseguia mostrar fraqueza pra família, quando Tia Fleur perguntou se Vic e Teddy não eram fofos demais para serem reais, ele apenas confirmou que sim, eram, que se mereciam e se encaminhou para o jardim.  

 

Lá ele pode chorar toda dor, frustração e raiva que sentia. Albus, claro, o encontrou. Doce como só ele consegue ser, abraçou o irmão pelo pescoço e prometeu bater em Teddy quando a festa acabasse.  

 

- Não chora mais Jamie, eu te amo! Não é o suficiente?   

 

O mais velho dos Potter queria que fosse.  

 

Sendo assim a noite havia acabado, antes de bolo, brinde e entrega de lembrancinhas. Harry não podia ver seu filho sofrer daquele jeito, doía nele de uma forma mais pessoal do que deveria. Então apenas carregou seus três meninos de volta para o interior da cidade, na fazenda onde moravam.  

 

Scorpius capotou no sono em meia hora de viagem, sua cabeça deitada  no ombro de Albus, respirando profundamente, os longos cabelos loiros caindo nos olhos como se fosse uma cortina barrando a luz. Al nem ao menos se mexia para não acorda-lo sem querer. Seu peito doía um pouco, mas ele estava evitando de tossir com força. Conseguia esperar um pouco, já estavam quase chegando. 

 

A viagem foi silenciosa, nem mesmo as musicas ajudavam, uma vez que James trocava de estação toda vez que uma animada tocava. Quando “Bleeding Love” começou a tocar pela quinta vez, Harry apertou o botão para desligar. Só se deu para ouvir um soluço baixo vindo de James em reprovação.  

 

Era quase meia-noite quando desceram do carro, a noite estava quente e os grilos conversavam alto por ali. James ajudou Scorpius adormecido, carregando o mesmo nas costas, enquanto Albus e Harry iam logo atras. O filho mais velho largou a criança de Draco na cama de Albus que nem mesmo se mexeu, tamanho era o sono.  

 

- ‘Tô indo pro meu quarto. – Murmurou antes de deixar pai e irmão no outro cômodo.  

 

Harry então começou a rotina de ajudar Albus a se preparar para dormir. Precisou acordar Scorpius que vestiu o pijama de olhos fechados e quase não conseguiu escovar os dentes. Assim que os dois rapazinhos estavam em seus macacões coloridos, um dos pequenos dramas foi iniciado.  

 

- Não Pai! Eu não preciso dele hoje! – Toda a frase foi dita em uma tosse feia e carregada. Harry suspirou.  

 

- Vamos Al, você está tossindo há horas, vai ser rápido eu prometo.  

 

- Não quero! – Disse, esfregando os olhos com as costas da mão em um gesto de manha, sacudindo as pernas. – No seu quarto, vamos fazer lá no seu quarto!  

 

- Draco e Lily estão dormindo lá. – Disse mantendo o tom baixo e paciente. – Fique quieto, vai acordar Scorpius. 

 

Harry sabia que seu menino estava cansado, sono sempre deixava Albus mau-humorado e sensível a tudo. Ele aproximou a máscara do nebulizador, mesmo tendo seu coração partido pelos olhinhos lacrimejando e fungando baixo. Quando o aparelho realmente foi ligado, Albus já estava chorando por não querer passar por aquele processo rotineiro, mesmo não se sentindo bem, ele queria fingir não ser o garoto doente aquela noite.  

 

O mais velho entretanto, estava sendo o mais paciente possível, uma das mãos segurando o nebulizador e a outra enrolando os fios de Al na ponta dos seus dedos, sempre olhando nos olhos do filho e contando coisas aleatórias para distrair. Sempre funcionava. Dez minutos depois, a medicação já estava no final e o pequeno Potter se encaminhava para o sono que esperava.  

 

Harry deixou um abajur aceso na luz baixa e cobriu as duas crianças, depositando um beijo na bochecha de cada uma. Seu corpo implorava pela sua cama, mas ainda faltava mais um beijo a ser dado.  

 

E esse era realmente necessário.  

 

James já estava dormindo quando entrou no quarto. Havia alguns lenços de papel e a mesma música estava tocando no pequeno radio ao lado da cama. Harry o desligou e pegou os papéis do chão. Ficou um tempo sentado ao lado do garoto, acariciando os fios delicadamente. Lembrou do seu pai quando Draco havia ido embora. O homem simplesmente não conseguia dizer algo sem chorar, acabou que por fim Lily precisou consolar não só o filho pelo namorado, mas o marido pelo genro que perdeu também.  

 

Se curvou para sentir o cheirinho de laranja que o filho tinha e o ajeitou nas cobertas. Amanhã seria um outro dia e ele esperava que aquela situação não atrapalhasse com tudo que James estava tendo que lidar atualmente. A porta do quarto foi deixada entreaberta como de costume.  

 

Finalmente no seu quarto, Harry desejou se jogar em seu colchão como sempre e dormir com aquela roupa mesmo. Seria um pecado se o fizesse com a cena que estava a sua frente. Draco e Lily dormindo descobertos e tão juntinhos para não passarem frio era tão adorável quanto a cesta de filhote com dálmatas que encontraram outro dia.  

 

Infelizmente seria muito difícil para dormir com a criança, que se mexia como um peixe durante a noite, o que fez o moreno desfazer a cena e levar a menor para o quarto. Ao voltar do banheiro, já em seus calções para dormir, se deitou ao lado de Draco, puxando a coberta por cima de ambos. O sono leve do rapaz o acordou com esse gesto.  

 

- Você chegou, fiquei esperando. – Disse com a voz rouca e lenta, fazendo Harry rir baixo. – Como foi a sua noite?  

 

- Boa até certo momento, alguns dramas aconteceram, mas podemos falar sobre isso de manhã. - O moreno colou sua testa na do outro, raspando seu nariz levemente. Draco estava com aquele cheirinho de sono e remédio para febre, que fazia Harry se sentir a pessoa mais esquisita do mundo por gostar.  

 

- Você não está mais bravo comigo. – Era uma mais uma afirmação do que uma pergunta.  

 

Em resposta ganhou suas pernas sendo enroscados com a do outro e um Harry se ajeitando para dormir na curva do seu pescoço, a mão na suas costas por debaixo da camiseta.  

 

Suas raivas não duravam muito.  

 

Como poderia?  

 

-x-  

Harry conseguia ver da janela, embaixo de uma amoreira, Lily e Draco no balanço. Havia sido construído com uma tábua larga deixada no celeiro e mais algumas coisas encontradas pelo loiro no porão, Lily ajudou grudando algumas flores do jardim nos nós das cordas que o prendiam. A garota estava sentada no colo do rapaz, enquanto se balançavam o mais alto que podia, dando pequenos gritos e risadas que ecoavam por todo quintal.  

O carro que Harry esperava parou em frente a casa, saindo de dentro uma pequena não muito maior que Lily, seus cabelos em muitas trabças e um coelho molenga nos braços. Honey Thomas-Finigan nem mesmo esperou seu pai dizer algo, saindo correndo pelo quintal a encontro de Lily. Dean acenou para Draco de longe que já havia perdido seu posto no balanço para a outra garotinha. A porta da frente foi destrancada, mostrando um Dean sorridente.  

- Trabalhar no sábado, hun? Eu amo quando você me convida para esses programas.  

Desde que o Xerife Foster havia pedido a Harry que ele acompanhasse de perto o desaparecimento de Maybel, sua vida profissional havia se tornado dupla. Além de escrever para o jornal onde trabalha há anos, precisava ter um artigo detalhado com tudo que estava acontecendo. Em meio há tantas gravações, anotações e fotos, ele tinha apenas um parágrafo começado. Por isso Dean estava lá, ele precisava de um apoio moral e físico do amigo.  

Alheios aos barulhos das crianças do lado de fora, os dois rapazes estavam trabalhando na bancada de cozinha com apenas um notebook e canecas de café como companhia. As canecas foram uma cortesia de Dean, que não perdeu a oportunidade da nova noticia e mandou escrever "Daddy Harry" na que deu ao amigo.  

- Você tem certeza de que essa garota não sumiu porque quis? - Perguntou, lendo as várias anotações de Harry.  

- Não é possível, ela só tem 14 anos. Porque fugiria? - Indagou, mordendo levemente o dedo indicador enquanto lia o que ele mesmo havia escrito do material.  

Dean deu de ombros. 

- James tem quase a mesma idade que ela e já fugiu inumeras vezes. - Respondeu, fazendo o outro lhe encarar seriamente.  

- Não é como se ele sumisse por dias, além do mais é bem previsivel saber onde ele está. - Riu, Dean o acompanhou.  

- Ele ainda gasta toda a baba dentro da boca pelo seu afilhado? - Perguntou, segurando a foto de Maybel no alto. Uma garota com a aparencia tão inocente, não poderia ter fugido por vontade própria.  

- Teddy está namorando agora, acho que essa fase vai passar para James.  

Pobre papai Harry, mal sabe que Teddy é tudo para James, menos uma fase.  

- Pobrezinho, vou fazer algo para ele depois, coração partido dói mais do que dor de dente. - Harry riu mais uma vez com a comparação do amigo. Se levantando para preparar mais um pouco de café.  

Seu pescoço estalou dolorido, eles ainda estavam na metade da matéria que iria tomar metade do jornal. Embora muita coisa sobre a investigação não fizesse sentindo, tentaram colocar o máximo que puderam de informações permitidas no conteúdo.  

- Cada vez que eu leio, mais acho que eles mesmo estão escondendo algo. Tem certeza de que é tudo isso, Harry?  

- Tenho. Isso é o que foi me dado... De qualquer forma, eu só estou escrevendo para eles, não é como eu fosse um dos investigadores. - Dean lhe lançou um olhar desacreditado. 

- Mas você está envolvido até o pescoço, ainda não percebeu? Você tem todas as informações, está escrevendo sobre o sequestrador ou assassino, sei lá, nem ao menos sabemos como essa garota está. - Harry engoliu seco e sentiu todo seu corpo arrepiar com a declaração do rapaz. 

- Você tem razão. Eu deveria conversar com o Xerife sobre segurança.  

- Exato. Você três filhos, Draco está grávido, além de Scorpius, ele próprio e você. Se você se machuca todos eles vão para o mesmo destino. Sei que é assustador, mas o quanto antes toda essa loucura acabar, melhor para vocês. 

Harry sentiu seu estomago embrulhar, ele mal podia pensar em algo acontecesse com a sua família sem sentir que todo o mundo fosse desabar. Após aquela conversa ficou claro que ninguém mais conseguiria trabalhar com tantos pensamentos sobrevoando a cabeça do moreno. Ambos foram para o lado de fora aproveitar os ultimos raios de sol daquela tarde, que também seria uma das ultimas com calor. O outono estava chegando em breve. 

-x- 

- Esse livro é muito chato.  

Draco sorriu com o resmungo de Harry ao seu lado. Ele havia concordado em se deitar um pouco com o loiro, até cochilou por 20 minutos, mas agora estava desperto e entediado. Era dificil fazer Potter permanecer no mesmo lugar, sem fazer nada por muito tempo.  

- É um bom livro. - Murmurou, a cabeleira de Harry quase tampando sua visão das linhas. 

- Se chama "Histórias para se ler no Escuro" além de não fazer sentido, parece ser aterrorizante. - Disse, atrapalhando o rapaz, virando as páginas anteriores.  

- É porque não faz sentido, doce? - Draco apenas não podia aguentar quando Harry não conseguia entender a analogia das coisas. 

- Porque não se dá para ler no escuro, doce.  

Oh.  

- Você tem um ponto. 

- Sim, por isso esse livro é péssimo.  

Draco fechou o livro, colocando o mesmo ao lado do criado mudo da sua cama, o porta retrato com a foto de Scorpius recém-nascido tombando um pouco para o lado.  

- Certo, não vou ler mais esse livro péssimo enquanto você estiver aqui. - Respondeu calmamente, ficando de lado, para frente de Harry.  

Respirou fundo se sentindo mais cansado que o permitido e um pouco enjoado, estava lendo para se distrair dos sintomas quando o rapaz chegou tomando conta do espaço e da atenção. Jamais reclamaria, era exatamente o que estava precisando. Passar um tempo escutando Harry falar e falar ou só ficar observando aqueles par de olhos que tanto amava.  

- Você parou de ler para ficar lendo a mim? - Disse, o rosto de Draco ficando quente por ter sido pego de surpresa.  

- Quero ler algo. - Contou, rindo.  

- E o que o meu rosto te conta? - Murmurou, ficando mais perto. Seus lábios se encostando e um breve beijo sendo dado.  

Draco como escritor poderia descrever Harry de várias formas, de como ele era realmente, da forma como as pessoas o viam, até da forma como ele próprio via o rapaz. Poderia escrever todo um livro sobre o tom de sua voz, o gosto dos seus beijos e como ele é homem da sua vida. 

Talvez esse hormônios estejam dominando sua sanidade. 

- Eu te amo, Potter. - Soltou quando precisou pegar ar em meio ao beijo. - Nunca deixei de amar, nem por um minuto, não sei porque deixei de dizer isso.  

Harry agora ria como uma criança porque Draco o atacou com beijos pelo rosto, repetindo que o amava em cada estalo. Seus braços o abrçaram, seu nariz sentia cheiro de roupa limpa e shampoo de camomila. Ficaram em silêncio por um momento. 

- Eu também te amo, Draco. Te amaria até se você me dissesse que seu cabelo é tingido.  

Oh céus. 

- Meus cabelos são tão importantes assim?  

- Eles são muito importantes. - Respondeu seriamente, passando os dedos pelos fios macios enquanto falava, agora mais como sussurro. - Eu realmente, profundamente, amo você.  

Pela primeira vez, de verdade desde que se conhecem, Draco sentia que podia acreditar sem se culpar por não ser perfeito naquele relacionamento. 

Harry o amava. 

E ele sabia.


Notas Finais


Desculpa qualquer errinho!

Vejo vocês logo.

All the love.


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