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História The Last Hope- Diário da Suicida - Adrenalina de Morte


Escrita por: Anny-Uchiha7

Notas do Autor


E não é que eu apareci meu povo? xD
(Cinco pessoas levantam a mão e ficam felizes)
Quem é que estava louco pro próximo cap por causa do fim do outro? pois é, e agora eu estou aqui com a continuação!!!
Espero que gostem!

Capítulo 8 - Adrenalina de Morte


Fanfic / Fanfiction The Last Hope- Diário da Suicida - Adrenalina de Morte

Vyoleta POVs

E pensar que a verdade poderia ser tão cortante a ponto de sangrar sem ser dita. Naquele momento, diante de Bruno, sendo segurada forte por aquele bandido, ele ameaçava a minha vida sem nem nunca ter me visto. Me senti como se havia previsto minha própria morte, e ela aconteceria aos olhos de quem eu nem pude conhecer direito. O dia mais feliz de minha vida com certeza não era aquele.

Bom, eu já havia me encontrado com o garoto que tinha mudado a minha vida. Eu poderia morrer feliz. Pelo menos até aquele momento. Mas mesmo assim, não me sentia daquela maneira, estava muito mais assustada do que conformada.

O rapaz encapuzado apontava a arma na direção da minha cabeça, enquanto me agarrava fortemente pelo pescoço, me impedindo de fugir. Ele gritava para Bruno lhe passar o dinheiro.

-E-eu...-Bruno gaguejava-eu estou sem nada aqui agora...se puder esperar eu buscar o dinheiro em minha casa...

-Deixa de ser frouxo Bruno!! Nós dois sabemos que você não mora aqui!-gritava o rapaz, puxando os meus cabelos com força, irado, enquanto eu tentava não gritar.

-Se eu deixar a moça ir...vocês dois irão fugir! Não vou deixar isso acontecer!- ele disse mais uma vez e desta vez encostou a arma na minha cabeça.

Ao dizer isso eu escuto ele puxar o gatilho. Porém, ao abrir meus olhos, eu vejo uma arma apontada em minha direção, mas não era aquela encostada na minha cabeça. Bruno estava com um revólver apontado na minha direção.

A única coisa que não se encaixava na minha cabeça naquele momento era; o que Bruno estava fazendo com uma porra de revólver na mão??! Que caralhos estava acontecendo ali?!! Bruno... aquele garoto tão simpático e tão gentil...por que tinha um revólver em mãos??!

-Ah ha!! Então você é mesmo aquele assassino que meu pai tem tanto me falado!! Vamos lá, Bruno! Se você atirar, vai acertar sua preciosa namoradinha!-dizia o garoto, quase que satisfeito, me deixando sufocada.

Naquele momento olhei bem para Bruno. Aqueles olhos não eram os mesmos olhos reconfortantes que eu via através da webcam ou tampouco os mesmos olhos que eu observara com tanta alegria ao encontrá-lo no barracão da mecânica. Não eram mais nada do que eu conhecia sobre ele, eu não conhecia mais aqueles olhos, talvez nunca tivesse conhecido eles de verdade. Eu só conseguia enxergar que ali dentro, tudo estava perdido, tão perdido que já não poderia encontrar mais nada.

Aqueles olhos não podiam mais enxergar mais nenhum vestígio de emoção. Ele estava trancafiado dentro de alguma paranoia, e eu tinha certeza absoluta que aquilo poderia me matar lentamente de um jeito pior do que com um tiro certeiro na cabeça.

Foi então que, naquele instante fechei meus olhos e mergulhei dentro de minha razão pela última vez. Peguei a tesoura que estava em meu bolso da blusa e finquei-a na barriga do bandido. Foi tudo muito rápido mas mesmo assim numa lentidão mortífera para mim. O bandido se contorceu com raiva, ajoelhando-se no chão. Foi o suficiente para ele me soltar e eu sair correndo.

Meus passos eram pesados e lentos e quase impossíveis de me ajudarem a fugir. Aquele rapaz iria levantar e iria atirar em mim, aliás, eu tinha certeza absoluta que quando dei meu terceiro passo, ele já estava se levantando. Porém, quando passei por Bruno eu ouvi o gatilho sendo puxado. Uma lágrima solitária caiu de meu rosto e tudo o que eu sentia naquele momento era desespero. Bruno havia acabado de atirar em um homem bem na minha frente. Era só nisso que eu conseguia pensar enquanto saía correndo sem rumo para longe daquele cena ensanguentada e horrível. Enquanto eu saía correndo da pessoa que havia me encantado e agora eu não conhecia mais. Ou talvez nunca tivesse conhecido de verdade.

Me escondi num beco qualquer. Eu poderia morrer só pelo medo que sentia de ver aqueles olhos novamente. Eu tinha medo daquela cidade, daquelas pessoas e agora tinha medo de Bruno também... EM QUEM EU PODERIA CONFIAR?!

Desabei a chorar após várias lágrimas mancharem meu rosto por completo. Eu queria sumir, eu queria sumir. Era só nisso que eu conseguia pensar. Eu queria fugir para algum sonho bonito, eu não queria acreditar que aquilo tudo havia acabado de acontecer. Meus sonhos foram destruídos. Eu havia visto com meus próprios olhos quem realmente era aquele garoto misterioso. Era impossível de esquecer ou tirar aquilo da minha cabeça. Bruno era um assassino.

O barulho do gatilho sendo puxado, o rapaz caindo no chão...minhas pernas tremiam, minhas mãos estavam geladas. Eu pensava também eu havia ajudado Bruno a fazer aquilo...e será que não teria sido melhor morrer nas mãos dele...?

Enquanto chorava e tentava esquecer do rosto de Bruno, eu procurei meu celular em minha mochila. Eu iria ir embora. Iria chamar aquele taxista, estivesse onde ele estivesse...Eu discava os números trêmula, tentando não molhar o celular com minhas lágrimas. Nisso, ao escuto barulhos de passos. Eles pareciam apressados, desesperados eu diria.

Então Bruno aparece em minha frente. Não eu não conseguia olhar para o rosto dele. Ele estava a uns dois metros de distância de mim.

- Você gosta de encontrar...suas vítimas no beco?-eu disse sussurrando, derrubando mais um monte de lágrimas, gaguejando e tremendo.

-Vyoleta...

-Me deixe ir embora, Bruno- eu disse e acabei levantando meu rosto olhando para ele por um instante

Mais lágrimas estúpidas caíram e eu respirei fundo enquanto chorava

-Vyoleta...eu só vou te pedir uma coisa...

-Não chega perto de mim!!!!

-Não tenha medo...- ele disse quase que implorando, porém desta vez, ele é que não conseguia olhar em meus olhos

-Você...Você tem um revólver...Você...VOCÊ MATOU UM HOMEM NA MINHA FRENTE E ME PEDE PARA NÃO TER MEDO??!!

Eu dizia e me batia na parede do beco, inconformada com tudo aquilo. Acabei desabando no choro outra vez, tudo aquilo me machucava muito. Mas eu não tinha medo do que Bruno podia fazer comigo e sim dele mesmo, de quem ele era, de quem ele poderia ter se tornado e eu nem havia  percebido.

 Enquanto eu chorava feito uma criancinha, ele ia se aproximando devagar. Até que com os olhos fechados, eu podia sentir sua respiração próxima. Então eu arrisco abrir meus olhos e ele beija minha testa delicadamente. Aqueles lábios frios tocaram a minha testa repentinamente.

-Eu prometo...vai ficar tudo bem...- ele sussurrava numa melodia excêntrica

Eu suspirei. Por algum motivo, meu desespero se esvaiu feito fumaça. Depois de beijar minha testa, ele limpou algumas lágrimas de meu rosto. Aquele toque, continuava me mantendo segura...mesmo eu sabendo que era o toque dos mesmos dedos que puxaram aquele mesmo gatilho...

Talvez ele continuasse sendo a mesma pessoa...

-Vamos sair daqui?

Eu não disse nada, apenas o segui. Ele pegou uma moto de algum lugar e então falou para eu subir. Andamos de moto pela cidade e então ele começou a acelerar.

Me agarrei a ele, sentindo todos aqueles carros passando por mim, sentindo toda aquela adrenalina...algo que nunca senti daquela forma. Com tanta loucura.

Is it enough to love?

is it enough to breathe

Somebody wreack my heart out

And leave me here to bleed...

É o suficiente para amar?

é o suficiente para respirar

Alguém arranque meu coração

e me deixe aqui para sangrar...

Is it enough to die?

Somebody save my life

I rather be anything but ordinary please...

É o suficiente para morrer?

Alguém salve a minha vida

Eu prefiro ser qualquer coisa menos normal por favor...

 

                                                                        

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Música: Anything but Ordinary - Avril Lavigne
(se puderem escutar junto lendo o capítulo é melhor, até para imaginar.)
Bom, é isso anjos. Preciso ir dormir agora.
Até o próximo capítulo! :)


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