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História The Killing Joke - The Voices


Escrita por: AllByDrew_

Notas do Autor


Desulpem-me pela demora, Puddins
Tentei colocar uma imagem nesse, mas o Google do meu PC esta uma merda '-'

Capítulo 6 - The Voices


  — As vozes. — Eu disse. Joker ficou me olhando sem uma expressão fixa, será que ele entendeu o que eu falei?

Eu não deveria falar disso com o Palhaço, mas eu precisava estimular ele, eu preciso fazer com que aja confiança e sinceridade na nossa relação. Falo isso como psicóloga, nada de mais. Seria melhor para ambos.

  — As vozes. — Ele repetiu o que eu disse e depois adicionou uma pergunta. — Elas te perseguem também? — Perguntou. Eu assenti. The Joker começou a rir, rir muito. Deixando a mostra seus dentes metálicos, e aquele sorriso que hipnotiza suas vítimas. Do que é que ele estava rindo? Era alguma piada? Ele ria, como se eu tivesse dito a coisa mais engraçada do mundo.

  — O quê foi? — Perguntei. Há algo errado?

  — Você não escapa nem se ficar louco! — Ele me disse. Ele tirou uma risada de mim.

Realmente, isso foi muito engraçado, e eu ri por uns segundos ao seu lado. Ele é tão irônico. Suspirei tentando conter minha risada, e deixei de olhar para ele.

Louco. Batman entrou em sua cabeça direitinho. Batman não virou seu ponto fraco, mas sim seu ponto forte, eu consegui perceber isso. Parei de rir, assim que me lembrei que estava em uma consulta com o chefe do crime. Ele só quer te manipular, Harleen. Acorde! Eu não posso me deixar levar, coloquei isso em minha cabeça.

  — Mr. J... — Chamei-o, e ele me olhou com um sorriso nos lábios não emitindo nenhum som.

  — Diga, amor. — Ele disse. Sua voz era uma coisa nada enjoativa, boa de se ouvir, rouca e sexy. 

  — Não quer falar sobre seu passado? — Perguntei. E então ele ficou me olhando, e eu o esperei dizer algo. Seus pequenos machucados no rosto me chamavam um pouco de atenção. Eu queria cuidar de seus machucados. Queria mostrar a ele que estaria aqui, sempre que precisasse.

  — Você ainda saberá, Harley. — Assenti. Talvez seja verdade, talvez não.

  — Eu quero cura-lo. — Falei. Impossível Harleen. Talvez seja.

  — Onde está seu bloco de notas? — Mudou de assunto. Eu tinha resolvido não traze-lo, para ter uma conversa descente com ele, sem ter que ficar escrevendo e perdendo um pouco de tempo, quando eu chegasse em casa eu colocaria tudo num papel.

  — Não se preocupe com isso. — pensei em outra pergunta, mas antes disso eu olhei o horário no meu relógio. Nós tínhamos pouco tempo, infelizmente. Algo que o pegasse de surpresa.

Fiz meu cérebro funcionar mais rápido, e então... Ele é o Joker. E já faz mais de 3 dias que está preso aqui, bem, como isso é possível? Nada impede ele de fazer o que quer não é? Porem ele está num lugar de segurança máxima, com uma camisa de força o segurando, os muros do Arkham são enormes e... Pra quem matou o Robin, e fugiu do Xadrez umas cem vezes isso não deve ser nada pra ele. Mas, bem, Arkham tem uma segurança enorme, ele conseguiria ou não sair daqui?

  — Está fazendo o que aqui? — Pergunto curiosa.

  — Apenas tirando umas folgas antes de voltar ao trabalho. — Entendi. Roubar, matar... Deve ser isso, ele é um especialista nisso.

  — Esta me dizendo que pode sair daqui a hora que quiser? — Perguntei e me ajeitei na cadeira dura em que estava. Eu não creio de isso seja fácil o suficiente pra ele, temos mais seguranças lá fora, a polícia sempre esta por perto, ele só é apenas um homem.

  — Querida Harley, você acredita que sim? — Não. Silenciei, e escutei o sinal disparado do Arkham, era hora de dar Tchau ao Mr. J. Suspirei, e desviei o meu olhar do seu. Eu não queria ir embora, queria ficar com ele, saber sobre ele, cuidar dele. Nossas consultas nunca eram o suficientes. 

  — A gente se vê na segunda-feira. — Levantei-me da cadeira. São só mais dois dias Harleen, vão passar rápidos, logo você verá ele novamente. Não ouvi ele dizer nada, pereceu não se importar, até porquê o Palhaço do Crime não se importaria com uma Psiquiatra que conheceu há dois dias. Olhei uma última vez para ele, e dei apenas um sorriso de canto, virei as costas ao Palhaço, e caminhei normalmente até a porta.

Ouvi um barulho de uma cadeira sendo derrubada, um suspiro cansado, e correntes se quebrando. Paralisei e parei com os meus passos perto da porta ainda fechada. Eu não queria olhar para atrás, eu tinha toda certeza que ele estava solto, e senti até mesmo um vulto passando perto das minhas costas. Eu não devo duvidar dele, mas olhando pro Asilo e para ele também, é impossível. Um frio na barriga me percorreu, como se eu estivesse numa montanha russa.

  — Amorzinho? — Ele me chamou. Eu juro que me arrepiei. — Você não vai se despedir do Papai?

Eu me virei para ele e pude vê-lo de verdade. Sem aquela camisa de força horrível, ele é forte, muito musculoso, alto, tem várias tatuagens, ele é perfeito. Mesmo estando com diversos hematomas, o que me deixava com muita raiva, ele estava incrível. The Joker estava solto. Dentro de uma sala comigo. Ele conseguiria me matar em apenas dois segundos, já que usou quatro para se livrar de uma camisa e de uma algema que estava prendendo seus pés. 

Eu estava impressionada. Qualquer coisa é só gritar Harleen.

  — Você não me mataria, não é mesmo? — Perguntei ainda mantendo a minha coragem e confiança em mim mesma.

  — Mas é claro que não, meu anjo. — Assenti e em poucos segundos depois eu me lembrei do número um em relação ao Joker. Mentiroso.

<<< HA HA HA >>>

— Até mais Harleen. — O professor me disse e eu apenas acenei com a mão para ele. Eu havia acabado de sair da minha aula de ginástica enquanto levava algumas coisas na mão, como minha jaqueta e minha bolsa junto com meu celular.

Não se passou muito tempo desde que eu e o Mr. J nos vimos, e eu já estava sentido a sua falta, queria conversar mais com o mesmo. Ele é a pessoa mais interessante que eu já conheci. Se bem que eu não conheci muita gente em toda a minha vida, eu cresci sozinha, apenas com a minha irmã. Eu sempre fui "A excluída". Tentei procurar meus fones de ouvidos pela minha bolsa, enquanto ia até o meu carro. Será que eu trouxe os fones? Não estava achando... Bem, acho que dessa vez eu não trouxe, que droga. Desisti e fui procurar pelas chaves do meu carro.

  Ouvi um barulho.

  Parei o que eu estava fazendo. Olhei para os lados apenas com os olhos, sem mover minha cabeça. Tinha alguém aqui. "Saia dai, Harley!"

Eu não sei se foram as vozes que me disseram isso, ou se eu estava pensando nisso e queria escutar isso. Senti que algo iria acontecer. E procurei as chaves com mais rapidez, para que pudesse entrar no carro. Senti uma mão na minha boca e tampando o meu nariz ao mesmo momento. Droga. Eu iria ficar sem ar assim, deixei as minhas coisas caírem no chão, eu não conseguia mexer a minha cabeça para me livrar de suas mãos e nem com a ajuda das minhas mãos. Tentei gritar, mas nada saia de minha boca.

  — Quietinha... — Ele disse baixo para mim. Olhei ao redor e nenhum sinal de alguém que pudesse me ajudar. Tentei me mover. Que falta The Joker faz pelas ruas a noite. — Eu já falei para ficar quietinha. — Ele apontou uma arma para mim. Eu não conseguia ficar parada sem ao menos reagir. Levei minhas mãos até o seu pescoço e o enforquei. Não precisa fazer isso, Harley. Ignorei as vozes e usei minha força. Não tinha a menor lógica eu não fazer nada.

Eu não iria deixar ele fazer o que quisesse comigo. O homem soltou o gatilho. E agora eu posso dizer que fiquei assustada. Eu não iria aguentar de tanta falta de ar assim. Em fração de segundo seus braços já não estavam mais ao redor de mim e o mesmo havia me soltado rapidamente, posso dizer que foi o Flash. Voltei a respirar oxigênio, foi por pouco que não desmaiei. Virei-me para ver a quem eu teria que agradecer depois desse acontecido.

Não era o Flash. Era o Batman.

Nossa, eu estava vendo o Batman lutando, em minha frente, isso foi uma grande surpresa, e foi muito inesperado. O homem desconhecido que tentou me matar não teve chance alguma de lutar contra o Batman, bem... Quase ninguém tem. Ele estava machucado e o Homem-Morcego deixou ele desacordado no chão, provavelmente estava vivo, Batman não matava ninguém. Infelizmente eu nem pude ver a luta, acho que nem posso chamar aquilo de luta, pois foi rápido e fácil demais.

Olhei para o Homem de capa inteira de preto e em seguida a situação do outro no chão. Estava de frente com o maior inimigo do Mr. J. meu paciente preferido.

  — Doutora Quinzel. — Ele me falou. Está de brincadeira? O "herói" de Gotham City me conhece? Suspirei muito surpresa. Isso é incrível. — Não devia estar aqui á essa hora da noite.

  — É claro que eu devia. Tenho ginástica a essa hora. — Falei. Ele se ajeitou em uma posição e me olhou meio superior, sua capa preta voava com o vento. Parecia coisa de filme. Tentei associar a metade de seu rosto de fora com alguém que eu pudesse conhecer, mas não me lembrei de ninguém. 

  — É perigoso. — Bem, isso não é novidade, Gotham é teoricamente a cidade do medo.

  — Não se preocupe comigo, eu sei me cuidar. — Me abaixei para pegar minhas coisas que caíram no chão. Eu deveria comentar sobre The Joker, Batman iria me ajudar muito dizendo o que sabe, sobre a relação deles, ele teve forte influência na vida do Palhaço. Eu queria tanto ajuda-lo. Seria a forma perfeita para pegar Mr. J de surpresa. — A propósito eu queria... — Ué, cadê ele? Olhei ao redor.

Sumiu.


Notas Finais


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