História The King - Escarlate Pt.1

Você ganha força, coragem e confiança através de cada experiência em que você realmente para e encara o medo de frente. - Eleanor Roosevelt

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Eu passei horas e horas em claro na cama, o sono parecia a ultima coisa que eu ia sentir naquela noite. Os sentimentos pareciam carros super potentes que corriam em círculos velozmente em volta do meu coração. Olhei meu pulso e rapidamente vi as horas, eram três horas da manhã e eu ainda estava acordado, mais isso não é minha única preocupação, minha outra preocupação são os meus pais que até agora não chegaram em casa, nem Sehun.

Eu não estava aguentando ficar na minha casa. As memórias dos gritos e das coisas que Sehun fez me atormentavam e agora eu entendo meu pai quando dizia que eu sou muito sensível, e é verdade.

Desci das escadas delicadamente e coloquei o pé no chão frio, antes de sair do meu quarto coloquei uma jaqueta preta – Roubada – minhas luvas habituais uma calça jeans e um tênis, arrumei meu cabelo e sai de casa.

A rua estava mais calma que o normal, parece que todas as pessoas sumiram e estavam em um refúgio. A luz do luar dançava em meio às madeiras das casas de palafitas, o clima estava muito frio, tão frio que as plantas do pequeno canteiro da minha casa estavam congeladas. Passei pela casa de Kai mais não tinha ninguém, bati na porta umas dez vezes mais ninguém me atendeu, suspirei frustado.

Eu fui até a estradinha de terra, lá era a estrada pra entrar no bosque de Uniterra. Fui caminhando lentamente tentando pensar em algo pra livrar Sehun, eu não queria estar morto, muito menos ser morto pelo meu próprio irmão. Sem perceber adentrei a floresta e comecei a escutar ruídos e vozes sussurando e gritando.

À medida que eu andava os sussuros e as vozes aumentavam mais. Depois de alguns minutos tentando achar alguém ou algo naquela floresta escura e amedrontadora eu achei o que era. Tratava-se de uma fogueira enorme e de várias pessoas andando ao redor dela, provavelmente pensando, me escondi atrás de uma arvore e subi na mesma.

Eram varias pessoas com uniformes vermelhos e com fitas vermelhas nos dos braços, alguns homens estavam sentados lixando armas – Espadas enormes, adagas, balas, a ponta das flechas, etc... – e algumas mulheres dançavam ao redor da fogueira, parecia mais uma comemoração de um enterro a julgar pelo rosto das mulheres. Havia uma mulher que me chamou a atenção, ela era ruiva e tinha o cabelo longo, tinha olhos verdes e calmos, ela tinha uma cicatriz enorme no rosto. Ela estava sentada no meio dos homens lixando as armas.

Eu, tentando descobrir mais do que acontecia percebi uma coisa estranha. Todos estavam de casaco vermelho e com capuz vermelho. E atrás de cada casaco tinha um numero, um numera de 0 a 5000, aquilo parecia uma identificação. Então... Aquilo era uma seita?

As pessoas estavam com uma expressão cansada e desconfiada. Elas olhavam pra todos os lugares possíveis daquela floresta, minha maior sorte era eu estar todo de preto, o que me disfarçava no meio de tudo. Me esgueirei no meio da arvore e subi em um tronco alto e pesado, foi daí que eu fui percebido.

A Mulher ruiva virou a cabeça rapidamente e fixou o olhar em mim, ela já sabia que eu estava lá mais estava esperando ter certeza.

– PEGUEM-NO! – Ela berrou pegou uma lança e saiu correndo.

Eu pulei da arvore e sai correndo pela floresta. Estava impossível correr naquilo, a floresta estava escura, só a luz da lua iluminava aquele lugar. A Cada lugar que eu pisava vários gravetos e folhas secas se partiam fazendo assim os gritos aumentarem.

Observei de Relance a mulher ruiva, ela parecia furiosa, os olhos verdes estavam fixos em mim, por mais que eu tentasse ser rápido ela era mais.

As coisas ficaram mais tensas quando uma flecha passou de raspão pela minha perna, foi o suficiente pra abrir um corte feio no lugar.

Várias flechas passaram por mim, eu alternava entre um lado e outro. Quando os gritos pararam eu subi em uma arvore.

– Achou que ia se livrar de nós tão rápido prateado de merda? – A Garota ruiva estava em cima da arvore, na sua mão tinha uma pedra enorme, eu estava com muito medo, eu berrei e ela bateu com a pedra na minha cabeça.

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 Na minha boca eu só sentia o gosto de terra molhada, o ar parecia que foi arrancado dos meus pulmões, abri os olhos lentamente e eu vi a luz do luar, eu não estava morto. Eu estava no meio da estradinha de terra que dá pro bosque.

Foi só um sonho, Penso, mais não, não foi só um sonho. Minha perna estava enxada e doía, mais parece que alguém cuidou dos meus ferimentos. Me levantei ainda sonzo e olhei minha perna, o sangue estava escancarado e ela tinha um gaze por cima, olhei ao redor, alguém realmente cuidou dos meus ferimentos. Os outros cortes das flechas estavam com gazes por cima e o sangue estava escancarado.

Me levantei cambaleante, minha mão e meu corpo todo estava sujo de terra e lama, olhei pros lados mais não vi ninguém. Porque depois de ser atingido na cabeça eles cuidaram dos meus ferimentos? Foi ai que eu percebi, eles viram a cor do meu sangue. A Mulher achou que eu fosse um prateado, por isso me atacou, mais quando viu meu sangue ela recuou e mandou alguém me curar – Ela parecia á líder daquilo. Então eles são uma seita defensora dos vermelhos? É isso?

Não tive tempo de bolar uma resposta pra minha própria pergunta, uma sombra aparece por trás de uma arvore e depois escuto passos atrás da mesma. Encarei aquilo por minutos, se foi aquilo que me ajudou eu queria agradecer, mais parecia o contrario. Eu conseguir ver que aquilo tinha uma lança levantada com a mão esquerda. Ele parecia querer tudo menos me ajudar.

Como o covarde que sou eu me virei e corri cambaleante, meu corpo todo doía, principalmente minha cabeça, o meu pé latejava e parecia que me acorrentaram pelas marcas nos meus pés, minha jaqueta estava suja de lama e minhas luvas e meus tênis sumiram, olhei pra trás com uma careta e voltei a caminhar lentamente

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Meus pais e nem Sehun estavam em casa, eu estava muito preocupado mais a prioridade era um banho bem quente. Coloquei novas pilhas na caixa de eletricidade e subi lentamente as escadas, tirei minhas roupas e coloquei as mesmas na mesa de leitura do meu quarto. Fui até ao banheiro e tomei um banho quente pra tentar processar tudo que tinha acontecido, mais foi em vão, perguntas martelavam na minha cabeça.

Olhei o relógio e era apenas quatro e meia da manhã, eu fiquei desacordado há uma hora e meia. Eu estava muito assustado e com medo, eu estava com medo do que poderiam fazer comigo, eles me viram espionando o pequeno acampamento deles, o que mais poderia acontecer?

Meu pé latejava e meu corpo doía, cada membro e cada osso do meu corpo doíam, me deitei na cama de Sehun e senti algo estranho no travesseiro. Me sentei na cama e vi uma carta, era pra Sehun. Abri o envelope lentamente e peguei o papel amassado que havia dentro.

Meus olhos não acreditavam no que estavam vendo.

Olá, Sehun Keegan.

Me encontre hoje, as três e meia da manhã no bar 24 horas. Se não for você está fora, se você for, você está dentro. Mais, ainda preciso do dinheiro, seja rápido.

Não tinha só isso na carta, meus olhos leram tudo aquilo rápido, rápido demais pro meu cérebro processar.

A Guarda Escarlate precisa dos seus serviços. Você tem um amplo conhecimento sobre armas e afins... Precisamos de você, não nos decepcione.

Lembre-se do que eu disse na última carta. Quero que ele seja da Guarda também, quero que ele seja como nós, ele é forte, você mesmo disse o que ele fez naquele pedaço de lixo. Por favor, nós de seu serviço.

Ass: Holy Topiel

Zero de Cinco mil.

- Guarda Escarlate

Coloquei a carta no bolso e desci as escadas correndo, fui até a porta abri e corri até o bar.

“Ele” Sou eu.

Tudo faz sentido... A televisão, eu lembro. A TV chiava mais era uma voz feminina falando, quando olhei de relance pra televisão eu vi claramente, era uma mulher alta, ruiva, olhos verdes...

Meu deus...

Eu dei de cara com a própria guarda escarlate. Por isso não me mataram, sou irmão do Sehun. Eles me querem.