História The Last Kiss - Invasion

17:00, sábado, em um bairro perigoso da cidade.

P.O.V Jessica

Eu estava sentada na varanda de casa, vendo minhas novas mensagens no celular, enquanto no meu subconsciente eu ouvia os barulhos das pessoas nas ruas: carros com sons altos, crianças pulando cordas, buzinas, gritos de vizinhas... barulhos tão típicos de um sábado no meu bairro, que era como se não existissem aos meus ouvidos.

Oi amiga! Eu estou amando a viajem ao Cancún, aqui está calor e tem lugares maravilhosos e muitos, muitos gatinhos, você ia perder seu bv se tivesse vindo junto hahahaha brincadeira, você sabe que eu te amo, uma pena que você não veio, você faz falta. Mas como andam as coisas ai? Próximo final de semana estou de volta, para sua alegriaaaa, e vamos farrear, tenho que me arrumar para uma festa agora, tchau sz.

Seria pedir muito ter a vida da Rebecca?! Eu só queria ser rica igual a ela, minha vida seria beeeem mais fácil - falei para mim mesma.

Eu ia responder a mensagem, quando ouvi um barulho comum, mas nem tanto: sirenes. Sirenes nunca são bons sinais aqui, olhei pelas grades finas do portão, percebi um movimento fora do normal. Eu não sabia se continuava onde estava ou entrava dentro de casa, por que eu sou tão medrosa?! Já era para eu estar acostumada com tudo isso, mas é impossível. Meu bairro não é um dos mais belos da cidade, pelo contrário, aqui tem várias bocas e sempre acontecem assaltos, por isso eu tinha que estar sempre alerta.

Assim que eu ia entrar, o barulho aumentou, e junto, minha curiosidade. Eu estava agindo como aquelas velhas fofoqueiras, ou melhor, eu estava sendo apenas uma testemunha do que estava acontecendo, isso é bom, não é ?! - me perguntei mentalmente.

Quando eu estava chegando perto do portão, vi vultos de pessoas correndo e tiros... É, acho que mudei de ideia, não precisam de mim como testemunha.

Entrei correndo dentro de casa, tentando fechar rapidamente todas janelas e portas, só faltava meu quarto, mas quando entrei, vi algo que quase me fez ter uma parada cardíaca, por instinto, gritei mais alto que a Lydia de Teen Wolf, mas não deu tempo de terminar, mãos fortes tamparam minha boca e me puxaram para um canto. Tive a impressão que a qualquer momento meus olhos saltariam das órbitas, eu só sabia que estava viva porque eu respirava descontroladamente e suava que nem uma leitoa que sabia que seria morta para a ceia.

Pessoas invadiram minha casa.

Os minutos se passavam, enquanto o barulho lá fora continuava, eu não sabia o que era suor ou lágrima, eu não aguentava mais, eu sabia que eu iria morrer quando tudo isso acabasse, tudo foi desaparecendo do meu campo de visão, ficando escuro, será que era isso que acontece quando está morrendo? Acho que sim.