História The Killing Joke - The Devil Watches Her

O Rei de Gotham esta a solta

The Joker escapa do Asilo Arkham

Gotham em perigo novamente

Mistério: Quem é seu cúmplice?

As noticias estavam em todos os lugares que eu fosse. Todos estavam preocupados e ninguém sabe de nada. Inclusive eu. Já devo ter sido entrevistada umas... Cinquenta vezes. Posion Ivy também havia fugido, mas não houve toda essa polemica. The Joker é muito mais perigoso e é a preocupação de Gotham em todas as horas e em todos os momentos.

Eu devo admitir que Sr. Arkham estava muito desconfiado de mim, não só ele mas como o comissario Gordon e Bruce Wayne. A recepcionista tinha ficado intacta com o nosso plano, Mr. J teve que sair as pressas antes que algum carro policial chegasse, as câmeras não pegaram nada de nós dois, mas aquela recepcionista precisou abrir a boca e dizer que me viu no Arkham. Por sorte a única pista que tinham era essa sobre a sua fuga. Nada de pistas que me incriminassem. Eu estava negando até o fim que estava no Arkham. As autoridades não podiam fazer nada contra mim, da última vez que me colocaram contra a parede, a criminosa estava embaixo de seus olhos.

Ouço alguém bater em minha porta e vou atender.

  — Boa noite, doutora. — James me cumprimentou. Fiquei um pouco surpresa, ninguém nunca vem me visitar ainda mais as dez da noite. E agora vejo Gordon aqui. Aconteceu algo que eu não saiba?

  — Boa noite. — Falei a ele.

  — Me desculpe o incomodo, mas queria fazer algumas perguntas. — Já se passaram três dias desde que ele desapareceu. Ninguém tinha noticias dele, nem mesmo eu. Isso é o que me choca, nem mesmo eu!

  — Mais perguntas? — Falei com uma voz cansativa. Eu já estava com a cabeça cheia de tanto inventar historias falsas, e agora teria que continuar. Eles são tão burros, ficam atras de coisas que não vão conseguir solucionar. — Tudo bem.

  — Você sabe por quais motivos a recepcionista Tory McLean a incriminaria? — Tory? Esse era o seu nome? Ah, eu nem sabia disso, mas fico feliz e muito interessada de saber agora.

  — Não — Falei.

  — Não são amigas de trabalho? — Perguntou.

  — Não, pra falar a verdade acho que ela nunca gostou de mim. — Falei e o mesmo assentiu. Eu não iria o convidar para entrar, pois não queria levar isso mais adiante.

  — Sabe o porquê?

  — Eu sou uma grande psiquiatra, e ela uma simples recepcionista, sabemos que certas pessoas tendem a ter inveja de outras. — Falei. Coloquei meu cabelo atras da orelha esperando para a próxima pergunta.

  — Onde estava quando The Joker fugiu do asilo? — Parei um momento para lembrar onde é que eu estava. Preciso formular algo... Bem eu estava...

  — Em casa, é meu único dia de folga. — Expliquei. — Comissario, se não se importa, eu realmente preciso ir dormir, eu preciso acordar cedo para ir trabalhar amanhã. — Digo a ele. O mesmo assentiu.

  — Claro, você está certa. — É claro que estou. — Me desculpe e boa noite. — Ele disse e eu dei um meio sorriso esperando que ele evaporasse de minha visão.

Eles não te deixam em paz!

Sim, qual o problema? Eu já falei que não sei de nada. Por que eles não colocam na cabeça que pode ter sido alguém da gangue do palhaço? Isso é muito mais aceitável do que eu ter o ajudado. Fechei a porta. 

  — Idiota. — Falei.

Eu estava com saudades do Joker, ele esta me fazendo uma grande falta. Quando é que ele irá voltar para me buscar? Eu sei que se ele aparecer aqui colocara tudo em risco, mas poxa, já se passaram três dias. Eu preciso dele.

Já mandei uma mensagem para Jonny e o mesmo me ignorou. Eu queria saber como é que The Joker estava. Eu sei que ele não se esqueceu de mim, e só estava dando um tempo para a sua proteção, mas esperar por ele é um tédio. Ele esta demorando. Não estou falando que vou desistir, esperarei por ele quando tempo precisar.

<<< HA HA HA >>>

Ouvi um barulho, a minha janela havia sido aberta. Eu estava em minha cama dormindo serenamente, era de madrugada, não estava frio nem calor, uma temperatura média. Eu sabia que ele estava aqui no meu quarto, se aproximando de mim, e eu ainda dormia sabendo que se eu abrisse os olhos ele iria fugir. Uma grande onda de vento veio em minha direção e eu me encolhi. Ele se abaixou e passou suas mãos frias e brancas em meus cabelos tentando ser delicado.

  — Se você não fosse tão útil eu já teria te matado, querida. — Ele sussurrou com uma pontada de ódio e nojo em sua voz. Por quê? Eu o ajudei, ele não precisa fazer isso. Eu queria o responder, mas não conseguia. Eu estava dormindo. Ele se afastou e saiu do meu quarto indo para algum outro comodo da minha casa. Não demorou muito e ele voltou abrindo a porta do meu quarto e a deixando aberta. Ele passou por mim e me olhou. — Até breve, Harley.

Ele foi até a minha janela e saiu por ali no mesmo instante em que mais uma onda de vendo veio até mim. Senti frio e me acordei.

Foi apenas mais um sonho com ele. Olhei ao redor. Estava tudo escuro e tudo como deixei antes de dormir. Foi tão real e tão irreal esse sonho, podia virar realidade. Peguei meu celular e vi o horário. De 2:59 da manhã para as 3:00 horas. Já ouvi muitos boatos de quem se acorda a essa hora da noite.

  O Diabo a observa. — As vozes me falaram.

Olhei para o lado. Metade da janela estava aberta, me levantei e fui até ela sentindo o frio. Escutei os cachorros dos vizinhos latirem. E me dei por conta. Ele esteve aqui.

Sorri e fechei a janela.

<<< HA HA HA >>>

Céus. Eu estava muito atrasada! Onde é que eu coloquei os arquivos dos meus pacientes de hoje? Procurei na minha bolsa, ontem eu já havia me certificado que não estava em minha sala lá no Arkham. Só pode estar na minha casa então.

"— Há suspeitas de que Mr. J tenha invadido um banco em Gotham na ultima noite..."

A minha televisão falava sobre Mr. J. Eu não tinha tempo de pensar nisso. Sr. Arkham pediu esses arquivos pra ontem. Fui até minha pequena biblioteca, pode estar numa das gavetas de lá. Abri a porta e vi uma das minhas gavetas já abertas. Eu não me lembro de ter abrido essa gaveta, pra falar a verdade eu não mexo nessas coisas pois não são pastas que eu uso no dia a dia. Fui até lá. Estava vazia. Ué.

Acho que fui assaltada. O que eu tinha guardado nesta gaveta? Ah. Não. Isso não pode ter acontecido. Droga! Aqui estavam todas as minhas provas, currículos e contas do Arkham quando consegui meu emprego ali. Eu posso me dar muito mal se isso estiver em mãos erradas. Mas quem poderia ter entrado aqui? 

Mr. J talvez... Será? 

Fiquei assustada. E se não fosse ele, quem seria? Ele pode descobrir o que não deve. Ah, céus. É só o que me faltava.

Tirei isso da minha mente e foquei em procurar os arquivos e achei na gaveta a baixo. Já posso ir trabalhar agora. Fechei as gavetas e sai da biblioteca, logo após desliguei a televisão e peguei as chaves. Sai super apressada, abri a porta.

  — Harleen Quinzel! — Levei um susto. Caceta. Que isso? Minha cara foi de total espanto.

  — Penguin? — Perguntei. O que ele estava fazendo em minha residencia?

  — Oswald, senhorita, Oswald. — Ele me corrigiu. Okay, que seja. Oswald.

  — Desculpe, mas eu estou muito apressada. — Terminei de fechar a porta e tirei a chave da fechadura.

  — Doutora, sei que foi você. — Ele me parou, sabe que eu... O quê? Ele não sabe de nada. Peng... Ops, Oswald adquiriu poderes? — Ajudou Mr. J, não foi? — Ele perguntou mesmo sabendo a resposta.

Bem, é claro que ele sabe, ele viu eu falando com Jonny Frost. Ele é um vilão e não é burro. É claro que fui eu, mas fiquei meio assustada com isso, e se ele contasse para alguém? Não, claro que ele não iria fazer isso. Respirei fundo, mostrando que aquilo não fez efeito algum em mim.

  — Está pensando em falar isso para alguém é? — Fui um pouco grossa, ele não pode abrir a boca, se isso chega até o Asilo Arkham eles vão me afastar do meu emprego por um tempo, e quem sabe se futuramente The Joker volte ao Arkham, não poderei tratar dele. Revirei meus olhos. 

  — Não, claro que não. — Ele sorriu. — Se você puder me ajudar, claro.

Ah, merda! Ele vai querer que eu entre para o crime também é? Bufei.

  — Diga.

  — Preciso encontrar o Mr. J, tenho um acerto de contas. — Ele disse. Ah, isso é simples. Tirei um papel branco e peguei uma caneta em meu jaleco. Conventry, 67, região deserta. Entreguei o papel a ele.

  — Vai encontra-lo lá. — Passei reto por ele e fui até o meu carro. Eu estou atrasada demais, Oswald podia aparecer uma outra hora, não é? Assim eu o enrolo um pouco. Entrei no meu carro. É claro que se eu soubesse onde o Mr. J esta eu não estaria mais aqui. Pobre Penguin, não foi a intensão passar a perna em você, acredite nisso, ou melhor, não, não acredite.