Capitulo....
Casa do Gall, o grande mensageiro.
— Há tempo que não fazia uma entrega especial da carta prateada de Tairak!— sussurrou Gall, para sua mulher.
— Quem foi selecionado? Oh céus, querido! Nos diga!— perguntou Cornelia, a sua mulher, curiosa.
— É, papai! Estamos curiosa.— respondeu Heloisa.
—Um guerreiro que, dizendo a própria rainha, tem um bom futuro.— respondeu ele, atirando-se ao colo de sua mulher, deitando no sofá.
— Então... Quer dizer que... Os testes irão começar? Aquela historia de novo treinamento irá surgir? Que demais!— disse Heloisa, animada. Gall levantou-se surpreso.
— Como sabe? Você ouviu?— perguntou ele, irritado. Ela apenas abaixou sua cabeça.
— Sim... Papai. Desculpe. Eu estava tão contente que fomos visitados pela rainha... Fiquei curiosa e acabei escutando.- disse ela, cabisbaixa.
— Contando que não conte a ninguém sobre isso...Tudo bem. Deixa que eles mesmos digam á todos, entendeu?— disse ele, a garota apenas se calou e confirmou com a cabeça.
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Casa dos Chillmes
— Quer dizer... Que o meu irmãozinho fará parte da guarda real, hein? Está brincando!— disse Toby, sorrindo e dando cascudo em Nolan.
— Não estou brincando, acredite, irmão.— disse Nolan, ao sair de seu dominio.
— Bom! Devemos comemorar! Pois se tornará um grande homem, a partir de hoje! Apenas terá de agir corretamente como sempre.— disse seu pai, o abraçando novamente.
— Não se preocupe, pai. Eu vou fazer de tudo que estiver ao meu alcance... Pois sei da enorme responsabilidade que vou ter!— disse Nolan, ansioso e entusiasmado. Sua voz até mudou.
{...}
Enquanto isso...
— Eu sinto muito.— Tairak sussurrou ao ir de encontro á Diana, que se encontrara na sacada de seu castelo.
— Por quê está me dizendo isso?— perguntei sutilmente, mantendo meus olhos sobre a população que trabalhara arduamente cada qual com seu negócio.
— Não consegui desvendar o mistério... Sobre a morte de Donald. Não obtive sucesso...— contou o general, meio cabisbaixo e ao olhar na direção da mesma.
— Não se preocupe com isso.— Vociferei focada e seriamente, mantendo meu olhar distante. Na mesma arvore em que costumava ficar ao observar minha irmã...
— Diana! Tem ideia do que está me dizendo? Essa pessoa é perigosa... Ela matou um de nós!— contou Tairak, meio alterado e de um tom desesperador.
— Se não fosse perigosa, não seria um inimigo.— Retruquei sorridente, olhando fixamente na arvore onde era meu segundo lugar favorito.
— Ouça-me! Não podemos permiti que esta pessoa chegue perto! Ou que nos atinja...— comentou o general, andando para os lados.
— Eu vou lidar com este problema.. Pessoalmente.— respondi convicta. Olhando-o seriamente enquanto o mesmo me olhava franzindo sua testa.
— Ok... E o que irá fazer? Se me permite saber, é claro.— General comentou, curioso para saber o que continha em mente.
— Ainda não planejei nada, por enquanto.— Contei assim que me virava novamente para ver a movimentação.
— Aviso-lhe para não se arriscar.— Tairak advertiu, serio enquanto inclinava-se para ver toda a paisagem do meu lado.
— Pretendo caçar amanhã... Ainda não estou decidida.— eu disse, vendo-o me olhar com olhos arregalados.
— Amanhã? É isso mesmo que ouvir?— Tairak proclamou, ainda boquiaberto.
— Sim, general. Merida! Fez o que pedi?— perguntei assim que a vi passar por nós.
— Sim, majestade. Os mensageiros entregaram as cartas prateadas.— Merida explicou sorridente.
— Muito bem, obrigada!— agradeci gentilmente e sorrindo, vendo-a retribuir com o seu melhor sorriso.
— Diana... Acredito que não seja uma boa ideia caçar. Isso é arriscado... A floresta...— Tairak comecou a indagar, meio hesitante.
— Isso mesmo!— apenas confirmei, dando risada de sua expressão confusa.
— Ah, entendo... Você entrou no jogo.— Tairak comentou, dando risada do que ele mesmo disse.
— Tudo vai ficar mais divertido agora, Tairak...— comecei a dizer, enquanto girei lentamente para sentir o vento confortante pairar em meu rosto.
— Está bem... Só tenha cuidado, ok? Onde há rosas... Há espinhos.— Explicou o general, tornando-se sério outra vez.
— Sei bem até que ponto vou chegar. Eu só preciso agir... No momento certo.— disse-lhe, confiante, sendo atrapalhada por meu cabelo platinado, mas mantendo-o por atrás da orelha.
— Bom que saiba.... Pois diga-me, Diana. Deseja que eu faça algo?— perguntou o general, confiante e curioso.
— Oh, sim... Reservei uma atividade em especial para você, general.— respondi sorrindo, avistando um passaro com suas asas levemente brilhantes pousar em minha mão.
— E o que seria essa atividade?— questionou, franzindo sua testa e arqueando suas sobrancelhas.
— Uma nova aventura está começando...— contei, vendo-o mais curioso ainda por não saber o que ele fará.
— Sei... Está adorando isso, não é mesmo?— comentou, dando risada, apoiando-se enquanto incliniva-se.
— De certa forma, sim. Estou me divertindo como nunca...— Expliquei, ao ver o pássaro voando novamente para longe.
— Mesmo sendo perigoso tudo isso?— Tairak perguntou.
— É como meu pai mesmo disse... '' Se tiver a glória, muitos irão tentar roubá-la, apenas defenda-o com unhas e dentes.... Suba para a montanha mais alta e ainda acene. Pois quando o mesmo lhe ver com o topo e souber que é inalcançável...Será como a sua morte, pois sabe que fracassou.''— contei, vendo-o com olhos brilhando. Provavel que meu pai tenha dito isso para ele...
— Uau! Ele realmente disse isso... Sempre admirei seu pai. Ele sabia de tudo o que fazer, surpreendentemente nos momentos certos. Ele nunca conheceu a palavra conflito.— complementou Tairak, olhando para o céu.
— Querida, seu pai foi um grande champion... Se não, o melhor... Lutou por nós até o ultimo dia de sua vida!— contou Merida, ao se aproximar outra vez, olhando para o céu sorrindo.
— Assim farei o mesmo, Merida. Porém... Do meu jeito.— contei ao vê-la séria e me olhando curiosa.
— Você se tornou uma ótima líder... Deve se orgulhar.— Tairak contou, apoiando sua mão em meu ombro.
— Concordo plenamente com o General.— disse Merida, vendo o quanto Tairak se surpreendeu com suas palavras e seu sorriso. Mas manteve-se seria depois de seu olhar.
— Obrigada, Meri. Bem, General... Direi o que você tem que fazer.— disse ao vê-lo contente e mais curioso que o normal.
— Pensando bem... Querendo ou não, me envolveria.— Tairak brincou, dando risada.
— Você não é obrigado a nada. Fará o que pedi?— questionei, vendo-o sem expressão por minha resposta.
— É claro que sim. Com toda a certeza!— Tairak sorriu por um momento e respondeu-me animado.
— Como disse anteriormente, estou pensando em ir para a floresta caçar... Por isso, quero que espalhe noticias de que ainda estamos procurando por homens e mulheres que queiram ser meus protetores...— expliquei, vendo Merida e Tairak surpresos.
— Mas... Já não fizemos isso?— perguntou Tairak, confuso.
— Sobre as cartas, os mensageiros de Gall já entregaram para os que realmente são aptos, eu creio.— complementei, vendo Merida sorrir ao ver Tairak ainda surpreso.
— Eu ainda não entendo o que você planeja, Diana. Já não selecionamos?— perguntou o general.
— Sim, nós já selecionamos... Mas eles não precisam saber por agora, certo?— sorrir ao ver que Tairak teve uma boa expressão do que disse.
— Agora eu entendo. Acredita que o inimigo pode participar?— perguntou o mesmo, relaxando sua postura e olhando ao redor.
— Meu inimigo deseja a minha morte... Não é mesmo?! Essa oportunidade é imensuravelmente única.— Expliquei ao olhar ao redor e sentir o bom aroma das flores ao lado do campo.
— É uma ótima jogada e pensamento, Diana.— Merida comentou, olhando-me sorrindo.
— Não tem como negar que é uma oportunidade única... Se misturar aos que foram escolhidos... Para montar um plano e concretizá-lo resultando em minha morte...— Indaguei, surpresa comigo mesma ao pensar nisso.— Então, assim, concederei seu desejo.— finalizei sorrindo.
— Lamento, mas não estou de acordo.— General proclamou.
— General... Sei muito bem o que estou fazendo e o que planejo. Só peço que espalhe a noticia propositalmente.— contei, ao vê-lo ainda fixo e sério.
— Traidores... Para lhe proteger? É isso que quer que eu pense?— Tairak riu com o que ele mesmo disse, incredúlo.
— Essa é a intenção. Não pra você, mas para eles.— Retruquei, revirando os olhos.
— Certo que só os escolhidos e talentosos vão ser... Mas.... Essa é a chance e o inimigo não vai perder! Irá planejar tudo que tem em mente para lhe matar!— Tairak comentou, incredulo e sério.
— Procurá-lo não será vantajoso... Então, essa é a maneira perfeita de conhecê-los. Contarei com a sorte.— comentei, vendo a sua expressão rigida.
— Vai dá certo! Confio plenamente na sua intuição, minha rainha. Ela não falha!— contou Merida, sorrindo para mim.
— Obrigada pelo apoio e pela confiança, Merida. Os que forem verdadeiros e puros, saberei. Aqueles cujo queiram minha morte... Serão detectados, com certeza.— comentei, vendo Tairak sem palavras e incrédulo.
— Mesmo sabendo do que o inimigo fez... Você se arriscará? Deixando que o mesmo fique tão perto? Este plano...— Tairak comecou a dizer, hesitante.
— Já basta, general! Está decidido!— indaguei em alta voz, o surpreendendo.
— Está bem... Vou providenciar o comunicado e conversar com os mensageiros, além de me encontrar com Makauss.— disse Tairak, guardando sua espada e saindo de nossa frente.
{...}
— Minha rainha... Tem certeza do que irá fazer?— comentou Merida ao observar Tairak pulando a sacada facilmente.
— Absoluta. Diga-me, Merida... O que achou?— perguntei, afim de saber sua opinião sábia.
— Arriscado, como general disse... Mas, como tinha dito antes, é uma chance de saber quem é o inimigo.— Merida comentou, olhando Tairak encontrar-se com Makauss.
— Se tudo ocorrer como o planejado, sem dúvidas. Será uma vitória... Vou matá-lo antes mesmo que ele pense em fazer isso.— comentei ao seguir os olhos de Merida vendo Tairak sério.
— Permita-me dizer, minha rainha... Eu tenho uma ideia a compartilhar, se for útil... — Merida comecou a dizer, hesitante e sussurrando.
— Estou disposta a ouvi-la.— insistir, sorridente. Cruzo meus braços e olho-a esperando por sua ideia.
— É tempo de nos fortificar.— Merida explicou, com um olhar confuso.
— O que quer dizer com isso?— perguntei, ainda curiosa.
— Será perfeito para que tenha uma tropa especial... Uma equipe...Digo...Guardiões! Devemos crescer a cidade e realmente virá um reino!— Merida explicou com brilho nos olhos e seu melhor sorriso. O vento nos confortou ao passar por nossos cabelos.
— Guardiões... Reino? Interessante, Merida. Continue, por favor.— peço para que a mesma continue, olhando-a fixamente.
— O que quero dizer realmente é para que nós possamos criar uma tropa... Guardiões preparados o suficiente para deter um Blacksent... Um sentinela... Não é certo, mas com alguns recursos, seremos capazes!— Merida finalizou sua ideia sorrindo e realmente acreditando.
— Sua ideia é interessante... E tem futuro, Merida. Assim farei... Nós realmente precisamos de mudanças em Raigok. Algo para acreditar... Sem dúvidas, sua ideia é ótima. Tem razão, é tempo de mudar. Deixar de seremos uma simples cidade livre... E nos tornar, de vez, um reino grandioso.— contei, vendo-a aliviada e sorrindo.
— Devemos mostrar ao nosso povo que podemos lidar com qualquer ameaça... E esta ideia tem essa finalidade.... De evoluir!— Merida contou, entusiasmada.
— . Nós não podemos desistir... Confio em você, Merida. Makauss estará disposo a ouvi-la melhor... Ele também é bom nisso. Gall, também. Por favor, junte-se a eles qualquer dia. Estou honrada por compartilhar esta ideia revoluncionária.— expliquei, ao segurar sua mão fortemente.
— Gall... O supervisor dos mensageiros? Makauss... O conselheiro do general?— Merida perguntou, confusa. Ela geralmente fica no castelo e não é acostumada a me acompanhar. Há tempo que ela nao se comunica com Makauss e, junto a ele, o Gall..
— Sim... Ambos o que lhe contei. Bom, faz um tempo que ele não aparece pelo castelo... Deveria procurá-lo?— perguntei, vendo-a sorrindo.
— Obrigada pela confiança, Diana. E eu irei ao encontro de ambos, o mais possivel, se for seu desejo.— Merida comentou, reverenciando-me.
— É uma excelente ideia, Merida... Meus parabéns!— disse Tairak a assustando, aparecendo rapidamente em seu lado.
— General... Achei que já tinha ido...— comentou a mesma ao se recompor.
— Decidi ouvir também. Eu devia ter pensado nisso antes... Como um general tem de pensar... Parece que fez o meu papel, Meri.— O mesmo zombou, dando risada e com seus braços cruzados.
— Ora, Tairak... Não diga besteiras! Cuidaremos do detalhe, depois dessa situação.— Merida respondeu dando risada.
— Maravilha, comunicarei ao Makauss para vim no fim da tarde para que conversem melhor.— comentou Tairak.
— Totalmente de acordo.— afirmei, sorrindo ao ver algumas crianças correndo e brincando.
{...}
Tairak seguiu seu rumo, encontrando cada um dos mensageiros ao redor de toda a cidade, espalhando cartazes... Se o que eu estou pensando dar certo, vou pegá-lo numa cartada só. É claro que será arriscado, definitivamente. Posso me descuidar e perder a vida, como também, posso matá-lo, saber exatamente quem ele é. Esse inimigo nao vai perder a grande oportunidade... Não mesmo. Uma equipe especial de guardiões ... Eles serão capazes de aniquilar os Blacksents
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