História The Last Butterfly (Camren) - Capitulo 22

Eu suspirei e fechei os olhos. Eu queria mais do que tudo, naquele estante, ter uma noite de sexo com Lauren. Eu a desejo de todas as formas e mal esperava para tê-la desta forma em particular. Por isso comecei a movimentar meu quadril lentamente no ritmo da música. Levantei minha cabeça, ainda de olhos fechados, e inclinei meus joelhos enquanto rebolava. Virei-me em direção ao bar e vi Lauren ao lado de Ally segurando os dois drinks e me encarando sedenta. Eu mordi o canto do meu lábio inferior e chamei-a com meu dedo indicador. Ela entregou os drinks para Ally sem desgrudar o olhar de mim e veio caminhando até parar a minha frente. Sorri maliciosa e caminhei até ela, peguei suas mãos, virei meu corpo e somente depois passei seus braços por minha cintura pressionando minha bunda à seu sexo.

Senti sua respiração pesada chocar contra minha nuca e senti meu corpo ser dominado pelo desejo insano. Comecei a rebolar de forma mais intensa enquanto puxava mais seus braços amentando a pressão de nossos corpos. Desci suas mãos até minhas coxas expostas e depois até meus seios. Tombei a cabeça para trás encostando-a em seu ombro e naquele momento esqueci-me completamente que estávamos rodeadas de pessoas. Naquele momento era somente eu, Lauren e o desejo que possuíamos uma pela outra. Virei-me novamente de frente para ela e dessa vez conduzi-as a minha bunda. Aumentei ainda mais a precisão de meus movimentos e estampei um sorriso safado no rosto antes começar a caminhar para mais um pouco longe dela. Lauren negou com a cabeça sorrindo e eu abaixei-me de costas para ela e sacudi ainda mais os quadris.

Fui pega totalmente de surpresa quando senti ela agarra-me pelas costas de forma possesiva e acompanhar meu ritmo. Começamos a dançar colada uma na outra como se fossemos somente uma. Ela levou seus lábios até meu ouvido e mordiscou-o fazendo meu sexo pulsar de desejo. Depois ela desceu sua mão até minha coxa e levantou-a arranhando levemente, parado quando chegou perto do fim das mesmas. Não evitei que um gemido abafado saísse de meus lábios e por isso mordi o lábio inferior. Disfarçadamente, ela levou sua mão até minhas costas e deixou um leve tapa em minha bunda. A música acabou e eu me virei para ela e pude perceber seus olhos escuros de desejo. Ela puxou-me para um beijo urgente que transmitia pura luxuria e ao final, puxei levemente seu lábio inferior.

-Quer sair daqui? – Ela perguntou e eu sorri sapeca.

-As meninas não vão gostar disso. – Disse fingindo considerar isso.

-Elas vão entender. – Ela disse sorrindo maliciosamente e mais uma vez senti um latejo nas minhas regiões inferiores.

Saímos sem nos despedirmos de ninguém, mas vi Normani e Dinah fazendo um sinal de positivo e pude ver Ally falando que dormiria fora. Acredito que elas entenderam o que aconteceria a seguir. Por sorte Lauren estava de moto, já que não beberia por ter que voltar para o plantão logo pela manhã, e ela pilotou velozmente até o seu apartamento. O desespero era nítido em suas ações, ela queria tanto quanto eu que estivéssemos logo sozinhas. Em menos de vinte minutos já estávamos no elevador trocando caricias desesperadas. Com certa dificuldade ela conseguiu destrancar a porta e eu mal dei um passo e ela já estava me beijando novamente. Com o pé, ela fechou a porta e pressionou-me contra a mesma enquanto nos beijávamos. Ela separou seus lábios do meus e desceu-os até meu pescoço. Fechei os olhos para aproveitar a sensação e a necessidade que tinha de senti-la era berrante. Ela tirou meu sinto e levou a mão até o fecho de meu vestido, tirando-o com maestria. Eu estava somente de lingerie e salto.

-Não os tire. – Ela ordenou quando afastei-a para tirar os sapatos. – Quero ter a visão de ter ver assim por mais tempo.

-Já que insiste. – Disse e voltei a beija-la.

Tirei seu vestido e a conduzi até o sofá. Ela sentou e eu fiquei por cima, trilhei um caminho até seus pescoço beijando-o e mordiscando, arrancando um gemido de sua parte. Desci meus lábios até o colo de seus seios e fiz o mesmo enquanto rebolava em seu colo. Ela repousou sua mão em minha bunda por dentro de minha calcinha e cravou as unhas ali me fazendo gemer alto. Eu estava totalmente dominada pelo tesão, Lauren me deixa em um estado que eu jamais imaginaria ficar. Ela levou a mão até o fecho de meu sutiã e o tirou, dessa vez com menos delicadeza, e levou sua boca até meus seios, estimulando-me, logo em seguida. Ela circulava sua língua naquela região sensível e eu rebolava cada vez mais em seu colo. Ela segurou minha coxa com firmeza e levantou, me levando no colo, até a bancada da cozinha. Ela mais uma vez atacou meu pescoço e arranhou levemente meu corpo até chegar em meu sexo.

-Tão molhada, Camila. – Ela disse e fez pressão em meu clitóris ainda por cima de minha calcinha.

-Não brinca comigo, Lauren. – Disse ofegante.

-Essa noite, é o que mais irei fazer. – Ela sorriu safada e desceu até meus seios, estimulando-os novamente. – Nós iremos brincar várias vezes. – Ela mordiscou meu seio esquerdo e eu gemi. – Em vários lugares. – Mordiscou o direito me fazendo gemer novamente. – E em várias posições. – Ela disse a última parte e desceu até meu sexo molhado, parando a centímetros dele. – Só que o mestre do jogo dessa vez será eu.

-E eu seu não concordar com isso? – Disse com a cabeça abaixada olhando em seus olhos.

-Neste caso você perde. – Ela soprou com força e eu senti minha área sensível latejar ainda mais. – Vai estregar a brincadeira?

-Não... – Gaguejei pois ela roçou os dedos por cima do pano que cobria aquela região e mordiscou minha coxa perto dali.

-Ótimo. – Ela sorriu vitoriosa. – Agora vamos nos livrar desde pequeno empecilho. – Ela segurou minha calcinha com o dente e a tirou desta forma enquanto olhava para mim. Eu senti que poderia ter um orgasmo somente vendo-a daquela forma. Ela passou a língua levemente pelo local e eu gemi novamente. – Bem melhor, não?

-Sim.... – Gaguejei novamente. – Lauren, por favor, não faz isso... Só... Vai logo....

-Pra que a pressa, Camz? – Ela penetrou-me inesperadamente e eu gritei de surpresa e tesão, mas ela tirou o dedo logo em seguida. – A noite somente começou....

-Só....

-Eu esperei mais de um ano por isso. – Ela levantou e beijou-me novamente. – Irei aproveitar cada momento possível.

Ela desceu novamente e levou sua boca até meu sexo pulsante. Lauren começou a pressionar meu clitóris com a ponta de sua língua e senti o prazer se espalhar por todo meu corpo. Senti sua língua fazer movimentos circulares lentamente e eu gemi em aprovação. Em um determinado momento, ela mordiscou de leve meu clitóris e eu não aguentei, senti minhas paredes se fecharem e estava prestes a chegar a meu ápice, quando ela, acredito que pressentindo, parou e eu fiquei frustrada, mas agradecida. Não queria gozar, não ainda. Queria senti-la mais antes de chegar ao meu limite.

Ela voltou a me beijar luxuosamente, mas me penetrou inesperadamente durante o beijo e eu gritei de prazer novamente. Eu não sei se é por conta de ser com ela e eu ama-la ou o que, mas cada toque dela em minha pele me fazia sentir o máximo de prazer que meu corpo aguenta. Lauren tirava e colocava o dedo dentro de mim enquanto chupava com força meu pescoço. Em um determinado momento ela mordeu-o e penetrou-me ao mesmo tempo e eu não sei dizer o quão prazeroso foi aquilo. Após fazer isso, ela deixou seu dedo dentro de mim e somente o movimentava de um lado para o outro, fazendo uma massagem gostosa. Eu estava ficando louca com os toques daquela mulher.

Ela então começou o movimento de “vai e vem”. No começou foi lento, mas conforme meus gemidos aumentavam, seu ritmo acompanhava. Ela desceu sua boca até meus seios e começou a dar a devida atenção para ambos novamente enquanto pressionava meu clitóris com o polegar e continuava o movimento gostoso com os outros dedos. Eu sabia que iria explodir de prazer em questão de minutos, Lauren definitivamente é a melhor coisa que já tive até agora. Eu joguei minha cabeça para trás, fechei meus olhos e gemi alto. Foram necessário somente mais algumas estocadas e eu estava explodindo em um maravilhoso orgasmos.

Abri meus olhos e pude ver o sorriso sapeca ainda em seu rosto. Senti ela tirar seu dedo de dentro de mim e o levou até a boca em um movimento extremamente sexy. Somente aquilo foi o suficiente para me fazer sentir tesão novamente. Ela lambeu todo o meu liquido que estava ali e depois tirou-os da boca e me beijou. O beijo foi mais calmo que os trocados durante o sexo, mas ainda assim era desesperados. Ela arranhou minhas costas não tão de leve e eu grunhi com o fundo de minha garganta. Lauren partiu nosso beijo e voltou a sorri sendo seguida por mim.

-Isso foi... – Disse ofegante por conta do que acabara de acontecer.

-Eu sei, eu sou ótima. – Ela disse convencida.

-Não se ache muito, Jauregui. Você ainda não me viu em ação. – Disse e ela sorriu.

-Tenho certeza que você é ótima, boo, mas hoje você será o foco.

-Do que você me chamou? – Disse e tenho certeza que estava sorrindo largamente.

-Não sei. – Ela disse corada.

-Você me chamou de “boo”. – Disse e ela corou mais ainda.

-Desculpe, Camz, foi espontâneo.

-Tudo bem, cariño. – Disse e a beijei docemente nos lábios. – Eu amo você, Lolo.

-Eu também amo você, Camz.  – Ela selou nossos lábios novamente. – Agora, irei lhe dar mais dois minutos para se recuperar pois a noite será longa.

02/09/12

Hoje foi meu último dia me Miami e, consequentemente, meu último encontro com Lauren. Ele aconteceria hoje logo após sua saída do plantão. Nós estamos saindo a dois meses e eu não poderia estar mais feliz. Tudo com ela é perfeito, ela é perfeita. Eu jamais imaginaria tê-la dessa forma, nem mesmo a primeira vez que a vi. Antes do nosso primeiro encontro eu fiquei nervosa e com medo pois em minha mente ela iria me dar o troco por tudo que a fiz passar e me faria sofrer, mas na verdade foi o oposto.

Nós nunca conversamos sobre o que aconteceu, toda vez que tentava entrar nesse assunto ela mudava o rumo, demonstrava-se bastante desconfortável e por isso decidi deixar para lá. Entretanto, amanhã eu vou embora e tinha minha dúvida sobre ficaríamos depois disso. Eu estava assusta e por isso não conseguia pensar em nada para fazermos hoje. A única coisa que eu sabia era que iria busca-la no hospital e de lá iriamos para nosso encontro. Eu estava desesperada, era meio dia e eu não tinha a mínima ideia do que fazer.

Liguei para mama e ela disse que eu deveria fazer aquilo que meu coração mandava. Ela e seus conselhos filosóficos não me ajudariam naquele momento. Liguei para Hazza e ele, após tirar sarro de mim, disse que não era romântico e mandou pular direto para a parte que iriamos para o quarto. Ele e sua falta de romantismo era tudo o que menos precisava agora. Liguei para Mani e ela disse que não podia falar, Dinah disse que se pensasse em algo me falaria e papa disse que ele já fez demais por mim. Traduzindo, estava sozinha nessa.

Eu estava jogada no sofá olhando fixamente para uma coisa qualquer na TV tentando pensar em algo quando a porta da entrada é aberta e uma Ally acabada entra. Ela jogou as chaves na mesinha de centro, se jogou no sofá ao meu lado, pendeu a cabeça para trás e suspirou pesadamente. Normalmente eu perguntaria o que estava acontecendo, mas minha cabeça estava na minha falta de planos. Ela suspirou novamente e após ver que eu não falaria nada, ela desligou a TV e virou-se para me encarar.

-Você não vai perguntar o que eu tenho não? Agora vê, eu preciso ficar falando pra pessoa me perguntar pois ela está com a cabeça sei lá onde par entender meus sinais corporais. – Ela rolou os olhos no final.

-Desculpe, o que você tem, Ally? – Perguntei virando-me para ela e a vi rolar os olhos novamente.

-Eu tenho um encontro. – Ela disse séria, mas depois começou a dar pequenos pulinhos no sofá enquanto sorria.

-Que incrível! – Disse animada. – Com quem?

-Um anestesista lá do hospital. Não será grande coisa pois ele irá se mudar para Nova York em alguns meses, mas é algo que eu queria a bastante tempo.

-Qual o nome dele? – Digo e a vejo sorrir.

-Troy. – Ela disse com um sorriso enorme. – Ele é incrível, Mila. É educado, gentil e extremamente bonito. Desde o primeiro dia que o vi falo com Lauren que sou louca para sair com ele, mas nunca aconteceu nada. Até que nessa manhã fomos escalados para a mesma cirurgia e após cinco horas dentro da sala, ele me abordou quando estávamos saindo e me convidou par sair. Eu estou tão feliz que acho que irei morrer!

-Se acalme, mulher. Você não quer morrer antes de sair com seu príncipe da seringa.

-Que tipo de apelido é esse? – Ela disse rindo. – E por falar em príncipe da seringa, como estão os preparativos para a última noite aqui?

-Eu sinceramente não tenho o que falar. – Disse revirando os olhos.

-Como assim?

-Eu não sei o que fazer, Ally. Tudo o que penso parece ser insatisfatório, sabe? – Disse colocando a mão no rosto em forma de frustração.

-Você é tão fofa nervosa. – Ela disse e apertou minhas bochechas. – Você só precisa fazer aquilo que você sente ser o certo para você.

-Você está dizendo para eu seguir meu coração?

-Exatamente. – Ela disse sorrindo de leve. – Tudo que vir dele eu tenho certeza que ela irá amar.

-Você ligou para mama? – Perguntei rindo.

-O que? – Ela disse confusa.

-Esquece. – Disse negando com a cabeça. – Vou fazer isso e acho que já sei onde iremos, mas eu preciso de sua ajuda...

(...)

Dirigi até o hospital o mais rápido que pude. Estava um pouco atrasada pois perdi a hora resolvendo alguns preparativos para a viagem de amanhã. Já que ficaria um tempo considerável sem vir a Miami, tinha que me certificar de não esquecer nada. Ao chegar, eu a procurei na entrada principal do local, mas não a encontrei. Caminhei mais um pouco e a vi sentada em um banco na saída lateral do hospital. Lauren estava visivelmente abalada com algo. Ela olhava para o chão de uma forma tão triste que partiu meu coração. Fui em sua direção com cuidado, não queria invadir seu espaço caso ela quisesse ficar sozinha por um tempo.

-Está tudo bem? – Perguntei sentando-me a seu lado.

-Está sim. – Ela disse e forçou um sorriso.

-Sabia que você é uma péssima mentirosa? – Disse e ela sorriu de leve. – Se não quiser me contar o que aconteceu tudo bem, só não finja.

-Desculpa, é que eu perdi um paciente hoje. – Ela suspirou ao final e eu levei minha mão até seu ombro e comecei a acaricia-lo para de certa forma reconforta-la. – Desde o início de minha residência eu já perdi alguns, mas essa foi a primeira vez que perdi uma criança.

-Eu não tenho ideia de como você está se sentindo, Lolo, mas saiba que as coisas difíceis aparecem para que nós possamos aprender algo com elas. Use isso para fazer você aprimorar seus conhecimentos e, da próxima vez que pegar algum caso parecido com esse, você ter uma chance de evitar que isso aconteça.

-Obrigada, Camz. – Ela disse e sorriu para mim. – E desculpa se não sou a melhor das companhias para o seu último dia em Miami.

-Hey, não se desculpe. – A lancei um sorriso sincero. – E se você não achar insensível de minha parte, ainda podemos fazer algo. Entretanto, se você quiser ir para casa por conta do que aconteceu eu entendo de verdade. Afinal, as vezes precisamos ficar sozinhas e, a julgar pelo meu histórico.... – Ela colou nossos lábios e sorriu durante o beijo. Após um tempo se afastou e eu continuei de olhos fechados completamente surpresa. – .... eu não posso cobrar nada de você.

-Você fala demais, Camz. – Ela revirou os olhos enquanto sorria. – Eu adoraria sair com você.

-Ótimo então. – Disse sorrindo e me levantando. Estendi a mão para ela, que me olhou relutante. – Vamos?

-Agora?

-Vamos? – Disse com as mãos estendidas para ela.

-Não podemos passar em casa antes? – Ela fez biquinho.

-Vamos? – Continuei insistindo.

-Vamos. – Ela pegou minha mão e levantou. – E para de usar as coisas que faço contra mim. Não é porque eu fiz isso a um ano atrás que você tem esse direito.

-A vida dá voltas, cariño. – Disse e ela sorriu.

Ela entrelaçou nossas mãos e começamos a fazer o caminho até meu carro. Como nós iriamos sair hoje, Lauren pegou carona com uma amiga do hospital para evitar de deixar sua moto pela rua. Ela é bastante apegada ao seu “bebê”, como ela gosta de chama-la. Quando chegamos ao meu carro, eu abri a porta para ela, que entrou sorrindo, e eu rapidamente corri para entrar no mesmo. Quando sentei no banco e girei a chave e liguei o carro, o rádio ligou automaticamente e começou a tocar Heart Out. Lauren arregalou os olhos e me olhou admirada enquanto eu a encarava confusa antes de dar partida com seus olhos ainda sobre mim.

-O que foi? – Perguntei a ela sorrindo.

-Eu amo essa banda.  – Ela se arrumou no banco e começou a bater a ponta de seu dedo indicador no painel do carro.

- Eu também, eu sempre quis ao show do The 1975. É minha frustração nunca ter conseguido dinheiro pra ir.

-Eu fui a dois shows aqui em Miami. – Ela disse empinando o nariz.

-Exibida. – Revirei os olhos em falsa irritação, mas logo sorri quando ela beijou minha bochecha. – Assim é impossível ficar com raiva de você, sabia?

-Então não fique, boo. – Ela disse sorrindo e senti borboletas voarem por meu estomago. – O que foi?

-Nada não. – Me contentei em dizer antes de voltar a atenção para o transito.

-“ It's just you and I tonight. Why don't you figure my heart out?” – Ela cantou olhando para mim e eu sorri como resposta.

-É tudo o que mais quero, Lolo.

-Então essa noite é a noite, Camz. – Ela disse sorrindo sapeca, mas logo o sorriso deu lugar a expressão de confusão. – Para onde você está me levando?

-Você já saberá. – Disse enquanto procurava um local para estacionar.

-Esse é... – Ela disse olhando para o píer que estava bem a nossa frente.

-“O lugar que somente nós conhecemos”. – Disse enquanto pegava em sua mão. – Como é a minha última noite com você, queria fazer algo especial para nós duas. No começo estava desesperada, mas duas pessoas incríveis me instruíram a seguir meu coração e ele me guiou até aqui, o local que tive certeza que não tinha mais como esconder que te amava. O local que demos o nosso primeiro beijo.

-Eu.... – ela suspirou e me olhou novamente. - ...estou sem palavras, Camz.

-Você não precisa falar nada, Lolo, só me acompanhe.

-Como queira.

Nós saímos do carro e eu fui até a mala pegar a cesta que Ally e eu havíamos preparado. Nós duas caminhamos de mão entrelaçadas até o nosso local, eu acho que jamais irei me acostumar com a sensação de ter sua mão na minha. Quando chegamos, estendi o pano que trouxe e coloquei as coisas em cima dele. Ally e eu fizemos bolo de coco (o favorito dela), alguns sanduiches, eu passei na sua cafeteria favorita e compre os brownies que ela tanto ama e cappuccino de chocolate. Comprei algumas castanhas já descascadas e um vinho. Nós sentamos e eu servi uma taça para mim e outra para ela. Lauren estendeu a sua em minha frente e olhou-me de cima a baixo antes de falar.

-Ao começo de nossa história. – Ela sorriu apaixonada e eu retribui.

-Ao começo do nosso dez mil anos.  – Disse e beijei seus lábios.