— O que você fez a ele? — Jonny Frost me empurrou para um beco sem saída totalmente deserto. Olhei para trás para me certificar que não tinha ninguém nos vendo por aqui, e não tinha mesmo. Voltei meus olhos para Frost.
— O que eu fiz a ele? — Repeti a mesma pergunta. Como ele pode pensar que eu fiz algo com Mr. J? Mas é claro que não, aqueles remédios foram para ajuda-lo, não fiz nada de errado. — Como pode achar isso? Eu falei pra você que ele me atacou, e foi preciso aplicar o tratamento de choque. — Olhei com uma cara irritada. Jonny negou com a cabeça e me olhou até meio divertido, como seu chefe.
— Não, não. O que você fez? — Caramba hein.
— Eu precisei dar os seus medicamentos, e ele não gostou disso. — Expliquei. Eu já havia conversado com Jonny por mensagens, ele não precisava me procurar, o assunto já acabou e o plano não deu certo. Acho que foi até melhor que isso tivesse acontecido, assim não precisei fazer mais uma loucura pelo Mr. J. Mas em compensação, eu só o veria na sexta-feira, que merda, ainda era terça! Como que eu iria o ver antes disso? Eu precisava me acertar com ele, eu sei que fiz errado, passei dos limites, ainda mais mandando eletrocuta-lo. Ele vai me matar.
— Remédios são como veneno para ele. Não servem para cura-lo da loucura, mas para enfraquece-lo! — Espera, é isso mesmo? Oh, Meu Deus, como eu sou burra, o que eu tenho na cabeça? Eu o machuquei.... Eu preciso falar com ele. Eu não sabia de nada disso! — Doutora, você é tão linda... — Jonny falou encantado olhando para mim. — Sinto muito por ser loira.
Qual é o prob... Que canalha! Estava insinuando que eu sou burra, foi falta de informação, eu esqueci de me certificar para que servia aqueles remédios. O Arkham quer o quê? Matar The Joker aos poucos para inventar uma desculpa logo apos do ocorrido?! Idiotas, eu não vou deixar isso acontecer.
— Eu não sou burra, Jonny! — Me irritei. Eu não sou, mas eu fui, eu deveria me certificar sobre o que contia nas pilulas.
— Esta mesmo do nosso lado, Drª. Quinzel? — Perguntou. Que absurdo, é claro que eu estava. E agora mais determinada! Eu odeio o Batman, odeio o Arkham, odeio as pessoas que estão entre nós, odeio todos. O único que me fez ver o quão mau essas pessoas me tratam sem eu se quer perceber foi o Palhaço, e é claro que eu estou com ele, para o que precisar. Ele me provou que o mundo não me merece, eu acredito nele. Essas pessoas inúteis!
— Estou. Pode contar comigo para o que quiser. — Falei para ele. Jonny assentiu mesma estando um pouco desconfiado. Ele não tinha o que desconfiar, eu já tentei ajudar a gangue do Coringa.
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— Sabe doutora, houve mais um dia em que os guardas me encontraram, eu estava tentando roubar algumas joias, sabe. Apliquei meu toxico neles, desmaiaram na hora em que o fiz. — Ivy me falou a flor que eu havia dado a ela estava bem cuidada, só que infelizmente ela precisava da luz solar, então estava murchando.
— Mas você não lutou com eles, Pamela? — Perguntei interessada. Na minha opinião a luta é o mais legal da parte do crime. Ela deu risada para mim e então continuou a falar.
— É claro que eu lutei, Harleen. — Ela disse. — Só que antes disso eu fugi, o problema é que estava vindo mais viaturas, então foi uma longa fuga, até eu decidir acabar com isso. Usei tudo que sabia para dete-los, foi demais. — Ela faz qualquer coisa para escapar. Me parecia muito divertido ir para o lado negro da humanidade. Qual é a graça da minha vida ser assim? Não tem graça.
A graça é estar com The Joker. As intrometidas completaram minha frase mentalmente, ele comanda meu psicologo.
— Sua vida deva ser agitada. — Comentei.
— Era, doutora. — Me corrigiu. Ah, certo. Era. Eu estava me sentindo mal por ver Ivy desse jeito toda a semana, é um inferno estar no Arkham, eu mesmo digo isso pensando estar no lugar deles.
— Posso te ajudar a fugir. — Falei para ela. Posion Ivy se surpreendeu com o que eu disse, eu acho que eu me surpreendi ainda mais comigo mesma. Qual é. Ela gosta de mim, eu vejo isso em seus olhos, sem falar que viramos amigas de uns tempo pra cá.
— Está falando sério? — Pergunta desacreditando. Ela não tinha nada a perder, muito pelo contrario, pior do que o Arkham não fica, se algo desse errado, tudo iria cair sobre mim, era bom eu me acostumar. Sem medo.
— Estão trocando todas as câmeras por causa da invasão que o Espantalho causou aqui no manicômio. — O Espantalho, The Joker e eu. Vou fazer questão de lembrar isso toda vez que alguém tocar no assunto.
— Agora? — Perguntou. É claro! Vamos correr o risco, vamos fazer algo escondido, vamos deixar o misterio se instalar no Arkham. Sorri para ela. Eu tive uma perfeita ideia.
— Eu tive um ideia. — Ignorei sua pergunta. Eu vou seguir com o mesmo plano de Mr. J, nós duas vamos dar conta dos seguranças ali fora de sua ala, como já era tarde a maioria dos psiquiatras já haviam ido embora. Não seria tão difícil leva-la até a minha sala. Me levantei e fui até ela, tirando sua camisa de força, libertei ela por completo, e Ivy se levantou direto me olhando. Eu até me assustei.
— Waw. — Ela disse mexendo suas pernas e seus braços. Posion tinha algumas tatuagens pelo corpo, suas roupas eram extremamente curtas e um pouco transparentes. Ela era magra e tinha um corpo perfeito. A mesma ainda era um pouco mais alta que eu. Seus cabelos volumosos e vermelhos estavam soltos, eram tão belos. — Eu precisava tanto disso. — Me falou.
— Nos vamos sair, e apagar aqueles homens. Depois vamos direto para a minha sala. — Ela assentiu.
— Certo, mas e o que você dirá quando eu estiver livre, doutora? — Eu daria o meu jeito. Sei muito bem me virar.
— Não se preocupe. — Falei a ela. Ambas nos entre olhamos, e Posion foi a primeira a tomar a atitude de abrir a porta. Oh, céus, o que eu estava fazendo? Isso precisa dar certo. Eu posso ser presa se qualquer coisa der errado. Posion olhou para a grande porta e suspirou antes de abri-la.
— Vamos Harleen. — Ela murmurou para mim e eu fui logo atrás dela. É agora que começo a mostrar meus valores ao Mr. J. A porta foi aberta. Nós estávamos em vantagem pois os seguranças não esperariam uma luta contra duas mulheres. Posion puxou a arma do segurança da direita e puxou seu pescoço levando sua cabeça de encontro com o joelho da mesma. O outro segurança foi socorrer o colega de trabalho, então puxei-o para trás batendo as suas costas com força na parede. De dois socos com força em seu rosto logo em seguida o sangue começou a escorrer, ele puxou o gatilho da arma muito assustado para me atacar. Eu não podia deixar minhas digitais em parte alguma. O homem começou a gritar.
— IVY! — Gritei. Posion Ivy me olhou e puxou a carabina com força das mãos do homem. Batendo nele com a arma de fogo em mãos, me afastei um pouco assustada, o sangue começou a se espalhar pelo lugar. Os gritos dele começaram a acabar, eu olhei para o outro que estava desmaiado no chão. Me abaixei e peguei no seu pulso para ver se havia alguém sinal de vida ali. Caralho! Ele estava morto. Posion Ivy os matou. Passei a minha mão pelos cabelos olhando a situação dos dois.
— Onde é sua sala, Harleen? — Perguntou chamando minha atenção.
— Por aqui. — Dei as costas e comecei a correr indo para a minha sala. Olhei para trás e vi que Ivy estava vindo atras de mim, meu coração estava batendo muito rápido. Virei a direita descendo as escadas muito rapidamente, e comecei a prestar atenção nos sons do Arkham. Nada. Pulei os últimos sete degraus que faltavam por conta da pressão. E virei mais uma vez para a direita.
Esta dando certo. Continue!
Eu sei. Apesar de tudo, meu plano estava dando realmente certo, a parte difícil já estava no fim, e eu comecei a ficar bem mais tranquila. Abri minha porta e deixei Ivy passar. Eu me tranquilizei e deixei todo o meu nervosismo de lado. Fechei a porta e a tranquei. Pra falar a verdade eu nem me cansei muito, estava acostumada por conta da academia.
— Deu certo! — Posion me disse. Eu assenti. — E agora? — perguntou. Fui até meu armário e tirei de lá algumas mudas de roupas. As minhas roupas iram servir a ela. Entreguei-as para Ivy.
— Você vai precisar se disfarçar. — Falei.
— Você é incrível, Harleen. — Posion me abraçou, e eu cedi ao seu abraço. — Obrigada. — Agradeceu. Bem, nada mal para uma iniciante, não é mesmo? Acho que poderia tentar fazer isso mais vezes. Foi divertido. Eu comecei a rir baixo, ninguém percebeu nada, bando de burros!
— Pode me chamar de Harley. — Falei a ela.
Agora é só leva-la para o meu carro, e depois inventar alguma desculpa. Está tudo bem. Agora vou começar a me preparar para conversar com Mr. J, devo um grande pedido de desculpas a ele. Vou entender se ele quiser fazer algo comigo, eu o desobedeci, isso não é certo.
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