História The last immortal Warrior- INTERATIVA - A criatura....PARTE 1

Olho ao meu redor... Sorrir aliviada ao saber que estava sozinha e ao mesmo tempo, estranhando tudo. 

Eu estava caminhando em direção á uma casa afastada, localizada em uma floresta que nunca tinha visto ou sabia que existia... O motivo por eu está aqui? Não sei.

 

—  Diana...—  dizia uma voz ecoando.

 

—  Quem está aí?!—  comecei a gritar, procurando quem estava por perto.

 

—  Estou aqui...—  disse a voz. Aproximei-me de um lago e pude me certificar de que é o Lago de Drae...

 

—  Oh, sim... Eu estou aqui.—  dizia a voz. Olho bem a fundo e vejo um peixe extremamente brilhante tomando uma forma de um humano.

 

—  Co-como isso é possível...—  disse, incrédula. Vendo-o se transformar em meio a uma luz muito forte.

 

—  Tudo é possível.—  ele apenas disse. Seu cabelo é longo em um tom dourado e estava sem camisa... Com uma calça velha e marrom na parte de baixo. Seus olhos são bem dourados.

 

—  Você é Drae?—  perguntei, o mesmo apenas sorriu.

 

—  Sente medo?—  perguntou o mesmo ao aproximar-se.

 

—  Não... Eu só... Não sabia que poderia se transformar assim...—  comentei, ao vê-lo caminhar e tudo que seus pés tocavam se tornava dourado.

 

—  É muita magia para seus belos olhos azuis?—  contou Drae, sorridente.

 

—  Sim... Devo admiti.—  apenas sorrir e fiquei um pouco sem graça ao vê-lo tão perto.

 

—  O que veio fazer aqui?—  ele questionou, me tirando do transe.

 

—  o que vim fazer aqui? Não sei... Eu apenas acordei em uma floresta, e...—  ele sorriu.—  O que?

 

—  É um sonho.—  Drae explicou.— Na verdade, os sonhos são poderosos, Diana...

 

—  Como assim?—  perguntei, assustada.

 

—  Você teve um sonho com seus pais, certo?—  Apenas assenti.—  E você pediu explicação... Respostas claras.

 

—  E... O que você, o peixe magico que agora é um humano pode me ajudar com isso?—  perguntei, meio rude. 

 

— Não posso dizer o que está para acontecer... Mas saiba que.... Quando acordar... Terá de se preparar.—  contou Drae voltando para o lago.

 

—  Me preparar... Para o quê, exatamente?—  perguntei, confusa.

 

—  Irei voltar para o lago, lamento não poder dizer muita coisa...Mas você saberá, Diana....—  comentou Drae, se desfazendo de seu corpo humano. Logo, escuto alguns barulhos... Me alertei e minha reação foi de correr para qualquer lugar... 

 

—  Não!—  apenas gritei, assustada.

 

Eu dormi tanto assim? Que horas são? Eu preciso urgente dormi o tempo certo... Ou isso vai acontecer de novo. Algo me diz que não é um bom dia. Que sonho foi esse? Drae realmente pode transformar-se em humano e falar coisas sem sentido? Eu não entendi sequer uma palavra. Me preparar...

 O que ele queria me dizer com isso? Digo... Foi só... Um pesadelo. Levanto-me com dificuldade e arrumo-me para sair do quarto. Meus pais estavam conversando e sem me notarem.

 

—  Não temos muito tempo, meu amor.—  respondeu minha mãe, apertando forte a mão áspera de meu pai. Os dois, olharam-se para o céu. O que há no céu?

 

 

—  Perdoe-me por não poder te dizer tudo o que está acontecendo... Eu sinto muito.—  respondeu meu pai, mostrando-se preocupado, depositando um beijo lento em minha testa.

 

—  Use a manta de seu pai.—  disse minha mãe.

 

—  Por quê devo usá-la?—  perguntei, sem entender.

 

— Honre-a com a sua vida. Eles precisam te ver como líder agora. Não apenas por ser nossa filha.—  respondeu minha mãe. Sua voz parece até inaudível... Como um sussurro...

 

—  Na verdade, ela nunca foi vista como apenas nossa filha, querida. Lembre-se do que meu pai disse para nós dois? Ela nunca foi uma simples garotinha... Orgulho-me de saber que está se esforçando cada dia que passa. Mostre o quanto é feroz para quem lhe desafiar.— Meu pai me abraça forte, um abraço demorado e desesperado. Como se estivesse se despedindo... 

 

 

—  Faça tremer quem tentar lhe derrubar. Honre a familia Lodbrok. Lute e viva por nós.—  minha mãe vociferou, sorridente e com seus olhos brilhando.

 

—  Esmerald... Para onde ela foi?—  perguntei, procurando-a ao redor.

 

—  Enquanto sua irmã... Bem, ela voltará quando for necessário.—  comentou, minha mãe. Com sua voz dócil, mas arrependida... 

 

—  Eu não a perdoarei por ter nos deixado.—  respondo, rosnando. Cerrando meus punhos como prova do quanto estou convicta disso. Só pode ser outro pesadelo.

 

Não é um pesadelo? Acorda, acorda! É claro que é... Eles disseram coisas estranhas... Não significa que o que estão dizendo irá acontecer. Nunca tive tempo o suficiente para admirar a beleza de minha mãe. Não somos muito parecidas. Ela é realmente uma ruiva muito bonita. Seu cabelo longo e ondulado de uma cor vermelha intensa, seus olhos verdes tal como sua energia da espada. Magra, parda. Meu pai, também é um homem, além de forte, muito bonito. Seus olhos azuis intensos indicam o quanto é temível. Seu corpo forte, seu cabelo sempre bem arrumado de uma acinzentada, quase branca, eu diria. A sua cicatriz sobre o olho até a parte de sua sobrancelha é o seu charme... Diga-se de passagem.

 Não pensei que poderia ter visto algo como essa cena. Minha mãe estava chorando, meu pai a consolou com seu abraço. Não podia imaginar, nem passou pela minha mente que, neste momento, serão suas ultimas palavras... Eu não me contive. Não mesmo. Lá de fora, pude ver uma especie de um gigante com uma grande e pesada armadura escura, chifres curvados e pontudos, uma espada curvada e enorme, do outro lado, uma corrente com crânios... Além de exalar chamas... Com certeza não é normal. Meus olhos prenderam-se na vista escura e nebulosa.  O que é aquilo? Por que está vindo em nossa direção?  Logo quando fui procurá-los, não os via... O barulho e os gritos estavam aumentando. 

 

—  Salvem os líderes! Salvem-os!—  escuto uma voz desconhecida gritando.

 

—  Não há como salvá-los... Ernan.—  respondeu uma outra voz masculina.

 

—  Alguém pode me dizer onde está a Diana?—  escuto a voz familiar de Merida.

 

— Ela não está em perigo, mas sim, eles...—  sussurrou a mulher experiente.

 

—  O terrível dia... Serena estava certa. Não achei que fosse aconter de repente.—  responde Merida, lamentando-se.

 

—  Não se preocupem conosco...—  responde James, quase sem voz.

 

—  O fim de nosso sofrimento está próximo...—  continuou Athena, com sua aura dourada diminuindo graduativamente.

 

—  Todos! Poderão sorrirem... Seguirem em frente! A vida...É apenas uma passagem...—  ele gritou, se contorcendo de dor, cada vez a criatura os esmagavam.

 

 

—  Merida, saiba que é como uma irmã para mim... Peço que cuide de nossa filha! E lembre-se de receber muito bem o Tairak... Ele irá ajudá-la com ela.—  Athena respondeu. Finalmente,  fechando seus olhos.

 

—  Sim, minha líder, minha grande amiga... Eu cuidarei dela como se fosse minha própria filha.—  sussurrou Merida, reverenciando-a e assustada pelo que via.

 

{...}

Portão principal. Tairak e Makauss.

 

— Parece que nada mudou por aqui. O portão é muito resistente.—  disse Tairak, passando sua mão áspera por toda a extensão do portão até onde ele alcançava.

 

— Está acontecendo, mestre... Ouço gritos.—   disse Makauss, seu conselheiro.

 

— Temos que chegar depressa.—  sussurrou Tairak, segurando com força sua espada. 

 

—   Tairak! Aí está você...—   disse Toby, ao vê-lo, nada contente.

 

—   Olá, Toby. Ernan, Caleb. Bom ver vocês... Pena que esse dia se tornará agustiante e assustador...—  relembrou Tairak, ao passar pelo portão principal de Raigok. Logo, podia-se ouvir os gritos e confusões por toda a parte.

 

 

—  A criatura chegou... E já está sentenciando a morte de nossos líderes... Estamos perdidos.—   sussurrou Toby para seu amigo. Tairak ouvia e apenas sorriu.

 

—   Nada está perdido... Quando se tem duas belas filhas.—   responde Tairak, deixando os três confusos.

 

 

—  O que quer dizer com isso, Tairak?—  perguntou Makauss, segurando firme em sua caderneta e sua mochila.

 

 

— James, antes disso, havia me dito tudo que eu irei fazer, após sua morte e de sua amada. E cuidar da filha dele é uma das tarefas... Lá se vai minha vida social.—   respondeu Tairak, sorrindo fraco.

 

—  Está falando da Diana, certo?—  perguntou Ernan, um pouco pasmo e rindo em seguida.

 

—  Sim, ela mesma.—  Tairak confirmou, ao olhar ao redor. Além de ver a criatura negra e gigante finalizar a morte de ambos os lideres.

 

— Isso é assustador... Céus, nunca esquecerei esse dia...—  disse Caleb, ao olhar pela ultima vez a criatura.

 

—  Deixe de ser medroso... Veja! 

 

— O senhor sabia que tudo isso aconteceria... Certo?—  perguntou Caleb, ao se aproximar.

 

—  James me avisou.—  disse Tairak.

 

—  Como não pode impedir isso?!—  Toby ficou revoltado.

 

—  É comigo que tem de agir desta maneira, moleque? Eu sou o quê? Um Deus? É o destino que isso tenha de acontecer... James sempre foi uma ameaça para os supremos... Eu tenho quase certeza de que eles mandaram essa criatura horrenda para cá.—  disse Tairak ao olhar o céu negro.

 

—  Sabia disso tudo... Como pode...—  Ernan impediu Toby de tentar atacar Tairak.

 

— Por quê temer? Se os próprios lideres... Não temeram? Eles enfrentaram a criatura... Apesar de saberem que a morte seria certeira.—  disse Ernan, sem expressão alguma.

 

—  O senhor está muito tranquilo...—  Caleb comecou a dizer.

 

— O fato de que eu esteja aqui, apenas olhando tudo acontecer... Não quer dizer que eu não sinta ódio e que eu não queira ir lá tentar salvá-los. É preciso ser sábio e ser realista... Não irei menti para eu mesmo dizendo que eu poderei fazer algo... Porque não posso. A minha ajuda é inútil... Assim como de qualquer um de Raigok. Não temos o que fazer... Como agir...  Eu não tenho como impedi-los de encontrar com a morte... A criatura com certeza deve ser imortal.—  Tairak murmurou, incrédulo.

 

—  Mesmo assim! Eles não poderiam morrer de forma tão... tão...

 

—  Humilhante.—  Toby indagou, irritado.

 

—  A morte... Não é como uma flor... Delicada. Cheirosa, leve... Que exala gentileza.—  comentou Makauss, ao lado de Tairak.—  Ela é parecida como... Espinhos... Como um vazio. É como quando alguém nos apunhala pelas costas... Com um sorriso perverso em sua face.—  contou Makauss, aflito e assustado pela cena que via.

 

— Tairak...  Terá que ter muita paciência com Diana. Ela é uma fera em forma de garota.—  Ernan  sugere, rindo, mas logo tornando-se sério.

 

—  Paciência não é o meu forte. Para este caso, vou me esforçar. Eu prometi. Sei que Diana vai me dá muito trabalho. Ouvi falar muito bem dela e ela vai se tornar uma incrível líder, se tudo for como eu planejo.—   respondeu Tairak, num tom sério.

 

—  Sem dúvidas de que será! Lord James mesmo disse do que ela é capaz... Desde muito pequena, sempre foi um certo destaque dentre todos, até mesmo, passando dos homens.—  comentou Ernan.

 

—  Então, a filha mais nova de James nada mais é que... Uma champion.—  respondeu Tairak, sorrindo fraco e ainda vendo a criatura setenciar a morte dos dois ali.

 

—  É fantástico! Mal posso esperar para vê-la lutar. Sabe que, nós passamos pelo reino de Merican e a princesa de lá foi sua amiga de infancia?—  Makauss andava e comentava sobre tudo.

 

— Vejo que está bem informado.  Isso é mesmo verdade, Ernan?—  O mesmo apenas confirmou.

 

—  Sim, mestre Tairak.—  Ernan apenas disse.

 

—  Ela, certamente, fará um bem em vim visitá-la. Peça a alguém para comunicá-la... pensando bem, todos ao redor devem saber que o sentinela está ou esteve por aqui...— Tairak observava cada detalhe, e falava de modo discreto.

 

—  Não se sabe ao certo se Esmerald voltará depois desse desastre...—  disse Ernan, ao caminhar para longe de Caleb e Toby com Tairak e Makauss.

 

—  Por que diz isso?—  perguntou Tairak.

 

—   A briga familiar que tiveram para com sua mãe, foi complicado... Bem, sou muito bom informado. Sem falar que Ferrie comentou comigo—   explicou-se Ernan.

 

—  Eu sei disso, meu amigo.  Vamos procurá-la. Toby! Avisa a Merida que eu voltei.— Tairak  gritou para sua direção, ele apenas acenou e eu continuei a caminhar. ''Onde ela está?'' pensou.