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História The Kids Are Alright - AU Drarry mpreg - I see a little house on a hill and children's names


Escrita por: nyymeria

Notas do Autor


Para a maior Scorbus Stan que eu conheço: Sweet Girl Marina 🌹❤

Capítulo 19 - I see a little house on a hill and children's names


 Um farfalhar de folhas e uma brisa teimosa que não deixava o cabelo de Albus em paz. Seu pai já havia dito, três vezes só naquela semana, que iria arrastá-lo para um corte nos cabelos. Não fazia questão, gostava dos seus fios um pouco mais longos. E Scorpius gostava de enrolar os cachos da ponta em seus dedos. 

- A gente precisa achar um jeito de convencer ele! – Sua mão arrancando pedaços de grama do chão, as pernas de Scorpius começando a pesar em cima das suas. 

- Impossível. Ontem mesmo, ele quase deixou James de castigo só por ele ter saído com Lily sem avisar. E ele só tinha ido até o curral. – Riu, deitado em cima da jaqueta de Albus conseguia ver o céu azul e suas nuvens mudando de forma. 

- Papai é paranóico, vão estar todos os professores lá! – Lamentou em um biquinho. – Scorp, eu quero muito ir!

O mais novo balançou a cabeça, entortando o canto da boca. Era só um acampamento que acontecia todos os anos no colégio onde estudavam. Havia uma parte da floresta perto do rio em que havia menos árvores e mais campo. Um bom lugar para passar a noite ao redor da fogueira, e todas aquelas coisas que Scorp nunca se interessou. 

Esse ano era diferente porque Albus estava no colégio e quando escutou as palavras ‘barraca’ e ‘marshmallow’ entrou numa obsessão sem tamanho com a excursão, e queria estar de qualquer forma lá. 

O que ele não contava era que depois da conversa com Dean, e as investigações iam ficando cada vez mais frias, já beirando a suspeita de que Maybel não seria encontrada, seu pai o proibiria de sair depois que ficasse escuro e só poderia sair no claro para ir a escola e na grande árvore onde estavam agora que não ficava tão longe assim de casa. 

- E se ela não voltar mais? Vou ter que ficar preso dentro de casa para sempre?! – Reclamou, seu pai não conseguia entender que ele sabia se cuidar. Não era tonto, nunca ia dar ouvidos para um estranho. 

- Vão encontrá-la. – Afirmou o outro seriamente. Depois se apoiou nos cotovelos a fim de observar o chateado a sua frente. Mordeu o lábio. 

- O que foi? – Indagou. 

- Eu conheço um lugar... Não vai ser como acampar mas acho que vai diminuir sua frustração. 

Os olhos de Al brilharam como pedras preciosas. E de fato eram, duas esmeraldas enormes e valiosas. 

- Então vamos! O que você está esperando? – Chamou. Se levantou em um pulo, jogando as pernas do outro coitado cair na terra. Nem ao menos o ajudando a se levantar. 

O loiro espanou a terra da roupa tentando não rir do outro garoto, tão animado que saltitava no lugar. Ele levantou uma das bicicletas e fez que não com a mão quando Albus levantou a dele. 

- Vem de carona, é mais rápido e você não fica cansado. – Sorriu.

Concordou sem reclamar, encaixando seus pés no apoio da bicicleta e segurando nos ombros do garoto. Gostava de ir atras, Scorpius era sempre mais rápido pedalando e era bom o ventinho batendo no seu rosto. 

Já o outro gostava da confiança que Al tinha o deixando levar pelo caminho de areia, e das mãos quentes em seus ombros. Também gostava das musicas que o garoto cantarolava pelo caminho, hoje Potter estava disposto a cantar cada abertura de desenho animado que conhecia. 

Agradeceu quando chegaram. Tinha se esquecido como o lugar era longe e pelo peso e velocidade que pedalou até lá, fez suas pernas doerem um pouco, mas havia válido a pena, porque o garoto com olhos de esmeralda estava mais empolgado do que antes. 

Não era uma caverna. Estava mais para uma pedra grande com um buraco dentro, mas dava pra se esconder e passar o tempo lendo um livro, como Scorpius já havia feito milhões de vezes. Porém naquela tarde, ele passaria escutando sobre estalactites e estalagmites, dos lábios de um Albus que ficava adorável quando se empolgava em um assunto. Scorpius sabia que gostava do garoto. Muito. 

- Como se fala “obrigado” em francês, mesmo? 

- Merci. – Respondeu rindo, já acostumado com as mudanças repentinas de assunto. 

O beijo molhado na bochecha veio inesperado e quente, deixando o rosto com uma mistura de calor do sol com o calorzinho bom que Potter sempre causava nele. 

- Merci, Scorpy. 

-x- 

Draco só conseguia rir, a cabeleira de Harry estava fazendo cócegas em sua barriga e toda aquela falação boba, com o seu bebê que ainda não tinha nem três meses de formação, deixava tudo ainda mais impossível de conter as risadas leves.

Porque Potter era um doce e Malfoy simplesmente não conseguia aguentar. 

- Muito cedo para pensar em algum nome? – Disse enquanto depositava pequenos beijos pela barriga alva e ainda lisa. As orbes de repente o fitando para a resposta. Draco havia se distraído com o carinho. 

- Não sei... Mas tenho certeza que não vai ser você quem escolherá o nome. – Disse, já esperando a reação que veio a seguir. 

- E eu posso saber o por que? – As sobrancelhas levantadas e o nariz franzido. Já estava apoiado no sofá pelas mãos para encara-lo melhor. Draco mordeu o lábio para não sorrir, provocar Harry era sua atividade favorita. 

- Porque você apenas é péssimo com nomes. – Revelou, ganhando do outro um grunhido de indignação. Draco gargalhou. 

- Lily e James tem os nomes dos seus pais e seus padrinhos e eles nem mesmo estão mortos, Potter. – Prosseguiu – E Albus... Sério? Ele é o rapazinho mais amável que eu conheço e foi castigado dessa forma. 

Harry enrugou a testa, Albus e Severus haviam sido dois personagens de um livro que ambos foram obrigado a ler na escola. Certo, Harry odiava Severus no começo mas passou a gostar e entender no final da história. O livro passou a ser o seu favorito. Draco entendia a paixão do rapaz pela história, mas o nome para ele ainda soava horrível. 

O relógio de pulso do moreno, apitou indicando hora cheia. Cinco. Era a hora que havia combinado com Albus para que ele e Scorpius voltassem da árvore. Draco acompanhou o olhar do rapaz para a janela alta da sala, a luz fraca da tarde iluminando as almofadas coloridas do batente. 

- Eles já vão chegar. – Murmurou encorajador. – A árvore não fica nem dez minutos daqui. 

Harry concordou com a cabeça, sorrindo para o loiro que o puxou pelos braços para beija-lo demoradamente. O som de alguém limpando a garganta quebrou o momento. 

- Hey Jamie! O que aconteceu, filho? – Perguntou em seguida, James parecia estar escondendo algo atras de si. 

O mais velho puxou a irmã escondida em suas costas. Harry entortou a cabeça para observar melhor, ambos os queixos dele e de Draco caíram com a visão de Lily com o rosto braços, pernas e até a barriga, que dava pra ver pela camiseta curta, inteira com desenhos coloridos. O rapaz fechou os olhos torcendo para que não fosse canetinhas permanentes. 

- Como isso aconteceu, Lils? – Draco perguntou, doce. 

- ‘tava fazendo um desenho pro bebê! – O dedo na boca atrapalhando a dicção das palavras. 

- E em vez de desenhar no papel usou seu corpo? – Harry indagou, em tom de divertimento. – Vamos, teremos a hora do banho mais cedo hoje. 

Os pequenos braços se esticaram para ser levantada como de costume, se enrolado no pescoço do pai enquanto subiam as escadas até o banheiro. James e Draco ficaram a sós na sala por pouco tempo. Quando o homem pensou em abrir a boca para se aproximar do garoto, esse suspirou em desprezo pegando seu caminho para a cozinha. 

Sozinho Draco só conseguia escutar as vozes de Harry e Lily no andar de cima, variando de choramingos a “Por favor, volta pra banheira, tem sabão no seu olho.” e alguns gritos impacientes. Sua boca se encheu d'Água, com o cheiro de banana derretida e canela que vinha da cozinha. Era repugnante e seu estômago estava começando a sentir um enjoo forte. 

Respirou fundo, uma, duas, três vezes. Odiava essa parte da gravidez, todo cheiro parecia intenso demais e a comida não parecia querer gostar de ficar dentro da barriga. Precisava de ar antes que James viesse pra sala comer aquela mistureba doce demais para o seu próprio bem. 

Abriu a porta de entrada e cruzou os braços. O céu estava ficando de alaranjado para cinza, iria chover como o habitual. Seus olhos varrerão até o final do campo, esperando que os sinos e as vozes de Al e Scorp disputando quem chegaria primeiro ecoassem o lugar. 

Mas não aconteceu. 

Um incômodo e a necessidade de se afastar mais do cheiro o fez caminhar mais distante da casa. Chegando a estradinha de terra, continuou andando, talvez os encontrasse pelo caminho e poderia livrá-lo da bronca pelo atraso. Porém, quanto mais o rapaz de cabelos muito claros andava mais longe da casa ficava e mais perto da grande árvore chegava. E nenhum sinal de suas crianças. 

Foi a bicicleta amarela jogada de qualquer jeito na grama que fez seu estômago se dobrar. 

- Scorpius? Albus?! – Chamou para a copa da árvore, mas tudo que havia eram folhas. No chão, além da bicicleta, estava também a jaqueta de Al, suja de grama alguns fios loiros nela. 

Draco pôs as mãos nos quadris. O céu que antes só estava cinza, começou a tomar um tom forte de chumbo, além do vento quente invadir suas narinas com o cheiro da chuva. Mordeu o lábio, eles não deveriam estar longe. Não iriam ser imprudentes assim. Albie teria que fazer esse caminho para buscar a bicicleta.

Colocou a jaqueta sobre os ombros e se sentou no chão. 

Iria esperar. 

-x- 

Um trovão baixo interrompeu Al de sua história sobre quando viu o mar pela primeira vez. Ele odiava trovões, raios e tempestades fortes. Olhou para o relógio e sentiu um ataque do coração começar. Eles estavam mais de uma hora atrasados do horário combinado, lá fora já estava quase escuro. Seu pai ia arrancar cada fio de seu cabelo com as próprias mãos. 

- Perdemos a hora, vamos! – Disse, puxando Scorpius pela mão rudemente. 

- Ai! Assim você me machuca. – Reclamou, mas foi ignorado. Albus continuava a puxá-lo para fora da caverna, por todo o caminho até onde deixaram a bicicleta. 

- Você vai de carona agora! – Demandou, já sentado no banco. 

- Eu sou mais rápido pedalando Potter, e essa bicicleta é minha! – Aumentou a voz. Se havia uma coisa que o jovem Malfoy odiava, era que usassem suas coisas. 

Albus desceu da bicicleta, jogando-a no chão de terra irritado. Indignado Scorpius se aproximou da sua querida bicicleta, e deu um empurrão leve no outro para que saísse de sua frente.

- Não me empurra, Scorpius! – Brigou, querendo revidar, empurrou as costas do outro que não esperando ataque, caiu sem defesa em cima da bicicleta seu pulso fazendo um leve sim de créc.

- AI! 

O som de sufocamento da boca de Al, juntamente com os milhares e arrependido pedidos de desculpas que saíram em seguida, não foram o suficiente para fazer Scorpius parar de chorar e de andar para longe do garoto. 

- Foi sem querer! Não era pra ter sido um empurrão sério! – Tentava dizer, enquanto se afastavam da caverna, deixando inclusive a bicicleta vermelha para trás. 

- Vai embora, Albus. Eu não quero falar com você, vou para casa sozinho! – Gritou, segurando o pulso contra o corpo. Doía um bocado. 

- Nós somos vizinhos seu tonto, minha casa é do lado da sua! 

Scorpius virou para Al, o olhando furioso. Mesmo no escuro, conseguia ver os olhos de tempestade brilhando com intensidade da raiva, talvez até caísse raios dele. 

Do céu caía. 

- PARA DE ME OFENDER! 

- Scorpy... 

Um trovão estupidamente alto, fez as crianças se encolherem e se aproximarem uma da outra por instinto. Já estava escuro, e bastou uma pequena olhada para descobrirem que estavam perdidos. 

A respiração de Scorpius começou a ficar acelerada ao perceber o mesmo que Albus. Não tinha ideia de como iria voltar para casa. E quando voltassem, estariam de castigo para sempre. 

- Vamos tentar voltar. – Disse baixo, deixando o outro segurar seu braço bom dessa vez. 

Albie concordou com a cabeça, mas um barulho vindo da floresta tomou novamente conta do seu medo. Era alguém vindo correndo das moitas, e a voz... A voz era conhecia e estava o chamando? 

- Albus? Albus é você? 

A pessoa que saiu de dentro das folhas, era mais alta que Scorpius pouca coisa. Cabelos castanhos escorridos, presos por uma faixa e sardas exageradas no rosto. 

Maybel. 

Os dois garotos prenderam a respiração, pensando em fugir dali. Mas algo fincou os pés de Al no chão, consequentemente fazendo o outro parar também. Maybel parecia cansada, como se estivesse andando por horas, tinha marcas longas de lágrima e terra pelo seu rosto. Ela precisava de ajuda.

- A cidade inteira está procurando por você. – Conseguiu dizer, causando uma crise de choro na garota. Um choro doido e cansado, que fez Scorpius querer abraçá-la sem se importar com o pulso machucado. 

- V-Vocês precisam m-m-me ajudar a sair daqui. – Tremeu e soluçou. Os dois meninos se encararam. 

- Não podemos, May. – Se lamentou Scorpius. 

Para o rosto de boneca confuso da menina, Albus completou; 

- Estamos tão perdidos quanto você. 

-x- 

Draco voltou debaixo de chuva, arrastando a bicicleta pela lama. Dessa vez Harry estava ao seu lado, após alguns minutos do sumiço do rapaz, o encontrou sentado no tronco da árvore, esperando. Resolveram ficar mais uns minutos por lá, mas nada dos garotos.

Se dividiram, andaram pela vizinhança, até mesmo pegaram o carro e foram ao centro da cidade. Mas nem na sorveteria, na livraria, tão pouco na loja de animais havia sinal das duas crianças. Harry resolveu que era melhor avisar a polícia local, o xerife pareceu preocupado e diferente do protocolo de esperar 24 horas, pediram às buscas no mesmo instante e ordenou que os dois pais fossem para casa, caso um deles voltasse para lá. 

Então a tempestade veio e voltaram ao ponto de partida, a bicicleta ainda estava no mesmo lugar. A jaqueta ainda estava sob os ombros de Draco, que ficava cada vez mais ansioso e preocupado com os dois. 

Em casa, estava James e Lily igualmente preocupados. O garoto buscou as toalhas para o pai e Draco, e tentava telefonar para todos os coleguinhas que conhecia o irmão. Ele não estava em nenhuma casa, e não havia nenhum evento acontecendo para justificar tal desaparecimento. 

O cheiro de banana derretida com canela e açúcar, ainda pairava sob a casa e Draco vomitou na pia, seu corpo todo tremia não só pelo enjoo mas pela preocupação. Harry tentava consola-lo esfregando suas costas, mas em sua cabeça não conseguia parar de pensar nos cartazes pela cidade substituindo os rostos de Maybel pelos de Albus e Scorpius. 

Suas pernas vacilaram quando a campainha tocou e um policial estava na porta, nas mãos dele estavam a bicicleta de Scorpius, que o pai confirmou que era dele. 

Infelizmente não foram encontrado nenhum dos dois no lugar da bicicleta, e os passos na lama pararam até certo ponto porque a chuva fez seu trabalho apagando. 

- Seus filhos continuam desaparecidos, Sr. Potter. – Disse o oficial. 

O sangue no corpo de Harry congelou com a notícia, porem, não teve tempo de deixar as emoções te dominarem, quando viu o vulto de Draco correr pela porta e atravessar a chuva. 

-x- 

Maybel contou tudo. 

Desde da decisão de fugir de casa, - ninguém na casa a entendia e ela queria a liberdade de não levar bronca até por respirar. – até o encontro do seu velho tio Rick, que se mostrou muito solicito em oferecer a sua casa na floresta, o tempo que ela precisar. O que ela não imaginava, era que seu tio a trancaria dentro de casa a obrigando a cuidar da casa, dele, e não poder sair nunca. Ficando trancada muitas vezes no porão da casa por mais de 24 horas. 

Foi assustador. Só por lembrar sua pele se arrepiava e seus ombros ficavam tensos. Os garotos também não estavam nada confortáveis com o que escutavam, e olhe que um dos dois estava mais do que acostumado do que histórias assustadoras. 

Conseguiram abrigo em uma outra caverna, muito menos do que a primeira que Scorpius descobrira, a chuva estava forte, os trovões cortavam o céu mas pelo menos estavam em uma falsa segurança. O pulso de Scorp estava horrivelmente inchado e com alguns pontos roxos.

- Me desculpe... – Sussurrou para o amigo, os dedos passeando de leve no machucado. O outro suspirou.

- Tudo bem, eu estava distraído, não foi tão forte assim o seu empurrão. Eu também não deveria ter te batido. 

Al sorriu de canto, se sentia esgotarão, emocionalmente e fisicamente. A tosse vinha a todo momento, preferia estar em casa aquecido e escutando seu pai lhe dar uma bronca do que naquele frio e com medo. 

Feixes de luz e latidos de cachorro fizeram as três crianças ficarem alertas. Maybel se levantou, tentando fugir para mais fundo da caverna. 

- Aonde você vai?! – Gritou Albus.

- E se for ele? – A voz da garota vacilou. – Não quero que ele me pegue de novo. 

A menina correu na direção oposta, enquanto Scorpius e Albus se encolheram olhando um para o outro. As luzes pareciam mais perto e de fato, era a voz e um homem que chamava, eles não tiveram tempo de pensar quem era a pessoa sendo gritada pela floresta. Se levantaram do chão frio e seguiram Maybel pelo escuro. 

-x- 

Harry e Draco foram impedidos de seguir a polícia pela floresta. Já que não conseguiam ficar em casa, foi permitido que ambos esperassem na delegacia. Draco sabia que era pela sua condição, o Xerife deixou claro que de forma alguma faria um homem grávido passar pela situação, sabendo os riscos físicos que toda aquela caminhada poderia causar. 

- Você precisa comer algo. – Harry disse baixo, tentando colocar um biscoito da máquina de salgadinhos, entre os lábios do loiro. 

Draco tomou o biscoito entre os dedos e mordeu um pedaço. Doce demais e murcho, sabia que vomitaria cada pedacinho depois, mas Harry já estava preocupado o suficiente para deixá-lo ainda pior não se alimentando. 

O tempo parecia se arrastar enquanto a chuva resolveu dar uma trégua. Harry ligava para casa de meia em meia hora para James, mas a resposta ainda era mesma. Nenhum sinal das crianças. 

- Vai abrir um buraco no chão, doce. 

Resolveu se sentar, sentindo a cabeça de Draco cair automaticamente em seu ombro e os dedos se entrelaçaram como se fosse aquele tipo de atenção que o rapaz estava querendo há tempos, mas não teve oportunidade de pedir. E esperaram. Quando Draco dormiu, Harry chorou um pouco de cansaço, frustração e medo. 

O rapaz despertou com o som de um soluço, mas antes que pudesse questionar, vários outros barulhos de porta batendo e passos apressados o tirou do foco principal. Pelo corredor onde estavam, uma policial trazia pela mão os garotos que ao avistarem os pais saíram de encontro a eles correndo o máximo que suas pernas cansadas conseguiram alcançar. 


Scorpius chiou por conta do pulso machucado, muito pior que horas atras. A policial aconselhou a Draco que deveria levá-lo ao hospital sem demoras. Ele escutava em meio aos pedidos de desculpas do próprio filho, enquanto vasculhava se não havia mais nada quebrado no garoto. 

Do outro lado, Albus abraçava seu pai em silêncio. Apertando a camisa do homem contra os seus dedos, que o apertava em seus braços, repetindo diversas vezes que ele estava bem e estava casa. Quando foi posto no chão, e foi encarado pelos incríveis olhos verdes – junto com aquele balançar de cabeça que na maioria da vezes significava desapontamento. - esperou que a emoção tivesse passado e estava preparado para ouvir seu pai gritar. O que aconteceu foi uma surpresa quando as mãos de seu pai apenas afastaram seus cabelos do rosto e um sorriso quebrado em meio ao choro anunciou algo repetitivo mas que Albus estava com receio de nunca mais escutar; 

- Você definitivamente precisa cortar o cabelo, Albie. 


Notas Finais


Obrigada por serem sempre tão doces comigo :)

Vocês são incríveis!!

Desculpa qualquer errinho e vejo vocês logo!

All the love 👋🏻


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