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História The Last Butterfly (Camren) - Capitulo 19


Escrita por: KordeiSapata

Notas do Autor


Olha quem voltou? \o/
Eu não desisti da fic, tanto que to escrevendo um capitulo nesse momento, eu só estava tentando terminar a minha outra como tinha dito. Bom, gente, esse capitulo é um dos meus favoritos e espero que seja um do de vocês também. O filme citado nele é Ritmo Quente, com o lindo do Patrick Swayze e Jennifer Grey. É um filme muito famoso dos anos 80 e eu cresci vendo, por isso é o meu favorito. Quem não conhece eu super recomendo. Sem mais delongas...

Enjoy ^^

Capítulo 20 - Capitulo 19


03/07/12

O grande dia havia chegado. Foi extremamente difícil de me despedir de meus pais e Sofi novamente, eles não queriam que eu voltasse. Eu sei como é ruim ter que ficar longe deles, mas pelo menos dessa vez serão apenas dois meses. Papa me abraçou na hora do embarque e sussurrou um “permita-se” para mim e eu soube na hora ao que ele se referia. Lauren, era dela que ele estava falando. Eu passei a viagem toda pensando em como as coisas poderiam ser quando eu chegasse e isso me causou calafrios por todo meu corpo. Eu estava com medo de como as coisas serão nesses próximo dois meses, na verdade ainda estou.

Desembarquei em Miami por volta das onze da noite e minha carona já estava me esperando. Ao me ver, Dinah saiu correndo em minha direção e logo depois me abraçou tão forte que eu fiquei até com falta de ar. Quando nos separamos eu pude ver algumas lagrimas descendo sobre seu rosto e eu ri sapeca para ela, que somente revirou os olhos e se afastou. Ela pegou uma de minhas malas e foi caminhando até uma menina branquinha de cabelos castanhos claros e olhos da mesma cor. Ela é extremamente linda, devo admitir. Nos olhamos e ela sorriu e eu retribui educadamente.

-Chancho, essa é a Veronica, a menina que está fazendo intercambio esse ano e está lá em casa. Vero, essa é Camila, a insuportável que me ama e veio fazer intercambio ano passado e ficou lá em casa também. – Dinah disse e ela estendeu a mão para mim.

-Muito prazer, Veronica. – Disse pegando sua mão.

-Vai por mim, o prazer é todo meu. – Ela disse e eu sorri sem graça. – E me chame de Vero, Camila.

-E você de Mila. – Disse sorrindo para ela.

-Lésbicas. – Dinah revirou os olhos e nós duas rimos. – Podemos ir? Eu ainda tenho que te levar no hospital para pegar a chave com a Allyson que está de plantão.

-Sério? Ela não me falou isso.

-É porque ela trocou com a Jauregui. – Vero explicou e quando aquele sobrenome fora mencionado, eu congelei. – Você está bem?

-Estou sim. – Sorri para ela. – Então vamos pegar essa chave que eu estou exausta.

Nós chegamos no carro de Veronica, Dinah ainda não tem um carro, e nós fomos rumo ao University of Miami Hospital. Ally e Lauren acabaram optando por fazer os primeiros anos da residência em Miami mesmo e eu não poderia agradecer mais por isso. Nós fomos cantando as músicas que estavam tocando no rádio e conversando coisas aleatórias durante todo o caminho. Eu estava me sentindo extremamente bem, até esqueci do que viria a seguir.

Quando Vero estacionou em frente ao hospital tudo veio à tona e eu meio que entrei em pânico. O medo me dominou, eu comecei a ficar nervosa e a suar frio, sentia meu corpo todo desvanecer e as memorias da última vez que a vi invadiram minha mente. Nós saímos do carro, eu com certa dificuldade, e elas começaram a caminhar para a entrada. Eu parei alguns metros depois do carro e fiquei encarando a grande estrutura a minha frente. Quando eu entrasse eu teria que encarar meu passado, mas eu não estava preparada para isso. O pânico estava me dominando e aquilo estava me deixando louca, até que a voz de meu pai veio em minha mente repetindo tudo o que ele disse no bar ontem.

“-Hija, ao meu ver o seu problema é medo de se entregar a isso que você sente. – Papa disse eu virei a dose que o garçom acabara de me dar e já pedi outra. – Você sempre encontrou uma forma de negar para si mesma que o que sentia por ela era recíproco por medo de este sentimento de levara ruinas. Eu devo te dizer que o amor é exatamente isso, Camila, ele é perigo. Ele é você ter a certeza que a incerteza sempre estará com você. Ele é imprevisível, mas ao mesmo tempo totalmente previsível, ele te faz não ter a certeza de mais nada e ficar totalmente confusa sempre. Mas ele é algo tão bom de sentir, minha filha. Ele te faz se sentir completo com apenas uma troca de olhar, ele te faz sentir-se bem com somente um abraço. Te faz ter vontade de lutar para ver somente um sorriso vindo da pessoa amada e te faz deixar de lado todas suas necessidades para vê-la bem. O amor nos ensina a sermos menos egoístas, mas ao mesmo tempo egoístas. Você, no caso, foi egoísta por privar Lauren de tentar de fato ter algo com você, suas inseguranças e medos a fizeram agir desta forma. O destino está lhe dando uma segunda chance, filha, não estrague tudo dessa vez.”

Eu tomei a coragem que precisava e comecei a caminhar rumo ao meu destino.  Eu sentia vontade de vê-la, só tinha medo de sua reação ao me ver. Dinah lançou um sorriso encorajador e nós caminhamos lado a lado para dentro daquele lugar. Eu ainda estava nervosa, mas não deixaria isso me abalar. A cada passo dado ali fazia meu coração acelerar, tinha mais de um ano que não me sentia assim, tudo isso era exclusivo a ela. Eu imaginei como reagiria quando a visse já que somente imaginando a hipótese eu já estava dando sinais de enfarto precoce. Bom, o lado positivo é que já estávamos em um hospital.

-Gostaria de saber se por algum acaso a senhorita sabe onde a Dr. Brooke se encontra. – Dinah falou com uma das enfermeiras que estavam passando por nós.

-Hoje ela está a serviço da Dr. Smith.

-Obrigada pela ajuda. –Dinah sorriu para a moça e começou a andar.

-E isso te ajudou exatamente por que? – Perguntei confusa. – Ela não falou nada.

-Dr. Smith é da pediatria. – Dinah me explicou. – Vêm, é por aqui.

Nós andamos até o outro lado do hospital até chegar na alá da pediatria. Dinah ficou falando que era para nós torcemos para Ally não estar em cirurgia ou não iríamos sair dali nunca. Eu estava tão nervosa por estar no local onde Lauren trabalhava que me esqueci completamente que ela e Ally haviam trocado os plantões, o que indicava que ela estaria curtindo a noite por aí com a sua mulher. Tal pensamento fez meu coração se apertar, mas eu ignorei esse sentimento. Eu estava disposta a lutar pela amizade dela, o que papa disse era verdade mas a situação que nós duas vivíamos era diferente. Quando entramos na ala pediátrica, logo vimos a Ally e fomos em sua direção. Ao nos ver ela praticamente saiu correndo em nossa direção e me abraçou fortemente-

–Mila! – Ela exclamou ainda no abraço. – Senti tanto a sua falta.

–Eu também, Ally. –Disse sorrindo para ela. Logo ela se afastou e me olhou sorrindo. – Como você está?

–Estou bem. Nossa, temos tanto o que conversar mas essa não é a hora nem o lugar. –Ela olhou para os lados e voltou a nos encarar. – Eu preciso voltar para terminar de examinar aquele menino ou eu terei minha cabeça rolando por aqui. Mila, eu deixei a chave do apartamento com a recepcionista, é só você pegar lá e sinta-se à vontade. Você pode pegar o quarto de hóspedes ou dormir comigo, sua escolha. Bom, eu preciso ir. Nos vemos amanhã, tudo bem?

Nos despedimos e ela voltou para o quarto. Se minha experiência com séries médicas estão certas, Ally é explorada pelos médicos atendentes. Pegamos a chave na recepção e Vero dirigiu até o apartamento de Ally. Nós chegamos lá rapidamente e eu agradeci muito pois tudo o que queria era dormir. Ao chegarmos, as meninas se ofereceram para me ajudar com as malas, mas eu neguei e mandei elas irem para casa. Já era tarde e Dinah precisava trabalhar e Vero tinha aula, ela está no último ano da graduação de Psicanalise. Peguei as malas e caminhei, confesso que com um pouco de dificuldade, até o apartamento. Quando cheguei na porta, ouvi barulhos de vozes vindo de lá e estranhei.

 Era uma voz masculina, mas não era o Will pois ele e Ally terminaram ano passado. Entretanto, a voz era conhecida, eu só não conseguia associar a um corpo. Abri a porta lentamente para não fazer barulho e ao entrar logo percebi de quem era. Patrick Swayze estava falando no último volume e eu logo reconheci a pessoa que estava assistindo a Dirty Dance. Lauren estava abraçada a uma garrafa de whisky, literalmente, enquanto chorava e resmungava algo com a TV. Eu logo reconheci a parte que estava passando, era a que o Johnny precisava ir embora por conta do relacionamento dele com a Baby. Lauren riu ironicamente quando ele entrou no carro e tomou um pouco do líquido diretamente da garrafa.

–Eles sempre vão embora. – Disse e bebeu mais um pouco. "She's like the wind" começou a tocar e ela bebeu mais um pouco antes de voltar a abraça-la. – She's taken my heart, but she doesn't know what she's done. Feel her breath in my face, her body close to me. Can't look in her eyes, she's out of my league. Just a fool to believe, I have anything she needs. She's like the wind. –Ela levou a garrafa até a boca novamente deu uma enorme golada. – Deixe de ser tola, Lauren, já faz mais de um ano e você fica vendo esses filmes de romance idiotas. Minha única companhia é você mesmo, Jack.

Ela beijou a garrafa de Jack Daniel’s e bebeu mais um pouco. Eu continuei imóvel atrás dela, estava sentindo um misto de reações e isso me deixou totalmente sem ação. Ela estava se referindo a mim, eu sentia isso em minha alma. Eu não sabia o que fazer, não queria que ela me visse para não me confrontar, por isso decidi caminhar para trás e sair dali antes que ela me visse. Entretanto, eu esqueci completamente da mala atrás de mim e esbarrei fazendo-a ir ao chão. Um barulho enorme ecoou pelo cômodo a fazendo olhar para trás.

Imediatamente ela me encarou, totalmente surpresa e eu senti meu corpo reagir ao seu olhar. Eu sou totalmente entregue ao olhar dela, somente isso basta para fazer com que todas as barreiras que construir caiam. Ela esfregou as mãos nos olhos e depois começou a piscar ainda olhando para mim. Eu levei a mão até a nuca e suspirei antes de quebrar o silêncio.

– Desculpa, eu não sabia que você estaria aqui. – Disse e passei a mão na nuca sem graça. – Oi, Lauren. –Disse e ela abriu e fechou a boca várias vezes. Após um tempo eu peguei minha mala e cocei a nuca novamente. – Estou indo para o quarto... Boa noite.

–Espera! – Ela esbravejou e saiu correndo em minha direção. Ela levou a mão até meu rosto e começou a acaricia-lo. – Você é real ou eu bebi demais e comecei a te imaginar novamente?

-Eu sou real, Lauren. – Repousei minha mão sobre a sua. – Eu estou aqui.

-Eu senti tanto sua falta, Camz. – Ela se aproximou colando nossos corpos. – Você sabia que partiu meu coração?

-Lauren, eu... – Minha voz foi morrendo aos poucos pois eu não sabia o que falar.

- Eu terminei com a Lucy por você. – A voz dela saiu embargada tanto pela bebida quanto pelas lagrimas que começaram a escorrer por seu rosto. – Quando ela me pediu em casamento e você saiu correndo, eu disse a ela que não dava para aceitar pois eu estava apaixonada por outra pessoa. Depois eu corri até você, eu precisava te dizer como me sentia. Tudo o que eu queria era te provar que era você que eu queria, mas você não me deixou.  Eu ainda amava Lucy, não da forma que eu te amava, mas isso não bastou para você. Depois que eu ouvi que você não me amava, eu senti meu coração ser dilacerado e eu senti que não poderia mais viver tamanha dor eu sentia. No dia seguinte você fala aquelas coisas, deixa um bilhete falando que em nós iriamos nos encontrar novamente e depois some por um maldito ano. Você me deu esperanças e depois sumiu, Camila. Você tem ideia de como eu me senti no decorrer desses meses?

-Você o que? – Perguntei um pouco exaltada. – Naquela noite, na praia, você tinha recusado o pedido de casamento?

-Sim.  – Ela se limitou a dizer

-Você não pensou em me falar isso naquela noite não? – Disse tentando manter a calma. – Eu chorei por um ano, entrei em uma depressão tão grande ao ponto de ter que procurar ajuda psiquiátrica, deixei de viver e quase larguei a faculdade para você me falar que tudo isso poderia ter sido evitado se você me desse essa informação a um ano atrás?

-Eu não te falei nada pois eu queria que meu amor fosse o suficiente para você! – Ela esbravejou. – Você sempre pensa e faz aquilo que lhe convém não é mesmo?

-Não ouse em me fazer passar como a egoísta aqui, Lauren. – Disse já irritada. – Foi você que agiu conforme lhe agradava, eu não pedi por nada disso. Se eu somente agisse da forma que me convém eu não teria sofrido por abrir mão de você por um ano inteiro. Agora não venha me dizer que você é a vítima pois bem sabemos que não é, tudo isso só aconteceu porque você quis!

-Por que eu quis? Eu não escolhi te amar desta forma, Camila, simplesmente aconteceu! – Ela gritou. Ela suspirou enquanto passava a mão pelos cabelos para tentar se acalmar. – Desde aquele dia minha vida se resumi em ficar de plantão e beber. Eu quase não venho pra casa pois tudo nesse lugar me lembra você. – Ela apontou para cozinha. – Ali foi onde você derramou molho do espaguete em minha blusa e começou a rir para logo depois começarmos uma guerra de comida. Nesse sofá nós assistimos vários filmes românticos idiotas, inclusive esse que eu não paro de ver a um ano. No meu quarto foi onde nós ficamos conversando por vários dias e foi naquela sacada que eu tive certeza que estava completamente apaixonada por você. – Ela disse tudo isso e eu comecei a chorar. – Eu simplesmente não podia voltar para casa ou ir para a das meninas pois lá você vivia ainda mais em minha mente. Minha única saída era me concentrar no trabalho pois ao menos assim minha mente se ocuparia em outra coisa a não ser você. Meu plano foi um total fracasso já que até lá eu me lembra de você e por isso comecei a beber, mas também não deu muito certo. A verdade é que não importa onde eu vá ou o que eu faça, você sempre estará lá porque eu te amo. Eu te amo, Camila, mas isso não foi e não é o suficiente para você.

-Não fale o que você não sabe...

-É o que vejo desde ano passado. – Ela disse irônica.

-Você namorava, Lauren! – Perdi o controle. – Você tinha a droga de uma namorada e ficava fazendo joguinhos comigo. E daí que não era quando vocês estavam namorando? Na minha mente era e eu ficava me perguntando até que ponto eu deixava de ser uma distração para você. Eu tinha medo disso tudo que eu sinto, isso foi crescendo dentro de mim dia após dia e não importava o que eu visse para tentar parar, ele somente me consumia. Ele somente me consome, tem sido assim desde a primeira vez que você veio com esse sorriso charmoso para cima de mim e eu reparei que seus olhos adquirem um brilho de tirar o folego quando você o solta. Desde a primeira maldita vez que eu te vi eu não consigo parar de te amar e você realmente acha que isso era conveniente para mim? Amar alguém que tinha outra pessoa? Você tem alguma ideia da dor que eu sentia cada vez que via vocês duas juntas quando desejava com todo a minha alma que fosse eu no lugar? Você não tem ideia do que eu passei, Lauren.

-Não tenho? – Ela sorriu sínica. – Cada vez que você saia com aquele mauricinho eu sentia que meu coração era dilacerado, cada maldita vez que eu era obrigada a fingir que não sentia uma raiva enorme por você estar com ele me matava por dentro. E eu não ficava fazendo joguinhos com você, eu já te disse isso. Você sempre foi mais do que um fator externo, do que uma distração, você é a droga do meu amor verdadeiro!

-E você é a droga do meu! – Gritei. Eu a olhei, nossas narinas inflavam de fúria e ela olhava para minha boca. Eu encarei seus olhos e eles estavam escuros, mas foram ficando mais claros com o decorrer do tempo. Eu suspirei pesadamente para me acalmar e senti os músculos de meu corpo relaxarem. – O que estamos fazendo, Lauren?

-Eu não sei. – Ela suspirou novamente. – Se tem algo que aprendi sobre o que se diz respeito a você, é que nunca sei o que estou fazendo.

-É recíproco. – Sorri sem humor. – Desculpe por todas as coisas que eu te disse antes de ir embora.

-Você estava certa. – Ela disse após um tempo de silencio e eu senti o peso de suas palavras. – Você não podia simplesmente se entregar a uma pessoa que tinha namorada e depois ficava fazendo juras de amor a outra. Acho que até eu me acharia uma manipuladora e mentirosa.

-Eu não disse que te achava isso.

-Eu sei. – Ela sorriu sem humor para mim. – Acho que nós não nascemos para ser, nesse último ano eu cheguei a essa conclusão. Vai ver o destino não quer que fiquemos juntas e por isso desde o primeiro dia que nos vimos, tudo nos demostrado isso. As vezes o amor não é o suficiente.

-“É a possibilidade que me faz continuar, não a certeza, uma espécie de aposta da minha parte. E embora você possa me chamar de sonhador, de tolo ou de qualquer outra coisa, acredito que tudo é possível.”. – Citei essa parte de Diário de uma paixão e ela me encarou esperando que eu explicasse o que queria dizer com aquilo. – Você sabe o que me fez continuar nesses últimos meses? A mera possiblidade de que um dia nós daríamos certo. Você se lembra do que eu falei no final do bilhete que deixei dentro da capa de seu violão?

-““Não tinha terminado, ainda não terminou… “” – Ela recitou o final dele e eu sorri para ela.

-“Nós vemos daqui a dez mil anos, Lolo. “– Terminei o bilhete. Ela me olhou e eu pude ver a dor em seus olhos. – Talvez nossos dez mil anos tenham chegado.

-O que você quer dizer com isso?

-Que agora não existe nada que me impeça de te mostrar o quanto eu te amo. – Eu disse e colei nossos corpos. A sensação de tê-la ali, tão perto de mim, me causava uma satisfação e felicidade enorme. Eu colei nossas testas e a vontade de beija-la somente crescia. – Não existe namorada, medo, insegurança nem nada que me impeça de te fazer minha.

-Nem mesmo aquela sua namorada cubana? – Ela disse e me empurrou de leve para trás, saindo do meu “abraço”.

-Quem? – Perguntei alheia e somente depois entendi o que ela queria dizer. – Como você sabe sobre a Luna?

-Então você admite que tem uma namorada? – Ela disse no mesmo tom. – Isso é inacreditável, Camila! É o que? Algum tipo de vingança estupida por conta de ano passado?

-Luna não é minha namorada, Lauren. – Disse mantendo a calma mesmo que sua ironia estivesse me irritando. – Ela é somente uma menina que fiquei por acreditar que tudo entre nós estava arruinado.

-E aquele discurso de “o que me fez continuar neste último ano era a mera possibilidade de que um dia nós daríamos certo”?

-Nem sempre foi assim, Lauren, teve momentos que eu te imaginava casada e feliz e isso me fazia desistir. Entretanto, algo dentro de mim sempre me dizia que não importa o que façamos, nós sempre voltaremos uma para outra. Agora eu sei disso pois, após um ano separadas, eu te amo da mesma forma que antes e sei que é a mesma coisa com você. – Me aproximei dela novamente e comecei a acariciar sua bochecha. – “Algumas coisas são feitas para acontecer”, Lolo.

-Eu não sei se posso fazer isso. – Ela se afastou de mim e meu coração apertou-se. – Você partiu meu coração, Camila, não sei se consigo me entregar a alguém que fez isso comigo. Desculpa, mas eu não consigo confiar em você.

-Eu te entendo. – Disse e lancei um sorriso triste para ela. – Eu vou te provar que eu amadureci e que vale a pena lutar por um nós. “O amor é paciente e benigno.” Eu irei te esperar, Lauren. Farei qualquer coisa menos desistir de você.

Ela não disse nada, apenas saiu da sala e correu para seu quarto. Eu percebi naquele momento que eu fui culpada por todas as coisas que aconteceram antes, jamais parei para refletir sobre isso. Eu nunca tinha parado para pensar no lado de Lauren, somente no meu. Sim, eu agi de forma totalmente egoísta, mas eu estou disposta a mudar. Eu irei provar para ela que eu a quero mais que tudo e não descansarei até conseguir fazer com que ela volte a confiar em mim. Papa estava certo, eu tirei as conclusões que me convinham e não fiz menção de pergunta-la sobre as coisas. Eu irei me redimir e isso começará amanhã mesmo. Lauren é o amor de minha vida e eu irei lutar por ela.


Notas Finais


O que acharam? Até a próxima :)


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