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História The Kids Are Alright - AU Drarry mpreg - I built a home. For you. For me.


Escrita por: nyymeria

Capítulo 24 - I built a home. For you. For me.


Se fosse com Draco, ele com certeza enlouqueceria. 

Hoje era um daqueles dias em que as crianças estavam cansadas de uma semana cheia e estava requisitando Harry a cada dois segundos. 

Albus se recusava em fazer o dever de casa sem que o rapaz estivesse ao seu lado, enquanto Lily tentava chamar atenção de todas as formas. 

- Papai, meu dente 'tá mole! 

- Lily, você tem quatro anos, seus dentes não estão prontos pra cair. 

E no segundo seguinte a garotinha já estava no chão, sacudindo as pernas, chorando alto que com certeza daria para se escutar além daquele cantinho de interior. 

- Papai por favor olha aqui o meu dente! 

- Para Lily! Papai tá estudando comigo! 

A fala de Albus só fez a birra ficar maior. Draco queria se abaixar e pegar a criança nos braços para fazê-la se acalmar, mas sua barriga já havia crescido o suficiente para que isso não fosse mais possível. Então tentava chamar Lily para que se sentasse ao seu lado com Scorpius na sala, porém a garotinha não queria saber do seu amigo naquele momento. 

Lily não era do tipo ciumenta, mas desde que Harry e Draco começaram a arrumar o pequeno quarto do bebê, as coisas começaram a ficar mais difíceis para a menor. O bebê não moraria dentro da barriga de Draco para sempre? O que aconteceria com ela agora? 

Foi então que as birras se tornaram mais frequentes e quase todas as noites pequenos passos batiam no assoalho até parar no meio de Draco e Harry, para que ela se enroscasse no pescoço do pai e dormisse o resto da noite. 

O moreno deslizou da cadeira para pegar a garota no colo, ela já tinha estado no canto de pensamento pela terceira vez naquela tarde e Harry estava cansado. Apenas abriu a boca da menina, fazendo o que pediu e confirmando que não havia nenhum dente mole ali e a sentou em seu colo onde a pequena se aquietou por uns instantes até a hora do jantar. 

Onde a batalhas ervilhas x até Scorpius se recusava a comer, foi acalmada mais uma vez por um Harry exausto decidindo que tudo bem, eles poderiam comer só o purê de batatas naquele dia. Draco fez o que pode para ajudar naquela noite, tirando todo o resto de comida dos cabelos de Lily, até mesmo pular suas regras da hora de dormir e deixar os meninos assistirem mais um episódio do desenho antes de finalmente irem pra cama. Ninguém aguentava mais choro e reclamação naquela casa. 

Infelizmente, todos os esforços apesar de bem-vindos ainda não eram o suficiente pro espaço vazio no coração de Harry. Todos os dias Draco esperava o moreno desligar o telefone, depois de tentar convencer James voltar para casa mais uma vez. Não funcionava. 

- Qual a desculpa dele, agora? - Perguntou, Harry deitado sobre a cama agora, encarando o teto de gesso acima. 

- Teddy. 

- Mas essa foi a mesma desculpa da semana passada. 

Seu marido apenas deu de ombros em resposta. 

- Posso te ajudar em alguma coisa? 

Um aceno leve de cabeça. Não.

Uma das coisas que mais angustiava Draco era quando Harry se entristecia e se fechava dentro dele mesmo. Parecia que nada o fazia soltar a língua, ele só queria que o rapaz falasse, nem que fosse pra discutirem por besteira. 

Acabou que Draco se deitou nas pernas do rapaz, a barriga para cima e os pés cruzados no final da cama, as mãos dele foram automaticamente para os seus fios loiros em um carinho leve. Harry sorriu suavemente para o loiro que afundou seu dedo na curva daquele sorriso. Ele e seus cabelos mágicos venceram de novo. 

-x- 

Draco não queria acordar seu marido depois de terem demorado tanto para dormir. Ele sabia que era normal sentir desejos, já havia passado por essa experiência do lado fora com Astoria. Também não era a primeira vez. 

Não que ele sentisse desejo de comer Ostras ao Vapor no meio da madrugada, mas a questão era que Draco não falava. Ele nunca infernizaria Harry durante a noite para que o rapaz trouxesse o que ele quer, mesmo sabendo que ele faria exatamente o que pedisse e ficaria acordado até terminar de comer tudo o que sentia vontade. O moreno nunca se importaria, era seu filho que estava ali e ele se divertia com a situação. Mas Draco não falava o que queria e simplesmente não dormia

Ele levantava da cama de mansinho da cama e ia pra sala, antes passava na cozinha e revirava tudo para ter certeza de que não havia nada que quisesse ali. Depois sentava no sofá, esperando amanhecer, um livro ou um filme lhe fazia companhia até que pudesse correr até o mercadinho mais próximo e voltasse por exemplo, com uma caixa de balas azedinhas e pirulitos de morango. 

Naquela noite, seu plano de esperar o sol nascer para correr atrás de seus chocolates com caramelo foram por água baixo. Harry estava com o sono muito leve para não perceber Draco cambaleando para sair da cama. Como já estava acostumado com aquele tipo de atitude, sabia que perguntar não adiantaria, não conseguia alcançar aquela resistência que o loiro impedia de ser servido. 

- Posso ir com você? - Perguntou, a voz lenta de sono. 

Draco se virou rápido, deixando transparecer a surpresa de ter sido pego. Seus ombros caíram um pouco. 

- Eu só ia até... - Harry levantou uma sobrancelha. O loiro riu. - Certo, você sabe o que eu ia fazer.

Draco voltou para cama, onde Harry se aconchegou até ele, depositando um beijo leve em seus lábios e a mão quente sobre a barriga em evidência sentindo seu bebê. 

- Você sabe que sempre pode me morder se a vontade for grande e não der para esperar o mercadinho abrir, né? 

Draco riu, fazendo um biquinho em seguida como se considerasse aquela ideia. 

- Posso te cobrir de chocolate e caramelo? Você já é gostoso, mas vai ficar muito mais, eu garanto. 

Harry sorriu enrugando os olhos antes de beijar o loiro novamente. 

- Sempre. - Disse, se levantando da cama para buscar chocolate com caramelo para o pai do seu filho. 

-x- 

James balançava os pés sentado no banco enquanto esperava Teddy fazer mais algumas manobras no seu skate. Ele gostava de observar o garoto cair e se levantar de novo, nunca desistia, nem choramingava com aquele arranhão enorme no braço. Teddy era durão. 

Vez ou outra o de cabelos azuis largava o shape para beber um pouco d'Água e dar um beijo suado em James. Na frente dos amigos e de todo mundo que conhecia os dois desde criança. Ontem o garoto fez o mesmo, na frente dos seus avós! Ele quis derreter para debaixo do carpete de vergonha e ainda precisou aguentar vovô Potter choramingar que o bebê dele estava crescendo muito rápido. 

Uma garotinha passou correndo, ela empurrava um patinete muito maior que seu tamanho até o outro lado do parque. James não conseguiu evitar de sorrir, se lembrando de Lily sentando no banco da sua bicicleta ditando o caminho. A saudade de casa bateu no garoto com a intensidade de um caminhão. Ele estava evitando atender às ligações do pai e nem falava com seus irmãos quando este ligava. Isso era péssimo, não era certo. Seu coração bateu forte se sentindo culpado por te sido tão egoísta. Talvez pudesse ficar em casa e tentar aturar Draco e Scorpius. Sentia mais saudades de casa do que rancor daquela família nova. 

Se levantou do banco e acenou para Teddy que veio correndo ao seu encontro.

- Vou pra casa, você vai lá me ver no sábado? - Disse rapidamente. 

- Eu vou lá hoje à noite, seu doido! - Respondeu o outro, não entendendo a confusão. James balançou as mãos tentando se explicar.

- Não! Pra casa a minha casa, não as dos meus avós. - Revirou os olhos. 

Teddy suspirou apaixonado e abraçou James que empurrou o garoto com as duas mãos, tentando desviar também dos beijos que ele depositava por todo seu rosto.

- Edward, ECA! Você está todo nojento e suado! 

Edward, não se importou com nada do que ele disse, o apertando ainda mais e rindo de seus grunhidos irritados. Quando finalmente foi solto, e despediram decentemente (com beijinhos nas sardas e um molhado nos lábios), James correu até a casa de seus avós. Se ele arrumasse a mala poderia ir de trem e chegar em casa antes do jantar. 

Entretanto o destino tinha outros planos, no gramado da casa lilás dos Potter, havia o conhecido carro prata que costumava ocupar a garagem do vizinho. O vizinho que casou com seu pai. 

- Jay! - Sua vó o cumprimentou na entrada, com o sorriso idêntico ao do seu pai. 

Outra pessoa que cumprimentou James, com os olhos porque a boca estava ocupada na xícara de chá, era Draco. Seu coração palpitou. 

- Cadê meu pai? - Desconfiou. Ignorou o som de desaprovação vindo da sua vó, ela odiava aquele tipo de maus modos. 

- Em casa. Eu vim sozinho pra tentar te convencer a voltar. Ele sofre sem você, James, além do mais, você já está há semanas sem ir pra escola, sei que tem pego as aulas com os colegas mas sua vaga--

- Eu volto. - Os olhos cinzas de arregalaram como duas bolas de gude. 

Draco tinha ensaiado um enorme texto antes de sair de casa. Ele até mesmo tinha uma lista para mostrar a James o porque dele precisar voltar, esperava que fosse muito mais difícil convencer o garoto. Bem mais difícil que aquilo. 

- O q-que? - Engasgou com o chá, tossindo algumas vezes. - Desculpe. 

James quis rir, segurando seus lábios um no outro. Levantou um pouco o queixo e repetiu.

- Tudo bem, eu volto pra casa. Vou arrumar minhas coisas. 

Sem esperar resposta, fez a curva da sala até o corredor onde ficava os quartos. Draco e Vovó Potter ficaram sem reação com tamanha atitude, James era tão impulsivo quanto teimoso e eles nunca se acostumariam com essa personalidade. 

Vovô Potter não estava lá cidade, então James precisou escrever um bilhete prometendo que ligaria todos os dias e que voltaria para visita-lo em breve. 

- Você sempre terá seu cantinho aqui, Jay. Eu amo você, está tomando a decisão certa. - Elogiou Lily, deixando seu beijo doce no alto da cabeça do garoto. 

Uma vez dentro do carro, James cruzou o cinto na frente do corpo e esperou Draco se despedir da sogra. Reparou eu  o banco estava muito na frente do volante, se soltou do cinto para ajeitar o mesmo. Se lembrou de como sua mãe odiava quando Harry mexia no banco quando ela estava enorme esperando Lily. Essa lembrança fez seu peito chiar de saudade, era algo bom porque Ginny sempre tinha um jeito engraçado de brigar com seu pai. Ao mesmo tempo, pensou em como Draco viajou por todo aquele caminho desconfortável, a barriga pressionando no volante, porque estava relativamente muito perto para alguém grávido. 

Quando o rapaz tomou seu lugar no banco do motorista, percebeu de imediato que algo estava diferente. Mas James apenas colocou um par de óculos que estavam no porta-luvas e fingiu que nada estava acontecendo. 

O caminho foi até a metade em perfeito silêncio, as vezes Draco cantarolava as musicas no rádio e James guardava só pra si que gostava de escutar o padrasto cantar. 

Eles pegaram um pouco de trânsito nas rodovias, atrasando o caminho de volta. James teria dado uma crise se Draco não fosse esperto o suficiente, parado o carro e enfiado todos os sabores de donuts que ele conseguisse comer de uma loja na estrada. 

- Porque você fez isso? - Perguntou, todo o rosto sujo de creme e granulado colorido. 

Potters não sabem alimentar sem parecer que estavam em uma guerra de comida.

- Porque eu estava com muita vontade de comer esses recheados com creme de limão. - Respondeu simplesmente, tentando limpar o volante que já estava grudento.

James revirou os olhos.

- Não. Quero saber porque foi atras de mim. 

Draco lambeu o açúcar dos lábios. 

- Eu quero que você goste de mim, quero que você entenda que eu também sou sua família e seu lugar é comigo e Harry e seus irmãos. Eles queriam vir comigo, mas infelizmente só consegui trazer um deles. - Riu, apontando com a cabeça a barriga aparente. 

James se desarmou com um sorriso.

- A barriga da minha mãe, quando Lily estava nela, se mexia muito quando ela comia doce. - Se lembrou. Draco levantou a sobrancelha.

- Oh meu Deus, então é por isso que ele está dançando aqui dentro. Olha isso! 

Sem pensar, o rapaz pegou o braço de James e pousou a mão na sua barriga e talvez pelo excesso de açúcar no sangue, o garoto permitiu. E por um momento, ele não sentia raiva, nem rancor ou ciúmes, só sentia que o tempo corresse e pudesse conhecer a criaturinha que rolava de um lado pro outro na barriga de Draco. 

- Ele já tem um nome? - Quis saber, dizendo baixo, como se qualquer som alto fosse fazê-lo parar de se mexer. 

Draco soltou o braço de James, deixando que o garoto o tocasse por vontade própria. Mordeu o lábio quando percebeu que ele não se moveu para se afastar. 

- Eu pensei em Evan, mas ainda não tenho um segundo nome e também ainda não conversei com seu pai sobre isso... 

- Caleb. Poderia ser esse o segundo nome? - Interrompeu, ainda deslizando  sua mão sobre a barriga, ele estava se acalmando agora. 

- Evan Caleb? - Draco repetiu algumas vezes, o nome se acostumando na sua língua com facilidade. 

James se afastou, se ajeitando no banco de passageiro, enfiando mais um donut na boca. 

- É um bom nome para o primeiro Potter-Malfoy, você não quer deixar essa tarefa pro meu pai né? 

Draco balançou a cabeça freneticamente. 

- Não! 

James gargalhou, colocando os óculos de volta no rosto. Draco voltou para a estrada. Até chegar em casa eles conversaram um pouco mais do que antes. Açúcar realmente ajudava. 

Todos ficaram surpresos quando os dois chegaram sorrindo e se dando bem. Depois de amassarem James até ele berrar para que se afastassem, contaram como foi a viagem. Olhares confusos foram jogados quando souberam que, de fato, foi tudo bem, sem nenhuma briga. Agora, Harry os ameaçou com o termômetro quando revelaram que escolheram juntos o nome do bebê. Scorpius se animou muito mais com o segundo nome do que o primeiro chamando - e logo depois contagiando toda a família - o seu irmão, de Baby Cal. 


Notas Finais


Quão fofinho é o Baby Cal? E ele ainda nem nasceu! 🍼
Eu vejo vocês logo amorinhas! Desculpa qualquer erro e espero que tenham gostado da att.

All the love,
Nyme.


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