Ao som de uma música animada que vinha de um velho rádio a pilhas, um homem gordo cantarolava mexendo em um computador. Os braços apoiados na bancada ao lado de um prato de macarronada e um copo grande de cerveja, ele olhava fixo para a tela. O punho apoiando a cabeça que pendia para o lado, ele quase cochilava.
- Nunca me deixe! Oh, minha bela! – Ele cantava despercebido, sem nem notar que alguém se aproximava da entrada.
A porta de vidro foi empurrada e a pessoa entrou, sem tirar a atenção dele.
- Olá. – Ele então olhou para a porta e viu uma pessoa mascarada, usando a capa preta que ia até os pés, a bota e as luvas. – Certo, amigo. – Ele sorriu. – O Halloween ainda não chegou, mas tenho que dizer que gostei da sua fantasia.
A pessoa mascarada não se movia. Apenas olhava para ele.
- Eu não tenho doces aqui, então ou você aluga um carro ou dá o fora. – Ele voltou a mexer no computador sem notar que a pessoa se aproximava da bancada até parar bem de frente para ele. Então, rapidamente ergueu a faca para o alto e cravou na mão do homem, prendendo sua mão no teclado do computador.
- AAAAAHHHHHHHHH!!! – Ele gritou alto olhando para a própria mão que agora escorria sangue por toda a bancada. – PORRAAAA!!! QUE PORRAAA É ESSA?!?! – O homem olhou para a pessoa que começou a caminhar em volta do balcão enquanto ele gritava. – ESPERA! O que... o que você vai fazer?! Por favor não me machuca! Por favor! – Ele estava suando e tremendo conforme a figura mascarada dava a volta, parando bem atrás dele. Envolveu seu pescoço com o braço e começou a puxar brutalmente. O homem ia ficando vermelho e sem conseguir respirar. Se remexia cada vez mais tentando se soltar. Rapidamente ele puxou a faca que estava presta em sua mão e tentou ferir a pessoa, que logo o soltou.
Saltou da cadeira deixando a faca cair e correu com dificuldade em direção a saída.
- SOCORRO!!! – Ele gritava nervoso e assustado.
A pessoa pegou a faca suja de sangue em cima da bancada e correu rapidamente em direção ao homem que saiu correndo dali. Empurrou a porta de vidro e parou ao perceber que o homem havia sumido em meio a todos aqueles carros no local.
O homem, que sangrava muito, corria entre os carros ofegante. Estava tentando procurar uma saída. Se apoiou em um dos carros para tomar fôlego enquanto olhava constantemente para todos os lados a procura da pessoa que o feriu.
Pôs a mão no bolso para pegar o celular e só então percebeu que havia deixado em cima da bancada.
- Droga, droga, droga... – Ele sussurrava baixinho. O suor descia pelo canto de sua testa. Então ouviu um barulho vindo de um dos carros ao lado e a pessoa saindo de trás dele com a faca nas mãos, o que o fez sair correndo desesperado para longe. – ME DEIXE EM PAZ!!!
Ele saiu correndo cansado por entre os carros até tropeçar nos próprios pés e cair de cara no chão. Virou-se para trás em um impulso e viu que a pessoa não estava mais a sua frente. E em um piscar de olhos, a figura mascarada segurou o cabelo dele e puxou sua cabeça para trás. Apoiou a lâmina da faca em seu peito, ergueu para o alto e depois desceu com força, perfurando o peito dele. Fez isso várias e várias vezes até então ter certeza de que ele estava morto.
Ficou de pé então e deu a volta no corpo do homem. Segurou em suas pernas e saiu puxando novamente para dentro do local que tinha uma placa grande no alto com os dizeres: Concessionária Irmãos Kenedy.
Na escola, todos assistiam aula quando o sinal tocou, fazendo-os começarem a sair da classe.
- Como você está se sentindo? – Sky pergunta a Jéssica que se levanta.
- Eu descobri que a Andrezyelle gosta de mim, ela me beijou, minha namorada viu e terminou o namoro, então a Andrezyelle é esfaqueada em um banheiro público e eu sou sequestrada junto com a minha ex-inimiga e sou jogada do alto de uma fábrica abandonada. – Jéssica dizia. – É. Não tenho motivos para não estar bem. – Ela sorria.
- Se eu fosse você eu ficaria em casa. – Gabriel falou enquanto eles saiam da sala.
- A vida segue. Não podemos baixar a guarda. Muito menos agora com tudo o que está acontecendo com a gente. – Jéssica estava com um corte na testa, arranhões em um lado do rosto e uma faixa no braço.
- É. Até que você tem razão. – Eles se aproximavam do refeitório onde vários alunos já lanchavam. – Ontem quando eu visitei a Vanessa...
- Espera. – Jéssica interrompeu. Eles pegavam as bandejas e seguiam na fila enquanto o lanche era servido. – Você visitou aquela vaca?
- Mas é claro. Eu precisava saber de tudo. – Ele deu de ombros. – Mas enfim, ela me contou que desde que as mortes começaram, ela começou a investigar tudo sobre nós fazer anotações, e acabou descobrindo quem possa ser o killer.
- Uau. – Sky falou impressionada. – Eu iria adorar ver esse material.
- Mas... se ela é o killer, como ela pode criar teorias de quem possa ser o killer? – Jéssica questionou. – Nossa, isso está muito confuso.
- Pois é... – Eles sentaram então no mesmo local de sempre – eu tenho que confessar algo a vocês. – As duas prestavam atenção nele. – Eu acho que armaram para ela.
- Como assim? – Sky pergunta.
- Eu acho que colocaram aquela mochila lá de propósito, para incriminá-la. – Ele explicava. – A altura dela não bate com a da pessoa que me atacou naquele dia e ela não tem muitos amigos a não ser o câmera que morreu. Eu passei a noite toda stalkeando ela no facebook, instagram, twitter e etc. Ela é uma repórter sozinha.
- E por que você não fez tudo isso antes de ligar para a polícia e jogá-la na cadeia?! – Jéssica exclamou.
- Me desculpem! Eu agi por impulso. Pensei que ela fosse o killer, mas não é.
- Tudo bem. – Sky disse olhando para eles. – Temos que arranjar um jeito de provar que ela não é o killer para poder tirá-la de lá.
- Não é nossa obrigação ajudar ela. – Gabriel disse franzindo o cenho.
- Mas é claro que é! – Jéssica exclamou.
- Nós a colocamos lá. Temos que tirá-la! – Sky completou. – E só há um jeito de provarmos que não é ela...
- Qual? – Os dois perguntaram juntos.
- Descobrindo quem é o killer. – Os três então se olharam pensativos.
Amanda estava andando pelo refeitório de muletas. Vitória carregava a bandeja das duas enquanto outras garotas e garotos as seguiam.
- Você foi no hospital? – Uma garota perguntou.
- Quando vai voltar para o time das líderes de torcida? – Outra garota pergunta.
- Me dá seu número? – Disse um garoto.
- Quer sair comigo? – Outro garoto.
- Gente, eu estou bem. – Amanda falou parando. – Eu fico muito feliz que se preocupem comigo, mas já está me cansando. Sumam da minha frente. – Todos eles então saíram.
Amanda e Vitória caminharam mais um pouco e sentaram em uma mesa onde outras amigas delas estavam.
- Como o killer era?! – Vitória perguntou empolgada.
- Ele era homem ou mulher? – Sarah perguntou.
- Alto ou baixo? – Uma outra garota perguntou.
- Não dava para saber. – Amanda explicava enquanto comia sua salada. – O desgraçado usava uma capa preta longa e luvas. Pode ser qualquer um. Ou até mesmo uma de vocês.
- Mas enfim, deixando esse papo assustador de lado. – Vitória dizia. – Eu recebi uma mensagem ontem do Jonatas.
- Ai amiga, sério? – Sarah disse fazendo cara de tédio. – Você não vai voltar com ele, não é?
- Se você fizer isso, nós vamos raspar o seu cabelo enquanto você dorme. – Amanda falou.
- Meninas, calma! Eu não vou voltar com ele. – Ela sorria. – Eu nem sequer respondi a mensagem dele. Ele me magoou muito. Eu nunca voltarei com ele.
- É isso aí. – A outra garota falou.
- Mas isso não quer dizer que eu possa brincar com ele. – Ela sorriu maliciosamente.
- Você é uma cobra venenosa, sabia? – Disse Amanda sorrindo.
- Mas e você, Amanda? – Sarah perguntou. – Não pensa em voltar com o Bruno?
- O quê? – Amanda levou um susto com a pergunta. – Aquele ali é o último garoto que eu quero ver na vida. Nós nunca voltaremos.
Dez minutos depois:
- Ninguém pode saber disso, entendeu? – Amanda dizia para Bruno enquanto eles se beijavam escondidos no vestiário.
- Entendi. – Ele respondeu.
Amanda desceu a mão do pescoço dele e agarrou em seu ombro.
- Ai! – Ele gritou.
- O que foi?
- Nada. Eu só... me machuquei. Está tudo bem. – Disse ele então, voltando a beijá-la.
Todos estavam no laboratório, enquanto o professor Thiago explicava algo para eles.
- Ei. – Gabriel ouviu alguém o chamar. Se virou para trás e viu que era Elvis. – Eu estou bem perto de saber quem é o killer.
- Como assim? – Gabriel perguntou curioso.
- Lembra da placa do carro que ele ou ela usou para me atropelar? – Gabriel assentiu. – Então. Eu conheço um cara, que conhece um cara que tem o programa da polícia de localização de placas de carro e ele localizou de onde o carro veio.
- E onde é?!
- Uma concessionária próxima chamada “Concessionária Irmãos Kenedy”. – Elvis falou. – Eu vou lá hoje a noite descobrir quem alugou o carro naquele dia. E quando eu descobrir quem é esse babaca, eu vou acabar com a raça dele por ter separado eu e a Sthefany.
- Toma cuidado. – Gabriel disse. – Nunca se esqueça de que o killer está sempre um passo a frente de todos nós.
- Fica tranquilo. Dessa vez, eu estou um passo a frente. – Elvis dizia convencido e com um sorriso no rosto.
Dandara estava na cozinha ajudando sua mãe a lavar a louça.
- Tudo bem, querida. – A mulher com avental e touca disse. – Pode voltar para a aula. Eu cuido do resto.
- Ok. – Dandara tirou o avental e caminhou em direção a saída quando viu Ítalo na bancada.
- Olá. – Falou ele sorrindo.
- Oi. O que está fazendo aqui?
- Ah... eu... – Ele estava um pouco nervoso – lembra que marcamos de sair juntos? Eu pensei que podia ser amanhã. O que acha?
- Ai meu Deus, me desculpa. Eu tinha esquecido. – Ela bateu a palma da mão na testa – Com tudo o que está acontecendo, eu acabei nem lembrando.
- Sem problema. – Ele sorriu tímido.
- Mas com certeza. Claro que topo sair amanhã.
- Sair para onde, meninos? – A mãe de Dandara perguntou no final da cozinha.
- Estudar, mãe. Estudar. – Então eles sorriram um para o outro.
O sinal tocou alto, ecoando por toda a escola.
- Eu estive pensando em algo durante a aula. – Gabriel falava para Sky e Jessica enquanto saia da sala – E se nós formos outra vez na casa da Vanessa procurar por tudo o que ela descobriu investigando?
- É uma boa ideia. – Jéssica disse parando no corredor junto com eles.
- E se... – Sky começou dizendo – falarmos com a Vanessa outra vez e pedirmos a ajuda dela?
- Será que ela nos ajudaria? – Indaga Gabriel.
- É para o bem dela. Ela tem que nos ajudar! – Jéssica falou. – Vamos até a delegacia, falamos com ela outra vez e pedimos para ela nos contar tudo. Eu tenho certeza que ela vai nos ajudar.
- Mas... – Gabriel continuou dizendo enquanto eles voltavam a andar – por via das dúvidas, é melhor pegarmos as provas na casa dela. Nunca se sabe se o killer não pega antes da gente.
- Você tem razão. – Sky confirmou. – Hoje a noite iremos lá.
- Mas... – Gabriel falou novamente – hoje a noite eu ia ver o episódio especial de Halloween de SCREAM.
- Ninguém liga. – Jéssica saiu na frente com Sky.
- Eu ligo! – Ele gritou.
Sthefany caminhava entre a multidão de alunos para fora da escola quando sentiu alguém segurar em seu braço.
- Ei. – Era Elvis.
- Me larga, garoto! – Ela se soltou, lançando um olhar de raiva para ele.
- Olha... – Ele começou dizendo – você não responde as minhas mensagens, não atende as minhas ligações...
- E não vou. Tchau. – Ela saiu andando quando ele gritou.
- Espera! – Ela recuou, parando novamente. – Eu só queria te dizer que eu vou descobrir quem é o killer hoje à noite. – Sthefany franziu o cenho.
- Como? – Ela perguntou.
- Eu rastreei a placa do carro e sei onde ele foi alugado. – Elvis dizia. – Hoje a noite eu vou lá e descobrir quem alugou. A pessoa que aparecer, é o killer.
- Tá, mas... o que eu tenho a ver com isso?
- Eu só queria que você soubesse. Finalmente vamos descobrir quem foi o responsável por acabar com o nosso namoro.
- Eu já agradeci muito a essa pessoa por acabar com aquela farsa. E pela milésima vez, eu não... – Antes dela terminar, ele interrompeu.
- Espera. – Lançou um olhar estranho para Sthefany. – Como assim você já agradeceu a essa pessoa? – A garota ficou calada e não disse nada. – Você... sabe quem é o killer?
- O quê? – Ela riu. – Mas é claro que não. Eu quis dizer que quando eu encontrar essa pessoa, eu vou agradecer a ela. Agora sai da minha frente e não me procura mais. OK? – Então ela saiu novamente, deixando ele imóvel.
Era por volta de oito horas da noite quando Gabriel fechou a porta de casa e caminhou em direção ao carro de Jéssica.
- Que demora foi essa, garoto? – Jéssica disse quando ele entrou e sentou no banco do carona.
- Desculpa. – Ele fechou a porta. – Cadê a Sky?
- Ela ligou dizendo que não ia poder vir. – Jéssica explicava colocando o cinto de segurança. – Vai terminar um trabalho. Algo assim. Disse para termos cuidado.
- Cuidado é meu segundo nome. – Gabriel sorriu. – Vamos nessa!
Jéssica acelerou o carro e eles seguiram em alta velocidade pela rua.
Elvis saiu da bicicleta e a deixou presa com a corrente em frente a concessionária. A recepção era pequena, os fundos era enorme com vários carros semi-novos para alugar. Ele empurrou a porta de vidro e entrou. Tudo estava em silêncio.
Ele viu que não tinha ninguém na bancada atrás do computador. Havia um copo de cerveja quase cheio e um prato de macarronada cheio de moscas. O local fedia um pouco.
- Olá? ... – Ele falou ouvindo o eco de sua voz se espalhar pelo local.
Se aproximou da bancada e viu que o teclado do computador estava sujo de sangue. Ficou um pouco assustado, mas não tirou os olhos. Olhou em volta e viu pequenas gotas de sangue que iam em direção aos fundos.
- Olá? Tem alguém aí? – Ele foi seguindo as gotas de sangue até ver que elas se transformaram em uma enorme mancha grande que se estendia por um corredor estreito. – Olá?!...
O sangue no chão não era fresco, então ele seguiu a mancha até o final do corredor, onde tinha uma porta. Abriu-a e logo o corpo de um homem gordo caiu em cima dele, fazendo-o cair no chão.
- AAAAAAAAAAAHHH!!! – Ele gritou levando um susto. O homem pesava muito, e estava com os olhos abertos, já morto. O sangue dele sujava sua roupa. Elvis, desesperado, começou a empurrar o homem de cima dele até que conseguiu. – Merda! – Ele se afastou e viu um buraco em sua camisa na região do peito – merda... – Ficou de pé rápido e correu de volta para a recepção.
Atravessou a porta correndo e foi até sua bicicleta. Pegou o celular no bolso de trás e ligou para alguém.
- Alô? Gabriel? – Ele dizia.
- Elvis? É você? – O garoto falou do outro lado da linha, no banco do carro, ao lado de Jéssica.
- Sim. Eu estou aqui no lugar.
- Por que está ofegante? O que aconteceu? Descobriu algo?
- É o Elvis? – Jéssica perguntou curiosa sem tirar os olhos da estrada. – Põe no viva-voz. – Gabriel colocou.
- Eu vi o corpo do homem que cuida daqui. – Elvis falava. – Acho que o killer esteve aqui e matou ele para que não contasse nada.
- Não pode ser... – Gabriel disse desapontado. – Agora sai daí! Se a polícia aparecer, vão te levar como suspeito.
- Mas... eu preciso descobrir quem é essa pessoa! – Ele falou alto olhando para a concessionária.
- Fica tranquilo. Nós já temos um plano. Sai daí agora! – Jéssica falou com ele.
- Esperem. Eu vou olhar no computador. Os registros podem estar lá.
- Cara! Não faz isso! – Gabriel exclamou. – Sai daí agora!
- Fica calmo. Está tudo bem. – Elvis voltou para dentro da concessionária correndo, ainda com o celular em mãos. Deu a volta no balcão e pôs o celular sob ele. Ligou o computador e começou a vasculhar sem notar a pessoa mascarada que entrava silenciosamente no local pelos fundos.
Vanessa estava deitada em uma cama dura quando ouviu uma voz do outro lado das grades que a fez despertar.
- Ei! – Ela levantou, passando a mão no rosto.
- O que aconteceu? – Ela perguntou sem entender. – O julgamento será hoje?
- Não. Alguém entrou com um advogado para você. – O guarda moreno e alto falava abrindo a cela. – Parece que você vai ficar presa a domicílio enquanto não chega o dia do seu julgamento.
- Fala sério? – Ela diz contente. – Quem fez isso?!
- Foi anônimo. Não sabemos quem foi.
Então o sorriso no rosto dela ia sumindo, sendo substituído por uma expressão de preocupação.
- Elvis! – Gabriel gritava com ele pelo celular. – Sai daí agora!
- Espera... – Ele estava vidrado na tela – não acredito... achei!
- Achou?! – Jéssica perguntou empolgada.
- Aqui está todos os registros de aluguéis e compras dos carros... – Ele sujava os dedos com o sangue do teclado enquanto digitava a data do dia que o carro o seguiu. – Não foi alugado naquele dia. Deixa eu ver um dia antes... – Ele digitou e viu três registros. O aluguel de uma vã grande, uma compra de um carro porshe branco e o aluguel de um carro preto com vidros escuros. – Achei! Esse foi o carro!
- Ai meu Deus! – Gabriel disse empolgado segurando o celular. – Rápido! Olha logo quem alugou!
A pessoa mascarada caminhou pelo corredor estreito e seguiu dando a volta no balcão. Segurava a faca nas mãos conforme se aproximava da cadeira que ele estava sentado.
- Espera... – Ele clicou e então o nome da pessoa apareceu. Seu coração acelerou – não pode ser...
- QUEM?! QUEM ALUGOU?! – Os dois estavam nervosos no carro.
- Foi... – E quando ia falar, a pessoa mascarada agarrou seu pescoço e enfiou a faca em sua barriga. Elvis soltou um grito de susto e dor ao mesmo tempo conforme a pessoa puxava e enfiava a faca em sua barriga. O sangue voava na tela do computador, em cima do nome da pessoa.
- ELVIS! O QUE ESTÁ ACONTECENDO?! – Jéssica gritou.
A pessoa mascarada soltou seu pescoço e se afastou vendo ele cair no chão de joelhos. Suas mãos trêmulas pressionavam o local das facadas. O sangue descia sem parar, chegando até a sair pela sua boca. Ele buscou forças para pegar o celular em cima do balcão até que agarrou, sujando todo com seu próprio sangue.
- ...foi... – Ele tentava falar sem voz. – ...foi...
- QUEM?! ELVIS! FALA LOGO! – Gabriel gritava.
- ...foi... a... – A voz ia faltando cada vez mais, e falar estava ficando mais difícil. - ...a... S... a S... S... – E antes que ele terminasse de falar o nome da pessoa, desabou, caindo de cara no chão com o celular ainda nas mãos enquanto a pessoa mascarada o observava com a faca suja de sangue nas mãos.
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