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História The Kids Are Alright - AU Drarry mpreg - Let the future pass but don't let go


Escrita por: nyymeria

Capítulo 31 - Let the future pass but don't let go


A mulher de voz aveludada dizia que eles teriam a maior nevasca daquele inverno. Conselhos como não esquecer de ver se a neve estaria tampando o registro de gás e usar pneus de neve para o carro era um deles.

Harry chegou com a sua xícara de café para mais perto do aparelho a fim de tentar escutar mais algum detalhe sobre a nevasca, mas a radialista já havia mudado o tom de voz apresentando mais uma das músicas pop do momento. Ele se contentou com o que tinha.

A casa estava em uma das suas horas douradas, como ele costumava dizer, era quando todas as crianças estavam dormindo ao mesmo tempo e ainda faltavam pouco tempo para acordarem como habitual. O relógio bateu 6:30 em ponto. Lily acordaria em meia hora, talvez minutos mais tarde por causa do frio, mas a menor nunca dormia mais do que isso. Harry bocejou se lembrando das vezes em que sua filha o levantava as 5:45 para assistir desenhos com ela. Ele estava feliz que aquela fase havia passado.

Geralmente, depois que Lily acordava era difícil manter os outros moradores dormindo. Albus se levantava uma hora mais tarde, com seus cabelos pro alto e uma coberta nas costas com Scorpius nos seus calcanhares sempre e James era o mais forte, ficando até mais tarde na cama com vários travesseiros sobre a cabeça.

Harry queimou o lábio com o café, se distraindo com todas as peculiaridades dos seus filhos e respirou fundo para aproveitar a hora dourada que lhe restava.

Passos preguiçosos começaram a se arrastar escada abaixo assim que Harry havia resolvido fazer cookies, ele já estava com a mão na massa, e seu pescoço se esticou para ver quem era além da porta da cozinha. Pensou que fosse Draco, uma vez que o rapaz não encontrava posição alguma para dormir com a barriga cada dia maior, sem falar nas dores que sentia em qualquer ângulo que ficava. Harry havia saltado da cama ao menor resquício de sono profundo que encontrou no marido e seu coração se apertou ao perceber que a tranquilidade havia durado tão pouco ao seu esposo.

Mas, para sua surpresa, com o cair das gotinhas de chocolate dentro da massa, quem apareceu a sua frente com olhos inchados e muitas sardas, era James. O garoto parou na frente da porta e Harry de repente não sabia o que falar.

Eles não conversavam desde a briga da noite anterior, e havia um peso no coração de ambos que era difícil ser resolvido. James nunca havia apanhado na vida, ainda mais de seu pai, que apesar de ter as cordas vocais abençoadas para gritar nos sete cantos, nunca passara disso e em seu braço tinha pequenas marcas de dedos que o lembraria que tanto seu pai, quanto ele mesmo havia passado dos limites.

Harry não justificava sua raiva, ele se sentia doente por dentro por ter prensado James no chão. Ele não sabia como pará-lo, isso era um fato, mas pesava sua consciência ter usado a força física, violência não o faria entender.

- Dia. - Respondeu calmo, enquanto colocava gotas extras em alguns biscoitos já na forma.

Ele sempre fazia isso, era a graça que as crianças tinham em encontrar qual deles tinha mais chocolate. Em outros tempos James teria tirado proveito disso uma vez que havia visto os biscoitos sendo preparados, mas agora ele nem mesmo sabia se sentiria fome novamente.

Sua resposta foi um leve limpar de garganta e suas mãos foram até o armário atras de um copo limpo.

Harry colocou os biscoitos no forno e ajeitou o timming para que o forno elétrico desligasse sozinho e não queimasse seu trabalho. Esperou que James colocasse o copo de água que bebera na pia para que tentasse uma comunicação mais uma vez.

- Vista alguma coisa quente, nós vamos sair em dez minutos.

James piscou por uns instantes.

- É para arrumar minha mochila.

Harry franziu a testa, entendendo segundos depois o que o filho queria dizer.

- Não estou te botando na rua, nós vamos apenas dar uma volta.

James concordou com a cabeça, fazendo seu caminho de volta para o quarto.

O garoto voltou quinze minutos mais tarde usando tênis com meias grossas e dois suéteres embaixo do seu hoodie com o logo de uma boyband que fez Harry levantar as sobrancelhas.

- Achava que não gostava mais deles. - Murmurou, colocando alguns cookies dentro do saco de papel para viagem.

James deu de ombros. Ele pegou a primeira coisa que veio no guarda-roupa, para ser sincero.

Harry olhou seu relógio de pulso, marcava sete e trinta. Esperou para ver se algum resmungo acontecia nos andares de cima, mas acreditou que o aquecedor estava fazendo seu trabalho deixando que todos dormissem até mais tarde. Rasurou um recado desajeitado que foi deixado na frente do forno e lido por Teddy alguns minutos mais tarde de ter saído com o carro.

"Dada e Jamie voltam logo! :)"

-x-

James colocou um biscoito na boca sentindo o quentinho doce do chocolate em sua língua. Seu pai havia colocado café em um copo grande térmico também, era quase como se fosse apenas um tempo pai e filho normal se não fosse pelas lembranças do dia anterior.

O céu estava azul, o sol de inverno estava derretendo a neve, deixando a pista escorregadia. Harry dirigia com cuidado e era quase engraçado pensar que teriam uma nevasca, talvez a metereologista da rádio estava errada.

- Onde estamos indo? - James disse tentando limpar o canto da boca com a língua. Ele reconhecia o lugar, estavam perto da casa de sua vó, mas seu coração ficou gelado quando seu pai passou reto pelo portão branco.

- Você vai ver, estamos chegando.

O carro desceu uma ladeira curta e virou à esquerda. James viu a casa dos seus antigos vizinhos, de sua vó Molly, viu a casa de Teddy que era colada com a de seu tio Bill. Era estranho agora, saber que viviam tão próximos um do outro. Ele sorriu sentindo saudades.

Seu pai parou o carro em frente à casa de fachada amarela. O peito de James ardeu, ele até mesmo escutou sua mãe reclamar da cor da casa. Ela não gostava de amarelo. Harry fez um sinal para James descer do carro, ele não havia percebido que tinha ficado atônito em apenas estar perto do seu antigo lar.

Ele desceu cuidadosamente, subiu as pequenas escadas e entrou na varanda. Ainda tinha vasos de plantas, cobertos de neve agora, mas estavam lá. Do canto esquerdo do quintal dava para ver o escorregador vermelho que ele e seus irmãos brincavam.

- Vamos entrar?

James estava assustado. O que seu pai queria com tudo aquilo? A mão de Harry estava esticada e quando James a grudou com a sua percebeu que ele não era o único nervoso.

-x-

Draco se sentia abandonado. Estava tão frio quando ele acordou, Harry não estava com seu bumbum quentinho o esquentando e isso o deixou profundamente triste. A essa altura ele estava pouco se importando com os seus hormônios descontrolados e chorou como uma criança quando Teddy lhe falou sobre o bilhete.

O adolescente não sabia muito bem o que fazer com um homem daquele tamanho chorando tão triste só porque o marido havia dado uma saída rápida. E menos ainda quando Draco o puxou em um abraço soluçando alto em seu ombro.

- Eu sou tipo... O novo Harry agora? - Disse. Draco levantou a cabeça do ombro. Fungou, pensando. Deitou a cabeça em Teddy novamente.

- Sim. E vai ter que fazer tudo que eu pedir até o verdadeiro Harry voltar. - Suspirou. Rindo por dentro do desespero que deve ter causado no garoto que o abraçava desajeitado.

-x-

A casa estava igual, como se James estivesse dentro de uma máquina do tempo e transferido para anos atras. Ele realmente esperou Ginny descer as escadas e dizer algo. Se ele concentrasse sentiria o perfume dela pelo ar.

Harry estava com os braços cruzados observando o filho andar pela casa. Os móveis da sala estavam do mesmo jeito que deixaram, coberto com pó e plástico mas ainda eram os móveis de seu lar.

- Achei que você tinha vendido aqui. - James disse baixo.

- É difícil pra mim me desligar também. Essa casa era o sonho da sua mãe. Um sonho que a gente construiu juntos e me aperta ter que desistir dele.

- Mas você quis se mudar porque ficar aqui era demais pra você, lembra? Você mesmo quem disse! - Rebateu.

Harry concordou com a cabeça. E se sentou nas escadas que davam para o andar de cima. Ele estava de frente para o filho agora, mas na linha de visão, James o olhava do alto.

- Eu e sua mãe tínhamos uma acordo. - Ele esperou que James falasse algo antes de continuar. - De que se nada desse certo na nossa vida amorosa, a gente se casaria.

James apertou os braços cruzados. 

- Eu sempre fui amigo do seu tio Ron desde que me entendo por gente, mas em certos aspectos Ginny sempre foi mais compreensiva e amiga. Eu me aproximei muito dela com os anos. Principalmente depois que Draco foi embora. 

- Se vocês eram só amigos então porque se casaram? Por causa de uma promessa idiota? Você eram novos ainda. - James dizia mau-humorado. 

- Não eramos só amigos convencionais, James. E também não era uma promessa idiota. Mas tudo bem, eu entendo que esteja bravo, isso tudo soa como se eu não a houvesse amado o suficiente. 

- Sim. - Disse entre os dentes. 

James sabia que seu pai nunca havia tirado Draco da cabeça, ele se lembra de alguma coisas que sua mãe dizia quando brigavam. E agora saber que eles se casaram por uma promessa, o enraivecia muito mais. 

- Eu sinto muito que a nossa história não seja o conto de fadas que você pensou. Mas eu realmente amei sua mãe todos os minutos que estivemos juntos. Ela era quem me segurava. Eu também perdi Ginny, James. 

O garoto se encolheu dentro do moletom. 

- Não nos casamos por conveniência, muito menos por uma promessa. Nos casamos porque você veio e deduzimos que talvez fosse um pequenos sinal de que deveria ser assim e depois seus irmãos foram só a confirmação de que daria certo. Que conseguiríamos. 

Os olhos de James já estavam queimando com as lágrimas, ele nunca mesmo tinha escutado a versão de seu pai sobre o casamento deles. Tudo que ele tinha era coisas da sua cabeça que ele imaginava. 

- Mas... Eu lembro que... Uma vez você disse que ficaria longe de casa que talvez vocês se separariam. - Harry afirmou com a cabeça. 

- Sim, mas logo em seguida sua mãe ficou doente. E eu entendi como mais uma confirmação de que não deveria deixá-la naquele momento. 

James se sentou ao lado do pai na escada empoeirada. 

- Ela era sua melhor amiga. 

Harry suspirou profundamente, a mão apoiando o queixo enquanto varria com o olhar todo o cômodo. 

- Ela era minha melhor amiga. 

-x-

Nuvens carregadas preenchiam o céu naquela parte da cidade. Draco tentou ligar para o telefone de Harry alguma vezes mas estava fora de área. Ele tentou não se preocupar. Teddy estava na sua frente fazendo mímica. Albus e Scorpius tentava adivinhar fervorosos o filme que o de cabelos coloridos tentava dizer, Lily imitava os gestos de Teddy. Ela não havia entendido muito bem as regras do jogo. Ele próprio deveria estar tentando adivinhar, e os curtos olhares de Scorp para ele o fez endireitar a postura e voltar sua atenção para as crianças. 

- O Chamado. - Ele disse. Teddy já estava se arrastando no chão com os cabelos na frente do rosto há quase 10 minutos. 

- Ah! Não tem graça Draco, você sempre acerta. - Albus disse frustrado. 

Draco riu e arrastou pelo sofá para tentar levantar. Uma câimbra na sua barriga o fez se segurar no braço do sofá. Aquela foi forte, lhe faltou até o ar. 

- Pai? Tá tudo bem? - Scorpius já estava ao seu lado. Draco se esforçou para sorrir por cima da dor. 

- Estou. Estou bem. O bebê só se espreguiçou, mas vou ficar só adivinhando agora tudo bem? Albus, quer pegar a minha vez? 

O garoto pulou do sofá e começou a fazer movimento com as mãos. 

- Que isso, garoto? Isso não se parece com nada! - Teddy reclamou. Fazendo Scorpius gargalhar, as crianças estavam distraídas novamente e Draco olhou o celular mais uma vez a procura de uma chamada perdida.

-x-

Os andares de cima estavam quase vazios, exceto pelo antigo quarto de Harry e Ginny que era onde James estava com o próprio. Sentados na cama empoeirada. 

Era como se o seu pai tivesse aberto uma caixinha dos segredos e tudo estivesse mais claro, ele entendia o homem melhor e era menos dificil julgá-los por suas escolhas. A culpa pelo seu comportamento com Draco pesou fundo conforme ele contava tudo o que o rapaz e ele tinham passado.

- Minha mãe odiava Draco? - Harry riu. 

- Ela tinha ciúmes, é claro... Mas odiar não. Ela até mesmo queria me ajudar a procurar-lo, mesmo depois que tínhamos nos casado. 

Quem ama deixa ir. Não podemos obrigar ninguém viver preso a nós. 

James sabia que sua mãe falava isso a todo momento. Mas era uma verdade muito difícil para ser seguida. 

- Foi culpa minha o Draco ter escorregado... e se machucado... 

Harry olhou para o garoto, o nervoso subindo pelo seu pescoço. Respirou fundo, uma, duas, três vezes. 

- O que foi que aconteceu? - Tentou entender. 

- Eu briguei por bobeira então o Teddy me levou até os coelhos para nos distrair e então ele escorregou no chão molhado. Mas não deixa de ser minha culpa. 

Harry encarou o filho. O quarto estava escuro porque não entrava mais nenhum sol da janela. 

- Draco não tem culpa das coisas que aconteceram com a gente, você sabe não é? 

James fungou baixo. 

- Sei agora... Mas também gostaria de ter um jeito de saber o que a mamãe diria sobre vocês. 

Harry parou para pensar, puxando a barba do queixo. 

- Tem um jeito, na verdade. 

-x-

Foi preciso mais três pontadas como aquela na sala para Draco perceber que Cal não estava se espreguiçando. Ele estava sentindo contrações, das fortes. Não era desesperador como as cólicas porque elas vinham em ondas e de tempos em tempos, mas certamente, definitivamente eram as piores dores que ele já havia sentindo. Ele tentava respirar fundo em meio as crises mas isso não era o bastante para não gemer nem que fosse um pouquinho. 

O medo tomou conta quando se deu conta da sua situação. Estava entrando em trabalho de parto completamente sozinho. Não podia contar com duas crianças de dez, uma de quatro, muito menos com o de dezesseis que acredite, estava fazendo uma torre de marshmallow e a atacando com a boca. Ele estava perdido e Harry não atendia o celular. 

Ainda faltavam duas semanas para Cal estar realmente pronto, o que acontecia era que o médico já o havia alertado. Draco havia passado por muitos traumas e possivelmente faria o bebê nascer mais cedo. Mas era possivelmente, possível não é certeza. 

Mais uma contração. 

- Meu Deus... - Draco gemeu em um choro contido. 

Os intervalos ficavam menores, e ele já havia lido coisas demais sobre bebês sufocados dentro da barriga. Ele não queria que isso acontecesse mas ao mesmo tempo se negava em ter o bebê sem Harry por perto. 

Quando a onda de dor passou, o rapaz se levantou e caminho até a cozinha onde as crianças estavam tendo basicamente uma overdose de açúcar. Lily corria em círculos e Pixis pulava alto para pegar o petisco na mão de Scorpius. O rapaz se esticou ofegante até a chave do seu carro que há muito não usava. Ele apenas torcia que estivesse com gasolina. Balançou a chave nas mãos, o barulho tomando a atenção dos meninos. 

- Vamos dar uma volta? 

-x-

Vovô Potter havia feito chocolate quente com canela e todos os ossinhos de James estavam mais aquecidos agora. A tal da nevasca parecia bem mais perto agora, o vento uivava nas janelas. 

Lily tinha Harry em um abraço, vasculhando seu cabelo como se ele ainda fosse um menino com suspeita de piolho. Enquanto James folheava os diários da mãe, supervisionado pelo avô. 

Harry tinha uma caixa com eles. Ginny era muito fechada e sentia dificuldade de falar o que sentia, então ela escrevia nos cadernos que comprava. Havia fotos, anotações de sua gravidez, dos bebês, uma lista enorme de coisas que Harry amava e odiava. Era como entrar na cabeça da ruiva e entender cada pedacinho do que ela era feita. Essa caixa ficava na casa dos pais de Harry porque o moreno não queria que pegasse pó ou fosse comido por traças ficando no porão abandonado. 

James se sentia muito mais calmo agora sabendo que os sentimentos da mãe eram completamente diferentes do que ele imaginava. Ele sorriu com uma foto amarelada, dele mesmo recém-nascido. Ao mesmo tempo o telefone tocava e vovô Potter foi ver quem era. 

O grito que ele deu foi seguido das vozes de sua vó e seu pai ficando ligeiramente verde na sua frente. Depois de tudo aquilo foi uma confusão de diarios sendo colocados no seus braços e seus avós acelerando para que eles corressem para o carro. 

Cal estava vindo junto com a nevasca e eles precisavam ser rápidos. 

-x-

- Eu... Não... NÃO... Vou fazer isso sem o Harry... !

Draco ofegava em suas vestes de hospital, curvado sobre a cama, apoiado apenas pelos braços. Quem ele menos esperava estar com ele o apoiando, estava esfregando suas costas levemente e tentando dizer coisas inteligentes. 

Teddy sabia que algo estava errado toda vez que Draco freava com o carro bruscamente e respirava fundo. Porém, teve um certo momento em que o rapaz berrou tão alto de dor dentro do veiculo que fora impossível não congelar de pavor. Fora um longo caminho até o hospital tentando localizar Harry e fazer Draco e Lily que imitava os gritos do padrasto.

Uma vez no hospital, Draco se negava a colocar as roupas e entrar no quarto, fazendo isso apenas quando Harry disse no viva-voz do celular que estava a caminho, mas com a nevasca caindo e as estradas molhadas estava cada vez mais difícil. Houve uma outra ligação, em quer Harry dizia estar preso por policiais que queriam impedir de que ele viajasse naquele tempo, mas que ele estava fazendo de tudo para conseguir ir. Teddy preferiu guardar esse segredo. 

As contrações doíam como o inferno. E ele sentia seu bebe se empurrar para fora onde não havia saída e era desesperador. Chegou a chamar pela sua mãe, coisa que ele nunca fez na vida. Ele precisava de alguém que fizesse a dor parar, ou que a aliviasse até que Harry chegasse. 

Porque ele precisava chegar, ele não iria colocar um bebê no mundo sozinho. Ele não o havia feito sozinho! 

Teddy estava sendo perfeito, telefonando para todas as pessoas que Draco implorava. Menos para tia Narcissa. Tudo que eles precisavam era de mais drama. 

No viva-voz Pansy falava coisas aleatórias para que Draco se distraísse, contava histórias para o rapaz se distrair. 

- Lembra quando vocês e Harry quase foram pegos se agarrando na escadaria do colégio? 

Draco chorou alto. 

- Teddy não precisava saber disso! 

Pansy gargalhou alto e começou a contar detalhadamente a história. O que de certa forma, fez Draco se distrair e chorar menos pelas dores. 

- Onde estão as crianças? - Perguntou pela décima vez. 

- Ainda na sala de espera, uma enfermeira está cuidando delas. 

- E seu padrinho? 

Teddy prendeu o ar, Harry não respondia mais as chamadas. Todos os telefones inclusive os de vovô e vovó Potter estavam fora da área de cobertura. 

- Chegando, Draco. 

Mais uma onda de dor, e uma aguaceira se formou em seus pés. A enfermeira que estava no canto anotando algumas coisas no prontuário, apertou um botão dentro do seu bolso. Ela começou a dizer para Draco que não havia mais tempo, que eles precisavam ir, que mais tempo prejudicaria seu bebê e que o rapaz deveria ajudar o filho. A ligação com Pansy foi cortada e o medo tomou conta de Draco, ele sempre se disse corajoso e que não precisava de ninguém, mas agora ele segurava a mão de Teddy como se não houvesse mais nada importante no mundo. 

Foi rápido o término da dor, era estranho ele não sentir nada do seu corpo da cintura para baixo. Ele tentou fechar os olhos e pensar em todas as historias em que Pansy estava te contando, Teddy parecia estar assustado mas não soltava a mão do loiro. O médico falava com Draco o tempo todo em tom leve e animado, como se eles estivessem ali apenas para uma conversa. Uma voz nervosa tirou Draco de sua concentração e ele soube quem era. Seria difícil Harry Potter aparecer em algum lugar sem uma apresentação escandalosa, não era do feitio do seu Doce chegar sem ser notado.

O moreno havia chegado pingando neve das botas e quase foi impedido de entrar na sala onde estava tendo a cesária uma vez que Draco já tinha um acompanhante, é claro que ele não precisou implorar muito pelo seu estado e se vestiu rapidamente para entrar na sala e correr para perto de Draco. 

- Suas mãos estão congelando, Doce... - Disse Draco lentamente, a anestesia havia afetado sua voz um pouco.

- Eu sei, amor. Eu sinto muito, por me atrasar. 

Teddy mal conseguia prestar atenção na conversa, ele nunca pensou em dizer que um parto seria tão interessante e nem mesmo perceber que quando um bebê nasce é como se a Terra e todos parassem por um instante. Era mágico. Cal era o bebê mais amado de todo aquele hospital, e ele confirmava isso gritando a plenos pulmões. O médico perguntou se ele queria cortar o cordão, e seu padrinho o ajudou com isso. Ele nunca havia se sentindo tão parte da família como naquele momento. Cal ficou quietinho quando foi entregue para os pais e estava deitadinho no colo de Draco. Ele era perfeito com seus três quilos e seus quarenta e oito centímetros de altura, tufos de cabelo loiros e jeitinho calmo como o oceano.

- Bem vindo ao mundo, meu docinho. 

 ♡


Notas Finais


Oi meus amores! Espero que tenham gostado da att.

Eu estou feliz com ela >.<

Desculpa qualquer errinho e a gente se ver por aí logo logo.

All the love,

Nymeria.


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