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História The King of Winter (Em revisão) - Cerco.


Escrita por: ladylim

Notas do Autor


Primeiramente o meu muito Bem vindo aos novos leitores. Obrigada por curtirem a fic!
O capítulo de hoje fala sobre o melhor episódio da série de GOT.
A batalha dos bastardos!
Entretanto, esse será na visão de Sansa.
Como na série só vimos Sansa aparecer no meio da batalha para salvar à todos. Aqui vai ser contado como ela chegou junto com o exército do Vale.
Espero que gostem e me desculpem por qualquer erro.

Tenham todos uma boa leitura!

Capítulo 6 - Cerco.


Fanfic / Fanfiction The King of Winter (Em revisão) - Cerco.

O rosto de Sansa ficou sombrio e respirou por um breve momento de modo irregular. As unhas dela enterraram-se na carne macia das palmas de suas mãos, tal foi à força com que cerrou os punhos. Sabia que o momento chegará. E esperava por isso há muito tempo.

Arya primeiro lançou um olhar frio a Mulher Vermelha e saiu a passos largos em direção ao primeiro cavalo que avistou.

– Onde vai? - Sansa saiu de seu torpor ao avistar a irmã montada no cavalo.

– Ajudar! - revela. – Acha mesmo que vou ficar aqui esperando enquanto nosso irmão luta por nós!?

Sansa não pareceu ficar surpresa.

– Não, não acho!

A neve começou a caí mais grossa assim que Arya se afastou rapidamente, indo em direção à batalha, seguida de perto pela loba Nymeria. Sansa a observou se afastar, sem saber se veria o rosto dela novamente. Ela não precisava ser um soldado para compreender a armadilha em que Arya iria se encontrar, assim como Jon. Os dois iriam jogar o joguinho de Ramsay, mas por hora precisava da irmã afastada dali, tinha quase certeza que Arya não iria entender o fato de que o Vale ainda não estava em batalha ajudando os outros soldados do norte.

– Também deve ir. - avisou a Mulher Vermelha que continuava no mesmo lugar, observando Sansa atentamente.

Sansa havia esquecido que Melissandre ainda se encontrava ao seu lado. Estudou por um tempo a mulher. Os olhos dela pareciam estar em chamas de tão vermelhos, sempre semicerrados em desconfiança. Os lábios dela se contorceram. Era um sorriso feio, um sorriso que lembrava Ramsay.

– Do que está falando? - pergunta tentando entender onde a mulher queria chegar.

– O Vale lhe espera. - ela avisa.

Aquilo foi tão súbito que Sansa não conseguiu fazer mais do que fitá-la por um momento a mais. Então, seu rosto enrubesceu como se tivesse sido esbofeteado. Cada palavra que ela dizia convencia Sansa de que aquilo tudo era uma jogada daquela mulher. Mas para quê?

Sansa balançou a cabeça impacientemente.

– O que quer?

A mulher sorriu ainda mais.

– Quero que veja como é o modo como o mundo é feito. A verdade está à sua volta, basta olhar para ela. A noite é escura e cheia de terrores, o dia, luminoso, belo e cheio de esperança. Uma é negra, o outro, branco. Há gelo e há fogo. Ódio e amor. Amargor e doçura. Macho e fêmea. Dor e prazer. Inverno e verão. Mal e bem. - ela deu um passo em sua direção. – Vida e morte. Em toda parte há opostos. Em toda parte há a guerra.  O que escolhemos é a morte ou a vida. A escuridão ou a luz.

A expressão de Sansa diante das palavras pareceu divertir a mulher, e sem esperar resposta Melissandre virou-se e caminhou para entrar em sua tenda com um sorriso e um rodopio de saias escarlates, enquanto Sansa permaneceu no mesmo lugar sem se mexer, pensativa. Encontrou-se sozinha em um deserto branco. Quando ergueu a cabeça, os flocos de neve roçaram em sua face como suaves beijos gelados. Por um momento, sentiu-se quase em paz. Sabia que era muito mais fácil ficar olhando tudo acontecer, como uma Lady faria. Era muito mais fácil esperar pela morte. No entanto, a vontade de se vingar de Ramsay era maior, mesmo que para isso ela tenha que contar com ajuda de Petyr Baelish.

No meio do acampamento pode vê, ao longe, os olhos vermelhos do lobo gigante, silencioso como sempre. 

Ela se aproximou de Fantasma.

– Não pode vir comigo - disse Sansa, envolvendo a cabeça do lobo nas mãos e olhando-o profundamente nos olhos. – Tem que ficar aqui compreende?

Sansa sabia que Fantasma iria lhe seguir assim que saísse, mas também sabia que Jon não iria gostar se o lobo dele surgisse com ela no meio da batalha. Mesmo porque, se ele quisesse seu lobo em batalha, ele mesmo teria o levado. E não seria ela a contrapolo Se ele quisesse seu lobo em batalha o teria levado. E não seria ela a mudar isso. Principalmente porque tinha certeza que o irmão ficaria com raiva dela pelo fato de ter pedido ajuda ao Vale e não queria  dá mais um motivo para irritar Jon.

O lobo gigante libertou-se dela com uma torção do corpo, suas orelhas ergueram- -se. E de repente afastou-se aos saltos. Pulou através de um emaranhado de mato, saltou sobre uma árvore caída e sumiu. Um vento suspirou por entre as árvores, rico com o cheiro de agulhas de pinheiro, puxando a roupa de Sansa desbotada. 

Determinada Sansa ajeitou seu capuz de forma a cobrir a cabeça, pegou um cavalo e o montou. Seguiu para dentro da floresta. Apesar de sentir-se decidida, não podia deixar de pensar no pior para essa batalha. Endireitou-se em cima do cavalo, observando a floresta à sua frente. Esforçando-se o máximo possível para permanecer calma.

O coração palpitou no peito, assim que conseguiu visualizar o exército do Vale. Sansa havia combinado com Mindinho que a tropa permaneceria escondido e afastado do acampamento em que Sansa se encontrava, para que ninguém pudesse vê-los nem mesmo Ramsay. Ela queria pegar ele de surpresa. Sabia que Ramsay tinha muitas cartas na mão para essa guerra, mas agora ela também tinha as dela.

– Estamos prontos! - avisa Mindinho montado em seu cavalo com um sorriso desdenhoso, assim que vê Sansa se aproximar.

Sansa o estudou criticamente.

– Quantos homens temos? - pergunta se certificando de que Petyr cumprira o acordo.

– Todos os cavalheiros do Vale. - respondeu com um enorme sorriso. – Seu primo Robert fez questão de mandar todos.

Sansa se perguntava se realmente teria sido Robert ou será que não teria sido Mindinho que havia influenciado seu primo para isso. Sabia que não podia confiar nele, mas por hora precisava de sua ajuda, e isso era o suficiente naquele momento.

Ela deu um breve aceno de cabeça em direção a Petyr o que mostrou que confirmava o acordo.

– Vamos! - ela falou alto para que todos os presentes a ouvisse.

Todos calvalgaram em direção à batalha. Sansa e Petyr à frente do enorme batalhão montados cada um em seu cavalo. A cada trote do cavalo Sansa podia ouvir o barulho de espadas, gritos e sabia que aquilo significava que estava mais perto da batalha. Seus olhos se abriram ainda mais assim que avistou o exército de Jon cercado pelo dos Bolton.

Sem conseguir encontrar seus irmãos no meio da batalha, Sansa assumiu a mesma postura que viria a adotar em períodos difíceis e se entregou ao “trabalho”.

Os cavalheiros do Vale trocaram olhares por um momento, todos ansiosos, esperando um comando para poderem invadir e se juntar aos exércitos para a batalha. Mindinho e Sansa se fitaram. Sansa aquiesceu e com um movimento de mão Petyr avisou aos seus soldados para seguirem. Mais e mais deles encheram o lugar. A tropa do Vale se dividiu, enquanto uns sitiaram os soldados dos Bolton que se achavam fora do cerco, os outros se encarregavam de romper o cerco que encurralava os soldados de Jon. Os guerreiros dos Bolton que restaram soltaram as armas imediatamente, recuando. Com apenas dez minutos, os cavalheiros do Vale tinham conseguido controlar todo o lugar.

Depois que tudo pareceu, por um momento, mais tranquilo. Sansa conseguiu avistar Jon saindo através dos vários corpos amontoados. Assim como ela, Jon também a viu ao lado de Mindinho. Ele parecia desorientado e pasmo, contudo, conseguiu desviar os olhos da irmã. Fez um esforço para se locomover por entre os vários corpos caídos e focou a sua frente, onde Ramsay se encontrava. Sansa sabia o que o irmão iria fazer, e sem pensar seguiu em seu cavalo na mesma direção.

Ramsay acompanhará todo seu exército ser detruído. Por um tempo permaneceu céptico, contudo quando visualizou Jon e Tormund vindo em sua direção trotou o mais rápido que podia para se esconder dentro das paredes grossas de Winterfell, mas assim que atravessou o enorme portão do castelo, algo o deteve. Arya se encontrava à sua frente segurando sua espada agulha, e ao seu lado Nymeria.

Ramsay desceu de seu cavalo, estudou por um tempo o castelo, todo o seus soldados já estavam mortos, ele fitou por um tempo alguns corpos próximo dele, os ferimentos mostrava que o lobo gigante tinha participado daquilo.

– Vou manda-lo choramingando para o outro lado. - vociferou Arya.

Ele sorriu com as palavras rudes da garota, já tinha ouvido falar da selvageria da irmã mais nova de Sansa, só não sabia que a mesma ainda estava viva.

 – Esse é o demônio que a protege? - vociferou Ramsay olhando para o enorme lobo ao seu lado.

– Se eu fosse você não falaria assim com ela. Faz pouco tempo que nos encontramos ela pode não me obedecer. - brinca Arya apontando sua espada na direção de Ramsay.

Ele retraiu os ombros, estava definitivamente encurralado.

A pequena tropa de Jon se aproximava dos portões, na expectativa de capturar Ramsay. Assim que passou pelo enorme portão de Winterfell Jon conseguiu avistar o corpo parado de Bolton no meio do pátio, entretanto seu olhar não permaneceu por muito tempo o mirando. O olhar de Jon se suavizou rapidamente quando reconheceu Arya mais a frente. Ele deu um passo em direção à irmã. Instintivamente.

Arya é surpreendida pela presença de seu irmão, e automaticamente torna-se vulnerável ao desviar os olhos de Ramsay Bolton para focar em seu irmão Jon. Com isso Ramsay forceja¹ escapar, contudo, sua tentativa tornou-se falha. Sansa vinha caminhando silenciosamente seguida por alguns soldados do Vale.

Ela passará pelos vários corpos espalhados por Winterfell, e vira as várias flechas pregadas no corpo caído de seu irmão Rickon. E ela sabia de quem elas eram.

 –  Prendam-no. - Sansa solicita para um dos soldados do Vale.

A raiva era explícita em seus olhos.

Assim que é pego, Ramsay rir histericamente, os olhos azuis dele se voltaram para os dela, semicerrando-se com divertimento.

 – Pensei que tinha ódio de mim, mas ao que parece eu conseguir lhe conquistar não é mesmo minha esposa. Sabia que logo teríamos mais momentos juntos.

Um grunhido baixo foi à resposta de Sansa. Ela o ignorou. Não precisava resolver esse assunto naquele momento. Tinha coisa mais importante que precisava de sua atenção. Seus olhos azuis voltaram-se para as duas pessoas mais à frente.

Os irmãos ainda se encaravam. Jon ainda não acreditava no que estava vendo ou quem estava vendo. O corpo de Jon mostrava-se congelado, como se apenas o coração fosse capaz de trabalhar. Os olhos de Arya abriram-se muito. Seu coração começou a bater com força e sua boca ficou seca. Nenhum dos dois parecia que iria se mover, mas para surpresa de todos os presentes, quando o gelo se desfez, Arya deixou a espada de lado e correu para os braços de seu irmão.

O adolescente de 14 anos que Arya havia visto pela última vez em Winterffel desaparecera. Seu lugar fora ocupado por um homem. Agora havia uma barba e um bigode ralo em seu rosto. Seu cabelo aparentemente mais longo achava-se amarrado. E naquele momento, ela se sentia tão pequena e sem substância em seus braços fortes, presas contra o seu enorme corpo. Ele estava mais forte, ela constatou.

Sansa sorriu ao vê a cena.

–  O que está fazendo aqui? - Jon pergunta assim que pressiona seus lábios contra a testa de Arya.

Arya fez uma careta.

– Eu pensei que ficaria mais feliz ao vê sua irmãzinha. - emitiu Arya enquanto um olhar de dúvida atravessou-lhe o rosto.

– Pensei que estivesse morta. - relata angustiado e sua expressão endurece.

– Tive ajuda pelo caminho e consegui me manter viva. - revela e pisca para Jon.

Ele rir.

–  Como soube que eu estaria aqui? - pergunta em clips de suspeita em seu tom.

– Descobri que Sansa estava na muralha com você. - esclarece devagar. – E acabei me encontrando com ela no caminho.

Jon juntou as sobrancelhas e ao mesmo tempo, virou para olhar Sansa atrás deles. Seu olhar achava-se teso.

– Como se encontraram? - quis saber abstém² da presença de Sansa.

Sansa retraiu-se e desviou as vistas dos dois.

– Tive uma ajudinha de Nymeria. - responde Arya olhando de Sansa para Jon.

– Você não parece mais uma varetinha. - Jon tenta mudar de assunto incomodado que Arya pudesse perceber sua frustação.

Ela sorriu para o irmão apesar de ainda ter achado estranho o olhar dele para Sansa.

– Também parece mais forte. - ela brinca batendo no braço de Jon se deixando vivenciar aquele reencontro com o irmão.

Os dois continuaram ali, enquanto Sansa se encaminhava para dentro do castelo, convencida que não era uma boa hora para permanecer no mesmo local que Jon. Agora finalmente estava em casa e pela primeira vez nas últimas horas esqueceu-se de ter medo. Ou talvez pela primeira vez desde sempre.

 

 

¹ Forceja - esforço; esforçar-se, empenhar.

² Abstém -  evitam, privam, rejeitam.


Notas Finais


Até.


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