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História The Kids Are Alright - AU Drarry mpreg - Oh, you know you can't go on thinking 'nothing is wrong'


Escrita por: nyymeria

Capítulo 28 - Oh, you know you can't go on thinking 'nothing is wrong'


Draco nunca passou seu tempo em hospitais. Quase não se machucava e muito menos ficava doente quando era criança, teve catapora uma vez apenas e nem precisou de internação.

Harry era o doente. Uma brisa que passasse entupia seu nariz e a gravidade não era muito sua amiga. Draco se lembra quando o rapaz tropeçou no chão reto e ralou metade do rosto. Ele ficou parado olhando o namorado choramingar no chão se perguntando como aquilo tinha acontecido.

Oh, certa vez Harry precisou ficar dois dias no hospital por conta de uma infecção estomacal. Draco ralhou com ele em toda sua estadia no lugar porque  deveria ser mais cuidado com as porcarias que comia. Não adiantou de nada, no dia seguinte em que recebeu alta, Harry estava sentado na lanchonete mais suja que ficava ao lado do colégio.

Draco não sabia se estava tendo aquelas lembranças em sonho ou se estava realmente acordado. Escutava vagamente algumas pessoas, conhecidas e não, sua boca estava amarga e a garganta seca. Tudo estava dolorido, como se não pudesse nunca mais se mover novamente. Mas, alguma coisa nele se mexia e como aquele pequeno cutuque o fizesse se lembrar, pensando que - Graças aos céus e tudo que havia nele - aquela parte em si estava bem viva.

Foi apenas preciso um remexer na cama para uma mão quente segurar a sua. Nem precisava abrir muito os olhos para encontrar um sorriso de criança mais feliz por ele ter acordado do que um bebê quando vê as luzes de natal pela primeira vez.

- Não foi dessa vez que se livrou de mim, Potter. - Disse, e percebeu que sua voz estava arranhada.

- Eu iria te buscar aonde estivesse e te traria de volta pelos cabelos se precisasse. - Os olhos verdes diminuíram.

- Você é um homem das cavernas, Harry James.

A fisionomia de Harry mudou de brincalhona para pensativa agora. Conhecia seu marido, sabia que ele usava das piadas e do sarcasmo para esconder o que realmente sentia dele. A conexão foi pega por Draco que logo decidiu dissipar as preocupações.

- Eu estou bem, doce. - Sua voz não parecia confiável, mas era só a rouquidão da garganta seca.

Harry se sentou no pé da cama, esquentou sua mão antes de colocar sobre a barriga de Draco. Cal estava mostrando sua energia se mexendo sob a mão do pai, o homem soltou um suspiro que tinha muito mais que alivio.

- Vocês são fortes. Nunca duvidei disso, mas Teddy se nega a me contar o que houve, James não me convence. Como foi que tudo isso aconteceu?

Harry estava muito calmo, mesmo assim fez o coração de Draco começou a martelar. Parando para relembrar, tudo foi por um descuido, era difícil de explicar ao seu marido que o filho dele aparentemente não iria baixar a guarda para acabar com as brigas e aquilo estava subindo a níveis exorbitantes.

- Certo. - Ele encarou Harry.

Silêncio.

- Certo...? - O moreno queria uma resposta. Para por um fim naquele assunto.

- Você poderia trazer Lily? Eu estou com saudades do bebê.

- Draco nós estávamos no meio de uma conversa--

O loiro pousou a mão na testa.

- Eu só estou cansado para assuntos assim.

Harry mordeu o lábio. Concordou com a cabeça. Quando entrava naquele modo, não adiantava insistir. Sua mão deixou a barriga agitada e Draco sentiu a perda do calor, sabia que tinha irritado o marido mas não achava as palavras certas pra explicar.

A cama fez barulho quando o rapaz se levantou e pôs seu casaco em silêncio. Draco fez um grande bico ao ser beijado longamente na testa. Mesmo que fosse por um breve tempo, não queria que o seu doce fosse embora.

- Talvez quando eu sair sua mãe entre. - Disse baixo, o rosto muito próximo do de Draco. - Talvez ela também diga que eu a ameacei de morte. É verdade.

A feição do rapaz foi de espanto.

- Como assim você ameaçou minha mãe de morte?!

Harry estreitou os olhos. Ele seria vingativo.

Tudo que Draco teve em seguida foi uma risadinha cínica de Potter e um pequeno aceno da porta.

-x-

Teddy estava pisando duro na frente. Seu rosto queimava de nervoso e seus cabelos mudariam de cor magicamente se ele pudesse expressar sua raiva de uma forma física. Seu peito doía de raiva e estava se segurando para não cair no choro no caminho do estacionamento.

Ele odiava mentiras.

E James mentia tanto.

Isso enlouquecia Teddy que estava na frente do carro roendo sua cutícula. Iria acabar com seus dedos daquele jeito mas o nervoso era tanto que não podia evitar. Respirou fundo. Enxergou dois pontos vindo em sua direção.

Seu padrinho estava furioso. Primeiramente porque não sabia sobre a queda de Draco que causou toda aquela confusão. E ele não iria contar! Quem deveria abrir a boca e dizer que se comportou como um idiota, era James! O garoto atrevidamente ainda havia dito que Teddy deveria ajudar a contar. Ora, sim, ele poderia ajudar, mas não abrir a boca enquanto o outro ficava quieto no canto maquinetando outra mentira para Harry não ficar tão irritado com ele. 

O que leva a segunda coisa que deixou Harry a ponto de por o hospital abaixo. James não sabia onde Scorpius, Lily e Albus estavam. Porque mentiu, para variar, dizendo que Albus quem havia teimado em não querer que ele o buscasse, quando na verdade, James quem estava com muita preguiça para buscar as crianças. 

A coisa só piorou de forma quando Tia Cissa apareceu, dizendo para Harry se acalmar que Astoria estava com as crianças, inclusive Albus, na casa dele. 

É claro que Harry não se acalmou. Sorriu nervoso e lançou aquele olhar que fez Teddy choramingar por ter recusado viajar para o Havaí com sua avó. 

Dentro o carro agora, estava tudo em silêncio. Harry corria com o carro até a fazenda, resmungando o quanto os dois eram irresponsáveis e que ele ia descobrir "de cabo a rabo" como toda aquela história aconteceu. 

O rapaz de cabelos coloridos saltou do carro assim que foi estacionado e saiu em direção ao curral. Ficar um pouco com os bichos seria bom. Seu braço foi segurado com força. 

- Por que você está com raiva de mim? Não tem motivo pra isso. 

Teddy se livrou do aperto o mais brusco que conseguiu. 

- Me emputece você mentindo pro seu pai!

- Eu não menti! Só não contei tudo ainda, eu vou contar, só estou esperando ele se acalmar um pouco. 

Teddy revirou os olhos. 

- Eu prometo. - James levantou as mãos em rendição. - Viu só? Sem dedos cruzados. Eu vou contar. 

O de cabelos azuis ficou encarando o outro por um tempo. James suspirou esticando a mão para ele. 

- Vamos! Se você ficar aqui vai ser mais um motivo pro papai ficar irritado. 

Teddy não segurou a mão, mas seguiu James pelo jardim, não podendo fazer outra coisa a não ser confiar. 

-x-

Astoria não podia estar mais entediada. Depois de ter tentado inutilmente fazer Scorpius deixar Lily em casa com o irmão mais velho e acompanhá-la para seu apartamento, ela se transformou na babá pelo resto do dia. Pelo menos serviu para conhecer coisas sobre a nova vida de Draco que ela não fazia noção de que era importante.

Por exemplo, ele gostava mesmo de morar naquela fazenda que era duas vezes menor que sua casa sentindo cheiro de esterco todos os dias? 

E aguentar aquelas crianças insuportáveis? A mais nova era tão agitada quando um ratinho dentro de uma gaiola. Corria o tempo todo e se machucava o tempo todo também. Ela teve que ficar o dia todo escutando passos pesados no assoalho acompanhado de unhas de cachorro que seguia a garotinha por todo o canto. 

Ah e tinha o coelho que fizera sua alergia se manifestar em proporção estelares; 

Seu filho que tentava fazer acontecer um romance infantil dramático bem ali na sua frente, porque o namoradinho Potter estava muito desconfiado com a presença da moça ali. 

E tinha cheiro de esterco;

O silêncio que era ensurdecedor e os vizinhos muito enxeridos. Duas senhoras vieram saber se Albus estava bem, porque uma hora ele estava sozinho e na hora seguinte estava com essa moça que elas nunca havia visto na vida. 

Ela encontrou refúgio na cozinha. Achou Harry muito esperto por ter uma porta na cozinha. 

Você a fechava e pronto.

Paz e silêncio. 

Ela mexeu em tudo que conseguia por ali para passar a tempo. Encontrou uma lista das coisas que as crianças tinha alergia e achou bonitinho. Acho que era a ideia de família que deveria encantar Draco. Ele era um romântico incurável o que enjoava um pouco Astoria. 

Sua mão pegou uma caixa de macarrão com queijo instantâneo. Acho que um pouco de comida faria aquelas pestes se acalmarem. Ela só queria saber se Draco tinha tido ou não o bastardinho, para levar as crianças até o hospital e Scorpius para casa. Explicaria o porque de tudo aquilo depois. 

Nem bem tinha servido comida as crianças,tentando inutilmente não descolar nenhuma de suas unhas e seu cabelo não cair dentro do prato quando Harry entrou na cozinha como se ela estivesse estripando cada uma das crianças e dando para o cachorro comer. 

- Solta essas as colheres agora! 

- PAPAI! - Lily soltou sua colher, batendo o metal no macarrão melado fazendo voar diretamente no casaco de grife de Astoria. 

A mulher levantou as duas mãos, balançando a cabeça com indignação. Um sorriso falso para Harry não perceber que ela na verdade queria sacudir a filhinha até a mancha de molho de queijo sair da sua roupa. 

- Espero que você esteja aqui com boas notícias. - Disse quebrando o silêncio.

Harry pareceu chocado. Por um acaso aquela vampira estava dentro da casa dele, dizendo o que ele deveria estar fazendo? Sua risada foi nervosa. 

- Estou aqui para que você vá embora, Astoria. Tchau. 

- Scorpius vai comigo. - Disse petulante.

- AH mas não vai MESMO.

oh-oh - Albus disse baixinho, puxando Scorpius pela camisa e quase correndo para fora da cozinha. 

James foi rápido para puxar Lily do cadeirão e ser seguido por Teddy para fora do cômodo. 

- Scorpius é meu filho e eu vou levar ele essa noite junto comigo. 

- Se essa criança sair daqui, eu vou até a polícia caracterizar como sequestro. O segundo em um só dia, porque pegar ele e a minha filha na escola e rodar com eles por ai também foi um sequestro. 

A cor pareceu ter sumido do rosto bem maquiado da mulher. Não perdendo a postura, inflou o peito.

- Eu e Draco estamos por lei dividindo a guarda. 

Harry ironicamente torceu a boca, procurando com os olhos algo invisível. 

- Eu não vejo nenhum papel que me diga isso, algo confiável para eu te entregar Scorpius. Muito menos Draco. - Seus rosto se iluminou. - Oh, mais um ponto pra mim, outro indicio de sequestro é você querer levar o garoto sem o pai dele estar por perto para conceder e testemunhar.

Astoria não tinha mais nada com que argumentar. Mas mesmo assim não desistiu. 

- Você não deveria me subestimar, Potter. 

Seu hálito quente estava próximo do rapaz agora. 

- Eu não estou, Astoria. Mas hoje, você não vai passar por cima de mim.  Scorpius não vai sair dessa casa. 

Harry foi mortalmente encarado, enxergando a fundo que Astoria era do tipo de pessoa que não se importava com os meios ou o que derrubasse pelo caminho. Ela destruiria tudo e qualquer coisa para ter o que quer. Machucava pensar que o prêmio dela era ter Scorpius para destruir Draco. Sentiu medo por talvez não ser capaz de lutar contra algo tão pesado. 

Quando o perfume doce deixou suas narinas, ele percebeu que estava de olhos fechados para toda aquela observação. Respirou fundo várias vezes antes de voltar para a sala e ser forte para as crianças, era noite e ficava tarde a cada minuto. Teria que passar a noite com Draco no hospital, deixando eles com Dean que tinha deixado Harry sozinho apenas por algumas horas para deixar Glenda em casa e buscar sua filha e Seamus para passar a noite com as crianças. 

Harry se sentiu sortudo por amigos como eles. 

O rapaz ainda teve tempo de dar banho e Lily e fazer promessa de que ela iria ver Draco assim que acordasse. A mesma promessa foi feita para Scorpius que estava uma pilha de nervos. Harry se impressionava por um garoto tão novo ser tão ansioso. 

Teddy seguia estranho, lançando olhares para James e seguindo Harry pelos cantos como se fosse um cão de guarda, em falar nada. 

- Está tudo bem? - Perguntou impaciente, antes de sair. 

- Não está. - Teddy falou de repente. - James precisa te falar algo. 

Harry se atrapalhou com o relógio enquanto esperava o filho dizer algo. 

- Então... Eu... Queria saber se... 

- Se...? - Harry estava quase achando graça daquela cena. 

- Se eu posso usar a sua última massa de cookies. As crianças estão sem comer, já que você jogou o macarrão de Astoria fora achando que estava envenenado e tudo mais...

- Ah, era isso? - Harry riu. - Não sabia que vocês levavam biscoitos tão a sério, claro que pode. Nem precisava todo esse drama. 

Harry beijou a testa de cada um dos meninos antes de sair rapidamente e escondido. Se Lily o visse saindo iria começar a chorar e - pela terceira vez - ele teria que inventar algo para escapar de suas pequenas mãos possessivas. 

- Me desculpa. Eu travei. Só queria que ele ainda ficasse de bom humor para passar a noite com Draco. 

Teddy riu seco. 

- Agora você é bonzinho, então?

Deu as costas, pisando duro mais uma vez escada a cima. James ficou no andar de baixo com o coração pesado, sentindo como se Teddy tivesse batido sua cabeça na parede várias vezes. 

Palavras machucam mais que uma faca afiada. 

 


Notas Finais


Speak!Nyme: Capitulo curtinho e meio ruinzinho porque eu estava com saudades de postar e triste por abandonar vocês.

Mas tenho notícia boa! Estou de férias da faculdade e vou ter mais tempo, com fé menos estressada e com a cabeça melhor para atualizar mais e escrever coisa nova e dar atenção pra vocês! HÁ!

Vamos torcer.

Desculpa pela demora e obrigada por me esperar.

Love u all. 🌹

Nyme.


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