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História The Last Chance - The Last Pain


Escrita por: Akira_Suzuki

Notas do Autor


Notas finais

Capítulo 10 - The Last Pain


Fanfic / Fanfiction The Last Chance - The Last Pain

Eu tentava aquecê-lo de todas as maneiras, mas nada adiantava, Ruki continuava gelado. Olhei para o aparelho que indicava seus batimentos para ter certeza de que ele ainda estava vivo, soltando um suspiro aliviado ao ver que seu coração ainda batia, fraco, mas ele ainda estava ali comigo.

-Takanori, por favor, me ajuda a te tirar dessa. Você é forte, você consegue...-Eu sussurrava próximo ao seu ouvindo. Eu queria que ele dissesse alguma coisa, mas eu sabia que seria quase impossível para ele naquele momento.-Ruki,por favor,não faz isso comigo...-De repente eu comecei a chorar desesperado,abraçando Ruki que estava deitado sobre a cama hospitalar.

-E-Eu...-Me assustei e o fitei, Ruki tentava falar alguma coisa, porém não conseguia pois não tinha força.-Te...A..Am..o.-Terminou sua frase e, mesmo que mínimo, abriu seus olhos para me fitar e, assim que encontrou meus olhos, sorriu, um sorriso fraco, leve, mas que me confortou por pouco tempo. Após este sorrir, o aparelho que indicava seus batimentos cardíacos fez o típico som de que não havia mais nenhum coração batendo ali.

-RUKI!-Acabei gritando e comecei a chacoalhá-lo, na esperança de que ele fosse acordar e me dizer que era apenas uma brincadeira dele.

-Akira, eu achei os cobertores...O QUE ACONTECEU?-Uruha se aproximou correndo e me olhou, com os olhos prestes à transbordar.Eu vou chamar alguém.-Saiu correndo do quarto em busca de um enfermeiro ou alguém que estivesse ali por perto para fazer algo, mas eu já sabia que não teria mais jeito. Era uma coisa que eu não queria aceitar, mas eu sabia que Ruki já tinha partido e não voltaria mais.

Puxei uma de suas mãos e a apertei com força, sentindo a frieza de sua pele.

-Você é tudo para mim, Takanori.-Eu dizia entre soluços alto, enquanto estava com a cabeça deitada sobre seu corpo.

Uma enfermeira adentrou o quarto com um médico ao seu lado, me retirando do lado de Ruki e pedindo para que eu saísse do recinto.

Eu saí e fui para a sala de espera com Uruha ao meu lado, que no entanto eu não tinha percebido a presença dele ali. Este me sentou na cadeira e se ajoelhou na minha frente.

-Akira...-Ele não sabia o que dizer e eu compreendia, apenas me inclinei em direção a ele e o abracei fortemente.

-Eu sei que ele já se foi...-Uruha apenas afagou meu cabelo como forma de consolo.

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Dois dias depois...

Hoje era o enterro do corpo do Takanori, eu ainda não acreditava naquilo, mas teria que aprender a viver com a dor.

Estava no quarto tentando me arrumar para ver o rosto dele uma última vez. Coloquei a primeira roupa que eu vi na frente pois não queria me arrumar para uma coisa triste. O que o Ruki pensaria de mim?

"Está se arrumando porque está feliz de me ver morto, né?" - Pensei nisso com a voz de Ruki soando em meus ouvidos e acabei rindo de leve ao lembrar do seu jeito e de suas feições que faria neste momento.

Por todos os cômodos da casa que eu andava eu tinha uma lembrança dele.

No banheiro eu via sua silhueta tomando banho.

No quarto eu o via jogado na cama sorrindo com um livro nas mãos.

Na cozinha eu o via cozinhando para mim.

Na sala eu o via deitado entre as almofadas, com seu caderno nas mãos, compondo algo novo.

Sua presença, mesmo que ele estivesse em silêncio, concentrado em algo, me deixava feliz. Me deixava feliz por saber que eu tinha alguém ao meu lado, que eu poderia compartilhar tudo e dar amor.

Ruki foi o meu único amor verdadeiro.

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Estava no carro com os outros rapazes, mas não parecia porque o silêncio reinava dentro do carro. Ninguém se atrevia a puxar assunto de uma coisa aleatória para tentar animar.

Assim que chegamos no local onde seria o enterro, me aproximei do caixão e acariciei-o de leve, como se estivesse tocando Ruki novamente.

-Akira.-Alguém tocou meu ombro. Me virei para verificar quem era e me deparei com um senhor, de aproximadamente 60 anos, e uma mulher ao seu lado, que indaguei ser sua esposa.

-Hai...

-Eu sou o pai do Takanori, Matsumoto Satoru e essa é minha esposa, Matsumoto Azumi. O irmão dele não pôde comparecer porque está em outro país a trabalho.

-Entendo...

-Olha, sabemos que não fomos presentes com o Ruki, mas foi um choque para nós ao sabermos que ele faleceu. Queríamos agradecê-lo por ter estado ao lado do Ruki este tempo todo em que não estivemos com ele. Muito obrigado, Akira-san.-Pegou uma de minhas mãos e a cobriu com suas mãos, como forma de agradecimento.

Sua esposa não conseguia falar nada, pois pôs-se a chorar.

-Obrigada...-Esta foi sua única palavra antes de me abraçar,

-Tenho certeza que ele está bem melhor que nós agora.-Falei para ela, sentindo esta sorrir levemente.

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A dor no meu peito só aumentou ao ver aquele caixão descer, lentamente, sete palmos de terra com o corpo do Ruki dentro. Eu tentava segurar as lágrimas, mas não consegui, acabei desabando. Uruha se aproximou e me abraçou, me permitindo colocar minha cabeça eu seu ombro e chorar ainda mais. Não demorou e logo Aoi e Kai se aproximaram, nos dando um abraço coletivo.

Fechei meus olhos e senti o toco já conhecido de duas mãos delicadas. Abri meus olhos e me deparei com Ruki totalmente de branco à minha frente, enxugando minhas lágrimas e sorrindo para mim em seguida.

-Eu te amo.-Sussurrou e somente eu podia escutá-lo.

-Eu te amo muito.-Sussurrei de volta.

Fechei o olhos novamente e senti os toques das mãos sumirem, imaginando que Ruki tinha ido.

-Vamos para casa?-Uruha perguntou.

-Hai.-Assenti e o fitei, dando uma olhada rápida para onde Ruki estava, tendo meus pensamentos respondidos ao não ver Takanori mais ali.

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Uma semana depois...

"Sei que parece bobagem, mas eu não aguentava mais. Eu sei que vocês, rapazes, ao encontrar esta carta, vão me dizer que eu tinha que ter aguentado mais tempo, que esta dor passaria, iria demorar, mas ela iria passar. Me perdoem e quero que saibam que eu sei que vou ficar mais feliz agora junto com Takanori, desta vez para sempre. Sem mais mortes, sem machucados, sem doenças. Esta é a vida perfeita para mim. Agradeço por todos os momentos que tivemos juntos, não quero que pensem que sou ingrato por terem ficado ao meu lado nos momentos mais difíceis, mas é assim que eu quero a minha vida de agora em diante. Só eu e Takanori.

Eu o vejo por todos os cômodos da casa, me dizendo que esta é a coisa certa a se fazer. E eu acredito nele.

Mais uma vez, obrigado.

Suzuki Akira."

Assim que eu terminei de escrever a carta, peguei a arma, que eu havia comprado esta semana, de cima do criado-mudo ao meu lado. Fui em frente ao espelho, coloquei a arma sobre a minha cabeça e disparei, sem pensar duas vezes, caindo, já sem vida, no chão gélido do quarto.

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Me encontrava caminhando por um lugar totalmente branco, até que árvores começara a surgir. Continuei caminhando até que uma dessas árvores me chamou atenção, não por possuir folhas de cores diferentes, mas porque havia a presença de um alguém ali. Me aproximei e, assim que a visão do seu rosto de tornou perfeita para meu olhos, me aproximei correndo. Retirei o livro de suas mãos e o fitei, vendo sua expressão se fechar e o típico Takanori irritado aparecer.

-Mas você não perde essa mania de ler nem aqui?-Quando seus olhos se levantaram e encontraram os meus, um sorriso enorme surgiu nos seus lábios.

-MEU AMOR!-Praticamente gritou e se ergueu, pulando no meu pescoço e me abraçando apertado. Devolvi o abraço, afundando meu rosto em seu pescoço, sentindo seu cheiro novamente.

-Eu não acredito...-Se pronunciou, separando o abraço para me fitar, onde eu pude ver que estava chorando.

-Eu também não acredito.-Sorri.

-Mas como você está aqui?

-Arma...-Foi a única coisa que eu disse.

-Arma...?-Ele olhou para cima e começou a pensar.-Espera, você se...-E eu apenas assenti com a cabeça.

-Ah, Akira, por quê?

-Eu queria você de novo, Ruki. A dor já era insuportável.

-Eu posso imaginar...Mas e os outros?

-Eu deixei uma explicação para eles.

-Carta?

-Exatamente.-E ele apenas riu, me fazendo rir junto. Ah, como era bom ouvi-lo rir novamente!

-Como eu não estou no inferno, por ter me matado?-Acabei questionando.

-Akira, céu e inferno não existem, só existe um lugar para onde as pessoas vão após a morte, que é este. Um plano diferente, melhor.

Eu apenas sorri e o abracei novamente, desta vez não resistindo e o beijando como antigamente, sendo prontamente atendido por ele.

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Uruha pov's on

Carro de polícia e ambulância. Era isto que se encontravam na porta da casa de Akira. Eu já imaginava o que poderia ter acontecido porque ele já me contou uma vez.

Adeus, Akira.

Era a única coisa que eu conseguia pensar.

-Desculpe, senhor, mas parece que o seu amigo se matou.-Um policial disse ao me encontrar, pois não nos deixaram passar. Sim, estava eu, Aoi e Kai na casa dele. Não na casa exatamente, mas na rua em frente a sua casa.

-Eu já imaginava.-Eu sabia que um dia isso iria acontecer. Mesmo sabendo disso, eu chorei. Chorei como criança.

Primeiro o Ruki e agora o Reita...

Após a notícia, o mesmo policial me entregou uma carta e um caderno.

Abri a carta e comecei a lê-la e logo as letras se embaralharam por conta das lágrimas que eu, sem sucesso, tentei impedi-las.

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Em casa, abri a carta novamente e a li desde onde eu tinha parado, indo mostrá-la para Aoi em seguida.

Assim que eu entreguei a carta para ele ler, peguei o caderno. Abri e vi que eram os cadernos que Ruki compunha suas músicas. O caderno que nem mesmo Akira tinha tocado, eu estava lendo.

Comecei a ler as letras, vendo que algumas eram tristes e outras já eram mais alegres, como se ele estivesse tentando esquecer que ele estava doente.

A gravadora...

Saí de casa correndo e fui para a gravadora com o meu carro, sem ao menos dar uma explicação aonde iria para Aoi.

-Olá, eu queria saber se tem algum CD do Matsumoto Takanori gravado aqui.-Falei com a recepcionista do local.

-Só um momento, senhor, irei verificar.

-Tudo bem...-E do nada eu fiquei nervoso. Acho que era ansiedade.

Após uns cinco minutos de espera, ela me aparece com um CD em uma capinha, escrito "Matsumoto".

-Muito obrigado.-Agradeci vendo ela retribuir com um sorriso.

Me apressei em sair do lugar e entrei no carro.

Assim que entrei em casa, fui direto para a sala onde tinha um som. Coloquei o CD lá e logo uma música começou a tocar e a fez do Ruki se fez presente, me deixando encantado com a voz potente que ele tinha.

-Você tinha uma voz tão maravilhosa e nunca nos deixou ouvi-lo cantar...

-Uruha, onde você estava e que música é essa?

-Aoi...É o Ruki...-Sorri bobo.

-Uau...-E ele se sentou ao meu lado, no chão, onde ficamos ouvindo a voz dele por muito tempo.

 


Notas Finais


Só pra constar, a música que o Uruha e o Aoi estavam ouvindo era Without a Trace.
Gente, queria comentários depois desse fim da fanfic. Me desculpem qualquer demora <3
Eu estou mal depois de matar o Ruki TT-TT
Kissus e até alguma fic nova.
OBRIGADA, BARAKAMON, POR TODOS OS SEUS COMENTÁRIOS E ME DESCULPA PELOS COMENTÁRIOS QUE EU NÃO RESPONDI <3


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