História The last Kiss. (Malec) - Capítulo Único.

No instituto tudo estava uma completa loucura, os irmãos do silêncio haviam sido chamados com urgência mas eles não conseguiram, um runa que tanto ajudava nas horas difíceis naquele momento não servira para nada nem mesmo o alto feiticeiro do Brooklyn conseguia fazer algo. Talvez por que aquela pessoa que todos estavam tentando salvar a vida fazia parte da sua vida, Magnus estava certo em relação a aquele mal pressentimento quando Alec saiu para atender um chamado da Clave. O coração do feiticeiro se encheu de dor sem explicação e um pedido para que o namorado ficasse não foi o suficiente.

Como um bom shadowhunter Alec foi com os irmãos e Clary para o centro de Nova York a caça de um demônio desconhecido, os Shadowhunters estavam levando a vitória sobre os demônios que pareciam vespas. Mas por um discuido o demônio maior, com um grande ferrão veio em direção do Jace, Alec para proteger seu Parabatai, entrou em sua frente tendo um ferrão de mais de um metro o atravessando. Mal sabia Alec que ali ele havia assinado sua sentença de morte.

- Eu preciso vê-lo! - Exclama Magnus tentando entrar na ala hospitalar do instituto.

- Calma Magnus... não faz nem dois minutos que você saiu de lá, deixa os irmãos do silêncio tentarem mais uma vez. - Diz Jace.

- NÃO ME MANDA TER CALMA! - Magnus com toda sua raiva mostra sua marca de feiticeiro.

- Eu cuido dele. - Diz Izzy se aproximando do Magnus. - Vai ficar todo bem. - Diz ela.

- Não Isabelle... não vai ficar nada bem. - Diz Magnus. - Ninguém sabe a espécie de demônio que atacou o Alexander.

- Merda! - Jace dá um murro na parede. - Se eu não fosse tão descuidado, se eu tivesse prestado atenção o Alec não estaria passando por isso.

- Você não teve culpa. - Diz Clary tentando aclamar o noivo.

- VOCÊ FOI O CULPADO! - Grita alguém e quando todos viram a cabeça são surpreendidos por Maryse indo pra cima do Jace esmurrando seu peito. - EU PREFERIA MIL VEZES QUE VOCÊ MORRESSE AO INVÉS DO MEU MENINO. - Diz a mais velha entre lágrimas.

- Também preferia ser eu naquele quarto em vez do Alec. - Diz Jace abraçando a Maryse e assim os dois se puseram a chorar.

- Como ele está? - Pergunta Robert.

- O irmão Enoch está lá dentro com ele, junto com outros médicos. - Responde Izzy.

O silêncio tomou conta quando a porta do quarto se abriu, o irmão Enoch saiu primeiro e logo em seguida dois médicos especialistas em tipos de demônios, mas pela cara de ambos os médicos nada mais poderia ser feito. Alec estava morrendo.

- Então?! - Maryse da um passo até eles.

- Nós achamos que vocês deveriam se despedir dele enquanto ainda tem tempo. - Diz um dos médicos e todos começam a chorar.

Magnus ficou fora de si naquele momento ele não sabia o que pensar ou no que fazer, meu corpo estava trêmulo e seu coração estava acelerado de mais, o feiticeiro mal conseguia respirar a idéia de viver sem o amor da sua vida ainda não havia sido aceita.

- NÃOOOO! - Grita Magnus e o mesmo causa um pequeno tremor no instituto.

- E-eu não... - Jace sai fingindo estar irritado para não demonstrar sua vontade de chorar na frente de outros.

- Jace! - Clary vai atrás do namorado.

Ao entrar na primeira sala que apareceu em sua frente Jace quebrou tudo o que havia no local, uma marca de murro na porta, cadeiras foram arremessadas, uma mesa de vidro estava em mil pedaços, estante de livros ao chão e um loiro a chorar desolado.

- Ei! - Clary o abraça por trás.

- O Alec irá morrer e a culpa é minha Clary, TOTALMENTE MINHA! - Diz ele.

- Você fez o seu melhor. - Diz a ruiva. - Não tinha como você adivinhar que aquele demônio vinha em sua direção.

- Mas quando eu vi aquele demônio em minha direção eu... eu travei Clary, eu deveria ter enfiado minha lâmina nele em vez de deixar o Alec entrar na minha frente.

No quarto da ala hospitalar todos estavam em volta da cama onde Alec estava, na verdade nem todos estavam. Faltavam Jace, Clary e principalmente Magnus que não teve coragem de entrar.

- Como você está? - Pergunta Izzy.

- E-eu vou fi-ficar bem. - Diz Alec com bastante dificuldade.

- Tenta descansar. - Diz Maryse.

- A-aonde está o Jace? - Pergunta Alec tentando levantar-se e olhar para sua volta.

- Estou aqui! - O loiro entra de mãos dadas com a Clary.

- Vo-você esta-va chorando? - Alec da um sorriso lindo porém triste.

- Não sou de chorar você sabe. - Jace segura na mão do seu irmão Parabatai.

- É...eu sei. - Alec virasse para Clary. - Nunca fiquei tão feliz ao te ver no meu leito de morte.

- Você não vai morrer Alec. - Diz a ruiva. - Não no meu turno.

- Cu... - Alec respira fundo. O ar dos seus pulmões estava começando a faltar. - Cuida bem desse cabeça dura.

- Ninguém faz isso melhor que você. - Diz Clary com os olhos cheios de lágrimas por ser muito emotiva. Mas naquela situação quem não ficaria emotivo?

- Então aprenda a cuidar dele. - Diz Alec dando uma leve piscada para a ruiva.

- Me perdoa Alec. - Pede Jace.

- Você não tem culpa. - Diz Alec. - Eu daria minha vida por qualquer um dos meus irmãos.

- Você não vai morrer. - Diz Robert. - Eu não vou permitir!

- A única coisa que eu peço é que o senhor...- Alec torce e um pouco de sangue sai da sua boca.

- Alec! - Exclama Izzy.

- E-eu vou ficar be-bem. - Diz o moreno e virasse novamente para seu pai. - Só peço que cuide da Izzy, do Max e talvez da mamãe. Ela vai precisar.

- Você não vai morrer. - Diz Maryse.

- A-aonde está o Ma-Magnus? - Pergunta o moreno.

- Não teve coragem de entrar. - Diz Izzy.

- Chame ele por favor e me deixem a sós com... - As frases de Alec são interrompidas pelo seu desmaio.

- ALEC!!! - Gritam Maryse e Izzy.

- Saiam por favor! - Pede um dos médicos e mais uma vez aquela porta de madeira fechasse.

Ao sair do quarto Izzy olha para os lados e ver Magnus cabisbaixo em banco a pouco metros do quarto, ela se aproxima lentamente e senta-se ao lado do cunhado.

- Ele quer falar com você. - Diz Izzy.

- Eu não consigo dizer adeus Isabelle, eu não consigo. - Diz Magnus.

- Não precisa dizer adeus...eu não disse. - Disse Izzy. - Ninguém disse adeus, mesmo todos nós sabendo que era os últimos momentos com ele... ninguém disse adeus.

- Não posso perde-lo Isabelle. - Diz Magnus. - Preciso fazer algo.

- Todos já tentaram... Você mesmo passou horas lá dentro e nada, o veneno já está se aproximando do coração e já está tarde para fazer algo.

- Senhor Bane? - Um dos médicos se aproximando do Magnus e da Izzy.

- Sim! - Magnus da um salto.

- Aconteceu alguma coisa?! - Izzy estava nervosa.

- O senhor Lightwood que vê-lo. - Disse o médico. - Só o senhor é ninguém mais.

- Não precisa dizer adeus Magnus. - Diz Izzy ao ver os passos do Magnus.

O feiticeiro passou em completo silêncio por todos que estavam naquele corredor. Jace com a cabeça no ombro da Clary, Robert ao longe e Maryse juntamente com o pequeno Max.

- Oi! - Izzy se vira ao notar uma presença família no local.

- Simon! - Ela pula nos braços do namorado.

- Queria ter vindo mais cedo...mas o Raphael queria que eu fizesse algumas coisas. - Diz Simon.

- Sem problema. - Izzy o abraça com mais força. - O quê importa é que você está aqui.

- Eu sempre vou estar Izzy. - Simon da um leve beijo na cabeça da morena.

Ao entrar no quarto Magnus viu uma cena triste ao seu coração, Alec estava desligado dos aparelhos, uma respiração estava fraca, seus lábios pálidos e secos. Seu corpo gelado, seu coração batia lentamente e seus olhos não brilhavam mais.

- Alexander. - Magnus se aproxima lentamente do seu amado.

- Pen-pensei que não te veria a-antes de morrer. - Alec sente o toque do Magnus em sua face.

- Não fale isso Alexander, você não irá morrer...

- S-sim Magnus, eu vou... N-não precisa fingir que passarei mais a-alguns dias ao seu lado meu amor. - Os olhos do Magnus enchem de lágrimas.

- Eu daria minha imortalidade por sua vida meu Shadowhunter. - Magnus tentando se manter forte mas sua dor era maior que qualquer outra coisa. - Sempre pensei que seria a velhice que te levaria de mim, mas te olhando assim, percebi que não conseguiria te esconder da morte por muito tempo.

- Ma-Magnus...posso te pedir uma coisa?

- Me peça as estrelas do céu e eu as trarei para você. - Diz Magnus.

- Vou te pedir algo mais fácil. - Alec da um simples sorriso. - E-eu não quero morrer aqui.

- Mas seu lar é aqui. - Diz Magnus. - Sua família está aqui.

- Você é minha família Magnus... E-e o seu lar é o meu lar. - Magnus entendeu o quê Alec queria dizer. - Só pesso que você conserve um pouco do meu fôlego pra eu passar, mi-minhas últimas horas ou segundos com vo-você.

- Claro meu amor. - Magnus da um leve beijo na testa do Alec e logo em seguida abre um portal para sua casa.

Alec estava deitado na cama do Magnus em meios a lençóis vermelhos, ao lado estava o feiticeiro sentado na cama segurando as mãos do seu amado.

- O-o que foi? - Perguntou Alec vendo uma lágrima singela rolar pela face do Magnus.

- Você é tão lindo Alexander... não irei saber como viver sem você. - Diz Magnus olhando os olhos azuis que voltaram a ter um pouco de vida.

- Você é Magnus Bane, o alto feiticeiro do Brooklyn. O cara que viveu mais de quatrocentos anos de festas em festas... você saberá como viver. - Diz Alec.

- Isso não será nada...isso são apenas título. Você me fez feliz e amado sem esses títulos Alexander, se eu pudesse fazer algo. - Magnus percebe que Alec olhava pela janela do quarto.

- Me deixe respirar. Lembre-me de como é ouvir sua voz porque essa é a única coisa que quero lembrar-me.

- Alexander, não por favor... não fale assim, eu não posso suportar isto. - Diz Magnus.

- Ma-Magnus eu vou te amar, nessa vida ou na outra...E-eu sempre vou te amar Magnus Bane.

- Enquanto eu viver, se for por mais quatrocentos anos ou mil anos... você sempre será o dono do meu coração Alexander Lightwood. Por que eu te amo e jamais amarei alguém igual.

- Ma-Magnus, me de um último beijo. - Pede Alec.

E Magnus atendeu ao pedido do seu amado. O feiticeiro se inclina sobre o moreno e da um suave beijo no Shadowhunter, quando ambos se separam Magnus percebeu que os olhos do Alec brilhavam como nunca haviam brilhado antes, seu sorriso era mais vivo que nunca.

- Eu te amo e sempre te amarei Magnus Bane. - Foi o que Alec disse antes que seus olhos se fechassem.

E ali Magnus ficou sentado por horas e horas até que a noite caísse e os Lightwood chegassem para levar o corpo do Alec, Magnus pensava que após a morte do seu amado ele se sentiria vazio e sozinho. Mas ele sempre sentiria a presença do seu amado Alexander Lightwood.