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História The Killer - O ar que ela respira


Escrita por: Marii_Rafaela e mari_rafaela_2

Notas do Autor


Oiii gente!
Ainda não respondi os comentários do cap. anterior, mas já já irei responder!

Desculpe por algum erro,

Espero que gostem desse capítulo! Bjosss!

Capítulo 18 - O ar que ela respira


Fanfic / Fanfiction The Killer - O ar que ela respira

Pequeno perguntou:

– Mas, quando tivermos morrido e partido, você continuará me amando, o amor continua?

Grande abraçou Pequeno carinhosamente enquanto contemplavam a noite, a lua na escuridão

e as estrelas brilhantes.

– Pequeno, olhe as estrelas, como brilham: algumas já morreram faz tempo. Mas elas

continuam brilhando no céu noturno, para você ver, Pequeno, que o amor, como a luz das

estrelas, nunca morre…

– DEBI GLIORI, No Matter What

(Aconteça o que acontecer)

 

 

David ´ s  Point. Of. View

Havia uma tensão no ar. Algo muito sombrio estava prestes a acontecer. Como num sonho que você sabe que não é real, mas é tão aterrorizante que você luta para acordar.

Lily e eu estávamos em nosso próprio mundo, e isso poderia nos prejudicar de forma imensurável. Pois quando estávamos assim, feito dois personagens de livros de romance, só enxergávamos coisas boas a nossa frente. Os monstros eram apenas fantasias ilusórias que sabíamos que existiam, mas estavam bem longe da gente. Por isso eles eram tão perigosos. Eles nos pegavam de baixa guarda.

 

Olho desesperado para Lily, com metade do seu corpo imprensado às ferragens do carro, e sangue escorrendo de um ferimento em sua cabeça.

-Preciso te tirar daqui! – Gritei, mas o que saiu de minha garganta mais parecia um urro de desespero.

Eu tentava lutar contra o choque de ver minha esposa naquele estado, e a tentativa nula de entender o que estava acontecendo.

Apertei os olhos com força, tentando entender se era um sonho. O gemido de dor de Lily despertou todos os meus sentidos. Eu entendi. Aquilo não era um sonho. Era a mais cruel e violenta realidade.

Lutei para tirar Lily debaixo das ferragens, colocando toda a força de meus braços para arrancar as peças destroçadas de cima de seu corpo.

-Vid... – Seu sussurro fraco me causou um arrepio na espinha. Depois outro e mais outro. – Pare de fazer todo esse esforço... Eu não... – Ela tosse vezes seguidas, depois busca fôlego para respirar – Você também está machucado... Vamos esperar o socorro chegar...

-Eu vou te tirar daí meu amor. – Falo sem reconhecer minha própria voz.

-Eei... – Sua mão se estende fracamente em direção ao meu rosto e eu seguro e a beijo com ternura. – Eu te amo...

Havia algo tão assombroso naquela voz, tão familiar, como uma velha canção aos meus ouvidos.

Uma canção etérea que só Lily e eu conhecíamos.

De repente percebi, e quando me dei conta, meu corpo inteiro estremeceu de pavor. O cheiro. O cheiro pungente de gasolina. Alguma coisa estava vazando e soltando gases que começavam a entorpecer o ar.

-David... – Lily me chamou, em meio ao caos, tão linda como conseguia ser – Vá. Vá agora. – Sua voz está agora mais entrecortada. – Sabemos que... Que não vou sair daqui... Saia daqui!

-Lily? – Respondo abismado, não conseguindo acreditar – O que está dizendo? NÃO!

Faço mais força, minhas mãos estão raladas, e um pedaço de ferro afiado arranha cada vez mais meus dedos, mas dessa vez não desisto, mesmo quando o sangue começa a jorrar de minhas mãos.

-Paree... – Ouço a voz fraca de Lily tentar me convencer – Sabemos o que vai acontecer, amor. – Agora lágrimas imensas cintilam em seu rosto – Nossos filhos precisam de você... – Ela funga, evocando forças em si mesma – Se ficar aqui, morreremos os dois... Nossos filhos... Eles...

-Pare de falar isso – Falo com a voz embargada e consigo levantar um pouco de ferragem – Nós vamos sair daqui!

-O cheiro... – Lily franze o cenho com inquietude – David... Isso vai explodir em minutos! – Lily tenta inutilmente se mexer, mas seus braços pendem ao lado de seu corpo – Saia já daqui amor!

-Não, não, não... – Rosno com ódio – Você não vai morrer aqui! Não! Você não vai me deixar – Choramingo. – Não vai!

Quando percebo, mais que a metade das ferragens estavam levantadas, mas Lily não conseguia sair.

-Lily! – Grito – Por favor, querida! Tente arrastar seu corpo para fora... – O peso começa a ceder -  Por favor! Não desista!

Eu não podia segurar o peso e tirar Lily dali ao mesmo tempo. E se eu cedesse sequer um milímetro de força, todo o peso cairia por cima dela.

-Lily... – Sinto meus braços ficarem dormentes, e sei que temos poucos minutos. Penso em toda nossa vida pela frente, nossos filhos crescendo, nós dois envelhecendo juntos... – LILY! – Grito – Por favor! Pense em Gabriel, Miguel e Charlie!

Seu rosto fulgura ao ouvir o nome de nossos filhos. Ela apoia os cotovelos no chão e começa a se arrastar lentamente, fazendo um grande esforço para sair do lugar.

Quando Lily arrasta todo o corpo, meus braços cedem e por pouco não esmago minhas mãos.

O cheiro de gasolina é ainda maior, e agora estamos correndo contra o tempo. Eu lutaria até o fim. Por nós. Por ela.

A carrego em meu colo, correndo o mais rápido que posso. Sentindo dores em toda a extensão de meu corpo.

Atrás de nós, faíscas começam a piscar como vagalumes.

E então, como de caso pensado e cronometrado, houve o encontro entre os gases e as faíscas e tudo atrás de nós explodiu com grande violência.

O impacto nos faz cair, nos lançando para longe, e nossos corpos rolam pelo asfalto.

A quentura da explosão há poucos centímetros de nós faz o chão ficar quente. Procuro por Lily desesperado, me colocando de pé imediatamente. A encontro não muito longe de mim, deitada com os braços abraçando a barriga.

-Lily? Meu amor... – Me ajoelho e a pego em meu colo, com cuidado para não machucá-la ainda mais – Amor?

Ela levanta o rosto e o inclina, e eu a beijo com dificuldade. Sinto um zumbido inigualável em meu ouvido, causado pela explosão.

-Você está... – Engulo em seco, como perguntar se ela estava bem, se ali, nos meus braços eu sabia que ela não estava? Sua boca intumescida e cortada, os olhos inchados como se tivesse entrado numa luta com um boxeador, os hematomas nos braços e as pernas... Não queria pensar nas pernas e em suas lesões graves.

Quando ao longe o barulho das sirenes chegavam, cambaleio com Lily em meu colo e meu corpo pesado cede ao chão. Acaricio sua testa ferida e a encho de beijos.

Duas ambulâncias, viaturas de polícia e um caminhão do corpo de bombeiros chegaram enfileirados com velocidade e estrondo.

-Você ficará bem, minha Lily. Eu prometo.

-Você me salvou...

Sua voz doce tentando esconder a dor foi a ultima coisa de que me lembrei antes de mergulhar em uma escuridão profunda. A imagem de Lily vindo em minha direção, vestida de branco, segurando firmemente o braço de meu pai, foi o que me lembrei antes de adormecer.

 

1 dia antes

 

Lily´s Point. Of. View

-Tem certeza de que não devemos nos preocupar com isso? – Falo enquanto escovo os dentes. O reflexo de David no espelho atrás de mim balança a cabeça.

-Tenho, meu amor. – David assente – Ela não será perigo. Acho que ela é quem deveria ter medo.

Não consigo não rir. Seus olhos exibem um fulgor exuberante, e eu puxo seu pescoço e o beijo com acesso de ternura. Minhas mãos se enfiam por sua nuca e em seu emaranhado de cabelo e ele inclina seu corpo em direção ao meu, segurando minha cintura com força e me tirando o fôlego por alguns instantes.

-Como consegue fazer isso? – Falo esbaforida – Ser tão gostoso assim? Quero montar em você agora mesmo! – Falo com toda sinceridade, sentindo o calor se alojar em meu ventre.

-Faz parte do meu charme, gata – Ele retruca dando uma piscadela travessa – Deixar você assim, toda molhadinha!

-Seu bobo – Tento dar um tapa em seu peito, mas ele desvia e me carrega no colo, saindo pela casa comigo em seu ombro, dando tapinhas em meu traseiro.

-Acho que a Kim Kardashian vai perder o posto de bunduda, querida. Porque seu bumbum está excelente! – David grita pela casa, obviamente acordando todo mundo.

-Pare! – Grasno – Quer que seus filhos saibam que  o pai é um descarado obsceno?

Ele me coloca no chão e me beija suavemente.

 

***

5 Horas antes.

-Amor, tenho que buscar meu carro na revisão... Quer ir comigo?

Rolo na cama, sonolenta e preguiçosa, e observo o corpo maravilhoso de David, nu cintilando com a luz refletida dos abajures.

-Hummmmm.... – Me espreguiço feito uma gata ronronando – Sei não. Acho que vou ficar na cama hoje. Com as crianças. Você podia ficar também. Não precisa sair... Pode ir buscar o carro amanhã... – Bocejo.

-Ah não, mor... – David dá a volta pelo quarto e coloca uma camisa larga e um calção. – Quero pegar o carro hoje. Quero ver como ficou a nave.

-Ah não digo eu. Poderia continuar caminhando pelo quarto – Rolo outra vez e me sento na cama – Balançando sua anaconda pra eu me deliciar com a vista.

David me olha – aquele olhar que é capaz de me fazer ir até a lua e voltar – e ri. Começa a gargalhar até ficar vermelho, e eu começo a achar que ele está tendo um ataque.

-Você, mulher – Ele se aproxima e beija minha testa. Enfio a mão descaradamente por cima de sua calça e ele geme baixinho – É a melhor coisa que já me aconteceu!

-Então fique aqui. Nós cinco vamos passar o dia assistindo desenho e se enchendo de guloseimas.

Ele dá uma olhada pra mim e parece mesmo considerar a ideia.

-Tá. Mas vai comigo rapidinho pegar o carro e quando voltarmos vamos fazer isso?

Reviro os olhos.

-Tá. – Resmungo.

-Vá se vestir antes que eu castigue você por imoralidade. – ele fala quando me levanto e jogo o lençol que me cobria, vestindo apenas uma calcinha branca de algodão.

-Acho que quero mesmo esse castigo... – Mordo o dedo indicador fazendo cara de safada.

-Deus! – Ele dá um apertão no exuberante volume em sua calça e sorri maliciosamente – Assim você não me deixa escolha...

 

***

 

1 Hora antes

-Que tal passar no drive trhu daquela lanchonete que os garotos gostam? – Falo enquanto David manobra o carro para sair do estacionamento.

-Ótima ideia! – Ele dá um sorriso esmagador e gira o volante.

Seu sorriso esmaece e sua testa lota de vincos.

-O que foi? – questiono.

-Tem alguma coisa errada com esse carro... – Sem sombra de dúvidas David estava se abalando.

-Mas você está dirigindo bem...

Ele sorri e tenta esquecer, fazendo o retorno para irmos até a lanchonete que ficava à beira da estrada, a pelo menos dez minutos dali.

-Amor, pegue a nota fiscal do lugar que levamos o carro. – David fala com tensão na voz, minutos depois.

Procuro pela nota fiscal, lendo atenciosamente, quando o carro começa a falhar, fazendo barulho de betoneira. Dou um grito assustada com o barulho.

David tenta levar o carro para o acostamento, mas o carro falha cada vez mais.

-Não entendo! Alguém mexeu nele!

E foi ouvir ele dizer aquilo que tive a certeza. Alguém fez aquilo.

-Lily! – Ouço David gritar, mas estou com o pensamento longe. Teria sido Sara? Mas como ela conseguiu ter acesso ao nosso carro?

-Da-david... Como ela teve acesso à oficina?

-Lily! – O carro trota como se tivesse vontade própria – Você está usando cinto? – Ele berra apavorado.

Olho para o cinto e me apresso para fechá-lo, praguejando por sempre ser tão esquecida.

Mas é tarde demais. Tudo acontece muito rápido. A estrada à nossa frente é substituída pela visão de um barranco íngreme e lamacento. O carro começa a girar, dando cambalhotas e tudo ao nosso redor desaba. David grita sem parar, com um horror indescritível na voz.

Tudo o que eu penso é que nunca mais ficaríamos juntos. Nunca mais veria meus filhos. Fecho os olhos e vislumbro o rostinho encantador de cada um. Charlie, Miguel e Gabriel.

Se tivéssemos ficado em casa...

O carro para de girar e bate com impacto em algum lugar. Sinto um frio congelante na espinha.

Se tivéssemos ficado com as crianças assistindo desenhos repetidos...

Sinto dores insuportáveis por todo o meu corpo. Desmaio várias vezes sem suportar a intensidade da dor.

Acordo com David chorando desesperado aos meus pés. Um peso sobre-humano esmaga minhas pernas. Quero gritar. Mas não posso. David precisa de mim.

-Eei... – Sussurro tentando acalmá-lo. Sei o que ele sente. O terror, o choque. E o medo. Acima de tudo o medo. De me perder. De não ficarmos mais juntos. De não vermos aquelas crianças que eram a nossa razão de vida nunca mais.

-Preciso te tirar daqui! – ele berra. Meu David estava tão assustado. Estou temerosa por ele. Ele não aguentaria me perder. Não posso revelar que não sinto minhas pernas. Não posso revelar que as dores que sinto agora me dão vontade de morrer só para que elas estanquem.

Mas ele precisa de mim...

Acho que estou acordada. Ou estou sonhando. Não sei mais distinguir o real da imaginação.

Mas acho que ele me salvou. De novo. E está gritando.

-Lily! – Ouço David gritar e dizer os nomes de nossos filhos.

Arrasto meu corpo, arranhando e quase arrancando a pele de meus cotovelos, mas consigo sair.

Tudo acontece com rapidez e fúria, e em poucos minutos estou nos braços de David e uma explosão estrondosa acontece atrás de nós.

Quando o socorro chega, sinto um alívio imensurável. Mas sei que as coisas daqui por diante não serão fáceis. Meu futuro é incerto. Está nas mãos de Deus.

***

Acordo com uma dor leve no peito, mas as outras partes do corpo estão consideravelmente bem.

-É uma lesão, e uma lesão grave. Temos que levá-la para a cirurgia imediatamente.

-Chamem a ortopedista!

Um grupo de médicos me encaram com curiosidade.

-Lily! Você precisará fazer uma cirurgia, querida. Vai ficar tudo bem! – Uma doce enfermeira afaga meu rosto enquanto fala.

-Onde está o meu marido? – Falo com a voz esganiçada.

Ela sorri mas começo a ficar sonolenta, minhas pálpebras pesando rapidamente. Era a anestesia em meu organismo.

 

***

 

        Pisco algumas vezes antes de abrir os olhos, a dor fazendo-os fecharem novamente.

Reconheço algumas vozes ao meu redor, exultantes por eu ter despertado.

Abro os olhos, franzindo-os para me acostumar à claridade.

-Lily?

-Quanto tempo eu fiquei inconsciente? – Ouço minha própria voz e mal a reconheço.

Levanto os olhos para ver minha mãe, inclinada em minha direção, franzina e aparentemente abatida.

Sinto um aperto no âmago de minha alma.

-Mãe!

Ela me abraça como se eu fosse de cristal, tomando o cuidado para não me quebrar.

David está logo atrás, com o braço enfaixado, o cabelo absurdamente emaranhado e os olhos enormes injetados.

-Oi. – Falo ignorando a voz que sai falha, os olhos que lacrimejam, e as mãos que tremem.

Ele corre em minha direção e se ajoelha com o rosto enterrado em meu peito.

-Me desculpe, amor... Me desculpe... Foi tudo minha culpa... eu não...

Sua agonia arrepiou os pelos de meus braços. Sua voz rasgava meu coração.

-Shhhhh.... Ei! Pare com isso! Não foi culpa sua meu amor!

Levanto os olhos a tempo de ver dona Regina abraçar minha cunhada Belle e chorar em seu ombro.

Dona Regina. A mulher mais forte que eu conhecia. Chorando como uma criança desconsolada.

-O que foi sogrinha? – Falo tentando parecer divertida. Era impressão minha ou o clima ali estava cada vez mais mórbido?

David geme em meu peito, soluçando cada vez mais.

-Não entendo vocês. – Falo. – Estou viva. Não fiquei em coma como da ultima vez. Saí ilesa e vocês ficam tristes? – Dou de ombros, rindo de mim mesma – Vai ser necessário mais do que isso para me derrubarem, hehe. Por falar nisso, já descobriram o que aconteceu com o carro?

Enquanto tagarelo, percebo mais uma pessoa ali. A doutora. Jovem, bonita, atraente e... Tristonha.

-Gente...? – Minha voz paira no ar. O silencio perdura, exceto pelos soluços de David e Regina.

De repente eu entendo o que está acontecendo. Me sinto bombardeada como Hiroshima. Quando a ficha cai, luto para não desabar. Se eu cedesse, eu enlouqueceria a todos ali.

-Doutora? – Pigarreio. Tento manter a compostura. Me aprumo na maca e ergo o queixo. – Já tem o diagnóstico?

Ela me olha por cima de seus óculos com aro de tartaruga e dá um suspiro longo. Sei o que ela está pensando. Como dizer para uma mulher jovem, mãe de três crianças que ela  pode ficar numa cadeira de rodas para sempre?

Não foi no inicio que soube que era por isso que estavam todos tão abalados. Foi quando percebi que não sentia minhas pernas. Quando todo o horror do acidente voltou à tona. O peso excruciante das ferragens em cima de minhas pernas. Eu me lembrei de tudo. Como no meu pior pesadelo.

Mas eu não podia abalá-los ainda mais. Não quando eu os amava mais do que a mim mesma.

-Ainda precisamos realizar mais exames. E muito provavelmente você passará por outra cirurgia, Lilian.

-E o resto? Fora minhas pernas...

-Você fraturou a medula espinhal, no segmento lombar...

-Mas fora isso, estou bem? – Ouço minha própria voz e todos me olham como se eu tivesse batido a cabeça e enlouquecido, e não fraturado a medula espinhal.

A doutora sorri.

-Sim. Sim, Lilian. Você está bem.

-Ótimo.

Dona Regina se aproxima, trêmula e trôpega e se segura em David.

-Lily...

-Eu estou bem,gente! Estou viva! Poderia ter explodido em mil pedacinhos se David não tivesse me tirado de lá! Estou viva, e é isso que importa!

Eles se  entreolham e posso sentir um leve alivio em suas expressões.

-Após os exames, encaminharemos você para a fisioterapia. Vou recomendar os melhores profissionais da Europa.

-Ótimo.

-Agora vou pedir que vocês deixem a Lilian sozinha... Preciso fazer alguns exames.

-Doutora? – Sussurro. – Não me leve a mal, mas...

Belle leva minha mãe em choque para fora da sala, mas David ainda está agarrado a mim e parece que não vai soltar tão cedo.

Dona Regina está sentada ao meu lado, a cabeça pendendo para o lado, aparentemente preocupada com o que tenho pra dizer. Acho que todos estão esperando que eu desabe a qualquer momento.

-Não estou sentindo minhas pernas. – Luto contra as lágrimas que ardem em meus olhos. Penso em coisas alegres para afastar a tristeza e dá certo. – Eu ainda posso transar com meu marido? – Ignoro as três caras perplexas que me encaram – Quero dizer, sei que vai ser difícil eu ir por cima, mas...

-Lily! – Vejo o mais próximo de um sorriso estampar o rosto lindo de David.

-Prometo que te darei respostas conclusivas após os exames. – A doutora escreve algo em sua prancheta e eu solto um muxoxo.

David encosta a testa na minha e conversa em silencio comigo. Nunca me senti tão ligada à ele. Nunca me senti tão louca de amor. Nem sei o que faria se o tivesse perdido.

Mas sei que uma nova guerra está prestes a iniciar. Se Sara estiver mesmo envolvida nisso, tenho pena do que David fará com ela.

 

 

 

Continua.


Notas Finais


Aguardo sua visita no próximo!

Beijos e até lá!

Comente o que achou!

*Confiram minha Nova Fic em minha segunda conta no Spirit

https://spiritfanfics.com/historia/garota-mimada-6534596


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