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História The Last Butterfly (Camren) - Capítulo 14


Escrita por: KordeiSapata

Notas do Autor


Hello people, voltei haha. Então, ontem atualizei Palácio então nada mais justo de hoje atualizar TLB. Vou falar a mesma coisa que disse na outra fic, estou no final do período e estou sem tempo de respirar. Juro que tentarei no intervalo de um trabalho/prova e outro postar as duas fics, mas as vezes será impossível. Haaaa, pra quem é louco em gostar da minha forma de escrever, estou com os planos de postar mais uma fic que farei uma adaptação para Camren, mas isso são cenas para os próximos capítulos. Link nas notas finais...

Enjoy ^^

Capítulo 15 - Capítulo 14


27/06/11

-Vamos, Chee. – Disse pela milésima vez. – Eu preciso ir logo ou eu perco o voo.

-Isso não seria uma má ideia. – Dinah disse saindo do banheiro com os olhos vermelhos.

-Você estava chorando, Dinah Jane? – Disse a lançando um olhar travesso. – Você não era a única pessoa que não se importaria com minha partida?

-E quem te disse que eu me importo? – Ela fingiu indiferença. – Pode colocando esse verbo no tempo certo, o correto é “você é a única pessoa” e não “era”. Ainda quer ser escritora...

-E esses olhos vermelhos? É de usar drogas?

-Talvez. – Ela disse e eu ri.

-Eu vou sentir tanta falta desse seu humor. – Disse sincera e pude vê-la chorando. – Não chora, CheeChee.

-Eu não quero que você vá, Chancho. – Ela disse chorando e eu a abracei. – Quem vai me encher o saco por eu deixar garrafa vazia na geladeira?

-Acho que a Normani é capaz de tomar o meu lugar. – Sorri fraco para ela.

-Acho que não, a voz dela não é tão chata quanto a sua. Vou sentir falta da sua voz cantando irritantemente no chuveiro.

-Eu prometo fazer chamadas por Skype para você sempre que for tomar banho, assim você irá me ouvir alcançar as notas mais incríveis. Pode ser?

-Não será a mesma coisa. – Ela disse embargado por conta do choro.

-Mas já é um começo, certo?

-Que seja. – Ela se afastou de mim e limpou os olhos retomando a sua postura normal. – O momento melancólico já passou, lembrei que não terei mais ninguém para roubar meus muffins e isso foi o suficiente para me deixar feliz novamente.

-Fico feliz em saber disso. – Disse sorrindo. – Agora vamos, Mani tem que passar na FIU antes de irmos para o aeroporto.

-Você quer conversar sobre o que aconteceu ontem a noite antes de irmos? Eu acho que será melhor para você.

-O melhor para mim será esquecer tudo que se diz respeito a Lauren Jauregui. – Disse e Dinah negou com a cabeça. – O que? É verdade, o melhor que eu posso fazer por mim é fingir que nesses seis meses eu não a conheci.

-Você sabe muito bem que isso não é o melhor, Chancho. Já ouviu a música nova da Florence and The Machine? – Ela me perguntou e eu neguei. – Pois escute, tem uma parte que se encaixa perfeitamente agora.

-E qual seria?

-“É difícil dançar com um demônio nas costas. Então, liberte-se dele.” – Ela disse e sorri fraco para mim. – Você não deve fingir que não a conheceu, mas sim tirar disso um aprendizado e tentar acertar as coisas antes que seja tarde demais. Isso sim seria se libertar de seu demônio, que no caso não é Lauren, mas sim o seu arrependimento por não ter feito nada.

-E quem te disse que eu possuo algum arrependimento?

-Você pode não ter ainda, mas um dia irá olhar para trás e se arrependerá de não ter lutado por ela. Você irá se arrepender de ser uma covarde e será tarde demais.

-Vamos! – Ouvimos Normani gritar da porta.

-Vou deixar do jeito que estar. Ontem eu decidi te ouvir e olha no que deu.

-Depois não diga que não lhe avisei. – Dinah beijou minha testa e se retirou para ajudar Mani com as malas.

Eu as vezes a odeio por que conhecer tão bem. É óbvio que eu me arrependo por ter deixado as coisas com Lauren assim, mas não me arrependo de ter falado o que falei. Como eu disse, eu sei que isso foi o melhor para ela, mas meu lado egoísta me faz remoer cada segundo o momento em que a perdi de vez. Uma hora eu sei que isso vai parar, neste meio tempo eu me limito a ouvir músicas que me lembram seu doce rosto e reviver os momentos que tivemos juntas em minha mente. Superar será difícil, mas acho que não será impossível. Isso somente o tempo me dirá.

Após nos colocarmos minhas malas no carro, entramos e fomos em direção a FIU. Hoje era segunda feira, então teria aula e isso me fez sentir um arrepio por meu corpo. A última coisa que queria naquele momento era me deparar com ela, principalmente por ser o dia de seu aniversário. Eu a dei um presente inesquecível e isso me deixava extremamente mal pois o presente que queria dá-la era completamente diferente. Queria algo inesquecível mas não no sentindo ruim da palavra, como era este o caso. Eu pedi aos céus com toda força que ainda me restava para eu não vê-la e torcia internamente para elas serem o suficiente para fazerem meu pedido ser atendido. Nós chegamos aos campus e Normani foi correndo a sala do reitor para resolver tudo logo e ir me levar ao aeroporto. Eu disse que não precisava correr pois meu voo só sairia no fim da tarde, a dando tempo o suficiente para resolver tudo o que precisava e eu de me despedir do pessoal.

Enquanto ela ia, Dinah e eu vimos Louis, Eliza, Alycia e mais alguns alunos do intercambio passando pelo enorme jardim que tinha bem na entrada do campus. Dinah praticamente me arrastou até onde eles estavam e eu somente queria ficar no carro pois quanto menos visível eu ficasse, menor seria a chance de encontrá-la, mas obviamente eu tinha Dinah Jane Hansen ao meu lado e isso seria ignorado com sucesso. Nós chegamos onde eles estavam e Dinah começou a falar para todos que eu estava indo embora hoje e eles me olharam tristes. Louis disse que eles estavam indo para o auditório, onde ocorreria uma espécie de correio musical e nós chamou para nos juntarmos a eles.

-Então, seu voo parte que horas? – Louis disse.

-No fim da tarde.

-Então ainda temos um tempo para uma música de despedida. – Ele disse animado. – Mila, vamos para o palco conosco pois eu amei sua voz. Já considerou em estudar em Juilliard? 

-Já sim, mas lá não tem literatura, então...

-Mude para Artes. – Ele disse animado e eu ri. – Você se daria muito bem, sabia?

-Obrigada pelo convite, mas eu sou apaixonada por minha escolha. – Disse sorrindo e ele revirou os olhos, mas sorriu ao final. – Então, como isso aqui funciona?

-Você vai ficar aqui nos bastidores e alguém virá fazer um pedido musical e nós o entregaremos anonimamente. Nós fazemos isso todos os anos. – Henrique, um dos alunos de Juilliard, que estava com uma bateria acústica, disse.

-Então nós seremos praticamente um cupido musical? – Disse e eles sorriram concordando. – Legal, isso parece até um episódio de Glee.

-E de onde você acha que tiramos a ideia? – Louis disse e eu ri. – Vamos, nós já temos o primeiro pedido.

Ele caminhou até o centro do palco e parou a música que estava tocando. No auditório acontecia uma espécie de festa de despedida pois hoje era o dia em que as pessoas olhariam seus resultados dos exames finais e saberiam se passaram direto ou ficaram pendentes em alguma matéria. Era, teoricamente, o último dia dos formandos na FIU e eles jamais perderiam uma oportunidade de festejar seja lá o que fosse. Se tem algo que aprendi sobre aqueles universitários, era que eles amavam uma festa. Nós entramos no palco e, após eu saber do pedido, tomei o violão em mãos e logo me preparei para tocar.

Estava olhando um ponto fixo quando eu a vi se aproximar do palco com Ally. Ela estava com o semblante tão triste, seus olhos e nariz estavam vermelhos e, quando ela me viu, quis virar e ir embora, mas Ally a segurou e sussurrou algo em seu ouvido a fazendo suspirar e voltar a andar na direção do palco. Ela não olhou para mim um segundo sequer e eu somente me amaldiçoava por ter feito isso com ela. Louis sentou-se na banqueta do piano, ajeitou o microfone no pedestal que tinha ali e pigarreou para chamar a atenção de todos.

-Senhoras e senhores, sinto muito atrapalhar a festa de vocês, mas nós temos um pedido para ser entregue. – Ele disse e a plateia começou a gritar um “uhull” e isso me fez rir. Ele pegou um bilhete que eu logo deduzi ser algo que a pessoa anotou para ele ler. – “Eu queria te agradecer por ter sido tão babaca comigo pois é graças a isso que hoje em dia eu tenho amor próprio. Um dia eu sei que você irá querer voltar para mim percebendo a besteira que você fez em sua vida, mas eu não estarei mais aqui para você. Na verdade eu já não estou, tenha uma ótima vida seu babaca.” Essa é para você, Brad.

 Louis fez sinal de positivo para nós e logo começou a tocar. Eu amava aquela música pois ela fazia parte do meu seriado favorito, Gives You Hell definitivamente marcou a história de Glee, e saber que eu iria toca-la na frente de todos me animou bastante. Samantha Harvey, uma das intercambistas, começou a cantar com o maior sorriso irônico possível e eu não evitei de rir da situação enquanto tocava. Quando ela chegou ao refrão, ela desceu e parou de frente a um rapaz que, a julgar por sua cara, era o tal Brad. Ele tentou fugir, mas as pessoas que estavam a seu redor o impediram e ela ficou assim cantando de frente para ele. Ele tinha sua expressão de vergonha enquanto as outras pessoas estavam apreciando a vergonha alheia.

A música acabou e todo mundo começou a gritar em forma de comemoração enquanto o tal Brad estava extremamente envergonhado. Nós saímos do palco e a setlist do DJ voltou a tocar e o pessoal a dançar. Lauren e Ally se perderam no meio da multidão, o que para mim de certa forma foi bom pois eu não aguentaria olha-la daquela forma por muito tempo sem me jogar em seus braços e lhe dar vários motivos para desistir de Lucy e ficar comigo.

Da noite passada para hoje, eu pensei bastante sobre os últimos meses e eu cheguei a uma conclusão. Eu não sou conhecida por me entregar a alguém de corpo e alma, eu não consigo ser totalmente honesta quando se diz respeito a algo que sinto. A verdade é que eu preciso aprender mais sobre mim mesma e Lauren não merece ficar com alguém que é incapaz de se auto conhecer. Eu sei que se eu me entregasse a ela naquele momento, nós duas iriamos nos arrepender no futuro pois eu ainda preciso aprender tanta coisa. Não seria certo com ela, eu não seria egoísta a tal ponto.

Pode parecer que eu sou louca, mas eu a amo e é por isso que decidi me afastar assim. Não seria justo ou ético de minha parte deixar que ela se entregasse a alguém que seria incapaz de fazer isso com ela. Entretanto, vê-la daquela forma e imaginar que fui eu que fiz isso com ela, me parte o coração somente de lembrar, mas eu preciso ser forte. Eu preciso melhorar internamente antes de tentar ter algo com alguém. Eu preciso ter alguma coisa para dar e foi pensando isso que a música perfeita veio em minha mente.

Fui até onde Louis e Samantha estavam, lhes disse a música que queria e entreguei a Louis um pequeno pedaço de papel. Ele me olhou confuso e eu o pedi que não fizesse perguntas, somente fizesse o que lhe pedi e ele concordou. Os dois foram até o centro do palco e a música mais uma vez sessou. Todos os olharam atentos e eu não aguentei ficar ali nos bastidores. Eu sai correndo para o mais longe possível do palco, mas me arrependi logo assim que meus olhos encontraram os meus verdes favoritos. Eu preferi não olha-la, mas obviamente meu corpo não me ouviu e meus olhos ficaram a fitando atentamente durante todo o momento que se passou após minha chegada enquanto ela nem ao menos notou isso.

-E temos mais um pedido. – Louis disse após voltar se sentar no banquete e Samantha se posicionou no centro do palco. – Dessa vez faremos um pouco diferente, a mensagem anônima será transmitida ao final da música e é por isso que eu sugiro que todos prestem atenção na letra pois ela pode estar sendo destinada a você...

Samantha começou a cantar a música e meu coração acelerou com a expressão de Lauren. Ela logo identificou que a letra era para ela, afinal, como ela não saberia que I Will Always Love You seria para ela? Louis começou a tocar e eu estava me segurando muito para não chorar pois não queria que as pessoas pensassem que eu era a pessoa anônima, e com pessoas queria dizer Lucy caso ela estivesse por ali e me visse. Lauren saber não tinha o menor problema, na verdade era exatamente esse o objetivo, ela saber o que assola minha mente e quem sabe me compreender e me perdoar.

A música foi desenrolando e cada vez mais eu tinha certeza que a mensagem estava sendo entregue a ela. Samantha estava no segundo refrão e eu já não impedia as lagrimas de descerem por meu rosto. Instintivamente eu caminhei até ela e parei a sua esquerda, perto o suficiente para olha-la, mas longe o suficiente para não ser notada e me controlava para não submeter-me ao súbito desejo que eu tinha de toca-la. Eu jamais imaginei que esta música, que eu cresci ouvindo por conta de mama, teria tamanho significado para mim. Eu posso jurar que quando essa música foi escrita, a pessoa estava olhando para mim naquele momento.

-I hope life treats you kind, and I hope you’ll have all you dreamed of. And I wished you joy and happiness. But above all this, I wish you love. - Eu cantei esta última parte lutando para parar de derramar lagrimas. A veracidade com a qual eu cantava essa parte e o fato de eu me identificar totalmente com a letra tornava tal ato praticamente impossível. Quando Samantha cantou, Lauren soltou um riso irônico e negou com a cabeça. Provavelmente ela me achou uma hipócrita ou algo assim. Um dia eu digo que não a amo, que ela deve voltar para sua noiva e no outro eu digo que eu a amo e que sempre irei amar. – And I... will Always love you...

Eu não aguentei mais falar absolutamente nada, comecei a soluçar em imaginar que eu tinha deixado a pessoa que me faria feliz ir. Eu não voltaria atrás, era o melhor para ela e eu sabia disso. Deferia ser forte por ela, eu precisava ser forte por sua felicidade ou jamais perdoaria a mim mesmo por ser tão egoísta. Eu sei que um dia ela entenderá isso e irá me agradecer, um dia ela irá perceber que nós ficarmos juntas não era o certo naquele momento.

-Isso foi bem profundo. – Louis disse ao fim da música. – Agora, a parte que todos esperavam... – Ele pegou o papel que o dei e pigarreou antes de começar a ler. Lauren começou a rolar o olho pelo local e aquilo que eu menos queria aconteceu, seu olhar se encontrou ao meu.  – “Diferentemente do que foi-me pedido, eu não lhe darei um motivo para que você desista de algo por mim, eu lhe darei um motivo para você acreditar que aquilo que eu disse antes era mentira. Este não é o momento para que lutemos por um “nós”, mas eu espero que você preste atenção nesta letra e entenda que, se ele realmente for destinado a acontecer, ele irá acontecer não importando o tempo que passe. Antes de entregar meu coração a você, eu preciso aprender a como faze-lo primeiro. Eu não te peço que pare sua vida por mim, pelo contrário, eu peço que você viva intensamente e, se assim você desejar, se permita tentar construir uma vida com outra pessoa. Eu não me preocupo com isso pois eu sei que, se nós de fato fomos feitas uma para outra, nosso amor será eterno e em algum momento nós ficaremos juntas. “Em cada pedaço de mim, sempre haverá um pedaço de você.” Cada vez que você duvidar que eu lhe amo, lembre-se desta frase, eu lhe imploro. Nós esbarramos pela vida, meu eterno amor.” – Louis terminou a frase e Lauren me olhava e eu pude perceber que seus olhos estavam vermelhos. Eu me aproximei mais dela e mexi meus lábios falando um “Eu sempre irei te amar pois eu para sempre serei sua...” e ela nada falou, apenas saiu correndo dali sem olhar para trás. – De volta a festa!

Eu sequei minhas lagrimas e voltei para os bastidores. Lá estavam Dinah, Ally, Normani, Louis, Eliza, Alycia e todos os outros intercambistas. Era a hora da despedida. As meninas iriam comigo até o aeroporto, mas os outros não. Eu me despedi de cada um deles e troquei contato com alguns. Eliza e Alycia me fizeram prometer que as mandaria mensagens todos os dias e ela disseram que qualquer dia apareceriam por Havana. Eu sentirei falta delas, como já havia dito antes, elas são ótimas pessoas. Louis me deu o número de seu celular pois nós iriamos conversar sobre um possível intercambio entre o programa de Artes da Universidade de Havana e do de Juilliard, quem sabe não dá tudo certo e ele vai para Havana? Confesso que seria ótimo.

Após isso nós quatro fomos para o carro de Mani. Dinah perguntou se eu estava bem e rapidamente afirmei, o que não era mentira, as três sabiam que a música foi uma mensagem minha para Lauren. Rapidamente nós chegamos no aeroporto e Dinah foi correndo a um restaurante que tinha ali pois ela não havia comido nada o dia todo. Nós almoçamos em meio a conversar e brincadeiras, mas o clima pesado entre Ally e eu era mais do que perceptível. Dinah me olhava com uma cara de preocupação enquanto Ally me olhava com uma expressão séria. Eu não a culpo, se alguém tivesse feito isso com Dinah ou Hazza eu agiria da mesma forma.

Nós terminamos de comer e, convenientemente, a hora do meu voo finalmente havia chegado. Nós caminhamos em silencio até a ala do embarque em silencio. Quando chegamos lá, nós nos olhamos e todas tinham lagrimas nos olhos. Eu já sinto a falta delas, essas meninas se tornaram extremamente importantes para mim. Eu as amava e isso não era segredo para ninguém. Mani me abraçou e começou a chorar, eu acariciava suas costas na tentativa de consola-la e obviamente isso foi em vão.

-Eu vou sentir muito sua falta. – Ela disse se afastando um pouco para olhar para mim. – Você definitivamente foi a melhor intercambistas que recebemos em casa, por favor não suma de minha vida, Mila.

-Eu não irei, nós iremos nos falar todos dos dias. – Disse sorrindo para ela, que retribuiu ainda chorando. – Ally, eu queria te pedir desculpas por...

-Não tem o que desculpar, Mila. Você fez o que era melhor para vocês duas e com o tempo ela verá dessa forma também. Eu sei que vocês duas ainda ficarão juntas.  – Ela me abraçou e eu sorri aliviada. – Que Deus lhe acompanhe e que você faça uma ótima viagem. Quando chegar em casa me avise, saiba que você fará muita falta.

-Obrigada por tudo, Ally. – Disse e chegou a pior parte para mim. – CheeChee...

-Só me abraça, Chancho. – Ela disse se jogando em meus braços e eu comecei a chorar. – Você não tinha o direito de se tornar importante para mim e ir embora. Saiba que eu irei me vingar por você me fazer chorar igual a um bebê no meio do aeroporto, eu tenho uma reputação a zelar...

-Eu disse que até o final desses meses você iria me amar. – Disse sorrindo. – Eu te amo, CheeChee.

-Eu também te amo, Chancho. Saiba que eu sempre estarei com você, mesmo que não seja fisicamente. Você é definitivamente minha melhor amiga e eu jamais irei abrir mão de tê-la em minha vida.

-Você também, Chee. Não ouse em me esquecer ou eu juro que pego um avião para te bater.

-Última chamada para o voo 293 com destino a Havana.

-Bom, essa é a minha deixa. – Disse me afastando de Dinah. – Obrigada por tudo meninas, vocês não tem ideia do quão importantes são para mim. Eu amo vocês. – Peguei o violão que estava a meu lado, abri a capa, coloquei um papelzinho dentro dele e o entreguei a Ally. – Entregue para ela, por favor.

-Pode deixar, Mila. – Ally disse sorrindo docemente para mim.

-Nós vemos em breve. – Disse e comecei a andar para embarcar.

Eu sentirei falta delas, de Miami, da vida que construí ali. Eu jamais imaginei que nesta viagem conheceria as melhores amigas que eu poderia ter ou muito menos que conheceria o amor. Entrei no avião e sai de Miami com uma certeza em relação a nós duas, se nós estivermos destinadas a ficarmos juntas, não importa o tempo que passe, nós ficaremos. Por hora nós devemos seguir nossos próprios caminhos e amadurecermos. Algo bem no fundo, me diz que nossa história ainda não acabou, pelo contrário, ela somente começou e eu usarei essa pequena esperança para me fazer suportar as noites sombrias onde eu estarei sofrendo por não tê-la.

Fechei meus olhos e me lembrei do que estava escrito no papel que coloquei no violão, era minha citação favorita de um de meus livros favoritos. Eu me deixei levar pelo sono e fiquei pensando em rever meus pais, Sofi e Hazza, eu sentia muita a falta deles. Eu precisaria de tempo para me acostumar com minha vida antiga, mas eu estava disposta a me adaptar as mudanças que eu teria que sofrer. Afinal, nada permanece o mesmo, tudo é permeável. E foi com esses pensamentos que adormeci.

“” A razão pela qual dói tanto nos separarmos é porque nossas almas estão ligadas. Talvez, sempre tenham sido assim e para sempre serão. Talvez, tenhamos vivido mil vidas antes desta, e em todas elas tenhamos nos encontrado. E talvez, em cada uma delas tenhamos sido obrigados a nos separarmos pelos mesmos motivos. Isso significa que esta despedida é, ao mesmo tempo, um adeus pelos últimos dez mil anos e um preludio do que virá.” “Não tinha terminado, ainda não terminou… “

 

Nós vemos daqui a dez mil anos, Lolo.”


Notas Finais


https://www.youtube.com/watch?v=4LhoLxOIv3E
O que acharam? Até a próxima :)


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