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História The Last Hope- Diário da Suicida - A Vingança


Escrita por: Anny-Uchiha7

Notas do Autor


Boa noite a todos que acompanham minha história! <3
(Ué, pq postando tão cedo? )
Um leitor muito querido meu, pediu para que eu postasse logo o 9° capítulo, e eu fiquei tão contente, que sim, minha gente, NÃO É UMA PEGADINHA!!!
ISTO DAQUI É UMA ATUALIZAÇÃO DE THE LAST HOPE! UHULLL
Espero que gostem!! XD

Capítulo 9 - A Vingança


Fanfic / Fanfiction The Last Hope- Diário da Suicida - A Vingança

Bruno POVS

''Quando tudo o que você faz durante sua vida inteira não presta e não significa nada para ninguém, você não sente nada, você continua sendo quem sempre foi. Mas quando apenas uma pessoa sorri para você, aquecendo seu coração, sem você ter nunca lhe oferecido nada, você passa a perceber a pessoa que sempre foi e nunca percebeu. Tudo começa a fazer sentido.''

Mesmo andando com a moto acelerada daquele jeito, eu sentia tudo passar lentamente. Carros, caminhões, prédios... Quanto eu mais acelerava aquele ritmo, mais Vyoleta se segurava em mim...aquele toque dela, fazia tudo passar devagar...

Naquela noite então, nós dois saímos de DrockTown. Partimos para a cidade a qual eu morava; Monthland. Era uma cidade maior que DrockTown, óbvio, porém, nós dois nem sequer passamos pelo centro. Fomos para minha casa, que ficava no subúrbio. 

Ajudei Vyoleta a descer da moto, dei  minha mão para ela segurar, mas a mão dela estava gelada. Entramos em  casa, eu ascendi a luz e fui tirando algumas coisas do caminho. Ela não dizia palavra sequer, mas me seguiu escadas acima. Abri a porta de meu quarto e entrei, porém ela ficou parada no corredor, pensando em alguma coisa, distante. 

-Essa é sua casa?- ela finalmente falou, mas sem olhar diretamente para mim

-É alugada.-eu respondi, me aproximando mais dela

Vi ela se abraçar com frio, então tirei minha jaqueta e entreguei para ela.

-Toma, você está com frio.

Porém, ela me olhou fixamente e o suposto frio daquele olhar me incomodou um pouco.

-Não precisa me dar sua jaqueta, eu... trouxe bastante agasalho na minha mochila.

-Tudo bem.- eu disse e deixei a jaqueta pendurada numa cadeira próxima a ela.

Suspirei fundo e iria descer as escadas, porém ela me chamou.

-Bruno! Eu poderia tomar banho aqui?

-Claro! Quer que eu te arranje algo?

-Não! Quero dizer... não precisa, eu... não quero incomodar, só me mostre onde fica o banheiro.

Levei-a para o banheiro do meu quarto e depois desci as escadas e comecei a pensar no tanto de coisas que haviam acontecido naquele dia. Olhei para o relógio; Eram 00:00 exatamente. Eu havia encontrado Vyoleta nas ruas de DrockTown, ela me impediu de cair de cima de um prédio e...ficou sabendo que eu era um assassino. Tudo aquilo havia acontecido em apenas um dia. UM DIA, PORRA! Eu quase a perdi, ela quase desapareceu , quase me odiou para sempre... e agora ela estava ali, na minha casa, comigo. Será que eu estava a forçando a ficar ali? A ficar comigo?

Depois de quinze minutos, eu subi para meu quarto e ela saiu do banheiro. Estava usando uma camiseta lilás e um shorts preto. Cobria, ou pelo menos, tentava ao máximo cobrir seus braços com eles mesmos, parecendo estar apreensiva.

-Vyoleta...

-Não olhe para meus braços, Bruno...

-Quanto mais você tentar esconder, mais eu vou enxergar.- eu disse sério e me sentei na cama olhando para ela, que ainda estava de pé e parecia paralisada. 

-Você também escondeu coisas de mim.- ela disse e eu pude sentir a raiva comprimida dela.- O que é uma merda de cicatriz comparada a um revólver?! Hein?!

-Vyoleta...

-Vai me dizer que andava com uma arma só para se defender e mais nada?

-Eu não vou mentir pra você.

-Você já mentiu.- ela disse e se sentou na cama, porém virada de costas para mim.

-Eu nunca menti! Eu disse que tinha batalhas incompletas!...-eu disse com raiva e me levantei da cama e andei pelo quarto

-Mas você... você nunca me contou nada!! Por que você nunca me deixou saber sobre a sua vida, Bruno?? - Vyoleta também se levantou e veio atrás de mim

-EU NÃO QUERIA TE COLOCAR NISSO!!- eu disse com raiva e me viro para ela. Nós dois estávamos a poucos centímetros de distância um do outro.

-Bom, parece que eu já estou envolvida nisso agora.- Vyoleta sussurra e olha fixamente para mim.

-Eu não queria...eu não podia te contar sobre a minha vingança porque eu não queria, eu não queria mais ser aquela pessoa! Com você, eu conseguia ser uma pessoa melhor, eu não queria que você soubesse que sou esse ser frio e repugnante!

-Uma pessoa...melhor?...Comigo?- ela dizia, meio atordoada.

-Vyoleta...você mudou quem eu sou.

Ela se virou novamente. Seus olhos estavam lacrimejados e então ela sorriu.

-Você também me mudou.

De repente, nós dois nos aproximamos e nos abraçamos. Devagar e intensamente. Parecia que aquele era o nosso primeiro abraço.Ela se afastou depois disso e sentou novamente na cama. Eu deitei do outro lado e comecei a contar da minha vida antes de conhecê-la.

-Quando eu tinha seis anos, uma família rica me adotou, pois minha mãe morreu. Essa família era composta de pai, mãe e também dois irmãos. Três comigo. Vítor, o mais velho e Rodrigo o mais novo. O tempo foi passando, eu tinha poucos amigos, isto é, meus irmãos eram o que eu chamava de amigos. Mas agora mais nenhum deles são.

Enquanto eu contava aquilo, Vyoleta foi deitando na cama também. Ela estava cansada daquele dia, assim como eu.

-Aconteceu quando...meu irmão, Vítor...quando tinha vinte anos de idade, Rodrigo dezoito anos e eu quinze ainda. Vítor ficou bêbado por algum motivo, um motivo que não era normal e também pegou o carro naquela noite. Eu era a única pessoa que sabia do estado dele, então saí com um carro emprestado atrás dele. Eu estava quase o alcançando... então ele me viu e ficou desesperado. Perdeu a direção por três segundos e virou na contramão... acabou batendo de frente com um caminhão.

Eu suspirei profundo mais uma vez, tentando encontrar força em mim mesmo para continuar de contar aquela história.

-Bruno...me desculpa.

-Por que você está se desculpando?

-Eu não devia estar te fazendo contar essa história...-Vyoleta dizia parecendo bastante culpada.

-Não se preocupe com isso, eu quero que você saiba de tudo agora.- eu disse e olhei fixamente para ela- Logo depois do velório e do enterro, meu outro irmão passou a me perseguir. Ele diz que a culpa do acidente é toda minha, que aquilo tudo que aconteceu...não passou de um plano meu. Só porque...SÓ PORQUE EU FUI ATRÁS DELE NAQUELA NOITE! Então eu fugi na noite seguinte...Angélica me ajudou, me deu um lugar para ficar até meu luto passar. Mas...quando eu voltei, todos daquela família estavam contra mim. Eles não queriam me ver preso, mas não queriam mais que eu morasse com eles.

Mesmo morando longe, eu os visitava. Nessas visitas, Rodrigo, meu irmão de criação, me chamava de traidor e de assassino. Ele nunca iria superar a morte de Vítor e sempre iria colocar a culpa em mim. Eu parei de visitar minha família, mas mesmo assim...ele continuava me perseguindo e dizendo para todos que eu era um assassino. Um dia, eu não aguentei mais e peguei esse revólver...

-Você o matou?

-Não...ainda não o matei. Mas agora ele sabe que eu quero matá-lo. Ele quer provar para todos que eu sou mesmo um assassino.

Eu parei de falar e comecei a observar Vyoleta deitada do meu lado. Ela também olhava para mim. Não friamente, mas calmamente. Ela não ligava mais se eu estava olhando suas cicatrizes ou deixava de estar olhando. Aos poucos, ela foi adormecendo. Automaticamente, eu fui me aproximando dela, e coloquei a cabeça dela sobre meu braço.

''Her hands are so cold, and he kisses her face

And says: ''Everything will be alright''

''Suas mãos estão tão frias, e ele beija o rosto dela

e diz: ''Tudo vai ficar bem''

Eu comecei a me lembrar de tudo que já havíamos passado juntos, eu não queria que aquele momento acabasse, eu só queria que ela continuasse ali comigo...

''He noticed the gun, and his rage grew inside

he said: ''I'll avenge my lover tonight'' ''

''Ele percebeu a arma, e sua raiva cresceu por dentro

ele disse '' Eu irei vingar meu amor esta noite'' ''

Durante algum tempo, eu realmente não queria dizer que aquela garota era tão importante para mim. Eu queria não me importar com nada. Mas quando eu vi aquele moleque apontando aquela arma na cabeça dela, eu não sei o que deu em mim. Eu só queria salvá-la. Ela acreditando em mim ou não. Eu não queria ver mais uma pessoa importante para mim, estirada no chão. Foi aí que eu percebi que aquele seria o único jeito. 

''Stay with me, until I fall asleep

stay with me...

Stay with me until I fall asleep

stay with me...''

''Fique comigo até eu adormecer

fique comigo...

Fique comigo até eu adormecer

fique comigo...''

 

 

 

 

 


Notas Finais


Música do Capítulo de hoje: Kiss It All Better- He Is We ( música desgraçadamente linda, ouçam enquanto leem)
O que acharam da história do Bruno? O Rodrigo merece ou não merece morrer?
Bom é isso. Nos vemos no próximo capítulo.
Boa noite e até a próxima! :)


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