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História The Kiss Of Midnight - Capitulo 34


Escrita por: ally_moon

Notas do Autor


Boa leitura.

Capítulo 34 - Capitulo 34


Pov’s Austin

—Estou preparado para encontrá-la independente de como esteja. –A olhei convicto nos olhos.

   Ela assentiu levemente e mais uma vez deu um breve aceno para Belinda que sorriu em resposta.

   Dei partida e de novo estávamos na estrada, a noite começava a dar seus primeiro sinais de vida, diferente da maioria das noites anteriores em que as luas eram cheias ou minguantes, hoje é dia de lua nova o que deixou a noite ainda mais atraente.

   Agnes encostou sua cabeça encostou-se à janela e fechou os olhos, preferi não incomodá-la e assim segui por uma estrada que eu nunca havia andado em toda a minha vida. Frostbite Falls é uma cidadezinha que fica perto De Hill Valey, não muito perto, nem muito longe, acho que uma hora e meia de viagem é o necessário para chegar lá.

  O estranho é que Ally nunca comentou nada sobre esse lugar ou coisa parecida, Frostbite em minha opinião seria o último lugar pelo qual eu escolheria para fugir, lá a maioria em si são lobos e não do tipo amigáveis e sim dos que se você o encarar esta morto. Vampiros e lobos não são os seres mais próximos que existem, na verdade se odeiam desde sempre, eu acho. Não que eles nos rejeitam, mas sim por não fazemos questão de nos aproximarmos. Dallas é o único lobo próximo a mim e isso é o bastante para eu saber dos dois mundos, então porque Ally escolheria logo Frostbite?

   Voltei meu olhar para Agnes que ainda mantinha seus olhos fechados, ela parecia estar muito cansada.

—Você não acha melhor voltar para casa não Agnes?-Indaguei um pouco preocupado.

— Não. -Deu um meio sorriso. —Eu preciso ver a Ally. -Suspirou e com isso pude ter certeza de que ela estava morta de cansaço.

—Não se preocupe, eu posso achar ela sozinho. -Tentei soar o mais reconfortante possível.

—Esse é o problema, tenho medo do que você pode encontrar. -Sua voz era terna e cheia de preocupação.

—Você pode ter medo, mas eu não. -Dei um sorriso simples para ela, mas que acho ter sido o necessário para ela entender.

—Você me promete que terá cuidado?-Com seus olhos já abetos ela me questionou, era possível ver a preocupação aparente neles.

   Assenti ainda sorrindo.

—Eu quero ouvir da sua boca. -Sua expressão se tornou séria.

—Eu prometo. -Engoli em seco com uma promessa que infelizmente talvez eu não possa cumprir, não sei o que me espera lá.

—Tudo bem então, eu vou voltar pra casa. -Ela ainda relutava para ir junto a mim.

—Obrigada. -Dei um beijo em sua testa e ela sorriu.

   Mesmo que eu demorasse um pouco mais para chegar a Frostbite eu não me importava de ter que voltar todo o trajeto para deixar Agnes em sua casa.

—Apenas me responda uma coisa Austin. -Assenti levemente. —Você trouxe de volta a bússola?-Ela arqueou a sobrancelha.

  Não acredito, eu deixei aquele troço com a Belinda, estava tão contente por saber ao menos onde Ally estava que terminei esquecendo aquele pequeno artefato, minha cara de espanto entregou o que eu não conseguia dizer.

  Agnes estava quase que morrendo de rir.

—Porque você esta rindo?-Era para ela estar irritada, porém acho que nesse momento eu que estou nesse posto.

—Porque mesmo você sendo pálido, agora parecia estar um papel. -Ela ainda ria e eu apenas a encarava com uma expressão de tédio.

—Eu realmente não estou te entendendo. -Tenho a leve impressão de estar fazendo papel de idiota.

—A bússola não importa mais Austin, eu pedi para você guardar ela enquanto o feitiço ainda não tinha sido feito, como já o fizemos ela não serve mais de nada, se você tivesse prestado realmente atenção saberia que eu não falei nada sobre trazer ela de volta. -Agnes fazia movimentos com as mãos com se tentasse colocar em minha cabeça que aquilo era o óbvio.

—Então quer dizer que a bússola irá continuar com a Belinda?-Eu a questionava ainda tentava relembrar a minha conversa de hoje mais cedo com a Agnes, não lembrava suas palavras me dizendo que não era para trazermos a de volta.

—Sim. -Ela tentou prender o riso mais uma vez. —Se você prestasse atenção em metade das coisas que eu te digo a sua vida não estaria do jeito que esta. -Ela falava tudo isso naturalmente enquanto arrumava o seu cabelo pelo retrovisor do carro.

—O que você quer dizer com isso?-Voltei meu olhar para a estrada.

—O que eu quero dizer é que naquele dia em que eu avisei... -Fomos interrompidos por um farol a nossa frente, pisei no freio bruscamente, estávamos a milímetros de chocar contra aquele carro.

  Com o susto Agnes foi obrigada a voltar para sua posição normal em seu banco. Olhei para ela que apenas assentiu como forma de que estava bem, com essa confirmação por parte dela eu apenas me desvencilhei do cinto que ainda me prendia e sai do carro logo em seguida.

—Você esta louco ou o que?-Encarei o loiro ainda sentado no banco do motorista em seu carro.

—Onde esta a Agnes?-Ele perguntou ignorando totalmente a minha pergunta anterior.

—No carro ou você esta cego?-Ironizei.

  Mais uma vez ele apenas me ignorou com a pequena diferença de que agora ele emitia um olhar de preocupação em direção ao meu carro. Saiu do seu rapidamente e foi até onde Agnes estava e a ajudou a sair do carro, ela ainda estava um pouco em choque, mas não desceu do salto.

—Você queria nos matar ou o que?-Agnes o empurrou bruscamente contra o carro do memo.

—Me desculpa, mas eu já estava ficando desesperado,quando cheguei em casa você não estava lá e tentei a todo momento ligar para seus celular ,mas só dava fora de área.-Ele tentava se defender.É incrível como que a única pessoa com quem o Alex baixa a bola é com a Agnes.

—E você não poderia simplesmente esperar eu voltar para casa como qualquer namorado faria?Eu já estava indo. -Ela deu mais alguns tapas em seu peito.

—Olha aqui, eu não me importaria de você só voltar daqui a um mês desde que você estivesse bem, mas eu não sabia se estava.-Ele segurou delicadamente sua cintura e por algum motivo o olhar dela foi de furiosa para preocupada.

—O que aconteceu?-Ela indagou um pouco receosa, não sei bem como explicar isso, mas eles pareciam ter um tipo de comunicação apenas com o olhar.

  Alex analisou todos os lados e parou seus olhos em mim e depois se voltou para Agnes.

—Eu não posso falar aqui. -Sussurrou, no entanto ainda consegui ouvir, eu estava apenas a alguns metros deles.

   Agnes parecia estar tão confusa quanto eu. Alex revirou os olhos e apenas sussurrou algo em seu ouvido e infelizmente dessa vez não obtive sucesso ao tentar escutar a conversa pela qual eu não havia sido chamado. Agnes arregalou os olhos assim que Alex terminou seu breve comentário.

—Eu sei que você me levaria para casa Austin, mas não é necessário, irei voltar com o Alex. -Ela pegou na mão dele e o levou até o carro do mesmo. Agnes foi para o banco do passageiro ainda um pouco meio que fora de si com o que acabara de ouvir e Alex não tirava de seu rosto um ar de preocupado.

—O que aconteceu?-Indaguei um pouco receoso.

—Nada. -Alex respondeu friamente enquanto ligava o carro. Agnes parecia não ter ouvido o que eu falei, pois logo tratou de abrir uma gaveta no carro de seu namorado, parecia estar à procura de algo que eu não saberia identificar.

—Por favor, apenas me digam se o assunto envolve a Ally, é só isso o que eu preciso saber, eu imploro. -Supliquei com as mãos encostadas no carro.

   Os dois se entreolharam e Agnes apenas fez um sinal para que ele prosseguisse.

—Não. Pode relaxar não evolve a Ally. –Mesmo ainda com a forma mais fria possível Alex disse essa pequena frase que mudou totalmente o rumo da história. Não envolvia Ally então eu poderia ficar despreocupado por enquanto, sei que estou sendo um pouco egoísta visto que Agnes ainda esta abalada, mas a felicidade por aquilo não envolver a Ally foi maior.

  Assenti levemente e me pus a voltar para o meu carro, no entanto fui interrompido pela mão de Agnes que me fez parar involuntariamente, me virei por completo para encará-la ela estava com os olhos marejados.

—Tenha cuidado.- Sua voz também estava embargada.

  Dei um sorriso singelo e limpei uma lágrima solitária que insistia permanecer em seu rosto.

—Terei. –Dei mais um aceno e voltei para o carro. Esperei Agnes e Alex sumirem de meu campo de visão e mais uma vez tomei o rumo para Ally.

   Se eu der sorte chego a Frostbite antes de meia noite.

                                                                       ***

   Desci do carro, o parei em frente a um bar de aparência antiga, parecia estar por aqui há anos. Adentrei o local sem nenhuma cerimônia, não quero que percebam que sou um vampiro.

—Uma dose de uísque, por favor. –Quando já estava de frente para o balcão pedi calmamente ao garçom em minha frente, sentei de frente para o mesmo e comecei a analisar o ambiente. Nada muito diferente de Craisville, tirando o fato de que lá poucas famílias são de origem de lobos.

  Já com minha dose em mãos, olhei pelo canto do olho para meu lado esquerdo, um cara de cabelos morenos m encarava descaradamente.

  Apenas ignorei. 

  Voltei a bebericar meu precioso uísque ainda observando todas as pessoas a minha volta.

—Esta esperando alguém senhor?-O garçom questionou e eu tive a leve impressão de estar se referindo a mim.

—Como?-Meu olhar caiu sobre ele.

—É que você olha para as pessoas com um semblante diferente. Parece querer encontrar nelas alguma pessoa em especial. -Ele dialogava comigo enquanto secava os copos posto em cima do balcão.

   Notei mais uma vez pelo canto do olho que o mesmo cara de minutos atrás ouvia nossa conversa atentamente.

—Realmente estou à procura de alguém, no entanto não sei se ela esta a minha procura. -Entreguei meu copo para o jovem a minha frente, no intuito que ele o preenchesse mais uma vez.

—Poderia me dizer o nome?Não que seja da minha conta, mas muitas pessoas passam por aqui diversas vezes em diversos dias do ano, eu poderia melhorar sua busca. -Não sei se posso confiar nele, seu tom de voz parecia ser de pura sinceridade, mas nas condições em que me encontro falar sobre a Ally não esta nos planos.

—Desculpa parecer rude, mas não é necessário, o mais difícil foi saber onde ela estava e sei que esta nessa cidade, em algum lugar, achá-la agora será o de menos, mas mesmo assim muito obrigado. -Dei um leve sorriso e ele o devolveu com o mesmo entusiasmo.

—Qualquer coisa estamos a ordem. -Disse se retirando do meu campo de visão, ele entrou por uma porta atrás de si que não consegui identificar para onde daria talvez o depósito.

   Com outro copo em mãos fiz o mesmo que com o anterior, eu deverei ter deixado ele me ajudar, sei que deveria, mas eu e Ally somos vampiros, ele nunca me ajudaria a encontrar uma vampira, não aqui.

—Ally Dawson. -O moreno ao meu lado sussurrou com um sorriso nos lábios para si mesmo.

—Como sabe?-Respondi com o mesmo tom de voz que o dele.

—Sei de muitas coisas. -Assim como o meu o seu copo também voltara a ficar vazio.

—O que sabe sobre ela?-Em nenhum momento enquanto falávamos olhamos um diretamente para o outro.

—O que sei sobre ela depende de quem você é. -Ele mantinha o olhar fixo em seu copo recém vazio sobre a mesa.

  Olhei mais uma vez para os lados, a procura de alguém que espreitasse a nossa conversa ou até mesmo para ver algum rosto que se assemelhasse ao de Ally.

—Austin Moon. -sussurrei ainda mais baixo se é que isto é possível.

   Ele deu um sorrisinho que para mim pareceu um pouco sarcástico e fez um sinal com a cabeça para que eu o seguisse.

   Já do lado de fora do bar ele começou:

—Ally esta viva se é isso o que você quer saber. -Com essas poucas palavras posso dizer que tirei um prédio de vinte andares das minhas costas, o alívio por saber que ela estava viva era indescritível. Juro que em muitos momentos pensei que a teria perdido para sempre.

—Onde ela esta?-Perguntei engolindo em seco, pensar na hipótese de que ela talvez estivesse aqui apenas por eu ter feito algo, ainda me atormentava. Minutos antes de ir embora ela me pediu perdão e eu até hoje não sei o porquê, se tem alguém que deveria pedir perdão esse alguém seria eu, Ally não me merece.

—Como eu disse antes, o que eu sei depende de quem você é. -Ele mantinha uma expressão serena durante todo o tempo que falava comigo.

—Eu sou um dos melhores amigos dela, isso é não é o suficiente?-Revirei os olhos.

—Um dos melhores amigos da Ally?Não tenho muita certeza sobre isso. -Ele tinha um sorriso sínico em seus lábios.

—Então o que ela lhe disse sobre mim?-Meus punhos cerraram,talvez eu não devesse escutar o que ele estava dizendo,pode ser tudo mentira, ou não.

—Ela apenas me disse que você foi o cara com o qual ela quase fez o pacto. -Deu de ombros sem muita importância. O cara que ela fez o pacto? Não foi exatamente isso o que ela me disse um mês antes quando estávamos prestes a nos formar.

   Mesmo com essas palavras que de certa forma me magoaram eu mantive a minha postura e voltei a me acalmar.

 —E o que eu saberei sendo apenas o cara que ela quase fez o pacto?-Falar isso em voz alta sem sombra de dúvidas doeu mais do que apenas o ouvindo em minha mente.

—Eu já te falei, ela esta viva, isso é o bastante para você ir embora daqui. -Disse com desdém.

   Minha mão foi parar em seu pescoço o arrastando até o capô do meu carro.

—Olha aqui, se o que você esta fazendo for um jogo comigo eu sinto lhe informar que não funcionou.

   Ele respirava com dificuldade e a cada gemido eu o apertava ainda mais em minha mão.

—Eu não... Tenho... Culpa... Se ela... Não te... Considera... Uma parte importa... Em... Sua vida. -O soltei rapidamente e antes que pudesse se recompor acertei um soco em sua face o que o fez cair de bruços.

—Pode me matar, mas no fundo você sabe que pra ela você foi apenas um objeto. -Sangue escorria pelos cantos de seus lábios e ele tentava involuntariamente limpá-los. Eu deveria matar ele, mas ainda preciso de respostas.

   Ajoelhei-me no chão de frente para ele, o puxei mais uma vez por sua garganta.

—Acho que você sabe que um de nós dois não passará desta noite e acredite esse não serei eu. -Sussurrei bem próximo de seu ouvido e o senti tremer em minhas mãos.

  Tirei do bolso um pequeno canivete, sempre o trago comigo.

—Você sabe que eu sou um vampiro e eu sei que você também é um de nós, se fosse um lobo já teria me matado. –Abri o canivete bem a sua frente.

—Sei que isto não é uma estaca nem nada do tipo, mas se eu enfiar isto dentro do seu coração, não demorará muito até eu conseguir um pedaço de madeira e acabar com a sua raça. -Com o canivete fiz um corte médio em seu braço esquerdo. Ele estremeceu.

—Então, você prefere me dizer onde a Ally esta ou eu precisarei encontrá-la sozinho?-Rasguei parte de sua bochecha e ele gemeu um pouco alto demais.

—Shhhh. Não queremos incomodar os outros, não é? –Outro corte. Agora em seu braço direito.

   Ele continuou relutando.

   Coloquei o canivete muito próximo a sua garganta, quando ele respirava o objeto laminoso entrava em contato com sua pele.

—E caso você pense que dizendo para mim que eu nunca fui nada para Ally me magoaria, você se enganou e feio. -Com um movimento rápido cravei o aquele objeto pontiagudo em seu estômago. Sangue, essa era a palavra que definia aquele momento, ele colocou tudo pra fora ,suava,tossia e se contorcia no chão, revirei os olhos com aquela cena patética.

—Na floresta... Ela esta na floresta. –Sua voz saiu tremula enquanto falava.

—Por que ela estaria na floresta?-Mais uma vez voltei o canivete para seu pescoço.

—Eu não sei, ela esta lá com Kile. -E mais sangue veio à tona.

—Quem é Kile?-Fiz outro corte em seu estômago, daqui a pouco ele desmaia, já perdeu muito sangue, preciso ser rápido.

—Ele é um lobo. -Cerrou os olhos quando outra facada o atingiu.

   Lobo?A história fica cada vez mais divertida.

—Okay, já tenho o que preciso, mas antes de ir embora eu só preciso saber uma última coisa. -Ele não moveu um músculo.

—Qual é o seu nome?-Ele continuou calado, parecia temer o pior.

—Responde. -Acertei em cheio o canivete em sua perna direita. Outro gemido tomou conta da rua.

—Tyler Miller.

 


Notas Finais


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