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História The Kids Are Alright - AU Drarry mpreg - The Other Side of the Fence


Escrita por: nyymeria

Notas do Autor


Espero que estejam preparados para conhecer os Malfoy dessa história!

Boa leitura. 🌈

Capítulo 2 - The Other Side of the Fence


Scorpius sabia que quando seu pai estava escrevendo ele precisava se comportar. Permanecer em seu quarto, colorindo, lendo, ou pela casa brincando com seus brinquedos mas sem fazer muito barulho.  

Ele tinha permissão para brincar do lado de fora, mas só no quintal perto da cerca do vizinho. Nada de brincar próximo a piscina, porque uma vez levou um escorregão e caiu dentro d'água. Se seu pai não estivesse descendo para a cozinha atrás de um pouco de chá, sabe-se lá o que teria acontecido com o pequeno Malfoy.  

Sua casa era grudada com a fazenda do lado, que tinha uma casa mediana, mas o largo quintal se juntava com o outro pedaço de terreno aonde ficava os animais. Ele não tinha permissão de cruzar a cerca, não por seu pai, mas porque o antigo dono do lugar era um velhote muito ranzinza que não ia muito com cara de Scorpius. Ou de qualquer outra criança.  

Então Scorp ficava apenas olhando o caseiro andar com os cavalos, alimentar a vaquinha e vira e mexe correr atrás de algumas galinhas que tentavam fugir. Era um pouco entediante, para ser honesto, ele era a única criança da região e a sua casa e a pequena fazenda que era vizinha eram as únicas casas com moradores durante o ano. O restante só havia pessoas em temporadas de férias ou nas festas típicas.  

O garoto sabia que ele o pai se isolavam naquele lugar por inúmeros motivos, mas um deles era a sua mãe. Ele a amava, porém sempre tentava dizer coisas ruins sobre Draco, o que ás vezes deixava a cabeça de Scorpius confusa, mas o pequeno rapaz nunca se deixava levar. Seu pai era o centro do seu mundo, eles coloriam juntos, ele tinha as melhores histórias de dormir e ensinava idiomas novos para Scorpius, porque seu pai era o cara mais inteligente da face da Terra.  

Por mais que ás vezes fosse solitário, ele não se importava que fosse apenas seu pai e ele. Certo, Scorpius ficava entediado a maior parte do tempo por não ter ninguém para brincar, e seus primos, filhos dos amigos de seu pai, quase nunca podiam ir visitá-lo. Ele já estava acostumado a ser seu próprio melhor amigo.  

Mas naquela semana tudo mudou.  

Primeiro que um homem que ele nunca havia visto na vida o ajudou a subir no ônibus, porque ele se atrasou amarrando os sapatos. Scorp nunca havia visto ele por ali, e acredite é bem fácil perceber quem mora ou não na região.  

Depois, três rostos novos e bastante parecidos estavam dentro do ônibus. O raciocínio lógico, graças ao céus herdado pelo pai, concluiu que eles eram irmãos e a julgar pela semelhança incrivel eles com certeza eram filhos daquele homem na calçada.  

Scorpius e Draco tinham vizinhos novos.  

Não foi surpresa quando um dos garotos, Albus como descobriu depois, estava na mesma sala que ele. Como bom representante da turma, Scorp ajudou Albus a encontrar um lugar para se sentar ao seu lado e explicou as pequenas coisas da turma do 4º Ano.  

Albus confirmou que os outros dois no ônibus com ele eram seus irmãos, e que sim, eles e seu pai haviam se mudado há pouco tempo para a fazenda ao lado de sua casa. Talvez por ser a única pessoa que se aproximou com facilidade, Scorpius e Albus passaram todo os tempos das aulas e o recreio juntos. O de cabelos claros, percebeu logo de cara que Albus se cansava muito rápido na brincadeira de apostar corrida até o final do corredor. Então ele decidiu que seria melhor eles apenas conversarem sentado nos bancos.  

Depois daquele primeiro dia, Scorp conheceu James, o irmão mais velho de Albus e Lily, a menorzinha. O garoto sempre achou o máximo ter irmãos, ainda mais um mais velho como James, mas Albus jurava que era horrível. Que James só servia para dedurá-lo para o pai e reclamar, enquanto Lily só fazia bagunça e chorava. Mesmo assim ele ainda achava legal ter irmãos como o de Potter.  

Os dois amigos também encontraram logo um jeito de brincar sem que Albus ficasse muito cansado e seu peito doesse, Scorpius não entendeu muito bem o que era a asma, mas prometeu a si mesmo que não iria deixar que acontecesse alguma crise, pois parecia bem assustador. 

Foi assim que ele ganhou três amigos para preencher sua vida monótona.  

-x- 

Estava fazendo calor, então não tinha de forma alguma como ficar dentro de casa, o que levou Scorpius a pegar sua bola de basquete para brincar um pouco no quintal. Seu pai estava mais uma vez escrevendo, logo ele precisava ficar quieto.  

Desceu as escadas devagar, a bola embaixo dos braços. O sol lhe cumprimentou fazendo com que seus olhos doessem um pouco com a claridade. A bola começou a quicar da sua mão para o chão enquanto ele caminhava.  

As risadas chamaram sua atenção, eram altas e agitadas. Alguma coisa estava acontecendo no gramado do vizinho, porque James corria com bolas coloridas nas mãos como se fugisse de algo. Ele gritava que o pai não conseguiria pegá-lo, com um sorriso enorme no rosto. O mais velho dos Potter era ficava bonito quando trocava os resmungos pela risada.  

Scorpius largou a bola e se encostou na cerca para observá-los.  

Harry tinha que ser criativo para manter seus filhos ocupados. A velha brincadeira de "Vamos ver quem limpar a casa mais rápido?" já não funcionava tão bem como antes, o fazendo ter que quebrar a cabeça para tirar o mais velho do celular e computador, fazer o mais velho sair de dentro do estábulo - Albus, meu filho, você está cheirando a cavalo. - E impedir a mais nova de assistir a mais um episódio de Princesinha Sophia, porque ninguém mais naquela casa aguentava escutar a apresentação mais uma vez.  

Naquela tarde eles estavam animados com o nascimento dos coelhos, tinha em média uns seis, todos saudáveis e tão bonitinhos que Harry tinha vontade que eles ficassem pequenos para sempre. Lily já havia nomeado todo eles, e queria coloca-los para dormir em seu quarto. Claro que Harry não deixaria aquilo acontecer.  

A euforia dos filhotes foi passando e seus filhos estavam prestes a voltar as atividades anteriores quando um estalo lhe abateu ao arrumar a fantasia de havaiana da filha.  

Uma guerra de bexigas d'água.  

Foi então que Albus e James o ajudaram a encher todas as bexigas existentes naquela casa para jogarem um no outro, se refrescando do calor longe dos eletrônicos e musiquinhas grudentas dos desenhos de Lily.  

- Scorpius! - Seu filho do meio gritou para a cerca.  

O garotinho do ônibus, Harry se lembrou, talvez fosse o mesmo que Albus falou a semana toda. Ele observou o do meio correr até a cerca, pedindo para que o outro se juntasse a eles. O jovem Potter voltou para seu pai, um pouco ofegante que o normal. Ele mandou um recado para seu peito não doer, ele não queria entrar em casa e acabar com toda a diversão. 

- Pai, você consegue puxar o Scorpius para fora? Ele não consegue pular a cerca.  

Harry pensou por um instante, será que os pais dele não iria se importar do filho deles ir para a casa do vizinho assim, sem avisar? Ele não teve muito tempo para decidir, já que estava sendo arrastado pela grama até a cerca e no momento seguinte, seu pescoço estava ocupado pelos curtos braços. Os olhos do garoto cruzaram com o de Harry.  

O cinza encontrou o verde, que lhe julgou familiar. Porque Potter já havia visto aquele tom de cinza, como as nuvens em um dia nublado, mas ele não conseguia acreditar que eram os mesmos. Havia muito tempo que não se encontravam.  

Desconcertado, pôs o garoto no chão, que já tinha algumas bexigas nas mãos, se juntando aos seus filhos no jogo. Ele observou brincarem como se fizesse aquilo sempre, as lembranças de um passado distante atravessou seus olhos. Em como ele planejava a vida e os filhos com alguém que não era Ginny.  

- Papai!! - Lily berrou estridente, procurando proteção no pai. Seus irmãos maiores estavam com vantagem, ela já estava toda ensopada.  

Era irresponsabilidade ligar a mangueira para molhá-los ainda mais, mas foi isso o que Harry fez, deixando os quatro e ele próprio como se tivessem entrando em uma onda. Os cabelos grudando na cara, assim como as roupas. Foi a única forma que ele encontrou que a brincadeira precisava acabar, que era hora de banho e roupas secas. Talvez voltar a rotina dos desenhos barulhentos. Mas pelo menos ele faria brownies.  

- Depois de Lily, você vai ser o próximo. Entendeu? - Alertou Albus que implorou para ficar mais um pouco do lado de fora com Scorpius. Os coelhos, ele sabia.  

-x- 

Eles eram tão pequenos e adoráveis. Scorpius amava coelhos, mas seu pai não deixava criar, porque não acreditava que ele tinha responsabilidade o suficiente para cuidar dos bichinhos. Mas ele tinha e iria provar! 

Ainda mais agora que Albus havia deixado que ele levasse três coelhinhos machados para casa. Foi um pouco difícil pular a cerca com eles, mas deu tudo certo com ajuda. Tudo bem, ele ainda precisava manter segredo até achar um jeito de contar para seu pai que eles teriam coelhos. Por enquanto os peludinhos iriam morar embaixo do seu edredom fofo.  

Draco estava achando seu filho quieto demais, ele estava escrevendo durante toda a tarde e Scorpius não havia reclamado de fome ou pedido sua atenção. Ele se afastou da sua cadeira e esfregou os olhos, um bocejo vindo em seguida. Talvez hoje eles pudessem comer a sobremesa no lugar do jantar, Scorp merecia brownies pelo seu comportamento e também porque o pai se sentia culpado em sempre fazer o filho ficar sozinho enquanto trabalhava em seu livro.  

- Scorp? - Chamou, ao sair pelo corredor. Ninguém o respondeu. 

Uma pontinha de angústia tomou o coração de Draco. Era inevitável ele sempre pensar o pior e ser superprotetor com o filho. Sua ex-esposa Astoria vivia para encontrar falhas em sua criação para arrancar a guarda dele. E até mesmo seus pais que deveriam apoiá-lo, apoiava a ex-mulher na decisão de ficar com o pequeno.  

Porque era inadmissível um Malfoy, herdeiro de todo um império imobiliário ser escritor, morar no interior isolado de todos e ainda por cima pai solteiro. Claro que não, ele deveria viver sozinho, infeliz sem o filho e administrando as mansões, castelos e outras milhares de propriedades que levava o sobrenome de sua família.  

- Scorpius. - Chamou mais uma vez, descendo as escadas. Seu coração parou com a visão. - Dieu. Saint. 

Seu filho estava ensopado. Os cabelos grudados na cabeça, a camiseta branca listrada transparente em seu corpo.  

- Salut papa! - Cumprimentou como se não estivesse encrencado. 

- O que aconteceu com você?! Caiu na piscina outra vez? Scorpius, você sabe que não tem permissão de brincar ao redor da piscina.  

- Mas eu não estava. - Sua voz abaixou. 

- Então como conseguiu se molhar assim?! - Disse, puxando o garoto para perto de si, despindo suas roupas molhadas. Ele iria pegar uma gripe desse jeito. 

- Os vizinhos... E-E-Eu estava brincando na-na-na casa dos novos vizinhos. - Ele tinha tendência a gaguejar quando estava nervoso, ou com medo. Acontecia raramente, na maioria das vezes depois que voltava da visita com a mãe. 

- Está bem, ange. Não precisa ficar nervoso. Vamos tomar banho enquanto você me conta sobre... Sobre os vizinhos, ok?  

Scorpius acenou concordando, acompanhando o pai até o banheiro. Enquanto ele enchia a banheira de água e seus sabonetes favoritos, contava tudo o que aconteceu naquela tarde. Menos a parte dos coelhos, claro.  

Ao fim do banho até o fim do jantar, Draco sabia tudo sobre Albus, James e Lily e o quanto Scorpius havia se divertido e o quanto o Sr. Potter era muito mais amigável com crianças do que o antigo morador velhote.  

O brownie desceu garganta a baixo de Draco o fazendo engasgar, porque só havia um Potter que ele conhecia, capaz de comprar uma fazenda e ter um penca de filhos.  

- Pai? Você tá bem? - Scorp se levantou preocupado, enquanto seu pai se curvava no chão tossindo.  

- Tô! Tô ótimo! Tá tudo bem. - Respondeu, ainda tossindo um pouco. Os olhos lagrimejando pelo esforço. Ele respirou fundo antes de perguntar para o filho - Potter, você disse? Você por acaso lembra o primeiro nome dele?  

- Ham... Não. - Scorpius pensou um pouco, não era gentil chamar as pessoas pelo primeiro nome e além do mais ele nunca teve a curiosidade para perguntar.  

Draco fez uma lista mental de quantas pessoas poderiam ter o mesmo sobrenome. Ele sabia que Harry tinha mais de um filho, mas não sabia a conta exata. Viver no fim do mundo o deixou alheio das novidades da sua antiga vida. Fazia tanto tempo... 

- Posso? - A voz do filho o tirou do torpor de pensamentos aleatórios de paixões adolescentes.  

- O que? Desculpa, meu filho, não escutei.  

- Perguntei se posso ir na casa dos Potter outra vez. - Repetiu, os olhos piscando. 

- Pode, contato que não chegue outra vez ensopado desse jeito. - Draco sorriu suavemente. Mais uma vez o pensamento na única pessoa que seria irresponsável a ponto de deixar isso acontecer.  

Scorpius tentou evitar que o pai o colocasse na cama, ele era muito esperto, com certeza iria descobrir os filhotes de coelho antes que percebesse! Infelizmente, ele teve que aceitar o beijo de boa-noite e deixasse que Draco afofasse seu travesseiro e cobertas, mas história ele deixou para a noite seguinte, alegando que estava muito cansado.  

- Te amo, papai. - Disse em um bocejo. Arrancando um sorriso do maior. Draco nunca se cansava de escutar que seu filho o amava e era feliz em estar com além.  

- Eu te amo muito, muito mais. - Devolveu, cobrindo a criança. 

Então algo se mexeu embaixo da coberta e fez um barulho estranho. 

- O que é isso? - Scorpius congelou.  

Congelou de uma forma que não conseguia nem inventar algo rápido para explicar porque havia coelhinhos fofinhos de várias cores, roendo o lençol da sua cama.  

- Scorpius!  

- Por favor, deixa eu ficar com eles, eu vou cuidar direitinho. Albus me ensinou tudo! - Começou a implorar. Draco estava boquiaberto, Scorpius geralmente não era levado. Esconder coisas dele, mesmo sendo coelhinhos, era novidade.  

- Meu filho, eles são muito pequenos, precisa da mãe. Eu vou ter que devolvê-los. - Respondeu, segurando todos os três nos braços.  

Scorp fez beicinho, o choro vindo em seguida. Ele não era birrento, nem manhoso, geralmente obedecia e aceitava tudo o que seu pai tinha a dizer. Mas ele precisava dos coelhinhos, ele já os amava. Ele disse que iria cuidar, não era justo!  

- Eu estou usando meus modos, pai! Por favor, eu quero ficar com eles! - Soluçou.  

- Eu fico feliz que você está usando seus modos, Scorp, mas você não está me escutando. - Respondeu gentilmente. 

O garoto estava a ponto de pular na frente do pai para fazê-lo compreender, mas se limitou a se deitar dramaticamente na cama, os braços cobrindo os olhos, enquanto chorava.  

- Parece que temos um rapazinho muito cansado, hoje. Os coelhos podem ficar aqui até você adormecer, depois eu vou levá-los de volta, combinado? - Murmurou, voltando as bolinhas de para perto do filho.  

Ele estava frustrado, não conseguira convencer o pai e ainda por cima deixou a impressão de que as lágrimas era apenas porque ele estava muito cansado. 

- Look at the stars, look how they shine for you... - Cantarolava enquanto acarinhava os cabelos do filho, que foi diminuindo o choro, até serem substituído por bocejos e por fim sendo vencido pelo cansaço e sono, fechando os olhos lentamente.  

Draco segurou os coelhinhos um por um, com cuidado para não acordar os bichinhos adormecidos e cruzou a cerca até a casa do vizinhos.  

-x-  

- 'TÔ INDO!  

O berro atrás da porta fez Draco dar um pequeno pulo no lugar. Ele ainda segurava os coelhos com cuidado, um deles acordando, tentando sair de seus braços. Estava nervoso, óbvio, se fosse quem ele achava que era atrás da porta, seria um problema.  

Porque seu relacionamento com Harry na adolescência, terminou da forma mais bagunçada e complicada possível. Fazia um pouco mais de 13 anos que eles não se viam, não se falavam, não sabiam nada um do outro. E não era como se Draco estivesse esquecido Harry por completo. Essas coisas de primeiro amor o pegaram de jeito. Então, sim, se fosse Harry que abrisse a porta, seria um problema.  

- Eu espero ver você e Albus na cama quando eu voltar, e--  

Era o problema que  abriu a porta e estava falando. Era Harry. 

- Draco...  

- Harry.  

O verde encontrou com o cinza pela segunda vez naquele dia. Todos os ossos corpos de Draco tremiam, mas ele precisava ficar firme pelos filhotes que segurava. Assim como Potter também segurou Lily mais firme no colo, para evitar de derreter pelo tapete de entrada.  

Draco resolveu dizer algo para acabar com aquele silêncio perturbador entre eles. 

- Eu vim trazer os seus coelhos, Scorpius, meu filho, os levou para casa e... Enfim, são seus.  

- Claro... Co-Coelhos. Só um momento.  

Harry bateu a porta na cara de Draco, que ficou olhando para a madeira atônito. Alguns minutos depois, a porta foi aberta novamente pelo moreno, que estava com as têmporas molhadas e um pouco mais ofegante.  

- Desculpa, precisei colocar Lily na cama. Coelhos! - Exclamou, pegando os filhotes do colo do homem.  

- Foi um mal-entendido, acho que seu filho deu os filhotes para Scorpius e então, eles estavam escondidos debaixo da coberta dele. - Sorriu. 

- Albus. Eu deveria ter imaginado que ele iria aprontar algo do tipo, me desculpe. Esses coelhos nem desmamaram ainda. - Suspirou. 

- Eu imaginei, por isso os trouxe de volta.  

Harry acenou com a cabeça, Draco se abraçou tímido, o silêncio tomando conta outra vez. Não era um silêncio desconfortável, era um daqueles cheios de significado, que queria dizer tantas coisas ao mesmo tempo. Sobre como haviam sentido falta, se preocupado um com outro, que nada havia mudado nos sentimentos. Que só bastou aquele olhar quando Harry abriu a porta, para uma avalanche de lembranças caírem em cima dos dois.  

- Faz tanto tempo. - O moreno disse, sorrindo, a mesma cara de anos atrás, um pouco mais velha, mas era a  mesma cara para Draco.  

- Faz... Eu achei que nunca mais te veria de novo. - Soltou. E doeu. O rosto de Harry ficando um pouco escuro.  

- Bom, agora você vai poder me ver todos os dias. - Disse dando de ombros, tentando quebrar o clima que se pesou um pouco.  

Draco mordeu a parte interna da bochecha, apertando um pouco os braços ao redor de si. Seu pé deu um passo para trás.  

- Melhor eu ir indo, deixei Scorpius sozinho na casa. Até... Mais. - Disse, sem ter certeza se o veria mesmo todos os dias.  

- Até mais, Draco. - O sorriso pintando seu rosto de novo. 

A porta se fechou atrás de Draco quando ele já estava quase chegando na cerca que separava as duas casa. Precisou apertar as bochechas com as mãos, para que parasse de sorrir. Ele nem sabia porque seu corpo estava tendo aquelas reações esquisitas.  

Harry Potter era seu novo vizinho. 

Definitivamente um problema. 


Notas Finais


❤️


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