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História The L Word: 7 temporada - Lyre, lyre, hearts on fire - parte 3


Escrita por: brullf

Notas do Autor


Boa leitura, amoras!

Capítulo 47 - Lyre, lyre, hearts on fire - parte 3


Fanfic / Fanfiction The L Word: 7 temporada - Lyre, lyre, hearts on fire - parte 3

Quando a aurora começa a matizar o céu com tons mais claros de azul, Shane já está desperta arrumando seus equipamentos. Ela posiciona rebatedores de luz no chão onde sabe que os raios solares incidem. No quarto, Liv sente a textura das roupas selecionadas por ela para o ensaio. Os tecidos, em sua maioria translúcidos, foram peças trazidas de diversos países da Europa.

A figurinista elege seu preferido. Um vestido comprado na Irlanda que mistura as cores verde, roxo e azul, bem suaves. O modelo tem um corpete bem ajustado ao corpo que amarra na frente. O trançado começa na altura do umbigo e o laço termina nos seios, que pouco se escondem na claridade. A saia tem três camadas, solta, no meio das coxas, mas com pontas que vão até os joelhos.

Vestida de fada, Liv sobe. Junto com ela, chegam as primeiras luzes solares. Os raios são refletidos para cima e encontram nos cristais dos móbiles outros pontos de reflexão que criam pequenos arco-íris. As cores dos vidros inundam o sótão. Shane acende os incensos preferidos da namorada: maçã verde e jasmim. No aparelho de som de cima da escrivaninha afastada para maior espaço tocam músicas celta escolhidas pela it girl.

A morena pede que a ruiva fique à vontade.

- Imagine que você está num bosque – sugere.

- Eu estou em um – sorri a red fairy e toca numa asa de uma borboleta de cristal fazendo a luz dançar em sua face.

O verde dos olhos da jovem parece ainda mais intenso em meio à tanta luminosidade. Shane a admira por meio de suas lentes. Ajeita as configurações da câmera e passa aos primeiros cliques. Liv mostra-se numa postura etérea. Difícil não acreditar em fadas ao vê-la.

 

Bette e Tina se revezam nos cuidados com os filhos, Angélica está nos últimos dias de aula antes do recesso de Natal e final de ano. Jhonny está febril, resfriado. As duas se preocupam com a temperatura alta do filho, mas desta vez estão mais seguras quanto a como proceder nesse caso.

Alice e Emma seguem para a Universidade. A jornalista assiste às aulas que a doutora em New Journalism ministra. Mary e Marina saem para se exercitar. Kit e Sonny tomam café da manhã em casa. A sócia-proprietária do Hit Club e do The Planet tem uma reunião de negócios logo mais.

 

Na mansão Peabody, a família se reúne à mesa. O assunto é a viagem para a Inglaterra.

- Crianças, eu não posso ir – Dylan se sente doer com o olhar de mágoa de Wilson e Yun Jing – Preciso finalizar o filme para a estreia nos cinemas – justifica-se.

Helena quer ficar com os filhos, mas não deseja passar as datas longe de Dylan.

- Sweethearts, eu proponho que passemos Natal e Ano Novo aqui. As férias de inverno de vocês estão próximas. O período coincide com o casamento de sua outra mãe. Enquanto Winnie aproveita a lua de mel, vocês ficam na Inglaterra comigo – propõe lady Peabody.

Os dois se sondam em silêncio e concordam.

- Você vai com a gente, mamy? – anseia saber a mocinha.

- Não, honey. Não vou ao casamento da outra mãe de vocês – segura a mão da cineasta e recebe um carinho em resposta.

- E para a Inglaterra, mamy? – replica o rapazinho.

- Wilson, mamy precisa trabalhar aqui e não pode ir tão cedo em férias para a Inglaterra.

Peggy olha orgulhosa para sua herdeira.

- Mas nós sentimos falta de você – argumenta a menina.

- Amores, algo me diz que logo vocês passarão a ter mais tempo com sua mãe – profetiza Peggy Peabody.

Dy evita comentar e mais assiste a tudo, vendo renascer forte em si o antigo sonho de também ser mãe. Terminado o café da manhã, ela segue com Helena até sua casa. A diretora precisa trabalhar e a inglesa tem um encontro com sua sócia para tratar de negócios. Elas precisam de alguém para gerente do The Planet.

- Posso passar aqui mais tarde? – pergunta a empresária entre beijos.

- Estarei esperando você – garante a diretora com mais beijos.

 

Liv, envolta de luz, desamarra o corpete do vestido, vai tirando trançado por trançado. Shane acompanha os movimentos de perto. A ruiva deixa que o corpete vá afrouxando com seus movimentos. A fotógrafa ora aproxima, ora afasta o zoom. Tira várias fotos da mesma posição de sua modelo. Ela está encantada pelas variações de luz e as cores que aparecem nas fotografias.

A figurinista se acomoda em frente à janela e carrega consigo a prancheta de desenho. Ela pega um carvão próprio e se concentra na folha branca, a gravura manchada de lágrimas não existe mais ali. Como se seguindo uma melodia só ouvida por si, risca os primeiros traços e deixa a mão dançar em curvas, retas e ângulos compondo imagens.

 

Helena, Kit e Sonny chegam juntos ao The Planet. Os três seguem até o escritório.

- Posso deixá-las a sós se preferirem – oferece o transformista e DJ.

- Sonny, o que vamos conversar aqui não é nenhum segredo. Por favor, fique – sorri a inglesa.

- Babygirl, antes de passarmos aos negócios, eu quero saber tudo sobre San Francisco. Parece que os corações andaram se incendiando por lá – pisca a negra.

Peaboy amplia o sorriso.

- Dylan e eu voltamos. Liv e Shane também. E Mary e Marina estão juntas – enumera.

- Oh my goodness! Temos muito que comemorar amanhã – entusiasma-se a mais velha das irmãs Porter.

- Amanhã?

- No Hit, Helena. Pensamos em fazer a noite do Rainbow... Por causa das premiações no Festival. Estou preparando um set especial, com as trilhas sonoras mais marcantes do cinema remixadas – explica Benson.

- Ótimo! Vamos aos negócios?

- Girl, precisamos encontrar alguém para o Planet tão bom ou melhor que o Max. Alguma sugestão?

- Ninguém me ocorre... – lamenta a sócia.

- Babe, você comentou comigo que aquela amiga de vocês, a senhorita Ferrer se não me engano, já administrou o bar e café – lembra Sonny.

As sócias se estudam pensativas.

- Helena, eu sei que você não a conhece dessa época, mas eu estava aqui quando Marina era a dona do The Planet e foi ela quem fez o sucesso desse lugar. Eu apenas continuei e com você vieram muitas melhorias...

- E ela aceitaria? Quero dizer, Marina acabou de trabalhar na direção de um filme. O que será que ela quer fazer agora?

- Darling, você só vai saber se perguntar – pisca o intérprete de Sunset Boulevard.

- Ok. Será que ela poderia vir até aqui? – a inglesa está aberta a negociar com a artista.

- Vamos ver... – Kit pega o telefone e liga para a artista.

 

Alice e Emma saem da Universidade e procuram uma sala comercial para montarem a redação da L Magazine. Atualmente, a equipe fixa trabalha num cômodo da casa da editora. Com o crescimento de assinantes da revista, porém, há a necessidade de aumentar o quadro permanente e a redação atual não comporta a nova demanda.

- Quantas pessoas você pensa em contratar?

- A princípio três. Duas para editoração e uma jornalista. Acho que nossas colunas são ótimas. As colaborações e sugestões de pauta estão lotando o e-mail destinado isso. Preciso designar alguém para cuidar só dessa parte.

- Incrível como a sua ideia mobiliza pessoas e a qualidade que você conquistou está comprovada pelo aumento das vendas. A L Magazine recebe matérias de muitos países, as colaboradoras enviam fotos, vídeos...

- Sabe, babe, a ideia sempre foi abrir um canal de comunicação. Nós sabemos transformar textos e fatos em notícias, mas não podemos ser onipresentes. Acontece que alguém está onde não podemos. Eu sentia falta de um lugar aberto, voltado para o nosso público, onde as pessoas pudessem ler informações de qualidade, como também pudessem escrever, sugerir, criar.

- O site está sempre atualizado, se renovando e cada assinante pode escolher as matérias de sua edição. Isso é desafiador!

- Eu gosto de desafios – sorri Emma enquanto elas entram no escritório de uma imobiliária.

 

Bette se encontra preocupada em seu escritório. Tina ligou avisando que está com Jhonny no hospital. A febre dele não cede. A curadora lamenta, mas não pode sair no momento. A exposição de trabalhos de ex-alunos da Faculdade de Artes da Califórnia será aberta no dia seguinte para críticos e convidados. Em poucos minutos, Porter vai atender a imprensa, explicar as peças em exposição e responder a eventuais dúvidas.

A pediatra que atende Jhonny não está no plantão naquele momento.

- Ti, por favor, qualquer diagnóstico ou nova notícia, me avise de imediato.

- Ok.

Ouvir o choro insistente do filho perturba Bette. Jodi chega com alguns exemplares do catálogo pronto. A artista plástica elogia a impressão e o acabamento do material. Está feliz por ter sido convidada a abrir a exposição.

- Bette, o que está havendo? – pergunta ela usando a linguagem dos sinais.

- Jhonny está com febre. Tina foi com ele para o hospital e eu estou preocupada. A temperatura dele não abaixa – ela anda de um lado a outro da sala ao falar.

- Vocês já sabem o que ele tem?

- Ainda não. A princípio parece uma gripe muito forte, mas ele está tossindo muito. Passou a noite com febre, não conseguia dormir no berço. Ti e eu revezamos com ele no colo.

- Você parece abatida. Bom, ia perguntar da viagem, mas não vou tomar seu tempo.

- A viagem foi ótima, obrigada pelo conselho.

- Bette...

- Sim?

- Eu ainda não confio em minha nova intérprete. Será que você poderia estar ao meu lado amanhã na hora do meu discurso?

- Tem certeza? – a curadora se sente lisonjeada.

- Sim.

- Ok!

Mesmo observando os catálogos em sua mesa, a curadora não deixa de pensar no filho.

 

O The Planet tem sua nova gerente. Marina está feliz por voltar ao bar e café que já foi seu. Ela pede, porém, o prazo de alguns dias porque precisa resolver detalhes da edição do filme com Dylan. Kit e Helena concordam. A inglesa fica responsável por assumir a direção do lugar pela manhã.

Liv e Shane montam o estúdio fotográfico na antiga garagem. A ruiva está ansiosa para ver suas fotos. A namorada garante que estão maravilhosas. O quarto de revelação é o último a ficar pronto, mas Sha não se satisfaz até conseguir a escuridão total necessária para o processo.

Emma seleciona cinco imóveis na imobiliária e agenda as visitas. Alice está junto. Naquela tarde, elas conhecem três espaços e já descartam dois. No dia seguinte pretendem visitar os que faltam e fechar logo o contrato para o escolhido.

 

No final da tarde, Helena passa na casa de Dylan. A cineasta mostra algumas das novas cenas.

- Gostei das sugestões de Marina. Ela esteve aqui hoje – conta.

- Achei que modificou um pouco...

- Mexe no ritmo sim, mas acho que harmoniza com a história. Temos uma vibração a mais. O espetáculo, afinal, é um musical dançante, alegre. A carga dramática fica implícita nas sombras quando o protagonista aparece – justifica – O que você achou?

- Gostei. Mas não vou dar palpites em seu trabalho, já ouvi dizer por aí que é muito bem feito... Soube até que a senhorita ganhou um prêmio – brinca – Aliás, nem dei os parabéns pelo Rainbow, melhor diretora – puxa a cadeira e se senta no colo de Dy.

- Gostei mais dessa premiação do que do troféu – provoca.

- Amanhã teremos um evento especial no Hit Club – anuncia enquanto deixa as mãos massageando os cabelos de sua mulher.

- Do que se trata?

- Festa Rainbow. Vamos comemorar os prêmios que conquistamos com Lez Girls. E eu não quero ir sozinha... – sorri convidando.

- Bom, amanhã à noite...

- Algum problema?

- Não, não é nada... está tudo bem, vamos ao Hit.

Ah, aquele sorriso de Helena...

 

O casal Kennard-Porter passa outra madrugada em claro com o filho. Mais uma vez a febre de Jhonny não cede, apesar dos medicamentos receitados pelo médico que o atendeu.
 


Notas Finais


Ok, preciso confessar uma coisa pra vcs... o meu casal, sabe, aquele, que eu mais amava? Pois é... Helena e Dylan!


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