Fiquei pasma com o jeito em que Jace está lidando comigo. Qual o problema dele? Ele acha que e mudei e que estou outra pessoa? Isso não é possível de acontecer... Quem diabos ele pensa que eu sou?! E quem ele pensa que é para agir desta maneira para com sua mãe?!
— Como ele está diferente.— disse o Randy, terminando o serviço que Donald nem conseguia que era puxar a corda rapidamente até o topo para pegar mais água.
— Sim... Esse é o problema.— resolvo dizer, ajudando-o a organizar os baldes enquanto Donald e Ernan levava dois em dois.
— Está tudo bem mesmo? Por pouco e Jace cometia uma loucura...!!— Randy sussurrou, olhando-me sério.
— Está, já disse. Vejo que os dois não se dão muito bem... — comento, terminando de encher todos os baldes e sentando no degrau.
— Desde um tempo isso vem acontecendo.
— Quando necessariamente?— perguntei, curiosa.
— Por muito tempo... Desde a nossa formação de time.— Randy explicou.
— Como eu não notei isso? Céus...— fiquei abismada comigo mesma.
— Oh, sim... Tudo porque eu alertei sobre o seu pai. Eu confesso que fiquei assustado quando vi.— comentou Randy, sentando ao meu lado enquanto limpava suas mãos.
— Quando viu o quê? O pai dele abandoná-los?— pergunto, olhando ao redor.
—Sim. Lembro-me que, naquele dia, eu estava muito cansado. Seu pai quis me recompensar com um dia livre. E eu estava andando pela cidade em busca de algo para fazer enquanto muitos foram para batalhar para conter uma pequena invasão por desconhecidos perto da floresta... E Jace era um dos escolhidos.— ele disse, pausando.
— E o que aconteceu depois?— perguntei, insistindo que continuasse.
— Bom, estava muito escuro, e, por isso, eu estava com lanterna. Parei assim que escutei uma discussão, era Billdin e Andrya. Não sei bem o que disseram um ao outro pois não escutava muito bem do local em que eu estava... Mas sei que ela ficou chorando e quando me dei conta, ele já estava muito longe. — Randy contou, finalmente. Lembrando de tudo.
— E por dizer a verdade que ele não se dá bem com você?— insisto novamente na conversa e Randy sorri envergonhado.
— Ele era e ainda é apaixonado por... Ariane. — Randy contou.
— Pela Aria?— fiquei surpresa com o que escutei. Ariane, de fato é encantadora... A sua maneira.
— Sim, ela mesma! Como eu fazia parte de sua equipe, e, consequentemente, ela também. Erámos muito proximos. E Jace achava que eu tinha algo a mais que amizade.— respondeu ele, nada sorridente.
— E o que disse a ele? Tentou convencê-lo de que não é verdade?— pergunto, insistindo e interessada.
— Sabe como é o Jace...!? Sempre estava nos observando! Ele nunca dizia nada para ela, por isso, era motivo o suficiente para achar que tinhamos um envolvimento além do esperado. Nós riámos e conversavámos, contanto as missões...
{...}
Casa dos Campbell.
— Por que diabos esse idiota voltou...!?— disse Jace, para ninguém em particular.
— O que foi aquilo, Jace?— perguntou sua mãe, incrédula.
— A senhora, as vezes, me deixa irritado.— Jace vociferou sem delonga.
— Mas... O que eu fiz para que ficasse daquele jeito?!— Andrya murmurou irritada também. Confusa.
— Por qual motivo Diana estava ao seu lado? Ela veio até aqui de novo?— perguntou ele, cruzando seus braços.
— Ela me viu no campo das flores de Loretta. Eu a chamei para vim. Ela me ajudou com as cestas e aí, acabamos vendo você... Ela não queria incomodar. Ela só quer nos ajudar, filho!— respondeu sua mãe, impaciente.
— E aquele desgraçado do Randy voltou em má hora...
— Não diga coisas assim! Esse não é você... Vocês eram tão amigos!— Andrya o repreendeu.
— Disse certo, mãe... Eramos!— Jace revidou.
— Isso não está certo... Deveriam voltar a se falarem como antes, serem parceiros...— Andrya comentou e Jace não gostou nada disso. Apenas riu nervoso.
— Por que ele simplesmente não ficou lá em Merican e casou com Mirea? Seria bom. Menos um para encher o saco!— respondeu Jace, ajudando-a com as cestas.
— Não pense desse jeito! Sempre foram amigos... Agora está diferente com ele? Posso saber o porquê?— Jace ficou calado, sua mãe insistiu mas ele nada disse. Ele foi para seu quarto.
{...}
Em direção a casa da Diana...
— E então? Como foi a viagem?— perguntei ao caminhar ao seu lado. Muitas pessoas nos encaravam.
— Ah, foi interessante... E exaustiva.— ele respondeu, nada disposto.
— Espero que tenha pensado no que propûs.— respondi, afim de saber logo a resposta, sorrindo.
— Sobre a viagem de última hora? Estou pensando.— Randy murmurou, dando risada.
— Hey, Randy! Como está diferente...— paramos assim que Sally cruzou em nosso caminho.
— Ah... Oi...?! Sally!— ele disse, ao relembrar.
— Fico contente que não tenha se esquecido de meu nome...— comentou Sally ao aproximar-se dele.
— Podemos conversar depois?— Randy perguntou, vendo o quanto Sally ficou confusa.
— Por quê não agora?— ela revidou a pergunta, passando suas mãos sobre seus ombros.
— Estou no meio de uma conversa importante.— ele murmurou olhando para mim.
— Diana...— Sally indagou com desgosto.
— Sally.— reviro os olhos ao mencioná-la. Randy nos olhou confuso e riu.
— Conversaremos depois, ok?— Randy sugeriu. Sally olhou-me pela ultima vez e assentiu.
— Te vejo depois.— Sally sussurrou no ouvido do mesmo.
— Essa garota é estranha.— Ele murmurou, fazendo cara de susto.
— Sempre foi.— Afirmei o que ele disse. Continuamos a conversar e a caminhar até ver Merida conversando com Tairak.
{...}
MERAK.
EM FRENTE A ARVORE AO LADO DA MURALHA.
— Olá, Merida!— disse Tairak todo sorridente.
— O que pensa que está fazendo?— ela perguntou seriamente.
— Bem... Apreciando esse bom lugar. O que mais poderia fazer além disso, por agora?— perguntou Tairak olhando que Makauss lentamente se afastava.
— E enquanto a Diana?— Merida referiu-se a ela.
— O que tem a garota?— Tairak mudou sua direção de olhar ao observar o céu.
— Você disse que iria tentar... Ajudá-la da melhor maneira, cuidando dela... Orientando!— Merida comecou a dizer.
— É o que estou fazendo. Mas qual é... Não irei ficar no pé dela o tempo todo!— Tairak disse, revirando os olhos.
— Isso não importa, Tairak!— Merida respondeu.
— O que importa pra você?!— perguntou Tairak.
— Céus... Qual o seu problema?!— Merida vociferou irritada.
— Ah... Merida! O que eu fiz agora?!— Tairak respondeu irritado.
— Está claro que não está nada disposto a continuar com isso... Com o que prometeu. Não tem paciência com a garota?!— Merida perguntou.
— Eu estou fazendo até o impossível para ter, ok?— Tairak retrucou nada contente.
— Não estou vendo esse esforço todo que tanto diz.— Merida indagou, revoltada.
— Ok... Merida, sei que prometeu a sua amiga, cujo mãe de Diana que iria protegê-la e cuidar dela... Assim eu fiz com James... Mas...— Tairak recebeu um belo de um tapa.
— Não mencione-os!— Merida ficou nervosa só de ouvi-lo dizer.
— Vou fingir que isso aqui não aconteceu.— Tairak indagou referindo-se ao tapa.
— Diga o que quiser... Você mereceu.— Merida sorriu em resposta.
— Maldita...— Tairak sussurrou.
— Senhor, não é nada agradável a ira das magas de Raigok... Dizem que elas são assustadoras.— sussurrou makauss ao passar ao lado.
— Makauss tenha razão... Sugiro que não me deixa furiosa.— Merida complementou.
— Está bem, peço-lhe desculpas por ser rude.— disse Tairak, hesitante.
— Isso não é o suficiente! Apenas trate-a do jeito que Diana quer ser tratada... Não com pena... Porque seus pais morreram... Mas sim, como uma líder deve ser!— Merida vociferou, nao ligando para os que escutavam. Logo distanciou-se.
— Mulheres...— Tairak revirou os olhos.
— Mestre, com certeza, não tem sorte com elas.— Makauss afirmou rindo.
— Precisava me lembrar disso?— Tairak ainda sentia dor pelo tapa causado pela mão de Merida em seu lado direito do rosto.
{...}
DIANA.
Uau, do que diabos estavam falando? De minha pessoa, talvez? Realmente seja... Lembrei que Merida me protegeria, pois foi o prometido para com minha mãe... E pelo que sei, Tairak também. Mas o que eles tem? São só amigos? Não é o que parece...
— Nunca vi Mérida tão brava como ela ficou...Com o Tairak.— contei ao ver toda a cena de longe.
— Tairak merece o desprezo das mulheres...Nesse caso.
— Por que diz isso?
— Ele já foi um conquistador barato...— Comentou Randy, dando risada ao ver a situação
— Já foi um? HAHAH isso é patetico.— eu disse, dando risada e caminhando em direção a minha casa.
— Sim... meu pai me contou!— Randy explica.
— Devemos entrar, vamos.— puxo-lhe em direção a minha casa.
{...}
— Aqui continua a mesma casa... Eu sempre gostei de vim aqui.— disse Randy, olhando para cada detalhe.
— É... Eu já imaginava que sim.— respondo, sentando na poltrona que meu pai sempre usava para relaxar...
— Como se sente, Diana? Digo... Se não quiser responder, entendo perfeitamente.— Randy questiona, sentando no sofá.
— Eu não sei.— é só o que consigo dizer, encaro-o e vejo que está corando de novo.
— Sobre o que tinha me dito... Poderemos sim, ir até Merican. Isso se o Tairak deixar...— disse ele, meio inquieto.
— Está bem. Será legal que vá comigo.— respondo, olhando-o sério. Nossos olhares estão mais próximos. Quando quase iámos nos beijar, a porta se abre.
— Estou interrompendo algo?— perguntou Tairak, com seus braços cruzados e um olhar nada amigável.
— Claro que não.— respondeu Randy, levantando-se, sem graça.
— Pode se retirar!— Tairak vociferou.
— O quê?— Randy perguntou sem entender.
— Juro que pensei que não seria capaz de tamanha ousadia, moleque. Eu estou de olho em você— disse Tairak, fitando-o sério, com olhar capaz de matar alguém.
— Ei! Eu estava procurando por você! — minto, levantando-se e indo até Tairak que praticamente empurrou Randy para fora.
— Sei... Esses jovens de hoje!— havia revirado seus olhos e desabado na poltrona.
— Amanhã irei para Merican, tenho de visitar Mirea. Está avisado.— respondo, antes mesmo que ele pudesse dizer algo, fui para meu quarto.
Eu tenho que descansar. Hoje foi um dia e tanto! Muitas coisas aconteceram... Ainda não posso acreditar no que Jace fez... Não mesmo. Mas eu vou ficar de olho nele, claro, quando eu voltar. Pretendo ir a Merican e visitar Mirea... Faz tanto tempo que não nos vemos. Devo essa visita a ela... É o que me lembro. {...}
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