1. Spirit Fanfics >
  2. The Last Butterfly (Camren) >
  3. Capítulo 15

História The Last Butterfly (Camren) - Capítulo 15


Escrita por: KordeiSapata

Notas do Autor


Volteeeei e dessa vez de férias \o/
Agora terei tempo para me dicar as duas fanfics e a nova que, como disse, estou adaptando. Espero que gostem desse capitulo...

Enjoy ^^

Capítulo 16 - Capítulo 15


04/04/12

Passaram-se dez meses desde que voltei de Miami e as coisas não poderiam ser melhores, profissionalmente falando. Finalmente consegui meu diploma e um estágio na sede da Pearson em Havana. O que começou com um estágio acadêmico, virou um emprego fixo e agora eu sou revisora dos capítulos dos livros que a editora irá publicar. Eu gosto de trabalhar lá, eu sou paga para ler, muito bem paga por sinal, e o corpo trabalhista de lá é composto por pessoas incríveis. Bom, nem todo ele, já que Ariana entrou como estagiaria. Eu não troco uma palavra se quer com ela a não ser que seja extremamente necessário, preciso ser profissional, certo? Hazza está dando aula em um colégio, este sempre foi seu sonho.

Eu tenho tanto para contar, tantas coisas aconteceram nesses últimos meses, por isso irei resumir ao máximo. Na noite em que voltei para Cuba, eu fiquei muito mal, sentia falta das meninas, mas principalmente dela. Eu me sentia aliviada por estar com minha família novamente, mas imaginar que não veria aquele par de olhos que eu sou viciada me doía bastante. Na verdade ainda dói. Durante os três primeiros meses eu me perdi totalmente, mas a primeira semana foi a mais difícil. Eu quase não dormia, só comia porque meus pais e Hazza me obrigavam e eu não saia de casa. Faltei todos os dias na universidade e só voltei pois Harry disse que seria estupidez demais de minha parte reprovar no último período. Ele estava certo e decidi voltar a frequentar as aulas, o que para mim foi uma grande tormenta pois tudo naquele lugar me fazia lembrar dela.

Quando voltei, eu cheguei a comentar com Hazza o que eu queria fazer entre nossos alunos de artes e o de Juilliard e ele fez acontecer. No meu terceiro mês aqui o intercambio musical aconteceu. Louis e outros alunos vieram para Havana e eu devo exaltar que ele e Harry se deram muito bem, na verdade até demais. Nesse tempo em que ele ficou aqui, eles ficaram todos os dias e até hoje trocam mensagens. Conhecendo Hazza do jeito que o conheço, algo está começando a surgir entre os dois, mas Harry jamais admitiria isso para mim antes de saber ao certo o que era. Nós somos bem parecidos nesse aspecto, a diferença é que ele quando descobre o que é, se entrega a pessoa e eu fujo. Ele aparentemente é mais maduro e corajoso que eu. Eu realmente espero que dê tudo certo entre eles, Louis é uma pessoa incrível e eu sei que ele e Harry seriam muitos felizes juntos. Harry merece arrumar alguém que o faça sentir especial todos os dias e eu sei que Louis pode ser essa pessoa.

Eu e as meninas ficamos um bom tempo sem nos falarmos. Eu não conseguia falar com elas por conta da enorme depressão que me encontrava e somente no segundo mês desde minha volta eu finalmente comecei a trocar mensagens com as meninas. Me desculpei por quase não ter dado sinal de vida nos últimos tempos e elas compreenderam que eu precisava de um tempo para me recuperar. Elas, em nenhuma momento, tocavam no nome dela, e eu as agradecia imensamente por isso. Somente no terceiro mês que isso mudou. Eu estava conversando com Dinah por Skype e nisso Ally entrou no quarto extremamente nervosa e isso me deixou preocupada com ela, foi por isso que perguntei a ela o que tinha acontecido e ela sentou-se ao lado de Dinah para contar o ocorrido.

-Eu tinha ido até a universidade pegar o meu diploma e deixei meu celular dentro do carro. –Ally começou a contar. – Quando eu voltei, o peguei e vi cinco chamadas perdidas de Lauren e eu achei aquilo estranho, mas preferi não retornar, somente dirigi o mais rápido possível para casa. Quando cheguei lá, vi que estava sozinha e que tinha algumas coisas reviradas, estranhei e fui até o quarto dela e percebi que estava vazio. Suas roupas não estavam mais no armário, suas coisas tinham sumido, e eu obviamente me desesperei. Eu sai correndo para a sala e fui pegar a chave do carro novamente, que eu tinha jogado na nossa mesa de centro, quando vi um papel com sua caligrafia nele. Estava escrito que ela precisava sair um pouco da cidade pois ela precisava resolver algo que seu coração implorava, disse que não era para me preocupar e que assim que possível ela me mandaria uma mensagem me dizendo o que estava fazendo. Eu achei que era alguma brincadeira dela e por isso vim aqui, mas pelo visto ela realmente foi embora.

Ally me falou e eu devo admitir que naquele momento meu coração se encheu de esperanças. Algo que dizia que isso, de certa forma, se referia a mim e isto foi o suficiente para me fazer sentir que algo estava para acontecer. No dia seguinte a ligação, quando cheguei da faculdade, mama me disse que uma pessoa tinha vindo me procurar e, como não estava, deixou o número do hotel que ficaria hospedada nos últimos três dias e o número de seu quarto. Eu corri até a cozinha e liguei para o numero deixado na esperança de ter sido ela. Quando a ligação foi transferida, eu senti lagrimas descerem por todo meu rosto, meu coração se partiu novamente, se isso fosse possível. Era a voz de Shawn que soou do outro lado da linha, ele tinha vindo para Havana resolver umas coisas na filial da empresa de seu pai e aproveitou para me ver. Nós saímos nos dias que ele ficou aqui, mas nada entre nós aconteceu, realmente viramos somente amigos. Alguns dias depois eu descobri que Lauren na verdade tinha ido visitar seus pais na Carolina do Norte.

 Sobre as meninas: Dinah está saindo com um enfermeiro do hospital em que Ally está fazendo sua residência. Ela disse que não é nada sério entre eles e que prefere deixar as coisas assim. Ela conseguiu um emprego como administradora da Fredric Snitzer Gallery e eu não poderia estar mais feliz por ela. Normani começou a trabalhar no hospital Ronald Reagan Medical Center que é o centro de atendimento da UCLA e por isso está morando em Los Angeles. Pelo o que Ally me contou, ela iniciou sua residência no Mercy Hospital e, pelo o que eu entendi, Lauren está lá também. Ela me disse que sente uma enorme vontade se tornar cirurgiã cardíaca, mas lá as oportunidades são menores e por isso elas estão esperando a resposta de um outro hospital. Segundo ela isso pode variar de meses a anos, mas ela alega que elas possuem tempo de sobra ainda para esperar. Afinal são cinco anos de residência e ela estão para completar o primeiro ainda.

Mama e Papa perceberam que eu estou diferente desde minha volta. Entretanto, foram nos primeiros três meses que suas preocupações alcançaram o ápice. Eles tentavam a todo custo me fazer falar o que tinha acontecido lá, perguntavam sempre se alguém tinha me feito algo e eu sempre negava, o que os deixava mais preocupados. Durante uma noite, quando eu cheguei da universidade, mama e papa estavam me esperando em meu quarto e disseram que eu só sairia de lá quando os contasse de fato o que tinha acontecido. Eu tentei fugir, não queria contar a eles o real motivo, mas é claro que não consegui.

-Você sabe que pode nos contar tudo. – Papa me disse.

-Eu sei que sim, mas eu não acho que seja uma boa ideia falar sobre isso com vocês.

-Tudo bem, quem é a pessoa que você conheceu lá? – Mama disse e eu a olhei incrédula, essa mulher me conhece muito bem.

-Como a senhora sabe?

-Anos de prática. – Ela deu de ombros. – Agora conte para nós, hija.

-Sim, eu conheci uma pessoa nessa viagem, nós ficamos algumas vezes, mas foi somente isso.

-E você se apaixonou, certo? – Papa perguntou.

-Sim. Infelizmente não consegui fazer com que o sentimento sumisse. Eu juro que tentei, mas foi mais forte do que eu.

-E essa pessoa seria aquele rapaz que esteve aqui?

-Não, papa. Por mais difícil que seja para você entender isso, Shawn e eu somos somente amigos, eu já fiquei com ele sim, mas foi para tentar parar de sentir o que sinto pela outra pessoa.

-E essa outra pessoa seria aquela menina dos olhos verdes? – Mama disse e eu a olhei incrédula novamente. – Como eu disse, são anos de prática.

-É ela? – Papa perguntou e eu acenei positivamente. – Tudo bem, eu preciso de um tempo para digerir isso tudo.

-Me apaixonar por uma menina, ainda mais uma comprometida, não estava nos meus planos. Eu lhe garanto, papa.

-O que preciso digerir não é somente o fato dela ser uma menina, mas também de você ter se apaixonado e ter chegado onde chegou. Você lembra do que eu lhe disse antes de embarcar para Miami? A viagem te transformaria e cabia a você decidir se seria para o bem ou para o mal. Hija, olha só para você, desde que voltou você não é a mesma e todos nós que te amamos estamos preocupados. Você acha que isso seria reação de alguma mudança boa? Você só sai desse quarto para ir para a universidade e olhe lá. Vive chorando, sabemos disso pois seus olhos estão sempre vermelhos e inchados, as olheiras em seus olhos indicam que você mal dorme, só se alimenta quando ficamos no seu pé e desde que voltou mal conversa. Você precisa entender que essas coisas acontecem, nós nos apaixonamos e as vezes as coisas não acontecem conforme planejamos, mas isso serve como forma de amadurecimento para nós. Não podemos simplesmente nos trancarmos para as coisas só porque algo que sentimos não é correspondido.

-O problema é que é correspondido, papa. – Disse já chorando. – Uma noite antes de eu voltar, ela disse que se eu a desse um motivo ela largaria a namorada e ficaria comigo, mas eu menti e disse que não a amava.

-E por que você fez isso, hija? – Mama perguntou afogando meus cabelos.

-Porque eu não era a única que ocupava seu coração. Eu não conseguiria ficar com ela sabendo que ela ainda sentia alguma coisa pela “ex”. Me conhecendo do jeito que me conheço, eu não conseguiria me entregar ao relacionamento por medo de a qualquer momento ela me largar para ficar com a outra. Eu precisava de um tempo para amadurecer, para aprender a correr risco, e ela para por a cabeça no lugar. Nós duas precisávamos de um tempo para pensar, eu sei disso, e foi por isso que eu preferi falar que não a amava, mas eu a amo. A verdade é que eu amo Lauren Jauregui e eu sei que o nosso tipo de amor é aquele que só encontramos uma vez na vida. Eu tenho tanto medo de saber que ela se casou, que ela me esqueceu ou que nunca de fato sentiu algo por mim. Eu tenho medo de que tudo o que ela disse sentir, não passe de uma ilusão.

-Você precisa correr riscos, hija. – Mama disse me abraçando e eu chorava em seus braços. – O amor não é um jogo fácil e na maioria das vezes nós saímos perdendo, mas o que realmente importa é o jogo. Pensa, quando você ler um livro, o que realmente importa? A introdução, a conclusão ou o desenvolvimento?

-O desenvolvimento.

-E é exatamente assim na vida. O que realmente importa, onde estão as coisas que nos trazem felicidade, prazer e aprendizado, se encontra no desenvolvimento. É com ele que você precisa se preocupar em viver e a única forma de fazer isso, é correndo riscos. Você não sabe como a história irá terminar, mas você precisa correr o risco mesmo assim pois no fim das contas, não importa a conclusão, o desenvolvimento sempre vale a pena.

-É o desenvolvimento que vai ditar se no final você será uma pessoa boa ou má. – Papa complementou. – Não veja isso como um final, veja como um “até breve”, afinal nós nunca sabemos quando uma história realmente termina. Como diria sua abuela, nós podemos não saber o que o futuro nós reservar, mas sabemos que ele já estava escrito muito antes de nós.

Eu na hora não entendia, mas eu precisava ter essa conversa com eles, pois foi graças a ela que eu tive melhoras significativas em minha vida. Depois dessa conversa eles decidiram que eu tinha que procurar ajuda de um médico. Eu me recusei, mas eles me obrigaram e eu os agradeço por isso. No começo foi difícil de me abrir com ela, a ideia de ter uma desconhecida sabendo dos meros detalhes de minha vida me incomodava, mas hoje eu conto tudo a ela sem ao menos perceber.

Durante uma sessão eu a disse que, durante a viagem, acabei desenvolvendo o habito de escrever sobre como tinha sido o meu dia, mas parei no momento em que voltei para casa. Eu a expliquei que não tinha mais vontade de fazer isso, que eu mal chegava perto das anotações que foram feitas enquanto estava em Miami e ela me perguntou o que eu escrevia. No começo eu achei a pergunta um tanto quando idiota, mas depois entendi o que ela queria dizer.

Era ela, eu sempre escrevia sobre ela, e foi exatamente por isso que eu parei de escrever. Eu não a tinha mais e por isso não via mais sentindo em escrever algo. Doutora Philips me disse que seria um passo enorme se eu começasse a ter o habito novamente e eu discordei dela. Eu me recusei a tentar por exatos cinco meses, mas agora eu percebo que isso seria importante para mim. Se eu conseguir escrever algo, mesmo que seja sobre ela, significa que eu estou lidando melhor com a situação e, além disso, escrever sobre meu dia me ajudaria a descarregar as tensões que o cotidiano me proporciona. Por isso decidi começar novamente.

Eu ainda estou no processo de reabilitação, vamos dizer assim, mas eu estou bem melhor. Acho que eu não ter mais contato algum com ela tem ajudado nesse processo. Eu não sei de mais nada sobre ela, como eu disse, as meninas não falam comigo sobre isso, a última notícia que tive dela foi naquele dia em que falei com Ally. Eu penso nela todos os dias, diferentemente do que eu pensava, o que eu sinto por ela não passou, pelo contrário, tem se tornado mais forte. Às vezes me pego pensando em ligar para ela, ou mandar uma mensagem, mas logo trato de expulsar tais pensamentos. Afinal, se ela não me procurou até hoje é porque ela não sente minha falta.

Vai ver ela está de casamento marcado e eu aparecer iria somente desenterrar um passado doloroso ou algo assim. Eu agora consigo perceber as coisas que aconteceram entre nós com mais clareza, não é a toa que dizem que quando o acontecimento passa que conseguimos lidar melhor com ele. Hoje, quando paro para analisar os fatos transcorridos, percebo que estávamos fadadas a fracassar. Não estou falando de forma negativa, estou falando de forma realista. O jeito que começamos nos proporcionou isso, não poderíamos fazer nada para evitar, seriamos um fracasso eminente.

Em alguns momentos desses meses, me peguei pensando que eu fui completamente imatura e que eu fui a única responsável por isso, mas agora eu percebo que não. Eu creio que pela primeira vez em minha vida eu agi de forma sincera e correta com meu coração, eu não gostaria de começar um relacionamento daquela forma. O problema não era Lucy, nunca foi, o problema é que tanto eu quanto Lauren nós deixamos levar pelo calor do momento. Doutora Philips me diz que, quando agimos impulsivamente, nos arrependemos depois e temos como resultados coisas catastróficas. Eu não quero que meu relacionamento com Lauren seja algo ruim, eu quero que ele seja bom e certo.

Eu sei que nós estamos ligadas uma a outra, algo dentro de meu peito grita por isso. Eu precisei de dez meses para entender que nosso destino já estava escrito, que nós iremos ficar juntas no final das contas. Quando eu era pequena, mama que contava uma história que eu sempre achei linda. Era uma antiga lenda, não sabemos de que povo era pois ela é contada de geração em geração e o registro de seu surgimento se perdeu com o tempo. Aposto que qualquer ser humano já ouviu falar sobre a lenda do sol e da lua.

A lenda conta que, no início de tudo, o sol e a lua viviam um romance puro e intenso. Deus, após criar tudo o que conhecemos, estava prestes a dar o último toque restante, a luz. Por isso foi decidido que o sol iluminaria o dia e a lua a noite, ocasionando a separação iminente dos dois. O que eu acho mais lindo nisso tudo, é que era evidente o sofrimento do sol por ter que se separar de seu grande amor, mas mesmo assim ele decidiu ser forte pela lua. Ele pediu a Deus que arrumasse alguém para cuidar dela, pois a lua era amorosa demais para aguentar ficar sozinha, e por isso Deus criou as estrelas, mas isso não era o suficiente para fazer com que a tristeza da lua diminuísse. Ela queria seu amor, ela queria o sol.

Deus, em sua infinita bondade, decidiu que nenhuma amor seria de um todo impossível e por isso criou um único dia em que os dois poderiam viver o amor, Deus criou o eclipse. E agora, ambos vivem a espera desde único dia chegar, dia esse que demora anos para acontecer, mas eles esperam pois o amor deles é forte o suficiente para os fazerem suportar a dor de ficarem separados por tanto tempo. Eu sei que o nosso dia de eclipse está para acontecer, e assim como o sol, eu vivo para este momento.

Quando eu ouvia essa história, sempre a achei incrível pelo simples fato de um amor impossível se tornar possível, por nem mesmo a distância ser capaz de fazer com que o sentimento dos dois diminuísse. Eu sempre achei incrível o fato do sol tentar ser forte pela lua, eu imagino que ele também estava sentindo-se triste e solitário, mas ele preferiu pedir a Deus que cuidasse de seu amor. Estas coisas sempre me impressionaram por eu sempre querer alguém assim e eu sinto que eu finalmente encontrei. Esses dias estava refletindo e percebi a pequena semelhança que esta lenda tinha com a nossa história, nosso amor estava fadado a ser denominado de impossível desde o começo. Acontece que Deus decidiu que nenhum amor seria de um todo impossível, e eu agora estou à espera do único momento que eu terei para ama-la. Eu estou à espera do momento que verei a minha lua novamente. 


Notas Finais


O que acharam? Até a próxima :)


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...