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História The L Word: 7 temporada - Lyre, lyre, hearts on fire - parte 2


Escrita por: brullf

Notas do Autor


Sei que falhei com vocês por não ter postado mais um capítulo semana passada, mas ficou impossível diante de várias coisas que aconteceram por aqui. Ainda estou me recuperando...

Mas o que interessa é que temos capítulo novo!

Boa leitura ;D

Capítulo 46 - Lyre, lyre, hearts on fire - parte 2


Fanfic / Fanfiction The L Word: 7 temporada - Lyre, lyre, hearts on fire - parte 2

Bette e Tina se despedem das amigas. A loira convida sua mulher para uma comemoração mais íntima pelas premiações recebidas. Mary tem saudade de suas rondas noturnas pela cidade. Em especial, pelo píer onde levava Liv e a si mesma para apreciar a beleza da baía de San Francisco. A sargento sussurra um convite para Marina e elas saem.

Toca uma música mais romântica. Shane faz uma reverência em cumprimento à Liv e tira a figurinista para dançar. Elas colam os corpos e os rostos.

- Eu não quero que isso acabe – sussurra a it girl.

- Eu também não – admite Sha.

- Fiquei curiosa para ver as fotos que você faz – sorri com os olhos fechados – Sobre o que são?

- Ahm... até agora eu só fotografei mulheres – conta um tanto desconfortável.

- Huuum... por que será que eu já esperava por isso?

- Eu gostaria de fotografar você... no sótão – pede.

- Oh, não sabia que gostava tanto de lá...

- Gosto desde que você o transformou naquele lugar mágico, com as coisinhas coloridas e aqueles jogos de luzes filtrados pelos vidros da janela.

- Parece que alguém aqui já tem um ensaio fotográfico pensado...

- Na verdade sim. E estou ansiosa por fazê-lo – Shane faz Liv girar e a retoma nos braços.

- Vamos fazer – morde a ponta da orelha da namorada – O figurino é por minha conta – garante num tom sensual.

A música termina e elas se beijam.

 

Peggy Peabody está deitada entre seus netos já adormecidos. Tenta se distrair com um livro sobre águas-vivas. Ela sorri e deixa o exemplar no criado-mudo quando ouve a porta do quarto ao lado bater.

Helena e Dylan entram no apartamento onde a inglesa está hospedada.

- Sabe o que mais me machucou quando...?

- O que?

- Você dizendo que não queria me ver nunca mais... Nunca me senti tão vulnerável...

- E eu jamais consegui dizer a outra frase que você pediu, lembra?

- Hum?

- “Diga que você não me ama”. Nunca pude dizer isso... Porque eu me apaixonei por você no instante em que me olhou pela primeira vez – sorri enquanto uma lágrima lhe escorre na face.

- Dylan... – a empresária enxuga a gota salgada com carinho.

A cineasta deita o rosto naquela mão que tanto a conhece e descobre quando a toca. As duas fazem desaparecer a lonjura entre os corpos. Um mergulho profundo nas íris, como se conectando as células.

Helena está descobrindo que se deve saber em que momento fazer a coisa exata. É preciso reunir o momento e as circunstâncias e calcular as consequências. A bela dos olhos verdes está aprendendo que uma das lições mais importantes da vida é sopesar os teores de uma decisão.

- Eu amo você – diz para Dylan e oferece um sorriso de quem parece descobrir o amor pela primeira vez.

Acariciam os lábios uma da outra, as mãos percorrem lembranças por curvas e relevos. O beijo se avoluma de desejo. Torna-se quase um grito pelas dores que sentiram enquanto separadas. Entrelaçam os dedos como se entrelaçam as linhas de seus destinos e se abraçam ofegantes, porém felizes.

A inglesa brinca de desabotoar o casaco, depois a camisa e por último a calça da cineasta. Os movimentos são vagarosos. Quando as bocas estão distantes, os olhos não se separam. Dy desce o zíper do vestido de Helena sem pressa. Quando a veste desliza pelo corpo da presidente do Studio, brilha ainda mais as pupilas.

Os seios se tocam. Elas trocam calor. As mãos serpenteiam carinhosas e querentes.

- Nobody makes me wet like that – sussurra Dylan para delírio da parceira.

Aquela provocação faz Helena gemer alto. Um arrepio lhe percorre o corpo. A diretora a toma nos braços e a leva até a cama.

 

Num quarto próximo, Bette e Tina estão sentadas na cama e abraçadas. Depois do prazer, apreciam o ritmo da respiração conjunta e namoram. Mary e Marina passeiam de mãos dadas pelo píer. A artista prende a sargento entre os braços e a beija. Liv e Shane, Alice e Emma andam pelas ruas de San Francisco guiadas pela ruiva. Elas cantam e dançam envoltas de madrugada. Longe dali, Kit e Sonny se preparam para dormir depois de outra noite de sucesso no Hit.

Independente do tempo em que estão juntas, aos pares, elas sabem que o que importa não é o enredo, a forma, nem sequer a cor. O que importa é a dança conjunta dos corpos e das almas em torno do despojado sedimento do amor. E no amor, elas sabem, os princípios, os meios e os fins são apenas fragmentos de uma história que continua para além dela, antes e depois de uma breve vida. 

 

O domingo amanhece manhoso. Dylan abre os olhos devagar, como se querendo ter certeza de que a noite anterior não fora um sonho. Mais do que a visão de Helena ressonando em seus braços, sente o peso macio do corpo da inglesa sobre si. Sua memória olfativa não se recorda de perfume tão delicioso quanto o dos cabelos adormecidos em seu ombro. Um sorriso-gênese de felicidade transforma-lhe o contorno dos lábios.

Para seu deleite, sua mulher emite sinais de que vai despertar. Dy deseja ter uma câmera em mãos. Como não é possível, registra na memória cada movimento, por mínimo que seja, de Helena em sua saída do reino de Morpheus. O abrir das pálpebras é seguido de um sorriso. A diretora sente aquele vívido verde dos olhos da amada colorindo a existência de ambas.

- Bom dia, babe... – deseja Dylan.

- Bom dia... meu amor.

A empresária acomoda o corpo por inteiro sobre a outra, contemplando-lhe a face. Com a mão direita, contorna os traços como se modelasse uma escultura delicada. Percorre os mesmo contornos mais uma vez, mas com os lábios, até encontrar os outros lábios, já famintos dos seus.

 

No restaurante do hotel, uma mesa grande é especialmente posta a pedido de Peggy. Lady Peabody é a primeira a descer acompanhada dos netos. Os dois estão ansiosos querendo saber da mãe.

- Meus amores, se tudo está como deve, a mãe de vocês se encontra no quarto com Dylan – informa-lhes.

- Elas voltaram, gradma? – torce Yun Jing.

- A Dylan não vai embora de novo? – preocupa-se Wilson.

- Queridos, só as duas podem responder a essas perguntas. Vamos esperar que elas desçam, ok?

- Right, gradma.

- Ok.

Os irmãos contam sobre a festa da noite anterior à avó. Peggy gosta de saber que os dois se divertiram. Bette e Tina, Mary e Marina se acomodam à mesa com a família Peabody. Os dois pré-adolescentes se servem com a aprovação da avó.

- Bom ver todas vocês com esses sorrisos de energia renovada. Os corações por aqui parecem estar em fogo! E pelo jeito sou a única sozinha – comenta a milionária – Preciso dar um jeito nisso – completa divertida.

- Alguém sabe se as meninas voltaram essa noite? – a sargento está preocupada.

- Liv e Shane não estão no quarto? – estanha Bette.

- Mary está aflita. Não ouvimos barulho algum a noite inteira – conta Marina.

- Babe, também não ouvimos nada no quarto de Alice e Emma – observa Tina.

- Elas devem ter esticado a noite – tranquiliza Peggy.

- Bom, Liv conhece bem San Francisco. Depois que nos mudamos para L.A., ela pedia para vir aqui. Sentia falta de alguns lugares – explica Mary.

O quarteto risonho e trajando ainda as roupas da noite anterior aparece desfazendo as pequenas rugas de preocupação das outras.

- Booooooooooom dia! – a fada ruiva oferece um sorriso reluzente.

- Guys, vocês perderam o melhor de San Francisco – entrega Alice enroscando os braços envolta da cintura de sua namorada.

- Pelas caras de vocês, a noite foi mesmo daquelas – o tom de Marina é de pura malícia.

- Ahm, digamos que tivemos uma guia incrível e a sorte de ter encontrado um parque de diversões aberto de madrugada – Shane envolve a namorada pelos ombros.

- E o que é aquele nascer do sol visto da Golden Gate? Maravilhoso – relembra Emma, ainda sob encanto do que vivenciara.

- Hum... pelo visto tivemos um passeio completo – a policial pisca cúmplice para a filha.

 

Helena e Dylan saem do banho. A vontade de pedir o café no quarto é enorme, mas elas sabem que são aguardadas no restaurante. Já vestidas, a inglesa se dirige à porta e para, bloqueando da outra a passagem. A cineasta não se deixa intimidar e logo a alcança, querendo contato.

A empresária impede o beijo. Dy começa a achar aquilo estranho e incômodo. Uma pergunta muda.

- Eu confio em você – Helena diz pausada e certa de cada letra pronunciada.

Quando o casal aponta no local de refeições do hotel, são observadas por todas.

- Alice, acho que alguém discorda de você sobre perder o melhor da noite em San Francisco – analisa Tina.

A jornalista olha para Shane.

- Tão lésbico! – comentam juntas para riso geral.

O casal caminha de mãos dadas, em roupas confortáveis e num ritmo que parece só delas.

- Bette, como era mesmo aquela coisa que você dizia sobre conexão cósmica quando andou meditando? – pergunta sua noiva.

As duas chegam à mesa. A impressão é de que elas são mais felicidade que pessoas.

- Oi... – Helena quase parece uma adolescente quando no primeiro namoro acha que encontrou o amor de sua vida. A diferença é que a inglesa encontrou.

Um instante de troca de olhares e logo aparecem os sorrisos de entendimento e de felicitações.

- Mamy, Dylan e você vão se casar? – pergunta Wilson.

Peggy aprova aquela interrogação. A presidente do Studio olha para a parceira um tanto atordoada e encontra um sorriso esperançoso da parte dela.

- Bem... filho...

- A Dylan não vai deixar você de novo, mamy? – intervém Yun Jing.

É a vez de a inglesa fitar a cineasta com aquela expressão lânguida.

- Não, Yun. Eu não vou deixar a sua mãe de novo – assegura e, por trás, se abraça à Helena.

- Finally! As coisas parecem todas no lugar – comemora a it girl. Todas concordam.

Depois dos últimos compromissos com os organizadores do San Francisco Lesbian and Gay Film Festival, o grupo segue até o aeroporto e então de volta para casa. O voo para Los Angeles leva, além das malas e troféus, diversos sonhos nas bagagens do pensamento de cada uma.

Separam-se no aeroporto.

 

Já é quase noite quando Alice e Emma chegam ao The Planet. A movimentação no site da L Magazine já é grande para assistir à entrevista com Al. Tina liga avisando que não vai poder ir. Jhonny está resfriado e precisa de atenção.

Liv e Shane, Mary e Marina aparecem e prestigiam a loira. A roteirista de Queen of night está nervosa, apesar de familiarizada com a situação. Mas o certo seria ela fazer a entrevista e não responder às perguntas.

As internautas fazer muitos questionamentos e o que era para durar cerca de 25 minutos acaba se estendendo a quase duas horas de conversa.

- Alice, você foi incrível – congratula Liv.

- Obrigada! – sorri orgulhosa e excitada.

- Quer dizer que teremos um próximo roteiro de Alice Pieszecki? – Marina quer a confirmação.

- Bom, não sei se já, mas quero sim escrever outras coisas. Isso se eu sobreviver à professora do curso de jornalismo colaborativo. Ela é quase uma megera – provoca a namorada.

- Quero registrar que apenas faço o meu trabalho – defende-se Emma.

- Pedir uma reportagem sobre network com enfoque diferenciado em 10 mil caracteres para duas semanas é um pouco demais, Em! – desabafa.

- Se você abrir os olhos, babe, verá que seu trabalho já está pronto – sugere a editora, misteriosa.

- Alice, você se importa se tivermos que ir? – Shane aponta para Liv e para si.

- Oh, não. Obrigada por terem vindo.

- Por que a pressa? – Mary finge indignação.

- Mom, Shane e eu temos um projeto para amanhã de manhã, precisamos arrumar algumas coisas e eu vou dormir na casa dela. Tudo bem?

- Apenas me ligue para dizer que está tudo bem.

- Ok.

A ruiva e a morena saem.

- Projeto para amanhã de manhã? – a editora da revista tenta adivinhar o que seria.

- Shane já foi melhor em arranjar desculpas para... – antes de terminar a frase, se dá conta da presença da sargento – Oh, desculpe, Mary, eu não...

- Tudo bem, Alice. Liv não é mais uma menininha. Aliás, há um bom tempo! – ri da expressão da loira.


Notas Finais


Casais... casais everywhere!


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