História The Killing Joke - I Don't Know

Eu estava sentada esperando alguém lembrar que eu existo. Isso demorou muito, eu fiquei cerca de duas horas dentro da minha sala. A cada minuto eu tentava gritar para que alguém me tirasse dali. Era em vão, nada, ninguém. Eu queria saber o que se passa nos corredores do Arkham, mas Mr. J me prendeu aqui dentro, eu até achei uma chave reserva que eu tinha, mas acabou que ele havia enterrado a porta com sua força quando a fechou. Por que diabos você fez isso, Joker?

E se o pegaram? O balearam? O levaram para a penitenciária? Os barulhos já haviam cessado, provavelmente o manicômio estava acabado. Eu mesma até quebrei uma das janelas para pedir ajuda, bem... Não adiantou muita coisa. Eu só baguncei mais ainda o manicomio, e ainda não consegui escapar, pois a janela era alta e eu tinha usado um globo de neve que eu tinha para enfeitar a minha mesa.

Ouvi um barulho alto, que me fez levar um terceiro susto só nesse dia. Arrombaram a porta, fiquei em pé e vi um policial ao lado do Sr. Arkham. Até que enfim.

— Harleen! — Exclamou surpreso e eu fui no mesmo momento até eles. — Pensei que estivesse morta. — Que pensamento positivo, hein! Bem, mas morta? Deve ter acontecido muitas coisas por ai. Fiquei até meio assustada com o jeito que eles falaram.

  — Morta? Morta por quê? O que aconteceu? — Perguntei a um dos dois. Eu tinha noção do que estava havendo, mas nada concreto. Eu queria saber sobre o Palhaço, não o que aconteceu, mas se perguntasse de forma direta eles já estranhariam a minha preocupação.

  — Será que pode responder algumas perguntas, senhorita? — O policial me perguntou, não tinha o que eu dizer, eu apenas fiquei presa aqui e nem sei o que aconteceu lá fora.

  — Se alguém responder as minhas primeiro. — Dei minha condição.

  — Sr. Arkham, temos más noticias. — Olhei e vi o Comissário Gordon chegando com um taco de basebol dentro de um plástico transparente. Vão pegar as impressões digitais de quem o usou, concluí na mesma hora. Será que pegaram o Mr. J? Eu queria fazer essa pergunta de uma vez, mas eles podiam estranhar o meu interesse apenas nesse paciente.

  — O quê foi? — Ele perguntou, James iria responder a minha pergunta.

  — Quinze pacientes foram infelizmente mortos — Ele disse. —, doze conseguiram escapar e três psiquiatras do Asilo foram mortos também, sem contar com o os feridos e os seguranças. O objeto de assassinato encontrado é esse taco de basebol, responsável pela maioria das mortes. — Meu Deus. Passei a mão pelos meus cabelos. Ele fez tudo isso? A maioria com um taco de basebol. Isso que nem é uma arma de fogo, imagine se fosse diferente.

  — Mais alguma coisa? — Sr. Arkham perguntou nervoso demais. Imagina o prejuízo que isso tudo causou pra ele, ainda bem que não estou envolvida...

  — Roubo de 30 mil dólares — Coloca prejuízo nisso. Espero que com isso não fechem o Arkham por um tempo, esse é o meu único emprego, é a minha forma de viver.

Mas e o Batman? Onde estava quando tudo isso aconteceu? Ele não podia estar fazendo algo mais importante do que vim socorrer o Asilo. Onde estão as pessoas mais perigosas de Gotham City. Comecei a prestar atenção na conversa do comissário, mas o outro policial chamou minha atenção. Ah, céus.

  — Doutora Quinzel, a senhorita tem ideia de quem possa te-la prendido? — Perguntou me.

Diga que você não sabe.

  — Eu não sei. — Respondi de acordo com as vozes. — Quando fui abrir já estava enterrada.

Expliquei sendo muito sincera. Aparentemente.

  — Ouviu vozes de alguém que possa conhecer? — Eu não iria dedurar The Joker, eu iria conversar com ele, mas também escutei o Espantalho... Qual o motivo disso tudo?

Assustar. Manter o poder sob eles. É isso, Mr. J?

  — E as câmeras de segurança? — Desconversei. Elas podem ter pego algumas coisa.

  — Foram desligadas. — Ele me disse, eu assenti entendendo. Ele é tão esperto, como é que pensou nisso tudo? Não faz muito tempo que está aqui. 

  — ...Mas a ala de segurança máxima esta segura, não é? — O comissário Gordon perguntou e isso fez a expressão do Sr. Arkham ir de ruim a péssimo. Ele olhou sério para mim e eu sei no que ele estava pensando. Estávamos pensando no Espantalho e no Palhaço, eu não, eles estavam, minha preocupação era apenas com o Coringa.

  — Coringa. — Comissário Gordon murmurou. — Ryan, vá até a cela do Espantalho com Sr. Arkham, eu vou ver se o Coringa escapou. — Ele disse. Eu não perdi tempo em falar:

  — Vou com você. — Falei ao James. Ele assentiu e então nós dois fomos até a cela do The Joker. Como assim não viram a ala de segurança máxima ainda?

Se não o pegaram, ele provavelmente fugiu, melhor do que ser preso. Muito melhor. Nós andávamos em passos rápidos, ambos preocupados. Espero que ele esteja bem, onde quer que esteja. Ele é mais esperto que todos os cidadãos de Gotham juntos, não há com o que se preocupar Harleen.

  — Tenho quase certeza que foi ele. — James murmurou para mim e eu o olhei. Tudo é sempre ele agora? Tá, eu sei que foi ele, onde tem Coringa, há problema, mas e se não fosse? Eles não tem certeza de nada e logo já o culpam. Eles são tão idiotas, elas disseram.

  — Eu sei. — Respondi as vozes. 

  — Que bom que você concorda também, Doutora. — James me falou. Um segundo depois eu me toquei no que eu tinha falado, tenho que me controlar, essas vozes vão acabar tomando conta do meu psicólogo e olhe que eu sou profissional nisso. Chegamos até a cela dele e o comissário abriu a porta com um pouco de dificuldade. Eu esperei um pouco e assim que ele abriu e entrou. Eu estava logo atrás dele. Entrei na sala em que costumo conversar com Mr. J. É agora.

  — James... — Ouvi a voz dele, o que? O que ele estava fazendo aqui? E ainda mais com a camisa de força novamente, parece que ele nem ao menos saiu do lugar. — Estava com saudades? — Perguntou. Comissário Gordon deu um pequeno sorriso. Meu Deus, alguem pode me explicar o que estava acontecendo aqui? Não entendi o seu objetivo.

The Joker passou seus olhos rapidamente por mim e por um momento eu o olhei impressionada, ele é incrível, como ele fez tudo isso? E sem deixar pista nenhuma? Ele sabe planejar as coisas tão bem, isso é admirável.

  — Como fez isso, Mr. J? — O comissário perguntou muito debochado. Mr. J inclinou a cabeça pro lado direito e sorriu para ele, psicótico. Eu achei aquilo sexy, mas no lugar do comissário eu ficaria estremecida.

— Do que ele está falando querida Harleen? — Chamou-me pelo meu próprio nome. Ouvimos um barulho de porta sendo fechada brutalmente, vindo da sala do Espantalho. O que sera que esta havendo por lá?

Culpe-o

No momento de distração James olhou para fora e Joker sorriu sacana para mim, assentindo. Ele também queria que eu o culpasse, mas Jonathan Crane não tinha nada a ver com isso. Eu não deveria fazer isso por ele, eu estava passando dos limites...

  — A gangue do Espantalho — Olhei para o comissário. —, causou tudo isso. — Eu não estava mentindo para as autoridades, estava contando apenas a metade da verdade. Isso não me prejudicaria, huh?

Eu não devia estar protegendo ele, mas eu confio nele e nada acontecerá comigo, imagina se eu abrisse a minha boca? O palhaço poderia acabar comigo, poderia, não estou falando que iria. É diferente.

  — Está me falando a verdade? — Comissário me perguntou.

— Eu ouvi coisas. — Assenti. — Era ele.

Não tinha como ele desacreditar em mim, falando do jeito que eu falava eu parecia uma verdadeira atriz. James por um momento ficou sem o que dizer, algo estava estranho para ele.

  — James! — O Grito do Sr. Arkham desesperado fez o comissário sair preocupado. Ele foi rápido. Olhei para trás onde ele desapareceu pela porta e olhei ao Joker.

  — Você foi muito convencional, querida. — Mr. J me elogiou. Eu não fiz nenhuma expressão a ele, apenas desaprovei sua atitude com a cabeça e dei as costas ao grande criminoso de Gotham City. 

<<< HA HA HA >>>

Eu tirei o dia de folga enquanto Sr. Arkham dava um jeito na bagunça que os pacientes fizeram ontem a noite, foi muito cansativo pra mim. Ainda mais com o comissário no meu pé. Ele era tão desconfiado... Eu estava falando parte da verdade, já estava de bom tamanho pra ele.

Jonathan Crane levou um tratamento de choque lá no Asilo e em alguns dias sera transferido para a prisão Black Gate por tudo que ele fez. As coisas por lá estavam tudo um verdadeiro caos, havia até sangue por todo lugar que eu passava, isso é o pouco que The Joker conseguia fazer. Eu vou dizer que estava bem curiosa pra saber até onde ele podia ir. Eu só posso ser doente.

Mas no fim das contas você ficou feliz pelo seu palhacinho estar bem, né Harls?

Posso dizer que sim.

  — Ele é meu amigo afinal. — Falei para as vozes.

The Joker acabou com Jonathan Crane, eu imagino que eu o ajudei, pois quem iria dedura-lo? Mr. J não podia fazer, até porquê ele não estava no local do acontecido, ele soube se disfarçar bem, é uma pena que Jonathan não tenha saído dessa. Batman não compareceu ao local, pois estava com alguns problemas com certos invasores de Banco. Isso tudo foi muito bem planejado, até conseguiram distrair o Batman!

A invasão ao Arkham estava em todos os jornais, escutei sobre isso umas cinco vezes só hoje. A imprensa de jornalismo veio me pedir uma entrevista, mas eu me recusei, eu não tinha nada pra falar, e quem sabe eu não acabava mentindo? Não posso confiar totalmente nessas vozes. Elas podem ser traiçoeiras. Alguns pacientes meus sofreram certas lesões, um ou outro morreu, Posion Ivy tentou fazer uma fuga, mas foi pega. E a quantidade em dinheiro era um mistério para todos. Estava com ele. Eu sei. The Joker havia ficado com o dinheiro, eu tinha certeza, mas nem eu sei onde possa ter parado.

O mais interessante é que as impressões digitais do taco de basebol não foram encontradas. Sim, elas não foram encontradas, é totalmente desconhecido.