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História The King of Winter (Em revisão) - As Guerras por vir.


Escrita por: ladylim

Notas do Autor


Quero começar agradecendo pelos lindos comentários de vocês, que sempre me motivam a escrever mais... Obrigada!
Bem, o capítulo de hoje seria sobre o Bran Stark, mas decidi colocar o cap. dele, que já está pronto, mais pra frente. Preferir antecipar logo algumas coisas que sei que muita gente está ansiosa para saber. Então esse cap meio que dá uma sequência para as surpresas do próximo...
Esse capítulo não será somente de Jon mais também de Sansa, misturei pq os dois ultimamente tem estado sempre juntos, então pq não!? rs


Boa leitura!

Capítulo 4 - As Guerras por vir.


Fanfic / Fanfiction The King of Winter (Em revisão) - As Guerras por vir.

No final daquela tarde, no salão comum do Castelo Negro, encontravam-se Jon sentado de um lado da mesa e ao seu lado, Edd que pegava, neste momento, sua cerveja sobre a mesa. Tormund vinha enchendo os ouvidos de Davos com histórias de batalhas, conquistas dos selvagens além da muralha, e ao lado de Davos, Melisandre permanecia calada, mantinha a expressão neutra, mas observava tudo com atenção. A irmã de Jon estava à direita dele. Os lábios dela estavam ligeiramente abertos, e seus olhos azuis semicerrados de concentração. Brienne estava ao seu lado tentando desviar os olhares do selvagem Tormund, que mesmo conversando com Davos, sempre lançava olhares em sua direção.

– Parto de manhã - disse Jon.

O amigo virou para olhá-lo.

– Eu sei - Edd soava estranhamente triste.

Edd pôs de lado sua cerveja.

– Está certo de que é preciso ir tão cedo? - Edd refutou.

Jon sorriu.

– Mais que certo Lord Comandante. - replicou Jon.

O rapaz encolheu os ombros ao compreender.

Jon afagou o lobo branco atrás das orelhas, que se encontrava deitado abaixo de sua cadeira. Os olhos vermelhos observaram-no assim que sentiu a mão do dono.

– Segundo as últimas notícias, os Lannister estão reunindo uma tropa de 300 homens para seguirem em batalha ao comando do Reigicida, mas não sabemos para onde eles irão marchar. A essa altura, podem está em qualquer lugar. Já não recebemos novas notícias há bastante tempo. - começa Edd, quando o silêncio permaneceu no recinto.

Edd decidirá participar da reunião a fim de ajudar com informações sobre algumas casas do Norte e de outras casas ao Sul, já que nos últtimos dias ele que se encontrava recebendo as cartas que chegavam à muralha. Já se adaptando ao seu novo cargo de Lord Comandante.

O rosto de Jon tornou-se sério.

Sansa seguiu em silêncio durante algum tempo, trabalhando, em sua mente, as palavras dos presentes como se fosse um quebra-cabeça.

– Acha que eles podem se juntar aos Bolton na batalha? - Jon indaga olhando para Davos, como se não tivesse sido Edd quem enunciou.

– Acho que tudo é possível. - Davos responde resolutamente.

Os três homens trocaram olhares incertos, seguidamente Jon desceu a vista para a mesa onde o mapa do norte e um conjunto de marcadores de mapa esculpidos em madeira, cada um deles talhado com a representação dos símbolos das casas, traçava o próximo movimento.

– Vamos acabar com as tropas Lannister antes que isso aconteça. - expressou Sansa fazendo com que todos os presentes a mirassem.

Jon recua como se Sansa tivesse estendido a mão e lhe dado um tapa. Seus olhos achavam-se fixos nela, era um olhar preocupado.

– Eles certamente merecem a morte, milady, ninguém pode negar. - proferiu Davos devagar. – E, no entanto, talvez fosse mais sensato que isso não aconteça.

Sansa observou fixamente Davos, com um olhar frio como Jon nunca vira. Jon sabia o que a irmã temia, mas não esperava esse tipo de conselho dela.

Fechou os olhos por um instante e esfregou as têmporas. Podia sentir uma de suas dores de cabeça chegando. Às vezes elas ameaçavam, como uma sinistra formação de nuvens de trovoada, e depois se dissipavam, como aquelas feias atmosferas que simplesmente escapavam numa ou noutra direção para despejar seus trovões e relâmpagos em algum outro lugar.

Achou, contudo, que daquela vez a tempestade iria acontecer. Chegaria completa, com trovão, relâmpago e pedras de granizo.

– Enquanto os Bolton estiverem no norte, com um dos nossos irmãos nas mãos, esses outros inimigos terão de esperar - Jon começou cuidadosamente, se levantou e apoiou as mãos sobre a mesa, sem nunca tirar os olhos de Sansa. – Nosso dever, neste momento é salvar nosso irmão e reconquistar Winterfell. - lembrou Jon.

Sansa ouviu em silêncio, com as pesadas sobrancelhas a projetarem uma sombra sobre os olhos à medida que iam se franzindo mais. Pelo modo como Jon a olhou, viu que havia passado bastante tempo desde que alguém se atrevera a lhe falar com tanta franqueza.

– Trezentos não irão perturbar os nossos planos. Temos cerca de 2 mil selvagens que podem lutar. - expôs Tormund.

– E juntando mais algumas casas do norte, teremos o suficiente para combater os 6 mil dos Bolton. - completa Davos juntando as peças das casas do norte no mapa.

Jon não podia dar àquilo nenhuma resposta além de um olhar carregado. Na cabeça dele, ideias incontroláveis começavam a se formar, enroscando-se como fantasmas que vinham das lembranças da infância. Suas reflexões foram interrompidas por um suave toque na porta. A luz jorrou pela sala no momento em que um patrulheiro entrou.

– Lord Comandante! - pronunciou o patrulheiro.

Apesar de seu traje preto comum a um patrulheiro, os olhos na cor âmbar se destacava, juntamente com sua pele branca, costumeiramente aparência típica da casa Velaryon. 

Jon deu de ombros ao notar que o patrulheiro o focava.

– Não sou mais o Lord Comandante. - informa Jon.

O homem balançou a cabeça confirmando aparentemente retraído. Aproximou-se e tirou um rolo de pergaminho e o entregou a Edd. A carta trazia o selo do Vale. Jon que achava-se próximo do amigo, levantou uma das sobrancelhas ao vê que a carta era para Sansa.

Um estremecimento percorreu o corpo de Sansa ao pegar a carta, quando Edd a entregou. Já podia imaginar de quem era. Mordeu os lábios para não xingar enquanto lia a carta. Segundo a carta, Mindinho estava disposto a se juntar a guerra dos Stark, assim que ela o chamasse, mas Sansa se perguntava a que preço ele faria isso. E no fundo ela sabia que ela era o preço.

– É de nosso primo Robert Arryn. - avisa Sansa a Jon assim que terminou de lê.

Brienne que estava ao seu lado, constatou que a mesma não estava falando totalmente a verdade. Assim como Jon que olhava com dúvida para a irmã, enquanto os outros continuavam a conversar sobre a batalha que viria.

Sansa desviou o olhar dos dele e fingiu se distrai na conversa dos outros presentes, mas apesar disso, podia sentir os olhos de Jon postos nela.

Depois de terminarem a discussão sobre os próximos passos, Jon se despediu e virou as costas indo em direção a porta. Os outros aos poucos o seguiram. Uma vez sozinha Sansa lançou a carta nas chamas, observando o pergaminho enrolar-se e enegrecer.

***

O céu da manhã estava riscado por finas nuvens cinzentas, mas a clara linha amarela avermelhado estava lá, por trás delas. Jon já estava montando em seu enorme cavalo, ele elevava-se bem acima de Davos e a Mulher Vermelha, também montados em seus respectivos cavalos. Assim que os outros montaram, eles enfim saíram da muralha. Jon afastou-se rapidamente, com o lobo gigante caminhando ao seu lado. O cavalo de Jon com cuidado seguia o caminho por entre a alvura¹. Pedras, raízes e covas achavam-se escondidas por baixo da sua crosta, à espreita dos descuidados e dos imprudentes. Folhas pesadas de geada suspiravam ao passar por eles, e o corcel de Sansa movia-se de forma inquieta.

Um vento frio soprava do norte e fazia as árvores sussurrarem como coisas vivas durante todo o percurso.

Passados algum tempo de cavalgada, decidiram parar próximo ao Lago longo, um local estratégico, e montar o acampamento com as tendas para ficarem até o dia da batalha. Alguns guardas e selvagens ficaram para guardar o local enquanto Jon, Davos e Sansa visitavam algumas das casas ao norte.

O céu com nuvens tomou um profundo tom de púrpura, a cor de uma velha nódoa negra, e depois se dissolveu em negro. Milhares de fogueiras enchiam o ar com uma pequena neblina fumacenta se espalhando pelo acampamento. 

Jon não conseguia dormir. E agora fora de sua tenda, pôde observar melhor à sua volta. E pelo jeito não era o único a não conseguir dormir à véspera de uma guerra. Via homens agitados. Ouviu os relinchos de cavalo, e homens se queixando da rigidez de suas costas, e outros limpando suas espadas. Todo aquele tempo até ali Jon pensava que sua vida se dedicaria somente à patrulha, mas agora com tudo que aconteceu não tinha mais certeza de qual seria o final, mas esperava que pelo menos parte desse novo caminho à trilhar ele conseguisse retomar Winterfell. Mas o fato de não terem homens suficientes martelava em sua cabeça naquele exato momento, só o que conseguiram foi alguns cavalheiros da casa Mormont, todas as outras casas que visitou, se recusaram ao seu chamado.

Permanecia tão perdido em seus pensamentos que mal notará que Sansa se aproximava. Ela tinha acabado de enviar um corvo ao Vale e ao vê o irmão caminhou de encontro a ele que estava sentado numa pedra coberta por neve, próximo ao lago congelado, com Fantasma deitado ao seu lado.

– Quando iremos atacá-lo? - interpelou Sansa ao parar ao lado de Jon

Ele ergueu a cabeça para olhá-la.

– Amanhã irei com Davos encontrar com Ramsay e tentar um último acordo. - enunciou numa voz distante e formal. – Não precisa vir se não quiser. - completa ao notar o olhar desorientado dela.

Ela estendeu o manto, de seu vestido preto, sobre o chão da floresta coberta por neve e sentou-se rente à lagoa, as costas voltadas para Jon. Podia sentir os olhos dele a observá-la.

– Ramsay não faz acordo se ele não tiver o que ele quer. - Sansa adverte. – Só nos resta a guerra, e não temos homens suficientes para iniciar uma batalha. 

Jon franziu as sobrancelhas.

– É o que temos. - expressou.

Sansa deu de ombros.

– Vamos esperar mais. Não precisamos atacar agora. - pede se virando para mirar o irmão.

O sorriso de Jon saiu gentil apesar do tom lapuz² que ela soou parecer.

– O que sugere? Esperar os Bolton nos atacar? - ele a questiona.

Os olhos dele encontraram os dela.

– Se perdemos eu não voltarei viva para Ramsay, você me entende? - ela avisa.

Jon viu o terror no rosto de Sansa.

– Não deixarei que ele te toque novamente. Eu vou te proteger. Eu prometo.

Sansa precisou de um momento para ver o sentido daquelas palavras. O terror retorcia-se no seu interior como uma serpente, mas forçou-se a sorrir para o irmão.

– Ninguém pode proteger ninguém. - declarou.

O silêncio perdurou ao redor deles sem que nenhum soubesse o que dizer ou falar.

– O que Robert dizia na carta? - Jon perguntou ao se lembrar da carta que a irmã recebera ainda na muralha.

Aquilo apanhou Sansa de surpresa. Virou-se para olhar o lago congelado. As palavras saíram-lhe atrapalhadas.

– Só que estava feliz.. em saber que eu.. estava bem. - eram palavras que precisava falar e ficou apreensiva com a resposta que poderia vir.

Jon não acreditou.

– Não é o Petyr Baelish quem o protege agora? - pergunta tentando fazer a irmã confessar.

Sansa olhou para ele.

– Sim. - ela respondeu ainda incerta se deveria ter confirmado.

A palavra não surpreendeu Jon, ele abaixou a cabeça, mirou o chão coberto pela neve. Deu por si escutando a noite. O vento realmente soava como uma criança chorando, e de tempos em tempos conseguia ouvir vozes de homens, o relincho de um cavalo, um pedaço de lenha crepitando na fogueira. Mas nada mais. 

Ergueu-se e ajudou a irmã a pôr-se em pé. Jon diminuiu a distância entre eles, pegou a mão direita dela e apertou. Sansa ergueu os olhos para ele.

– Precisamos confiar um no outro. - ele expôs solenemente. – Não podemos lutar uma guerra entre nós. Somos família e precisamos permanecer unidos.

Depois de dizer isso, Jon deu um diminuto sorriso para ela e seguiu na direção do acampamento sem dizer mais nada.

Sansa ficou em pé. Suas pernas estavam rígidas, e os flocos de neve transformavam-se ao caí em seus cabelos ruivos. Sentiu-se como se estivesse sendo atacada por uma nuvem de pálidos bichos frios.

O período que se seguiu àquela noite foi, para Sansa, tempo que na verdade não existiu absolutamente como tempo. Ela sabia que não iria mais conseguir dormir, havia muitas coisas com o que pensar muitas preocupações. Sabia que o irmão não iria gostar de saber que ela tinha pedido ajuda, mas ela tinha que conseguir de volta sua casa, e ela faria qualquer coisa para isso. Era sua vida que estava em jogo, não deixaria Ramsay ganhar novamente. Tinha que se vingar dele, depois ela pensaria nas consequências de seus atos para isso.

Sansa sentou onde o irmão estivera tempos atrás. 

E então um som ressoou.

Uuuuuuuuuuuuuuooooooooooooooooo.

O som perdurou, perdurou e perdurou, até parecer que nunca terminaria. Os corvos batiam as asas e guinchavam, voando em suas gaiolas e batendo nas barras, e por todo o acampamento.

Sansa esperava que aquele ruivo fosse de Fantasma.

Uuuuuuuuuuuuuuooooooooooooooooo.

E novamente o som veio. Olhou na direção que poderia vim e do outro lado do lago pode vê um lobo gigante. Sansa se assustou, não era fantasma, mas ao mesmo tempo conteve-se porque parecia que o lobo não queria fazer nada. Ela tentou forçar a visão em direção ao lobo e ao vê melhor pode reconhecer.

– Nymeria!

 

 

¹ Alvura -  alvo ou branco; brancura.
           ² Lapuz - Homem grosseiro, rude; labrego. 


Notas Finais


Até o próximo capítulo.

😘


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