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História The Killer - Sequestro Pt. 2


Escrita por: Chelsea_Smile

Notas do Autor


Annyeeeeoooon pimpolhinhos da Thay unnie 😍
Tudo bem com vocês?👀
Espero que sim! 🙈
Eu to ótimaaaaaaa! ❤️
Bom, ta aí mais um capítulo. Espero que vcs gostem! Boa leitura pra oces. Conversamos lá embaixo. Bjundan ❤️

Capítulo 17 - Sequestro Pt. 2


Fanfic / Fanfiction The Killer - Sequestro Pt. 2

27 de março de 2017

— Oi, filha... — abro meus olhos lentamente tendo a imagem daquela linda mulher de cabelos pintados de preto e olhos claros da qual eu não havia puxado em nada, aparentemente falando.

— Onde estou? — pergunto ao lembrar de onde estive na última vez — O Kevin, ele...eu...eu não morri? Cadê ele? O que está acontecendo? — começo a tentar me levantar desesperadamente, mas sou impedida.

— Calma, você está no hospital e a salva. — sorriu — Você já está há uma semana aqui meio desacordada. Acordou algumas vezes, mas logo voltava a dormir como se tivesse dopada. Acho que você anda passando por fortes emoções, né, querida? E aquele fogo todo... — suspirou — Ele conseguiu fugir... — ela abaixa cabeça triste — mas você está viva, e é isso que importa. E tudo foi graças ao seu namorado.

— N-namorado?

— Sim! Não precisa me esconder, sei que era o garoto que você está gostando.

— Não entendi... Como assim? E...como eu vim parar aqui?

— Aquele menino da Coreia, o Têrrió, acho que é esse o nome... Ele te salvou!

— TaeHyung? Como? Ele está na Coreia e eu aqui, e...

— Tê...ele ligou para o Serj e contou tudo. Disse que havia ligado para você na hora "errada", mas claro que para nós era a hora certa — explica ela, rindo — ele escutou sua conversa com seu pai, e ficou desesperado ao perceber que você estava em perigo. Lembrou do senhor Harden, foi correndo para casa dos amigos dele que era seus responsáveis lá, e revirou a casa toda atrás do número do Serj. Diz ele que demorou, estava até perdendo as esperanças, tadinho — riu mais alto enquanto olhava para o nada pensativa — ele nos contou sobre você ter dito "casa assombrada", e foi aí que descobrimos. Foi tudo graças a ele, filha. Mesmo estando do outro lado, conseguiu te salvar — suspirou — não podia encontrar um genro melhor.

Sorrio. Não acredito que ele fez isso. Mesmo estando longe, Tae consegue me proteger. Mas e eu? Consigo? Eu havia lhe prometido proteção. Era para um proteger o outro, mas apenas um estava cumprindo com a promessa.

— Filha? Pensei que ia ficar feliz em saber...

— Eu estou feliz, mãe... Só estava pensando se eles estão bem. Todos eles. Eu acho que ganhei uma família lá e saber que Tae, mesmo longe, consegue cumprir a promessa de me proteger e eu não, me deixa agoniada. Queria poder ajudá-lo. O Tae é doente, mãe. Eu estava sendo seu porto seguro naquele hotel, mas e agora? Como vai ser?

— Vem cá, minha pequenina — Diz ela abrindo os braços e eu logo me aproximo a abraçando — se serve de consolo, o celular do Serj não para de tocar — riu — é sempre um menino diferente ligando, às vezes uma menina também. Acho que você finalmente fez amigos, né, filha?

— Não, mãe... Eu fiz uma família! — sorri.

||TaeHyung||

10:00

— Próximo! — gritava a secretaria de minha mais nova psicóloga. Era minha vez. Encaro a porta, pensativo, e suspiro me levantando seguindo meu caminho para a discórdia. Dramático? Talvez!

Já faz uma semana que eu estou tendo consultas. Sim, uma semana! Não são duas, três consultas por semana, e sim, todos os dias. Está sendo uma tortura ter que falar da minha vida para uma mulher estranha, até porque, não tenho o que dizer.

— Entre, TaeHyung — diz ela sorrindo ao me ver na porta. Falsa! — feche a porta, por favor.

Fecho a mesma e me sento na poltrona de frente para ela...

10:10

A encaro nervoso, e a mesma me encara também esperando por algo.

10:20

Olho para o chão, já estava suando frio. Escuto alguns suspiros vindo da mesma e encaro o relógio, mas só haviam passado vinte minutos.

10:30

Tic, Tac... Tic, Tac... Tic, tac...

Olho para o relógio. Se passaram meia hora, e nada havia dito.

10:40

Esse barulho de tic tac já estava me incomodando. Olho para Psicóloga, e ela me encarava esperando algo, mas logo suspira e olha para seu caderno anotando algo.

— Olha, TaeHyung, eu estou te dando um tempo para poder ter coragem para se abrir, mas realmente está difícil. Não posso te obrigar a nada, mas meu trabalho aqui é te ouvir para que eu posso saber o seu problema.

— Não tenho problema algum.

— Sim, mas você teve alguns surtos, tentou se matar e foi internado.

— Eu sou normal!

— Ok... — suspira mais uma vez — você é normal, ninguém aqui está dizendo o contrário, mas como qualquer ser normal, você tem um distúrbio psicológico. Todos nós acabamos tendo algum dia. Sabe, TaeHyung, foi comprovado que nos dias de hoje, todos nós já tivemos ou vamos ter algum tipo de distúrbio. Você não é diferente de ninguém. A modernidade é cruel! Os jovens estão mais depressivos e com conflitos na mente. Isso é comum, já que os jovens estão sendo muito cobrados, mas cada um reage de sua maneira. Uns são mais intensos que os outros. Então, TaeHyung, não se ache diferente por isso. O primeiro passo é você admitir, se abrir pra alguém, e procurar se tratar. E eu estou aqui para isso.

Olho para o relógio novamente. Dez e cinquenta e cinco. Cinco minutos para o fim.

— Já deu minha hora, tchau! — me levantei e caminhei até a porta.

— TaeHyung... — escuto ela suspirar, e saio.

***

— Como foi? — Pergunta Mon ao me ver entrar no carro de Jin.

— Uma porcaria!

— Tae...

— Ela não é uma boa psicóloga. Deviam demiti-la!

Ele arqueia a sobrancelha.

— Vamos logo! — grito.

— Tae, ela é uma psicóloga muito bem elogiada por todos. O que aconteceu...

— Aconteceu nada! — dou de ombros e encosto a cabeça na janela encarando a estrada.

— Entendi, acho que realmente não aconteceu nada, ne? Tae, você tem que abrir a boca, precisa se tratar, e pra isso você tem que falar o que sente!

— Não estou a fim. E vamos logo porque estou cansado. 

***

||Sophie||

Havia se passado algumas horas após eu ter finalmente acordado de vez e ficado em sã consciência. Estava cansada, porém feliz em saber que receberia alta ainda hoje e que tudo isso não estaria acontecendo se não fosse por ele, TaeHyung.

— Chama, chama e ninguém atende — digo após tentar pela décima terceira vez ligar para ele — Não sei, mas sinto que está acontecendo alguma coisa...

— Não, não diga isso, minha filha. Ele deve estar ocupado. Calma, depois você tenta de novo. Agora você precisa descansar. Lembra que vamos sair de Ontário hoje e ir para British? Não podemos ficar mais em Quinte West. Ele pode nos encontrar.

— Mas por que British Columbia? Nós podíamos sair da cidade, mas continuar em Ontário mesmo.

— Nós temos que ir para bem longe, filha. E lá é onde a família do Serj mora.

— Ok... — suspiro.

— Ainda acho que você deveria ir pr...

— Eu não vou deixar você aqui. E também não posso aceitar dinheiro do senhor...digo, do Serj. Já estamos devendo os Hong. Não basta?

— Ta bom. Descansa. Aqui, trouxe um suco para você. Eu vou lá fora comer algo. Bebe tudo, ok?

— Ok — faço um ok com a mão, sorrindo e começo a beber o suco. — Aish, acho que peguei a fofura desse povo. Que ridículo! Ok, ok, ok! — digo fazendo ok com a mão várias vezes enquanto fazia careta. De repente um sono estonteante toma conta de mim, e resolvo dormir.

||TaeHyung||

— TaeHyuuuung, comidaaaaa! — Jimin grita escandalosamente e tenta abrir a porta — Ya, você está proibido de trancar a porta, esqueceu?

— Não enche!

— Tae, não começa, por favor? De novo não!

— Não é nada, Jimin. Para de pirar. Eu, hein. Eu só quero descansar...

— Mas e o almoço?

— Não estou com fome. Agora se manda!

— Ele voltou a ficar menstruado? — escuto HoSeok perguntar. Bufo e enterro minha cabeça no travesseiro.

— Parece que sim, ne? — um minuto de silêncio — vamos deixar ele aí, vamos? Depois voltamos para pegá-lo na marra.

— Vamos ter que roubar as chaves dele e colocar grades na jane... — escuto as vozes sumirem aos poucos.

***

— Olá assassino! — me assusto ao ouvir aquela voz. Me viro imediatamente, e lá estava ele me olhando com aquele olhar intimidador — Você achou mesmo que com tratamentos de psicólogo iria conseguir se livrar de mim? Que ia deixar de ser um louco assassino? — riu escandalosamente — Eu realmente tenho pena de você!

— KiHyun, por favor...

— Por favor? Você pensou em mim quando enfiou aquele caco de vidro na minha barriga? Você me matou, Tae, e eu não irei medir esforços para fazer o mesmo com você.

— Do que você está falando? Você está morto!

— Isso não significa que eu não possa acabar com você, Kim TaeHyung — sorriu sínico — vai lá ver seus amigos. Vai ver como estão agora!

— O que...você...fez...com eles? — grito já sentindo meu coração acelerar e uma raiva descominal subir pelo meu corpo. Eu queria matá-lo outra vez.

— Vai lá você mesmo ver! Eu vou acabar com eles, vou acabar com você e irei acabar também com aquela sua...

— Nããão...! — grito desesperado correndo atrás dele, mas de repente o cenário muda, e estou em meu quarto, sentado em minha cama, ofegante — Meu Deus! — digo com a mão no coração.

— O que? Não pode ser! E cadê o NamJoon numa hora dessas? Meu Deus, está tudo desabando! — escuto gritarem lá de baixo, mas não consigo identificar de quem era a voz. Lembro dos meninos e estranho o desespero lá em baixo. Me levanto imediatamente e sigo para lá.

— Vocês têm uma hora para arrumar suas coisas e se mandarem daqui! — escuto uma voz desconhecida ao descer a escada.

— Não podemos, falta o NamJoon, ele está trabalhando. Como faremos quando ele chegar e ver que não estaríamos aqui?

— Não posso fazer nada! Esse hotel não os pertence e vocês se apossaram dele. Agora quero que se retirem do local! Se não teremos que recorrer a polícia, e vocês serão presos!

— O que está acontecendo aqui? — pergunto sem entender nada. Havia uns caras estranhos no meio da sala, com uniformes. Eles me encaravam sérios, e não pareciam nada satisfeitos com a situação.

— Nos denunciaram, Tae! Estamos na rua, de novo... — diz Kookie, chorando.

||Sophie||

Acordo de repente me sentindo meio enjoada. Olho para o lado, e vejo uma janela. Me aproximo, e me assusto. Eu estava no ar, próximo ao céu. Eu estava voando.

— Aqui filha, toma esse chocolate quente delicioso. Você dorme muito, hein. Já estamos no caminho para nosso novo lar. — Fico confusa, mas ainda estava bem sonolenta para questionar algo. Pego a caneca e bebo todo líquido, logo voltando a dormir.

***

Me desperto abrindo os olhos lentamente avisto um quarto que não era meu, mas que tinha coisas minhas. Olho para estante a minha frente, e vejo um porta retrato do qual havia uma foto minha e de minha mãe.

— Onde estou? — esfrego meus olhos e me levanto devagar. Eu ia sair, mas paro ao avistar um banheiro no quarto — Banheiro? No quarto? — reviro meus olhos observando cada canto do quarto — Eu devo estar sonhando... — volto para cama e me deito — Não é como se de repente eu tivesse um quarto com banheiro. Melhor eu acordar. — me cubro, e fecho os olhos. Passa um tempo, mas nada. Abro apenas um olho, mas logo o fecho novamente. Eu ainda estava no quarto. Me sento de imediato, e corro para fora.

— Ya, senhorita Hugues! Annyeong Haseyo!

— Yaaaaaa? Como assim Ya? Annyeong? — paro de andar e me viro, dando de cara com um ser de olhos puxados. Arqueio uma sobrancelha e o encaro confusa. — Aish, devo estar maluca! — Bato em meu próprio rosto, mas logo vejo que ele ainda estava ali, e me olhando como se eu fosse maluca.

— Sophie! — alguém me chama, e eu conheço essa voz. Olho para trás e vejo HanSol em minha frente.

— HanSol? Aigo, eu estou enlouquecendo.

— Calma, você não está — ele ri — Vem, você dormiu a viagem toda. Precisa se alimentar direito.

— O que eu estou fazendo aqui? Cadê minha mãe? Isso é real? Não, espera. Ah, você está no Canadá. É isso! Uma turnê? Mas...como você conhece...

— Sophie, minha filha. Você acordou!

— Mãe, o que está acontecendo?

— Bem vinda ao seu novo lar!

— Como assim? Estamos em British já? O que um k-idol está fazendo aqui na nossa nova casa?

— Na verdade, não estamos em British e o HanSol...bom, ele é sobrinho do Serj.

— Mwo?

— Bem vinda a Coreia, priminha! — HanSol diz sorridente.

— Pri...priminha?

***

— Então... Eu estou na Coréia? Na casa do HanSol?

— Ultimamente você está me chamando muito de HanSol. Isso me magoa profundamente, SoSo. — HanSol diz com a mão no peito — Não gosta mais de mim?

— Aish, Sol! Desculpe. Isso é esquisito! Minha mãe me dopou e me sequestrou!

— Eu quis fazer uma surpresa, filha.

— Você não queria aceitar meu presente, então achamos melhor fazer assim. Desculpe.

—¡ Mas, como vocês são parentes? Você não tem olho puxado, Serj.

— Minha irmã casou com um coreano, e assim, teve esse pestinha aí.

— Coincidência, ne? — HanSol pergunta animado.

— Ne — respondo confusa.

— Voltei, oppa, unnie... Oh, nossa querida Sophie acordou! Prazer, sou Hanna, irmã do Serj. E esse ao meu lado é meu marido, TaeYang.

 

(*TaeYang significa Sol, Solar. Han de hanna Sol de TaeYang = HanSol. Acabei de inventar, gente. Sei que o povo da coreia faz isso de juntar os nomes, então...)

 

— Annyeong!

— A-annyeong... — respondo já meio tonta com tanta informação — E quem é aquele que eu vi primeiro?

— Nosso mordomo — Sol dá de ombros.

— Mo-mo-mordomo? — todos me olham estranho como se eu fosse estranha por achar isso estranho, e logo minha mãe ri.

— Que lugar da Coréia estamos?

— Seul — Minha mãe diz sorrindo.

— Seul? — arregalo os olhos.

||TaeHyung||

— E se vendermos o meu carro? Claro que não irei ganhar tanto com um carro velho e todo ferrado, mas...de repente da pra comprar uma casa pequena... — Jin diz tristonho.

— Aniyo, você não pode fazer isso. Além do mais, a casa que você conseguirá comprar com esse carro, não caberá todos nós. — Pela primeira vez, vejo HoSeok falar algo sério.

— Você lutou tanto para conseguir esse carro, hyung. Não seria justo. — Kookie diz manhoso, fazendo bico.

Suspiro.

Olho pro mar e vejo as ondas em movimento. Hoje elas estão bem raivosas.

Bufo.

— Onde está o NamJoon? Ele deveria estar aqui, com todos nós! — Suga grita revoltado, me assustando.

— Ele está trabalhando, Yoongi! — Jimin diz impaciente e com uma expressão triste no rosto. O que eu achava quase impossível de se acontecer.

— Quando saímos, estava já na hora dele chegar. Eu vi. Ele estava lá. Ele viu e saiu as pressas.

— O que? — depois de muito tempo quieto, abro minha boca — Você tem certeza?

— Ne. Ele viu tudo, e não ficou com a gente. Simplesmente fugiu. Agora não sei o porquê.

— Por que ele faria isso? Ele está no mesmo barco que a gente. Não era melhor passar por isso junto com a gente do que sozinho? — Jin pergunta sem entender.

- Eu não sei, mas ele fugiu sim.

— Será que... que ele voltou para casa dele? — Kookie pergunta com lágrimas no rosto.

— Como? Ele não fugiu de casa? — Fico confuso.

— Por isso mesmo. Ele tem um lar aqui em Seul. Ele não é nenhum órfão. Se ele quiser voltar para casa, ele pode. Não é igual a nós que não tem para onde ir. Vocês acham que os pais dele, amando ele, não iriam aceita-lo de volta?

— Suga, não tire conclusões precipitadas... — Jin o repreende.

— Não, isso realmente faz sentido. Ele não nos contou nada da vida dele além do fato de ter fugido! — Jimin conclui.

— Não é possível... — bufo. Vejo Kookie chorar, e vou abraça-lo — Ya, criança, não fique assim.

— Nós estamos na rua, largados em uma praia de Busan. Só temos esse carro para podermos dormir, e nosso Hyung nos abandonou — Kookie chora ainda mais. Suspiro.

***

— Bom, vamos ter que ficar aqui — Suga diz após encontrar um lugar para gente.

— Aqui não tem teto — Kookie diz de cabeça baixa.

— Kookie, me perdoe. Ok? Eu vacilei como irmão mais velho. Eu não pude te dar o melhor, mas prometo que isso aqui não será para sempre — Jin diz para ele, sorrindo — promessa de dedinho?

— Ye — Kookie sorrí e levanta o dedo mindinho. Logo ambos fazem sua promessa, e Jin lhe dá um beijo na testa.

O lugar era um local aberto com apenas um pequeno muro em volta, que não cobria nem a metade de meu corpo na altura. Suspiro e vou até o carro pegar o único colchão que deu para trazermos. Após pega-lo, coloco-o no chão e me jogo no mesmo, deitando de barriga para cima, e observando o céu estrelado...

 

 

— Sabe, eu gosto de olhar para o céu a noite.

— É, as estrelas são bem bonitas. — ela se aproxima de mim, ficando ao meu lado.

— Não, não é isso! — suspiro e sinto seu olhar em mim — Eu gosto do céu; gosto de vê-lo — sorrio ainda encarando o céu — não pelas estrelas, e sim por ele mesmo. Acho que ele é mais bonito a noite, não importa se está estrelado, ou não. Eu sei que isso é estranho, já que a noite sem estrelas fica totalmente lisa, vazia e sem graça, mas eu gosto. Talvez eu me identifique um pouco. — sinto ela me encarar demais, e fico agoniado, pois isso fazia meu coração acelerar cada vez mais — Para de me olhar assim! — rio.

— Desculpe! — ela para de me olhar, e abaixa a cabeça — Acho que o que você quer dizer é que o céu a noite pode parecer sem graça sem as estrelas, e vazio, mas por trás disso, há muita coisa nele que não conhecemos e nem podemos ver, assim como você — A encaro, surpreso. Como pode alguém me desvendar assim tão rápido? Abro a boca para tentar falar algo, mas não consigo. As palavras fogem. — Não devemos julgar mal o que não conhecemos. As vezes aquilo que parece vazio, sem graça e frio, esconde algo incrível dentro de si. Talvez por algum tipo de defesa, não sei, mas não cabe a nós julgar essa pessoa, e sim mostrar a ela que não deve ter medo — paralizo a observando surpreso, mas segundos depois, abro um meio sorriso.

— Talvez eu seja o céu e você as estrelas...

 

 

Suspiro.

Levanto meus braços ao alto, faço um quadrado com meus dedos em volta de uma estrela e a observo com apenas um olho aberto.

— Sophie... — dou um meio sorriso, mas logo desfaço e abaixo meus braços aos poucos enquanto uma lagrima escorre em meu rosto.

— Ya, achou que ia ter o colchão só para você? — Jimin grita e pula em cima de mim.

— Ya, seu gordo — grito e o empurro — Ai, eu vou morrer! — logo todos começam a deitar ao meu lado com mantas na mão. Sinto alguém me cobrindo e me viro para ver quem era.

— Boa noite, Tae — Hope diz sorrindo, e logo fecha os olhos. Suspiro, e volto a olhar para as estrelas.

||Sophie||

"— Talvez eu seja o céu, e você as estrelas..."

 

— Tae... — observo o céu da varanda de meu mais novo quarto, e levanto os braços, fazendo um quadrado com meus dedos em uma área em que não havia estrelas no céu. Aos poucos meus olhos se fecham, meus braços vão caindo, e me entrego ao sono.

***

— Sophie? Soph! — sinto alguém me sacudir, e logo abro meus olhos — Filha, você dormiu na varanda?

— Dormi? — pergunto confusa, e sonolenta. Ela arqueia a sobrancelha e olha pra baixo, me mostrando o colchão do qual eu estava deitada — Ah, eu trouxe para cá ontem. Queria observar um pouco o céu, mas acabei dormindo.

— Meu Deus, você deve estar toda quebrada — ela ri e me ajuda a levantar — Vamos comer.

Assenti com a cabeça e segui para cozinha atrás dela, logo avistando todos sentados sob a mesa. Me aproximo mais e consigo ter total visão da mesa, que estava repleta de alimentos. Qual a necessidade disso tudo se nem tem tanta gente assim? Quer dizer, somos muitos, mas aquilo ali é muito mais!

— Não vai se sentar, priminha?

— Priminha? — faço uma careta.

— Você me magoa cada vez mais.

— Ai, HanSol, deixa de ser sensível — reviro os olhos — Mãe, eu preciso sair. Depois estou de volta! — digo já correndo em direção a porta.

— Mas você nem comeu ainda e pode se perder aqui nesse lugar doi... — fecho a porta antes que ela terminasse e saio correndo. Eu ia vê-lo. Eu queria muito vê-lo e já que estou aqui, não irei ficar esperando alguma oportunidade. Eu preciso acha-lo. Mas...onde estou? Olho para um lado, para o outro...O HanSol não estaria no lado pobre de Seul, estaria? Ostentando tanto naquela casa enorme, claro que estaria no lado "rico". Então acredito que o hotel não esteja longe...

— Fechem tudo! — escuto alguém gritar. Me viro para ver o que era, porque a curiosidade é algo fora do comum, e como já disse uma vez: as vezes ela nos atrai para os buracos mais obscuros de nossas vidas. Mas nesse caso, acho que não foi muito bem isso — Aqueles sem teto. Acharam que iriam ficar aqui por muito tempo. Invadiram o lugar e ainda queriam brigar para ficar!

Eu não podia acreditar. Não sei o que era mais assustador. Se era o fato de que a casa do HanSol é praticamente ao lado do hotel abandonado, ou o fato de que o hotel estava completamente de cabeça pra baixo. Digo, no sentido figurado, é claro.

Imediatamente corro até lá, preocupada, mas logo sinto mãos segurando em meus braços impedindo minha passagem. Olho para frente, e vejo que haviam homens barrando a entrada, além dos dois que me seguravam.

— O que vocês fizeram? O que está acontecendo aqui?

— Você não pode entrar, senhorita. Isso aqui é uma propriedade privada e estamos mantendo sua segurança.

— O que? — grito espantada.

— Olha, nós temos que continuar nosso trabalho, então se me der licença...

— Cadê os meninos? Cadê a minha familia? — grito com lagrimas nos olhos.

— O quê? Aqueles meninos que invadiram isso aqui e se apossaram do local? Nós tiramos eles daqui. Deram sorte que não foram presos. Essa propriedade tem dono, eles não deveriam estar vivendo aqui.

— O dono morreu já faz anos! — digo trincando os dentes ao mesmo tempo que chorava.

— Mas ele tem um herdeiro, uma esposa... Vocês só conseguiram se apossar disso aqui porque o herdeiro abandonou e não deu importancia, mas sua mãe resolveu leiloar esse lugar, já que seu filho não quer. Então a brincadeira de vocês acabaram por aqui. Arrumem outro lugar pra ficarem. — ele vira as costas e sai andando em direção a porta do hotel.

— É assim tão fácil? Hein? — grito nervosa, mas ele continua andando — Ya! — grito mais alto e corro até ele pulando em suas costas — Seu estúpido! Eles não têm para onde ir! Você destruiu minha família! Vocês são todos uns idiotas! — começo a bater nele, mas logo sinto braços a me puxar — Me solta!

— Tira essa pirralha irritante do meu caminho, por favor!

Vários homens começam a me carregar para fora, até me jogarem na rua. E lá eu fiquei. Eu não podia acreditar no que estava acontecendo. Eu fui embora, e logo isso aconteceu, sem eu estar aqui para protege-lo, ou simplesmente dar carinho.

— Sophie, cuidado! — sinto alguém me puxar com força, fazendo-me cair para o outro lado e sair rolando. Sinto meus joelhos arderem. Levanto minha cabeça lentamente para ver quem era o idiota, e logo avisto Hansol.

— Sol, você está maluco?

— Eu? Você que estava aí jogada no meio da rua! Um carro quase te atropelou agora, sabia? O que você estava fazendo, garota?

— Eu...eu...

— Aconteceu alguma coisa? — ele me pergunta, preocupado. Abaixo a cabeça, e nada respondo — Ok, vamos pra dentro. Depois você me conta. — ele se abaixa de costas para mim e aponta para a mesma — Sobe! Está machucada, vai ficar ruim para você andar.

— Obrigada — sorrio e subo, deitando minha cabeça em suas costas, e desabando no choro.

Sinto HanSol dar seus primeiros passos meio hesitante e afundo mais meu rosto nele. Acho que ele percebeu que estava chorando, mas ignorei.

— Assim irei morrer sufocado — sua voz saiu falha. Levanto minha cabeça devagar, e vejo que estava o enforcando com força. Arregalo meus olhos e logo peço desculpas várias e várias vezes — Só te perdoo porque vejo que você não está em um bom dia — ele sorri, me fazendo sorrir também. Olho para o lado, para ter minha última visão daquele buraco obscuro, mas algo me chama atenção. Havia um homem de costas para cá. Ele conversava com o cara que havia brigado comigo, e do lado dele, estava uma mulher extremamente bem vestida. Com roupas aparentemente caras e luxuosas. De repente o homem parece começar a discutir com a senhora aparentemente rica, que imediatamente deposita um tapa em seu rosto, me fazendo dá um pulo em cima de HanSol. No momento em que o homem recebe o tapa, ele vira o rosto, fazendo-me ter quase total visão do mesmo, e logo caio das costas de HanSol ao ter tal revelação.

— Rap Monster?


Notas Finais


Genteeeeeeennnnnn!
Ai q loucura, mano! O que será que aconteceu com Mon? Que mistério é esse sobre ele? Oh Deus!
Dão suas sugestões 😉
Hoje to animada. Escutei Porcelain Black o dia todo, já que ela finalmente voltou a fazer musica 😍. Fiz uma playlist ENORME com musicas antigas e novas dela e fiquei escrevendo capítulos pra fic. Sério, n tem inspiração melhor. As musicas dela me deixam tão...sei lá 😂😂😂. Mas agr to ouvindo Exo ❤️. Pintou uma saudade deles hehe. E vcs? Estão ouvindo algo?
Falem, falem comigo! 🤓
Bom, só pra esclarecer, British Columbia é uma província do Canadá. Ok? Ok! 👌
Entom, pessoas do meu coracion, espero qur tenham gostado. Comentem aí, isso e bem importante pra mim. E quem ainda n favoritou...já sabe hehe
Bjundaaaan!


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