Pelos corredores do hospital, uma pessoa era carregada ás pressas em uma maca.
Estava bastante pálida e desacordada. Seu rosto tinha pequenos cortes de vidro e havia bastante sangue em sua barriga, no local onde a faca atingiu. A professora Nadja foi levada para a uma sala de cirurgia rapidamente pelos enfermeiros, enquanto o médico vestia seu jaleco ás pressas.
Lavou as mãos na pia e as enxugou em uma toalha branca limpa. Colocou a máscara e deixou-a abaixo do queixo por enquanto. Se aproximou da mesa e viu a mulher lá adormecida enquanto os enfermeiros e enfermeiras se preparavam para a cirurgia.
- Qual o estado da paciente? - O doutor perguntou colocando as luvas.
- Ela foi atacada na própria casa e arremessada da janela. - Uma enfermeira negra disse enquanto registrava tudo em uma prancheta.
- Qual o quadro dela? - O doutor voltou a perguntar, se aproximando dessa vez
- O quadro é grave. - Um enfermeiro logo a frente respondeu. - Ela perdeu muito sangue, mas podemos salvá-la.
Nadja arregalou os olhos rapidamente e tentou erguer o corpo para frente.
- Meu Deus! - O doutor se assustou. - Ela acordou! Precisamos sedá-la.
- O... o... - A professora se esforçava para falar. A voz era fraca e baixa, chegando a ser quase inaudível - o... o... ki...
- Precisamos sedá-la agora! - O doutor exigiu tentando acalmá-la. A enfermeira negra atravessou a sala e pegou uma seringa dentro do armário. Tudo bastante rápido. Espetou a ponta em um pequeno pote de vidro e puxou todo o seu conteúdo, voltando a se aproximar da mulher.
- O... o... killer! - Nadja falou;
- O que ela está falando?! - O enfermeiro perguntou.
- O... killer... - Nadja repetiu - eu... sei... quem... é... - A mulher injetou a seringa nela, deixando o líquido entrar em suas veias - eu... sei... quem... é... - Seus olhos foram se fechando lentamente e ela foi aos poucos se deitando - ... o... killer é... - Então apagou de vez.
No dia seguinte, na escola...
Eddy, Gabriel, Jéssica e Sarah atravessavam o corredor conversando.
- Por que a Eduarda esconderia a ficha dela? - Sarah perguntou. - Vocês a viram pegar?
- Mas é claro que não, garota. - Gabriel respondeu. - Estava lá e de repente sumiu. Ela estava com a mochila, pode ter guardado lá sem que ninguém visse.
- Nós reviramos tudo e não achamos. - Eddy falou. - Ela só pode ter pegado.
- Para onde você foi naquela hora que saiu, Sarah? - Jéssica perguntou.
- Eu... só... fui para casa. Ajudar meus pais com um negócio. - Ela respondeu.
- Ah, tá.
- Eu só quero entender o porquê da Eduarda ter escondido da gente a ficha dela? O que tem lá que ela não quer que vejamos? - Eddy se perguntava quando pararam no meio do corredor.
- Ela pode ter algum passado negro e não quer nos contar. - Gabriel sugeriu. Todos eles se olharam. - Se ela escondeu na mochila dela... é só recuperar de volta.
- Isso vai dar problema. - Sarah falou.
- Não vai não! - Ele exclamou empolgado, percebendo que falou alto demais e baixando o tom. - Não vai não... estamos mais perto que nunca de acabar com isso de uma vez! Não podemos desistir agora. Estamos juntos nisso e vamos sair juntos. Deixa essa parte com a Eddy.
- Comigo?! - A garota de cabelo cacheados levou um susto. - Por que eu?!
- Porque você é mais amiga dela do que nós. - Ele explicou colocando a mão em volta do pescoço dela. - Não é grande coisa. Você só vai procurar se está lá e se tiver, vai pegar e trazer para nós. O que ela estiver escondendo... iremos descobrir. - Eddy olhou para ele meio relutante e indecisa.
- Morte. - O professor Pedro, de filosofia falava enquanto caminhava entre as fileiras de alunos. - O que é a morte para a filosofia?... - Seguiu andando até chegar de frente para a turma. - Para alguns pensadores, a morte seria a musa inspiradora da filosofia, ou seja, teria sido o estopim para o ser humano pensar sua situação existencial e seu lugar no mundo. - Todos prestavam atenção nas palavras dele. - Indiscutivelmente, a morte é a marca do desamparo humano, trazendo ao homem o fato inevitável de que é seu futuro imprevisível, dando-lhe a sensação do esquecimento derradeiro, do fim, contrariando o pensamento humano de imortalidade.
- Vocês não acham estranho ele estar falando de morte com tudo o que está acontecendo? - Bruno disse para eles em tom de sussurro.
- Eu acho. - Eddy concordou. - Esse professor é muito estranho. E agora que descobrimos que ele é irmão do zelador, se tornou ainda mais.
- Essa não devia ser a aula da professora Nadja? - Dandara estranhou.
- Deveria... - Jéssica disse. - Será que ela está doente?
- Então pessoal. - Eles voltaram a prestar atenção nele. - Eu estou falando sobre a morte porque está difícil não falar com tudo o que está acontecendo, não é mesmo? - Ele fez uma pausa e sentou no birô. - Hoje de manhã a direção me comunicou sobre algo que aconteceu ontem a noite. - Os alunos olhavam uns para os outros um pouco assustados. - A professora Nadja, de literatura, foi atacada pelo assassino em série.
- Ai meu Deus! - Eles diziam assustados.
- Ela está internada agora mesmo para se recuperar. Os médicos disseram que ela terá alta em breve. Então, não precisam ficar preocupados. - Ele fez outra pausa. E desta vez, olhou para Gabriel, Eddy, Jéssica, Amanda, Dandara, Vitória, Sarah e Bruno. - Apenas tomem bastante cuidado...
Eles estavam sentados na hora do intervalo conversando.
- “Apenas tomem bastante cuidado”? - Amanda disse. - Vocês ouviram aquilo?
- É tanta coisa que chega dá até dor de cabeça. - Dandara falou.
- Pois é. - Sarah disse.
Gabriel veio em seguida com uma bandeja nas mãos. Parecia bastante empolgado.
- Gente! - Ele sentou. - Vocês não vão acreditar no que eu descobri!
- O quê? - Bruno perguntou.
- Eu vi em um site de notícias, que a professora Nadja não parava de falar “eu sei quem é. Eu sei quem é o killer!” sem parar quando colocavam ela no carro da ambulância.
- Espera! - Jéssica interrompeu. - Ela sabe quem é?!
- Sabe! Mas não chegou a dizer quem era. Pode ter sido alucinações dela, é o que acreditam, mas pode não ser. Vai que o killer tenha se revelado para ela antes de jogá-la pela janela! - Gabriel explicou.
- Precisamos falar com ela! - Vitória disse.
- Aí é que está. - Ele voltou a falar - Ela não está recebendo visitas de ninguém. Os médicos proibiram. Tentei marcar uma visita online, mas não consegui.
- Precisamos de um plano para entrar lá e falar com ela. - Jéssica dizia.
- Então precisamos ser rápidos. - Eduarda, que estava na mesa ao lado se virou. - Antes que o killer a visite antes.
- Exato! - Amanda concordou. - Mas hoje eu não posso, meus pais voltam de viagem.
- Eu posso. - Eduarda se ofereceu.
- Ótimo. - Eddy disse. - Mas precisamos de outra pessoa para ajudar a Eduarda a entrar no quarto dela.
- Deixa comigo. Eu vou. - Sarah assentiu com a cabeça.
- Só precisamos de um carro. - Eduarda falou.
- Eu empresto o meu. - Disse Jéssica.
- Então está combinado. - Eduarda se levantou com sua bandeja nas mãos. - Te vejo depois da escola. - Sarah assentiu para ela que se afastou em seguida.
- Mas e você Edyanne Karine? - Gabriel encarou a garota de cabelos cacheados. - Conseguiu olhar a mochila dela?
- Eu tentei! - Eddy disse. - Mas não consegui. Ela só anda com aquela mochila de um lado para o outro. Vou tentar na aula de educação física. - Ela assentiu para ele por fim.
Jéssica pegava seus livros no armário quando alguém tocou em seu ombro. Ela se virou rapidamente e viu que era a garota de cabelo curto chamada Alice.
- Que susto! - Ela falou sorrindo. - Você tem que parar de aparecer assim.
- Desculpa. - Alice sorriu para ela.
- Olha, - Ela fechou o armário e as duas seguiram pelo corredor vazio - me desculpa não ter ligado ontem a noite. Tanta coisa vem acontecendo com a gente...
- O assunto de sempre. - Alice franziu o cenho.
- O quê? - Jéssica parou de frente para ela. - O que você disse?
- Que você sempre diz isso. - A garota repetiu. - Raramente me liga e demora para atender as minhas ligações, e quando te pergunto o motivo você sempre diz isso. “Tanta coisa vem acontecendo”.
- Mas é verdade. Nós...
- Relaxa. - Alice falou sorrindo. - Eu entendo que você tem muitos assuntos inacabáveis e killers e mortes... - Ela fez uma pausa. - Eu sei das coisas que estão acontecendo com vocês. E é coisa demais para adolescentes comuns. Acho que você não está pronta ainda para nada... talvez... seja esse o motivo de você não ter conseguido seguir em frente depois da Eddy. - Então Alice continuou andando, deixando Jéssica pensativa.
O professor de Educação Física observava alguns alunos que jogavam vôlei na quadra. Eddy apareceu e ficou apenas observando escondida. Olhou para o final da quadra e viu que Eduarda também jogava.
- Ótimo. - Disse Eddy saindo dali. Foi até o vestiário e caminhou até os armários. - Cadê?... cadê?... - Olhava para trás constantemente para ver se alguém aparecia. - Achei! - Abriu um que tinha o nome Eduarda e tirou de dentro sua mochila, colocando-a em um banco. Abriu o zíper e levou um susto quando viu o papel amassado no fundo na mochila. - ...não pode ser.
Rapidamente ouviu um barulho de passos e se virou rapidamente com a folha nas mãos.
- O que você está fazendo? - Eduarda perguntou encarando-a.
Gabriel estava na biblioteca sozinho ouvindo as fitas que Vanessa havia gravado.
- “Sarah Rayza é uma garota comum que tem uma índole perturbada. Os pais morrerem em um incêndio e ela vive com os dois irmãos mais velhos. Sempre sofreu bullying por conta da sua altura e...”
- Biel? - Dandara falou se aproximando. Ele pausou.
- Oi. - Tirou os fones dos ouvidos. - Eu estava anotando as informações importantes que a Vanessa deixou. O que houve? Tá tudo bem?
- Está sim. - Ela se sentou de frente para ele. - Eu queria dizer que estou muito feliz por você ter voltado a nos ajudar. A “bancar o Scooby-Doo” com a gente. - Eles sorriram. - E... que você tem sido muito forte pelo que aconteceu com a Sky.
- Valeu. Eu ainda estou tentando. É difícil. Você sabe muito bem por conta do Ítalo...
- É. Eu sinto falta dele. Muita.
- Eu também sinto falta dela. Muita.
- Mas nós vamos acabar com isso. Eu tenho certeza. Estamos cada vez mais perto de desmascarar esse psicopata. E enfim teremos paz.
- Isso aí. - Ele assentiu com a cabeça. - Agora vaza que eu tenho muita coisa para descobrir.
- Esse é o Biel que eu conheço. - Ela levantou rindo e saiu.
- E você é uma bela de uma suspeita. - O garoto puxou uma das folhas que estava escrito “Dandara - Tentou se suicidar duas vezes por conta de brincadeiras maldosas da escola”.
- Eduarda?! - Eddy ficou vermelha e sem saber o que fazer. A folha estava escondida atrás dela. - Eu... só... vim pegar... um absorvente emprestado. - Ela sussurrou. - Os meus acabaram, sabe né? - Ela deu de ombros. - Então... eu já vou indo. Obrigada.
- Me devolve essa folha, Eddy. - O tom de voz de Eduarda chegou a assustar a garota.
- Que folha? - Eddy fingiu não saber do que ela estava falando.
- Chega de gracinhas. Eu sei que você recuperou a ficha que roubei. - Eddy mudou a expressão e soltou o ar cansada.
- Tá legal. - Mostrou a folha que estava escondida. - Eu peguei mesmo. Mas não vou te devolver. - Ela negou com a cabeça. - Por que você escondeu isso da gente? O que você esconde que não quer que saibamos?
- Nada! - Eduarda avançou para pegar a folha, mas Eddy recuou para trás. - Me devolve!
- Não! - Eddy aproximou a folha do rosto e leu o que estava lá. Seus olhos se arregalaram. - ...ai... meu... Deus... - Baixou a folha novamente e olhou para Eduarda que parecia nervosa. - Não pode ser.
- É exatamente isso que você leu. - Eduarda assentiu. - Eu sou filha do Paulo Hoston. O zelador que vocês mataram no ano passado.
- Então... - Eddy estava sem acreditar - foi por isso que escondeu isso da gente?
- É claro que sim! - Eduarda passou por ela e se sentou no banco entre as duas fileiras de armários. - Não podia deixar que vocês vissem isso... o Gabriel já acha que eu sou o killer, se descobrisse isso, me entregaria para a polícia sem pensar duas vezes.
- Mas você não é o killer! - Eddy sentou ao lado dela. Eduarda estava com os cotovelos apoiados nos joelhos e as mãos cobrindo o rosto.
- Mas eu seria mais suspeita do que já sou. - As duas se olharam. - Pensa bem: um grupo de adolescentes bêbados matam o pai da garota e saem em pune e ela volta um ano depois junto com a garota que foi acusada injustamente para se vingar de todos eles. Isso daria uma ótima fanfic adolescente de algum garoto estranho loiro que não tem nada para fazer da vida! - Ela fez uma pausa para tomar fôlego.
- Então... quer dizer que o professor Pedro é seu...
- Meu tio. - Eduarda completou. - Isso mesmo. Nós não nos falamos muito porque não queremos ser suspeitos. Nos falamos ás vezes e é bem escondido. - Eddy absorvia toda a história.
- O que... aconteceu com você depois que... seu pai morreu? - A garota pensou bastante e começou falar depois.
- Eu tinha 16 anos. Fui morar com meu outro tio e minha avó. Pedro nos visitava ás vezes, mas ele estava diferente. Não parecia ser o mesmo. - Ela olhava para o chão. - A morte do meu pai mexeu muito com ele.
- Você... nunca parou para pensar... que ele possa estar fazendo isso? Que ele é o killer?
- Não! Ele não é o killer!
- Como você pode saber?! - Eddy exclamou.
- Eu não sei... mas... não. Meu tio não pode ser o killer. Não. - Ela se levantou.
- Eduarda! - Eddy gritou.
- Eu preciso ir! - Passou a mão nos olhos e pegou a mochila, saindo dali rapidamente.
O carro de Jéssica parou em frente ao hospital. Sarah e Eduarda saíram em seguida e caminharam em direção a entrada.
- Você tem um plano? - Sarah perguntou a ela.
- Tenho. - As duas pararam na recepção. - Você vai fingir um ataque de asma e eu vou subir o elevador quando ninguém estiver olhando.
- Ok. - Sarah assentiu. Eduarda se afastou dela e então Sarah começou a fingir que tinha um ataque de asma. Rapidamente algumas enfermeiras se aproximaram dela e tentaram ajuda-la. Enquanto isso, Eduarda corre até o elevador que estava escrito “RESTRITO - SOMENTE PESSOAL AUTORIZADO” e apertou o botão fazendo a porta se abrir.
Eduarda entrou rapidamente no elevador e fechou as portas. Quando atingiu o quarto andar, as portas voltaram a se abrir e ela saiu. Estava deserto ali. Não havia nem um médico, enfermeiro ou paciente. Ela saiu olhando pelo vidro das portas até ver então a professora Nadja deitada adormecida. Empurrou a porta e entrou.
Nadja abriu os olhos e olhou para ela que se aproximava da cama.
- Professora... - Ela começou dizendo com uma voz doce - sou eu. Eduarda. Sua aluna. Soubemos que você foi atacada pelo killer, não foi? - Nadja assentiu com dificuldade. - Eu só preciso que me diga quem foi a pessoa que te atacou. Só isso. Eu preciso que me conte.
- E... eu... a... o... killer... tirou a máscara. - Ela falou com a voz bastante fraca. Estava pálida e com curativos no rosto.
- E quem era?! - Eduarda perguntou empolgada. - Quem estava por trás da máscara?!
- Era... era... - Sua voz ficou cada vez mais fraca. Ela engoliu em seco e voltou a falar - O killer é... - Então rapidamente sentiu a lâmina da faca entrar em sua barriga. Ela começou a engasgar com o próprio sangue enquanto mantinha os olhos arregalados fixo na pessoa que a atingiu.
- Acabou seu tempo, professorinha. - Disse Eduarda sorrindo enquanto puxava a faca da barriga dela. Então Nadja fechou os olhos lentamente deixando o sangue alagar o lençol. - Essa foi por pouco. - Disse Eduarda soltando um suspiro de alívio. Jogou a faca que usou em uma lata de lixo junto com as luvas descartáveis que havia colocado.
Olhou para frente e viu alguém parado na porta. Usava uma roupa preta. Luvas pretas, casaco com capuz preto e botas pretas. E também usava a máscara que sempre usava.
- Olá killer. - Ela disse sorrindo enquanto se aproximava. - Eu fiz o que você me pediu. Está vendo. - Apontou para a professora morta. - Eu a matei. Disse a você que era capaz. Não sou uma ajudante medrosa como você diz que sou. - Ela fez uma pausa olhando fixo para a pessoa na sua frente. - Por que não tira essa máscara? Parece até que não sei quem você é. - Ela sorriu novamente. - Tudo bem. Eu entendo. Sei que não quer que ninguém te veja por aí. Por que você foi tirar a máscara ontem, idiota? Eu tive que ser inteligente para limpar sua sujeira. Me ofereci para vir aqui com a Sarah só para me livrar dela. - Olhou novamente para a professora na cama. - Mas o que importa é que está tudo resolvido agora. Eles não fazem a mínima ideia de que eu também estou te ajudando. Consegui fazer papel de coitadinha para a Eddy não suspeitar. Não fazem nem ideia de quem você é também. Está tudo certo.
A pessoa mascara negou lentamente com a cabeça.
- O quê? Por que não? - Eduarda estranhou. - Eu estou fazendo tudo que você me pediu! Acabei de matar uma pessoa pela primeira vez na vida! Não sei como você consegue fazer isso com tanta facilidade... a Sthefany está presa. Eles acham que só tem você agora. Não sabem sobre mim. Pode ficar tranquil...
Em um piscar de olhos a pessoa mascarada puxou uma faca e cravou no peito dela. Eduarda se desequilibrou e caiu para trás sentada. O ar começava a faltar enquanto o sangue molhava toda a sua blusa.
- ...por que?... - Ela tentava dizer com dificuldade. Sentia uma dor aguda passar por todo seu corpo. - Por que você fez isso?!... eu... - Ela tossia - eu pensei que estávamos juntos nessa?!... - As lágrimas desciam de seus olhos. - Eu... você... e a Sthefany... pensei que a gente estávamos juntos...
A pessoa então falou com a voz robótica.
- Nunca houve “a gente”. Vocês duas foram só pecinhas que usei no meu plano. - Eduarda estava com os olhos arregalados. - Só distrações para eles. Essa história é minha. E já está bem na hora de termina-la... adeus. - Então a pessoa saiu da sala, deixando Eduarda agonizar até dar seu último suspiro.
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