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História The Last Kiss - Irmãos de Sangue


Escrita por: GiullieneChan

Capítulo 6 - Irmãos de Sangue


Dirigindo pela cidade, Aiolia e Marin estavam em silêncio, mas em seus rostos estavam à marca da satisfação e felicidade do momento que compartilharam uma hora atrás. Pararam em um farol, esperando que o sinal vermelho abrisse, e Marin observou uma família sentada em uma lanchonete na esquina próxima.

Uma menina ruiva, um garotinho menor também de cabelos cor de fogo e os pais. Foi tomada pela nostalgia e tristeza.

—Que foi? -indagou Aiolia.

—Lembrei de minha família... Éramos como eles. -observando a família se divertindo, tocou o pingente que sempre usava.

—Marin...

—Meu irmão se chamava Touma. Foi ele quem fez este colar e pingente e me deu no último aniversário que passamos juntos. -mostrou o pingente que lembrava um sino. -Ele era habilidoso com artesanato. E tínhamos mais duas irmãs além dele, Mariko e Natsumi. Eram lindas! Duas meninas lindas! Uma tinha doze anos e a outra oito. - ela sorriu com as lembranças e sentiu sua mente viajar para o passado. -Eu me lembro que era inverno, a neve caia como se fosse uma delicada chuva. Meu irmão e eu, quando éramos crianças, adorávamos brincar na neve, e depois de mais velhos ainda continuávamos com o costume. -sorria com as lembranças. - Antes eu gostava do inverno, agora ele só me traz lembranças amargas. Por isso gosto da Grécia. Verão quase o ano todo.

—Se quiser, não precisa falar de seu passado se lhe causa dor.

—Mas eu quero que saiba mais sobre mim, Aiolia.

Ela suspirou como se criasse coragem, Aiolia percebeu o sinal abrir e ligou o carro, dirigindo e escutando atentamente o que Marin lhe dizia.

Marin ficou um instante em silêncio, sua mente lhe levava para muito longe... No passado... Ela suspirou e começou a falar.

—Minha família era pobre, humilde. Mas éramos muito unidos e felizes, apesar das privações. Meu pai dizia que éramos descendentes de samurais, e passava para meu irmão sua sabedoria de vida. Uma noite de inverno, porém... Tudo mudou.

Aiolia prestava atenção em tudo o que ela dizia.

—Estávamos dormindo, quando ouvimos um barulho vindo do lado de fora. Pareciam sons de animais. Meu pai achava que eram lobos e saiu para espantá-los, junto com meu irmão. Ouvimos seus gritos. Depois... Tudo foi rápido demais. Só consigo lembrar de algo destruindo a parede de nossa casa, e eu fui atingida, caindo ao chão. Antes de perder os sentidos, ouvi minhas irmãs e minha mãe gritando. Quando acordei, só havia morte em minha casa. Morte e sangue. Os corpos dilacerados de minha família. Não consegui achar o corpo de meu irmão, só vi um rastro de sangue na neve, como se houvessem arrastado ele e... Foram os licantropos. -havia raiva em sua voz.

—Tem certeza?

—Eu estava muito ferida e iria morrer pela perda de meu sangue ou congelada. Estava vagando na neve e não ligava para mais nada. Estava em choque pelo o que aconteceu. Encostei-me a uma árvore, esperando morrer. Foi quando ele apareceu.

—Ele?

—Saga. Ele apareceu como um anjo negro. Ofereceu-me a vida para vingar minha família ou o esquecimento da morte. Eu escolhi a vingança. Ele me deu a vida eterna, e me tornei sua caçadora de licantropos.

—Mesmo assim, com toda a sua lealdade, ele se recusa a nos ajudar neste caso e até enviou os Especters.

—Saga se preocupa com a segurança do clã. Sabe que há centenas de vampiros e milhares de serviçais sob a sua proteção? -ela o defendeu prontamente. –Homens e mulheres que depositaram sua vida em suas mãos quando juraram servi-lo, e Saga jurou protege-los mesmo que isso signifique sacrificar alguns rebeldes pelo bem da maioria.

—Tá, mas mesmo assim.

—Séculos atrás, ele perdeu a esposa. –Aiolia a observou e soslaio. –Eu não a conheci, quando entrei para o clã ela já havia sido assassinada.

—Assassinada? Um caçador?

—Não sei, é um assunto proibido em nossa casa pois as lembranças ainda o machucam. –ela suspirou. –Sei apenas que ele deu uma segunda chance a uma pessoa, e o maldito o retribuiu matando sua esposa.

—Imagino que o fim desse ingrato não tenha sido bonito.

—Dizem as más línguas do clã que ele ainda o mantém vivo nos porões de sua casa. –Aiolia a fitou espantado. –Para ser eternamente castigo.

—Jura?

—Acho que é lenda. Saga não seria tão cruel.

—Será? Um homem por mais bondoso que seja, pode perder a sanidade quando alguém que ama lhe é tirado de maneira tão violenta.

—Sim, isso é verdade.

—Aquele quadro em seu escritório, de uma mulher de cabelos vermelhos...  era ela?

—Sim.

—Era muito bonita!

—Sei que era de família aristocrática antes de ser abraçada por Saga. Como pode ver, meu lorde entende o que é perder o que lhe é de mais precioso e querer justiça. Ele me entende.

—Olha, eu...

De repente, Aiolia freou bruscamente evitando assim atropelar um rapaz de cabelos ruivos e vestes negras diante dele. Jogou o carro para o lado, desviando-se dele. Aiolia olhou para o retrovisor e o ruivo havia desaparecido.

—O que foi isso? -Marin perguntou.

—O garoto...

De repente era como se algo pesado tivesse caído sobre o teto do carro e garras afiadas começaram a rasgá-lo com fúria, tentando abri-lo e entrar em seu interior. A reação de Aiolia foi instintiva, ele acelerou o automóvel tentando fazer com que o intruso caísse.

—Malditos licantropos! -praguejou o caçador, quando o intruso rosnou furioso e cravou as unhas no para-brisa dianteiro.

—Dirija direito! -ordenou Marin, engatilhando a arma do caçador.

—Quero ver você dirigir com um licantropo em cima de você! -a garra da criatura atravessou o capô, arranhando o braço de Aiolia, arrancando dele um grito de dor.

A reação da vampira foi o de atirar para cima, descarregando a arma contra o licantropo. Uma freada brusca e a criatura é jogada metros de distância a frente deles. Como um boneco sem vida este rolou no asfalto da rua, mas ele ergueu-se rapidamente e com um gesto de sua cabeça ele recolocou os ossos no lugar e virou-se como se nada houvesse acontecido, fitando os ocupantes do carro enquanto os ferimentos se regeneravam.

—É o ruivo, líder da matilha! -Aiolia o reconheceu, e fechou o cenho diante da dor em seu braço provocado pelas garras do lobo.

—Não se preocupe. Ele precisaria te morder para transformá-lo em um deles. -dizia a vampira. -Descarreguei minha arma e ele parece que nem sentiu!

—Agora estou tranquilo. -respondeu com ironia.

O licantropo avançou contra eles, e Aiolia dá a marcha ré imediatamente. A criatura salta, se segurando no capô do carro com suas garras afiadas.

—Você está me irritando, Totó!

Aiolia ficava fazendo manobras em ziguezague, ainda de marcha ré, tentando livrar-se dele. Enquanto realizava tais manobras, o licantropo escalava o capô com a ajuda de suas garras.

—Eu o avisei caçador. Você deve morrer! -ele ergueu as garras do braço direito, mirando o pescoço de Aiolia.

—NÃO! -Marin gritou, apontando sua arma para o rosto da criatura.

O licantropo reparou na jovem, no colar que ela usava, a determinação no olhar ao apontar-lhe a arma. Este arregalou os olhos como se lembrasse de algo.

—Você...-a criatura a fitou, entre a surpresa e a dor.

Em seguida saltou, se apoiando no teto e com um impulso se jogando na rua e em questão de segundos, assumiu a forma humana mais uma vez. O rapaz ruivo observou os ocupantes do automóvel que frearam, e correu apressado para as sombras de um beco, desaparecendo.

—Aquele maldito vira-latas! Eu vou... -Aiolia olhou para Marin e a notou trêmula. -Marin.

—Touma... -ela murmurou e como se vencesse o choque da descoberta, abriu a porta gritando pelo nome dele, correndo para a rua onde ele sumira. -TOUMA! ESPERA!

—Marin! -Aiolia saiu do carro atrás dela e a alcançou. Ela parecia desnorteada. -O que houve?

—Era ele Aiolia! Era o meu irmão! -haviam lágrimas em seus olhos.

—Calma. Tem certeza? -ele tocou em seu braço, tentando acalmá-la.

—Eu...sim, é ele...e... -ela notou o sangue que escorria abundante do ferimento de Aiolia. -Seu braço!

—Já tive arranhões piores. -o caçador olhou para o carro. -Meu carro! Droga!

—Vamos cuidar deste ferimento.

—Está bem...mas me conte direito sobre o ruivo ser seu irmão!

 

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Ele tentava recuperar o fôlego. Sentia o rosto molhado pelo suor e o coração batendo descompassado. Respirou fundo, fechando os olhos com força. As lembranças invadindo sua mente com tal intensidade que achou que a sua cabeça iria explodir de dor.

—Onee-chan...- murmurou, colocando suas mãos na cabeça e se encolhendo no chão. -Você não morreu...

As lembranças de uma menina sempre sorridente vieram a sua mente.

—Perdão...

A risada cristalina dela...chamando seu nome para que viesse participar de alguma refeição.

—Onee-chan...me perdoe... -lágrimas contidas há anos escorriam soltas pelas suas faces.

A família feliz reunida. A irmã mais velha que ele admirava e amava. Que prometeu sempre protegê-La contra qualquer um.

—Eu não consegui te proteger... -ele ergue o olhar para os céus, e respira profundamente. -Aqueles monstros a transformaram nisso...

Ele se ergue, e o olhar que antes transmitia dor, agora tinha um brilho escarlate...sanguinário.

—Eu irei libertá-la deste fardo!

 

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Marin acabava de improvisar um curativo no braço de Aiolia, mas estava preocupada.

—Precisa ir a um hospital. Isso pode infeccionar.

—Não sou fã de hospitais. -pegando suas armas e se preparando para continuarem sua busca a pé.

—Estou falando sério! -ela colocou as mãos na cintura, olhando-o severamente. -Tem alguém que possa ajudar nisso?

—Hmmm...-ele pareceu pensativo e depois leu o nome da rua em que se encontravam. -Conheço alguém que mora neste bairro, mas acho que não seriamos bem vindos.

—Tem alguma ideia melhor?

Ele riu, escondendo a dor que sentia latejando em seu ferimento.

—Não.

Alguns minutos depois, eles batiam na porta de um quarto de um pequeno prédio de apartamentos. Um rapaz de aparência desleixada os atendeu, e pelo olhar não acreditava no que via.

—Tá de brincadeira?

—Não Milo...estou sangrando. -respondeu Aiolia empurrando a porta e entrando. -Aonde guarda o kit de primeiros socorros?

—Ei! Eu não disse que podia entrar e... -ele fitou Marin desconfiado. -É a vampira?

—Sou eu. -respondeu a garota com um sorriso, mostrando as presas, e entrando logo atrás de Aiolia.

—EI! Aqui virou a casa da mãe Joana? -o caçador estava indignado. -Sabe dos problemas que irão me arranjar por estarem aqui? E... -vendo o ferimento no braço de Aiolia. -O que houve?

—Um licantropo nos atacou. -sentou-se em uma cadeira, respirando fundo. -Vai nos ajudar ou vai me deixar sangrar até a morte? Lembra quem te salvou há dois anos, naquele cerco em Creta? Fui eu!

—Mas quem salvou seu rabo em Berlim? Eu!

—Toronto. Ainda tenho a cicatriz daquele metamorfo maluco que nos atacou com um machado.

—Aqueles vampiros africanos que sugavam almas em vez de sangue? Eu!

Marin suspirou, não acreditando no que ouvia. Parecia uma guerra de egos.

—As sucubbus. -Aiolia sorriu diante do rosto vermelho e constrangido de Milo. -E o Santuário nem soube que você caiu direitinho em uma armadilha por causa de cinco pares de pernas bem torneadas e seios... -fez um gesto imitando o volumes destes. -Seria vergonhoso, já que não escrevemos isso no relatório e...

—Ok! -Milo sai em busca de materiais para efetuar o curativo em Aiolia. -Mas assim que eu te costurar, vão dando o fora!

—Sem problemas. -respondeu o caçador, retirando a camisa com a ajuda de Marin.

Em seguida, ela encostou-se na parede, apenas observando o que o outro caçador fazia, ignorando o olhar desconfiado dele para com ela.

—Um licantropo não deveria ser problema pra você. -comentou Milo, limpando o ferimento.

—Não estava preparado...e o ruivo era forte demais!

—Um licantropo ruivo? -Milo parecia lembrar de algo, enquanto começava a dar os pontos no ferimento do braço do ex-colega. -Lembro da Organização ter relatórios dos Observadores sobre um licantropo ruivo e muito forte que era a voz ativa dos clãs.

—O que sabe dele? -perguntou Marin interessada.

—Sabe que a organização dos clãs dos licantropos é diferente dos vampiros. -continuou Milo, costurando e narrando. -Vocês se dividem em Principados. E os príncipes só se reportam aos Anciões, vampiros mais antigos e poderosos, mas que raramente abandonam seus redutos, e os Anciões tem canal direto com os Primeiros! Aqueles que dizem ser filhos de Caim.

—Conheço a história. –disse-lhe Marin.

—Bem, os licantropos se dividem em Matilhas que são como famílias. Eles tem territórios em áreas mais afastadas de grandes centros urbanos e todas elas tem líderes. Mas os cabeças de cada Matilha obedecem um Alpha. Os mais fortes dentre eles. Tão fortes quanto os Anciões ou os Primeiros! –Milo observou Marin discretamente. –Um Alpha só perde seu posto para outro mais forte que ele!

—E esse ruivo é um Alpha? -indagou Aiolia, observando o trabalho de Milo.

—Sim. Ele matou o antigo Alpha que dominava quase todo o país e assumiu o comando. Ninguém ousa enfrentá-lo. É muito forte!

—Percebi isso. -suspirou Aiolia.

—Licantropos e Vampiros travam uma guerra de milênios. –continuou Milo. –Isso porque os licantropos consideram os vampiros um câncer sobre a Terra, manipulando humanos para serem seus escravos e tornando as cidades em metrópoles para aumentar seus territórios, destruindo a natureza.

—Que são os habitats naturais dos lobos. –continuou Marin.

—Várias organizações, inclusive o Santuário, acreditam que o ódio entre as raças tem fundamentos mais profundos do que a defesa da natureza. –continuou o caçador, limpando o ferimento do colega. –Ideia do que seja, ruiva?

—Não. –respondeu com sinceridade.

—Isso não interessa agora. –replicou Aiolia. -Precisamos encontrar logo o refúgio deles na cidade e resgatar Kido.

—Bem, assim que esta confusão começou vasculhamos todos os redutos dos licantropos na cidade e região. -continuou Milo.

—E Saga fez o mesmo em prováveis lugares onde os garotos poderiam ter se escondido. -completou Marin.

—Eles não seriam tolos em se esconderem em um lugar óbvio. -retrucou Aiolia. -Precisariam de um lugar que fornecesse proteção contra a luz do sol, e passagem livre pela cidade...fora, energia elétrica!

—Eletricidade? -Milo ficou pensativo.

—Se estão obrigando Kido a fazer a tal cura, precisariam montar um laboratório. E para manter este lugar precisariam de eletricidade. Os licantropos devem ter fornecido os materiais que precisariam, bem como um refúgio! -Aiolia comentou, olhando a camisa rasgada. -Preciso de uma camisa emprestada.

—Outra? Me deve umas dez já? -Milo o fuzilou com o olhar e Aiolia apenas sorri de lado. –Aff... Eu mereço! Não pega a minha camisa branca, é nova! E os esgotos?

—Kanon olhou tal lugar. -respondeu Marin.

—O irmão mal encarado de Saga? -perguntou Aiolia, olhando o guarda-roupa de Milo e pegando uma camisa limpa. -Eu não confiaria nele.

—Por que diz isso?

—Ele olha com muito ressentimento para o irmão.

—E por que? -Milo interveio. -Não são iguais? Ei, eu ganhei esta camisa azul de Natal de uma gatinha!

—Prometo tomar cuidado. -respondeu Aiolia.

—Apesar de serem gêmeos...eles não são iguais. -comentou Marin chamando a atenção dos homens. –Sei que Saga ganhou a imortalidade através de um dos Anciões, bem como a liderança do Principado. Kanon só se tornou imortal através do irmão.

—Isso o tornaria inferior em casta e poder para com Saga. Sempre um subalterno, sempre à sombra do irmão. Carregando este ressentimento por séculos...é muito tempo! -Aiolia comentou.

—Esta acusação é infundada. -Marin o defendeu. -Kanon sempre foi fiel ao Clã!

—Marin, você realmente tem certeza disso? -Marin pareceu hesitar. -E mais uma coisa. Na noite em que sua família foi morta, não foi muita coincidência Saga estar por perto?

—Ele caçava licantropos!

—No Japão?

—Estava estreitando laços de aliança com o Príncipe de Edo.

—Se licantropos mataram sua família, porque seu irmão se tornaria um deles?

—Ele pode ter sobrevivido ao ataque e amaldiçoado com o estigma de ser um destes assassinos! Não teve escolha! -ela estava começando a ficar furiosa.

—Se minha família tivesse sido morta por licantropos, eu usaria minha recém adquirida condição para me vingar. E ele é forte o suficiente para matar todos os que quisesse. E por que não o fez?

—Eu não sei! -ela praticamente gritou a resposta.

—OW! Um momento sim? -Milo pediu, pegando um mapa em uma gaveta e abrindo-a sobre a mesa. -Que tensão! Parecem meus pais quando discutiam!

—O que é isso? -perguntou Aiolia, observando o mapa.

—Plantas do sistema de esgoto da cidade. Camus e eu usamos há uns três anos, quando caçamos um Skinwalker que matava mendigos para pegar suas peles. -Apontou para um local específico. -Creio que este local seria o mais indicado para criar um pequeno laboratório. É um local grande, foi abandonado, e tem cabos que levam energia elétrica a estação. Uma pessoa que sabe mexer com eletricidade poderia fazer uso disso.

—Grande o suficiente? –Aiolia analisou o mapa.

—Sim, era o ninho do monstro na época. E essas criaturas gostam de conforto. –explicou o grego.

—Então iremos olhar aí. E você. -apontando para Milo. -Não vai contar a ninguém sobre isso.

—Tá maluco? Tenho a obrigação de avisar meu parceiro sobre isso tudo e a organização. Temos interesse em achar Kido também!

—Queremos evitar que os garotos sejam pegos no fogo cruzado. -ele diz olhando para Marin. -Vinte e quatro horas, é tudo o que peço.

Milo ficou calado um tempo e depois concordou com um aceno de cabeça.

—Em vinte e quatro horas, este lugar estará abarrotado de caçadores da organização...fui claro?

—Obrigado. -e fitou Marin. -Talvez seu príncipe tenha uma cobra dentro de casa e não saiba, Marin. Se isso for verdade...a coisa é mais perigosa do que imaginávamos.

—E eu continuo te dizendo. Kanon não trairia Saga.

 

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Em outro lugar...

—Então doutor? -Ikki perguntou mais uma vez impaciente.

—Seja paciente, rapaz. -pediu o médico, que parecia inquieto olhando pelo microscópio. -A amostra nova de sangue...é mais pura...parece que tivemos resultados positivos.

—Achou a cura? -Seiya apareceu, chegando mais perto do médico.

—Acho que sim. Preciso fazer mais testes.

—Por que? Qual é a dúvida? -indaga o rapaz.

—Se algo estiver errado, o soro pode matar quem o usar. Apenas por isso. -o médico afastou-se, esfregando os olhos cansado. -Preciso dormir.

—Dormirá quando tiver total certeza da eficácia do soro, doutor Kido. -uma voz determina.

—Sabe que humanos precisam descansar? -o médico o fitou com asco.

—Sabe que se falhar eu mesmo matarei sua neta?

—Não foi o que combinamos! -vociferou Seiya.

—Esqueceu que se não fosse por mim, isso tudo não seria possível? -a voz continuava. -Até mesmo meu sangue foi necessário para que achassem a cura. Se ele falhar, sua vida e a da sua neta não valerão nada!

Seiya cerrou o punho, visivelmente furioso.

—Eu irei obter êxito. -afirmou o médico, voltando a mesa e mexendo nas amostras. -Você terá seu soro. Apenas não machuque Saori.

—Estão vendo? Basta dar o incentivo correto e eles trabalham com mais afinco. -ele riu e saiu das sombras, revelando-se ser Kanon. -Vocês voltam a ter sua inútil mortalidade, libertamos o bom doutor e sua neta e eu reduzo meu irmão e meus inimigos a nada. E o Principado de Atenas será meu.

 

Continua...



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