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História The Last Butterfly (Camren) - Capítulo 23


Escrita por: KordeiSapata

Notas do Autor


Voltei e com postagem dupla \o/

Capítulo 24 - Capítulo 23


06/10/12

Um mês havia se passado desde a última vez que vi as meninas. Eu conversava com todas elas regularmente e sentia a falta de ambas, especialmente a de Lauren. Percebi que não seria nada fácil ficar sem ela quando aterrissei em Havana e vi meus pais acompanhados de Hazza e Luna. Ao ver a menina meu coração se apertou e de certa forma senti que estava traindo Lauren somente por ficar perto da mais nova. Não, nós não estamos em um relacionamento, na verdade nem chegamos a conversar sobre isso, mas eu já sentia que era isso pois não quero mais ninguém além dela. Nesse último mês nós nos falamos todos os dias, mas sempre evitamos chegar neste ponto. Talvez assim fosse mais fácil.

Eu estava meio mal desde minha volta pois se tornou difícil sobreviver aos meus dias após vivenciar a experiência de ficar com ela. Uma coisa que eu percebi foi que depois desses meses em Miami, ficar sem Lauren será impossível. Eu até perguntei na editora se existia alguma outra reunião do livro, mas como a vida ama me pregar peças, não existia sequer uma mera possiblidade disso acontecer tão cedo. Frustrada, decidi viver um dia de cada vez e torcer para conseguir me acostumar com a sua falta. Impossível, mas não custa nada tentar.

Como era sexta, Hazza cismou que eu deveria sair com ele, mas logo dei a desculpa de amanhã precisar passar na editora e ele desistiu da ideia. Iria acontecer um baile latino no centro de Havana e ele sabia como eu amava dançar ao som de um reggaeton. Na lista de meus cantores favoritos entra Shakira, Maluma, J Balvin, Don Omar e muitos outros. Eu não sei explicar o porquê amo esse estilo, mas eu considero uma marca da cultura latina. Por mais que a União dos Jovens Comunistas o considere “perigoso” ao nosso modelo socioeconômico, ainda temos esses tipos de eventos por aqui. Eu fico totalmente empolgada com eles, mas hoje nem isso me tirava da cama.

Me arrastando, quase literalmente, fui para o banho e me arrumei para ir ao trabalho. No dia anterior, minha chefe me fez trabalhar como nunca antes e, quando cheguei em casa, mama estava dando faxina e eu não conseguir ignorar. Terminamos era quase meia noite, depois eu fui para o quarto falar com Lauren por Skype (por meus horários serem menos malucos que os dela, decidi me adaptar a eles) e ficamos umas três horas falando. Conclusão, eu quase não dormir e estou morta de cansaço. Quando fico uma simples noites sem dormir bem parece que uma manada pisou em mim a noite toda e para piorar hoje ainda acordei mais cedo que o normal. Mama tinha que estar no trabalho as sete da manhã e Papa está doente, logo eu levaria Sofi a escola. O dia estava agitado.

Ao sair do quarto, Sofi já estava arrumada na cozinha com sua tigela de cereal em mão. Sorri para ela e dei-a um “bom dia” que foi respondido com um aceno de cabeça. Entra ano, sai ano, mas ela continua não gostando de falar pela manhã. Corri para fazer o meu amado café cubano, essa coisa preciosa é indispensável no meu desjejum, e assim que terminei fui na padaria do outro lado da rua comprar pão para mim e papa. Coloquei o café na xicara, peguei o pão tostado com manteiga e levei para ele no quarto. Medi sua temperatura e estava normal (graças aos céus) dei-lhe as instruções do remédio e sai de casa. Estava atrasada e por isso fui comendo no caminho. Deixei Sofi na entrada e lembrei-a de me esperar na saída pois aproveitaria o horário de almoço para busca-la. Ela poderia ir sozinha já que a escola não é tão longe de casa, mas Havana está muito perigosa e por isso preferimos leva-la e busca-la.

 

Ao chegar na editora percebi que minha mesa já estava lotada de papeis. Capítulos para serem corrigidos. Muitos deles. Suspirei e fui buscar um café antes de começar. Eu tive que me concentrar para não dormir ali em cima pois o sono estava quase me dominando. Os minutos pareciam horas, as horas séculos e minha manhã infinita. Eu perdi a conta de quantas vezes bocejei e isso fez com que Rita, uma colega de trabalho risse e caçoasse de mim por vários minutos. Eu somente revirava os olhos e ria logo em seguida. Após várias xicaras de café e bocejos, meu horário de almoço chegou. Corri até o colégio e levei Sofi para casa. Ao chegar lá esquentei a comida e sai. Ela sabe colocar a comida para ela e papa. Dirigi até um restaurante perto da editora para encontrar Hazza e Louis. Quando estacionei, os dois já estavam sentados e eu caminhei rapidamente até eles.

-Como sempre atrasada. – Harry disse e revirou os olhos.

-Diferente de você eu tenho coisas a fazer. – Disse seria, mas logo sorri e beijei sua bochecha e de Louis antes de sentar. – Vamos pedir logo pois estou faminta e sem tempo.

-Nós já pedimos o seu. – Louis disse. – Bife de alcatra com porção extra de fritas, certo?

-Sim! – Exclamei com os olhos brilhando.

-Você come igual a um pedreiro. – Harry cutucou. – Pra onde vai toda essa comida?

-Para a bunda. – Louis disse e nós três gargalhamos.

-Idiotas. – Revirei os olhos ainda rindo. – Então, o que me dizem de novidade?

-Louis me chamou para morar com ele. – Harry disse e eu logo arregalei os olhos e abri a boca. – Não se anime, eu neguei.

-Por que? – Perguntei confusa.

-Ele disse que ainda é muito cedo. – Louis suspirou pesadamente e logo em seguida levantou com o celular na mão. – Já volto, preciso atender essa chamada.

-Harry, você é lerdo assim ou fez curso? – Perguntei após a saída do outro menino e sorri ironicamente no final. – Vocês se amam, não existe essa coisa de ser muito cedo ou tarde. O tempo não é nada quando se diz respeito ao amor. Veja meu exemplo, eu amei uma pessoa mais do que qualquer outra em menos de um ano. Nos separamos por mais um e, por mais que eu disse o contrário para as pessoas e a mim mesma, eu não deixei de ama-la um segundo se quer. Ao invés disso eu a amei mais e fiquei dois incríveis meses ao lado dela. E mesmo eu não sabendo como nós estamos neste momento, eu ainda acho que nós nascemos para ser da mesma forma que acho que vocês dois nasceram para ser. Agora pra de graça e vá morar com o amor da sua vida, Harry Styles!

-Eu só tenho medo de me mudar e tudo desmoronar, Mila. – Harry disse com uma expressão triste. – Eu gosto muito dele para deixa-lo ir com facilidade, sabe?

-E quem te disse que você precisa deixa-lo ir? – Toquei levemente em sua mão. – Você não sabe se essa mudança será boa ou ruim, Hazza. Você pode tanto estragar tudo quanto fazer ficar ainda melhor. A verdade é que você não saberá se não tentar.

-Posso pensar sobre isso?

-Óbvio que sim. Afinal, isso é um enorme passo na relação.

-Você é bipolar? – Harry sorriu limpando uma lágrima que eu nem vi cair. – Minutos atrás era toda “ vá logo morar com ele, seu babaca” e agora está mais para “pense bem, Harryzinho”.

-Eu jamais diria “Harryzinho. – Disse e revirei os olhos. – Eu só me expressei mal. Definitivamente eu acho que vocês nasceram para ser e você se mudar será muito bom para os dois, mas isso é algo que você deverá ver e decidir. E, como te conheço bem, sei que se agir por impulso provavelmente sentirá arrependimento e isso sim estragará tudo entre vocês.

-Odeio quando as pessoas me conhecem. – Ele disse indignado e eu ri. – Obrigado, Mila, por tudo. Você é muito importante para mim, sabia? Não sei o que será de mim quando te perder.

-Hey. – Toquei sua mão com um sorriso. – Você só irá me perder caso se afaste de mim, do contrário seremos amigos até eu morrer, Hazza.

-Eu amo você. – Ele segurou minha mão que o tocava. – Muito.

-Também te amo muito.  – Sorri para ele.

-Desculpem, mas essa era importante. – Louis disse ao voltar. – Está tudo bem?

-Maravilhosamente. – Harry disse e me lançou mais um sorriso antes de soltar minha mão. – Sabe, Louis, quero te fazer uma pergunta.

-Só dizer. – Louis disse nitidamente apreensivo.

-Quando posso levar minhas coisas para a sua casa?

-Você.... – Louis estava chocado enquanto eu sorria. – Você está dizendo o que eu acho que está dizendo?

-Que eu aceito morar com você? Estou sim.

-Quando você quiser. – Louis disse sorrindo e puxando Harry para um beijo logo em seguida. – Quando você quiser, meu amor.

-Então hoje mesmo já começou a ver as coisas. – Harry disse sorrindo. Louis o beijou novamente e pude vê-lo sorrir entre o beijo. – Céus, se eu soube-se que minha resposta resultaria nisso teria aceitado a muito tempo.

-Gente, chega! Estou diabética aqui...

-Isso aí é inveja, Camilinha. – Harry provocou. – Inveja que eu tenho o melhor namorado do mundo e você não pode tê-lo por mais que queira.

-Verdade. Eu sempre tive uma queda por Louis só não queria admitir. Até que você veio e o roubou de mim. – Fingi voz de choro.

-Calma, gente, tem Louis para todos. – Louis disse e recebeu um tapa no braço de Harry. – O que foi isso?

-Para deixar de ser safado. – Harry fez cara de convencido e eu não pude evitar de rir da cena.

 

 

É impossível não rir com esses dois, eles são inacreditáveis. Nossos pedidos chegaram e eu fui convencida enquanto comia de ir até esse evento com Harry. Lógico que protestei, mas ele conseguiu me convencer de que eu queria ir mesmo eu sabendo que era mentira. Essa é uma das qualidades e defeitos que ele possui, em minha opinião. Qualidade quando é usado para meu benéfico e defeito quando é contra mim. É meio obvio, mas eu precisava destacar isso. Enfim, quando terminamos o almoço voltei para o trabalho e, diferentemente da manhã, a tarde voou e quando me dei conta já estava liberada para ir embora.

Peguei um pequeno, ou nem tanto, engarrafamento até em casa e quando finalmente cheguei só queria cama. Era nítido que não teria, já que tinha que me arrumar para ir à casa de Harry para o “esquenta” antes do baile de reggaeton. Esquenta é o nome que damos ao simples fato de irmos a casa de alguém beber antes de irmos ao destino principal que neste caso é o baile. Basicamente ele serve para chegarmos no local já quase que totalmente bêbados. Levei uma garrafa de tequila e tenho certeza que Harry teria vodka em casa. Eu já sabia que não daria muito certo a mistura, mas quem ligou? Se já estava na chuva era pra se molhar.

Diferentemente do que qualquer veria nos bailes de reggaeton, eu não fui com aqueles micro shorts e tops. Optei por uma calça de couro preto bem justa, mas nada desconfortável, uma regata branca que deixava um pouco minha barriga a mostra e uma bota de salto não muito alto preta. Meus cabelos ficaram soltou e ondulados e a maquiagem estava leve pois sabia que iria soar naquele lugar. Depois de me arrumar, despedi-me de meus pais e fui para casa de Harry de táxi. Queria beber então optei por deixar o carro em casa. Ao chegar na casa de Harry metade da garrafa de vodka já tinha sido tomada e não demorou muito até ela acabar. Nós bebemos tanto que quase esquecemos de sair de lá.

Ligamos para o Ricardo, o taxista que sempre chamamos quando estamos bêbados, e aproximadamente vinte minutos depois que saímos de casa já estávamos no baile. Por algum motivo desconhecido por mim naquele momento Louis não pode ir conosco então esta seria uma festa de irmãos. Harry vestia uma calça larga e tênis cano médio preto e uma regata branca. O lugar já estava cheio e, como previsto, muito quente em todos os sentidos da palavra. Ressoava por ali a música “Te Dijeron” do Plan B e eu e Harry sorrimos e fomos para a pista. A noite pode ser resumida em dança, bebida e mais dança. Uns rapazes e algumas meninas chegaram em mim, mas eu neguei de imediato, e o mesmo aconteceu com Harry. Quando deu umas três da manhã decidimos ir embora e chamamos o Ricardo novamente.

Eu fui chegar em casa às quatro da manhã pois o local era mais afastado de minha casa do que a de Harry. Tentei não fazer barulho, mas tudo girava e eu esbarrar em algo era inevitável. Eu estava tão acabada que somente deitei na cama e fechei os olhos, neste processo sentia tudo girando aumentando mais ainda o enjoo que sentia, e dormi. Acordei no dia seguinte com uma enorme ressaca. Agradeci aos céus por não ter que trabalhar no sábado (diferente do que tinha dito ao Harry no dia anterior) e decidi ficar na cama o dia todo. Levantei para tomar umas aspirinas e tentar comer algo para evitar de passar mal, mas foi inevitável. Vomitei umas quatro vezes durante o dia e dor de cabeça não passava de jeito nenhum.

Era por volta de duas da tarde, estava deitada em minha cama com meus fones reproduzindo “Can’t Help Falling in Love” em um volume razoável para não aumentar ainda mais minha dor de cabeça, mas o suficiente para não ouvir os barulhos do mundo exterior. De repente, mama, papa e Sofi entraram em meu quarto desesperadamente. Eu olhei bem para eles e pude ver a alegria, que diga-se de passagem me faltava naquele momento, estampada em seus rostos. Enquanto me perguntava como eles conseguiam sorrir vendo meu estado deplorável (levando em consideração que ainda vestia as roupas da noite anterior por falta de coragem de tomar um banho) quando mama e papa fizeram um sinal para eu tirar meus fones e, mesmo irritada, o fiz.

-O que aconteceu? – Perguntei tentando não parecer rude.

-Vá a sua janela e me diz você. – Mama disse sorrindo.

Meio relutante eu o fiz. Estava ouvindo uma música ao fundo e imaginei o que era tão extraordinário para Sofi deixar seu computador tocando música e entrar igual a um furação com mama e papa em meu quarto. Ao abrir o vidro fumê senti o chão sumir e o ar me faltar. Lá em baixo, na calçada, estava Lauren com um amplificador e um buque de flores na mão. Ao me ver, ela abaixou e aumentou a música e sorriu para mim logo em seguida. Ela fez um sinal para que eu descesse e eu simplesmente sai correndo esquecendo toda minha ressaca e mal humor. Parei de frente para ela e imediatamente ela pegou minha mão.

-I remember what you wore in our first day. You came into my life and I thought "Hey, you know, this could be something". – Ela cantarolou juntamente ao vocalista de Boys Like Girls e meu coração acelerou tamanha alegria em vê-la ali em minha frente. – So maybe it's true that I can't live without you. And maybe two is better than one. There's so much time to figure out the rest of my life and you've already got me coming undone. And I'm thinking two is better than one. I remember every look upon your face, the way you roll your eyes, the way you taste. You make it hard for breathing. – Ela sorriu sem dentes e balançou a cabeça concordando com a letra da música. – 'Cause when I close my eyes and drift away. I think of you and everything's ok. I'm finally now believing…. – Ela ia continuar cantando, mas fez uma pausa e entregou-me as flores. Eu naquela altura já chorava. – São pra você, obviamente.

-Obrigada. – Disse sorrindo e sentindo as lágrimas caindo em meu rosto. – O que faz aqui?

-Desde o momento que você entrou naquele avião. Eu quis vir até aqui e te dizer que eu não sei mais viver sem você. – Ela passou a mão em minha bochecha para secar as lágrimas. – Goste ou não, Camila Cabello, você é o amor de minha vida e parte essencial dela. E é graças a esse sentimento que eu estou prestes a fazer a coisa mais importante de minha vida...

-Lauren Jauregui, vai me pedir em casamento? – Perguntei e ela riu.

-Com total certeza um dia eu irei, boo, mas agora é algo um pouco diferente. – Ela sorriu e coçou a nuca antes de continuar. – Eu sei que manter o que irei te propor será difícil pois existem inúmeros fatores que irão contribuir para pensarmos em desistir. Entretanto, não importa a distância que exista entre nós, ou o tempo que ficaremos sem nos ver e muito menos a insegurança por ficarmos a um oceano de distância, o que eu sinto por você e a certeza que tenho que para sempre será você sempre serão imutáveis. – Ela colocou a mão na parte de trás do amplificador e tirou de lá uma caixinha de veludo preta. Ao abri-la, pude ver duas alianças. Uma prata com uma parte amarela e alguns detalhes dourados lembrando um sol e a outra também prata, mas com desenhos de estrelas e uma lua no centro. As duas alianças encaixadas, formando apenas uma. – Eu escolhi comprar essas alianças pois eu sempre me identifiquei com a lua. Eu costumava dizer que era a própria e estava à espera do meu sol. Desde a primeira vez que te vi eu soube que era você, Camz. Essas alianças se completam pois a lua não é nada sem o sol, ela não possuiria brilho algum sem ele. E é exatamente assim que eu me sinto quando não estou com você. – Ela pegou a aliança do sol e segurou-a próximo a minha mão direita. – O que eu quero te pedir é que juntamente comigo venha esperar o dia do nosso eclipse. Que me faça brilhar por tê-la em minha vida.... – Ela limpou a garganta e continuou. – Camila Cabello, você quer namorar comigo?

-Obvio que sim, Lolo. – Disse e me joguei em cima dela a beijando ternamente. As lagrimas escorriam por todo meu rosto, mas, diferente dos dias anteriores, era de felicidade. 


Notas Finais


Leiam as notas inicias e finais do próximo capitulo, é importante!!!!!


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